Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via WhatsApp, Telegram ou Skype. Se deseja atendimento comigo entre em contato usando o e-mail: marcomenezesbrrj1@gmail.com .Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)
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19 agosto 2022

Júpiter e o período entre 2019 e 2024. O Show das Poderosas - Episódio 7

 

Júpiter e o período entre 2019 e 2024.

O Show das Poderosas

Episódio 7 

Agenda Jupiteriana 3 - Júpiter/Netuno

 


Por Marco Antonio H. de Menezes

 

Agenda jupiteriana 3 – Júpiter/Netuno

(12 de abril de 2022)

 Eu já escrevi um artigo sobre esta conjunção que marcou o ano de 2022.

Mas vamos acrescentar algo a ela.

Esta conjunção ocorreu no signo mutável de Peixes, um signo do elemento água.

Os dois planetas são regentes de Peixes, portanto esta conjunção é muito intensa e irradia uma energia muito interessante.

Peixes é um signo que parte do princípio de que ele crê, acredita em algo. É um signo que traz inspiração, inclusive artística, no entanto também é um signo que traz introspecção, compaixão, simpatia e empatia, visão emocional da vida e a tendência para sacrificar-se, além de ser muito intuitivo. Porém também é o signo da procrastinação, ou seja, que empurra os problemas com a barriga, além de ser pouco ou nada prático na hora de lidar com um problema. A introspecção pode tornar-se um fator a mais para a melancolia e a timidez. Também pode posar de incompreendido. Mas é sempre bom lembrar que alguns dos maiores comandantes de guerra da história tinham Peixes forte em seus mapas, o que faz com este signo abrigue dentro de si uma força de organização capaz de vir à tona quando ele percebe que o mundo precisa dela. Eu tendo a pensar em Peixes como aquele cara que vive num escritório totalmente bagunçado, mas que sabe tudo o que está ali dentro e sabe que alguma coisa ali ajudará quem procurar por sua ajuda. Ele ajuda mais ao outro do que a si mesmo e talvez compreenda mais o outro do que a si mesmo.

Netuno traz o mundo das distrações, das ilusões, daquilo que está muito além da compreensão racional, não se enquadrando aos padrões e antes trazendo mais confusão do que certezas. Com ele podemos ser levados a uma fuga, a um escapismo (por meio de drogas, por exemplo) ou podemos desenvolver uma intuição muito forte, uma espiritualidade refinada. A telepatia, a clarividência, a clariaudiência e todos os outros aspectos que envolvem dotes espirituais encontram em Netuno sua moradia perfeita. Mas Netuno pode ser aquela lente cor-de-rosa que nos faz ver tudo e todos de uma maneira fantasiosa, sem os pés no chão. O sofrimento e o papel de vítima podem cair bem tanto para a energia netuniana quanto para a energia pisciana. O cinema e todas as artes que envolvem entretenimento e nos dão uma sensação de estar momentaneamente fora da realidade são regidos por Netuno. Não é tanto a tecnologia que importa (como no caso de Urano), mas a arte de encantar, de embelezar, de levar alguém para além de sua realidade. Sonhar pode ser muito bom...

Júpiter já foi bem descrito em outras partes deste texto, então vamos para a conjunção propriamente dita.

Quando Júpiter encontra-se com Netuno e em Peixes, tudo expande!!! Não há como evitar esta expansão poderosa, porque são dois planetas que prezam pela expansão como forma de atuar e atingir certos objetivos. Júpiter preza pela expansão do conhecimento e do território e Netuno preza pela expansão da consciência. E ambos estão no signo que favorece a plena expressão das energias deles. O lugar perfeito! O mundo perfeito!

Júpiter/Netuno em Peixes é comunicar-se com o além, é comunicar-se com as próprias capacidades espirituais. É o rompimento com e a ruptura de todas as fronteiras. Não há limites para sonhar e para atingir as metas. Não é à toa que estamos vendo tanta corrida para o espaço, mas antes só Netuno estava transitando por Peixes, e só agora (e por um breve momento) juntou-se a ele o outro “porra louca” que é Júpiter! Dá para ouvir Gal Costa cantando “você me dá sorte, meu amor!”, porque estes dois juntos podem trazer sorte, principalmente para quem nasce sob esta conjunção.

Então podemos acreditar que esta é uma época perfeita para explorar mais e melhor o lado espiritual, valorizar mais as questões espirituais, refinar nosso lado espiritual. Momento adequado para elaborarmos novas tendências espirituais e para nos deslocarmos da visão materialista da vida. Seria positivo sabermos acrescentar ao nosso lado racional e objetivo, o lado espiritual e intuitivo. Saber ouvir o coração pode ser positivo para que todos nós nos sintamos mais seguros para atingir as metas... Só que não!!!!! Tem muita gente que aproveita esta ocasião para fugir em lugar de viver o momento. Recomendo um filme muito interessante que foi lançado agora em 2022: “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo”. Se você ainda não viu, sinto muito, mas darei alguns spoilers por aqui. O filme narra, de uma maneira muito fora do comum, a aventura de uma dona de lavanderia para encontrar-se e entender que tudo o que ela precisa para viver sempre esteve ali na frente dela o tempo todo. Ela sonhava com uma vida melhor e não colocava a energia dela no momento presente, o que fazia do seu negócio um lugar caótico, da sua relação com o marido (que tanto a amava e a admirava) uma merda, da sua relação com a filha algo pior ainda. Ela sempre olhava para o futuro e foi preciso conhecer suas várias versões em vários tempos dimensionais para reconhecer que ela nunca esteve presente de corpo e alma no aqui e agora e por isto sua vida nunca tinha coerência, porque ela não estava enraizada no momento presente. Agora eu pergunto para você que está lendo estas linhas digitadas: quantas vezes você quis estar num lugar e numa vida que não corresponde ao que possui e que vive neste exato momento? Quantas vezes sonhou com pessoas e sentimentos e posses materiais que não possui neste momento? Quantas vezes você se escondeu por trás de doenças, drogas e outros escapismos só para não enfrentar a realidade? Quantas vezes você torceu para que um cometa (ou meteorito ou algo com alto potencial destrutivo) atingisse a Terra ou que Godzilla (ou algum ser parecido) fosse real para destruir tudo ou quantas vezes você sonhou que uma nave espacial aparecesse para resolver tudo? Quantas vezes você rezou para que um santo ou outra entidade qualquer resolvesse cada item de sua vida? Quantas vezes você torceu para que um cartomante ou um astrólogo ou um numerólogo tivesse as respostas para todos os teus dilemas de vida? Quantas vezes você abdicou do simples gesto de sentar e meditar e se reconectar com aquilo que você é e depois levantou a bunda e foi enfrentar a vida com mais consciência de suas possibilidades e de seus limites? Quantas vezes você ficou sugando cada palavra do padre, do pastor, do monge e de uma autoridade qualquer para ver se eles te ajudariam com aquelas palavras a resolver os problemas que atingem a sua vida? E por fim: quantas vezes você se iludiu e se desiludiu na vida?

Não se perturbe com as indagações acima, porque todos nós, até eu mesmo, caímos em alguma ou em muitas ou em todas estas situações e até em outras mais. Todos nós em alguma medida nos distraímos e nos iludimos e nos desiludimos em algum momento da vida, seja por qual motivo for. Porque nós vivemos num mundo que privilegia o futuro e não presente. Na verdade vivemos num mundo que privilegia o futuro e o passado, mas não o presente. Alguém acha graça em ficar debruçado sobre contas? Ou sobre os extratos bancários? Ou num trabalho que não te dá condições de viver como aquela pessoa famosa? Nós somos sempre empurrados para o futuro, para tentarmos usar toda a nossa energia para atingir uma meta qualquer que nos leva a um estado de ansiedade e à melancolia ou à depressão. Precisamos o tempo todo tirar a nossa atenção de nós mesmos para atender frequentemente a demanda dos outros: família, amigos, namoros, cônjuges, colegas de trabalho, trabalho, alimentação, saúde, etc. Não que isto seja ruim, porque isto é parte do que somos, o problema é que não conseguimos abrir uma brecha em tudo isto para nos dedicarmos a nós mesmos. Deixamos para amanhã! Deixamos para quando tivermos aquele dinheiro! Deixamos para quando a aposentadoria chegar! Deixamos para quando alguma coisa se encaixar perfeitamente em nossa vida! O mundo no qual nós vivemos foi criado assim e não há como negar isto e a não negação e o reconhecimento de tudo isto pode ser o primeiro passo para começarmos a entender o quanto nós estamos nos valorizando e o quanto nós temos negligenciado a nossa natureza, além de nos permitir ver o quanto nós estamos vivendo o presente, o aqui e agora. O aqui e agora é saber responder às situações que ocorrem não com frases do tipo: “se isto não tivesse ocorrido agora... se eu tivesse feito aquilo... se eu fosse fulano... se eu conseguisse aquilo...”. Mas sim com presença de espírito: “o que eu posso fazer agora? Eu estou em condições de realmente atender a isto? O que eu tenho a meu favor e o que eu tenho contra e o quanto isto me ajuda a resolver isto agora?” Quanto mais atento a quem você é e aos teus limites, mais fácil vai sendo para você aprender e perceber o que está ao seu alcance e mais fácil fica para você começar a estipular metas possíveis, diminuindo o barulho mental e o desfoque emocional. É óbvio que num texto como este eu não tenho como orientar melhor tais coisas e eu também tenho os meus limites e os reconheço, mas não faltam exemplos de situações que nos fazem cair na realidade e nos fazem sair de um mundo de sonhos e entender que qualquer sonho para ser alcançado precisa de uma pessoa com os pés no presente: quero melhorar de vida? O que neste momento pode me ajudar? Um curso? Um emprego? Em outras palavras, todo sonho é realizável para quem arregaça as mangas e gasta menos energia sonhando com o que não tem e construindo no momento presente o que deseja. O tempo parece correr contra nós, então aceitemos isto e aprendamos a viver em acordo com as nossas características, mas sem queimar caminho, sem cortar caminho. Cada caminho trilhado nos fornece as ferramentas necessárias para a próxima etapa e nos permite que despertemos os poderes que nós sempre possuímos: mudar, aceitar, revisar, reconhecer, construir, destruir, amar, odiar, olhar, observar, meditar, curar, ajudar, esmurrar, beijar, trepar, dormir, acordar, entender, desenhar, escrever, cantar, fotografar, gravar, estimular, desestimular, gritar, reivindicar e tantas outras coisas são os nossos poderes que nos tornam heróis de nossas próprias vidas. Quanto mais aprendermos a admirar nossas vidas, mais saberemos como não nos deixarmos influenciar pelos outros a ponto de delegarmos a eles a decisão que nos pertence sempre. Viver o aqui e agora é não desistir de quem somos e aprender a lutar por isto como forma de estipular limites saudáveis entre nós e o outro. Estar presente de corpo e alma nos possibilita sermos menos manipulados e nos permite encontrar prazer naquilo que nós conquistamos, por mínimo que seja. Isto nos faz menos gananciosos, menos invejosos, menos ciumentos, menos medíocres, menos arrogantes e menos indecisos. Se nos concentramos naquilo que sabemos que podemos conquistar nós não nos perdemos na luta pela aquisição de coisas que só ocupam espaço, mas não preenchem nosso coração, por mais bonito, delicioso e gostoso que seja. Assim, menos sujeitos nós estamos aos apelos de consumo que só nos fazem ficar ansiosos e desesperados e desesperançados e torcendo para que o mundo acabe logo. Se nós entendemos isto, entendemos o que é ser escravizado, o que é ser viciado, o que é ser um zumbi que nasce, cresce e morre sem maiores motivos para tanto. Se nós entendemos isto, percebemos o que é um mundo onde tudo e todos nos obrigam a sermos quem não somos somente para não estarmos conscientes de nossas capacidades únicas. 

Júpiter/Netuno em Peixes nos faz ver quão vítimas nós temos sido de nós mesmos e de nossas vontades, somente porque esquecemos de que somos seres multidimensionais, cósmicos, interligados com tudo o que ocorre neste Universo. Um dia alguém deve ter dito a você que as nuvens não eram de algodão e aí você se lembrou da bela letra dos Engenheiros do Havaii na música “Somos quem podemos ser”. Esta conjunção veio para que encarássemos tudo o que fizemos em nome de ilusões. Tudo o que fizemos em troca da venda de nossa alma. Tudo o que fizemos por acreditar em falsas promessas que se traduziram em consumação excessiva de tudo o que este planeta poderia nos fornecer sem que o destruíssemos. O nosso distanciamento de nossa natureza espiritual nos fez ficar cegos ao estilo destrutivo de vida que fomos adicionando a este planeta encarnação após encarnação. A ilusão nos fez acreditar que é bom matar, bom destruir, bom guerrear, bom explorar o outro, bom enganar o outro, bom estuprar o outro, bom sacanear o outro, bom crescer na vida ao custo da escravização do outro. A Era de Peixes nada mais foi do que uma Era materialista que usou o verniz da espiritualidade para apenas dar uma fachada aceitável aos nossos piores instintos. Tudo ficava na conta de alguma entidade: o bem e o mal que fazíamos aos outros era porque a entidade X ou Y ou Z precisava que todos se submetessem a ela. Acorda, baby! Nenhuma entidade vai prevalecer sobre a outra em lugar algum, isto é só uma ilusão! Desiluda-se e aceite que você comprou a passagem para um pesadelo e não para um paraíso.

Júpiter/Netuno em Peixes traz a oportunidade para encararmos a vida como ela é e não como queremos que ela seja. Precisamos estar com os pés na realidade para entendermos o quão poderosos nós somos. Quando aprendemos a superar nossos problemas com lucidez, nossa vida cresce. Quando deixamos de viver feito crianças e assumimos com seriedade nossas responsabilidades a nossa vida cresce. Quando não nos deixamos embebedar ou embriagar por sonhos sem coerência, por ilusões momentâneas, nossa vida cresce. Não gostamos do que vemos ao nosso redor? Não vai ser jogando uma bomba atômica ou rezando para um cometa nos acertar em cheio que vamos melhorar. Fiquemos mais sóbrios, mais lúcidos e enfrentemos tudo com a devida seriedade para vermos a vida crescer para uma direção melhor. Mas o trabalho começa conosco, no nosso íntimo. Não tentem mudar os outros. Se eu estou escrevendo isto aqui, tente entender isto como uma emissão de ideias, não como sendo a certeza de que eu mudarei alguém da noite para o dia, porque para mudar, alguém precisa praticar e experimentar por si até sentir que aquilo que foi experimentado traz um resultado tal que faz com que se perceba que o mundo ao redor começou a fazer um sentido diferente e melhor para si mesmo.

Esta conjunção entre Júpiter e Netuno em Peixes é para que nos reconciliemos com a nossa verdadeira espiritualidade, que não se encontra fora de nós, que não está numa nave espacial e nem num comando ou frota estelar. Não está em nenhuma entidade que queiramos cultuar, não está em nenhum livro sagrado, não está na fumaça de um incenso ou defumador e nem na chama de uma vela e nem nas mãos de uma pessoa com capacidade para curar, nem nos sons sagrados de alguma tradição milenar e nem na oração de que natureza for. Nós somos o sagrado, nós somos o recipiente da perfeição, nós somos os criadores de nossa realidade e nós somos capazes de nos conscientizarmos do quanto erramos e do quanto acertamos em nossas jornadas. Todo o resto é só enfeite, penduricalho que nos conforta, mas não nos substitui na ora de agirmos. Espiritualidade é ação! Está indignado com mundo que existe: aja! Está indignado com a vida que possui: aja! Está indignado com a vida: aja! A ação é movimento e movimento é mudança! Você é a tua nave e a tua frota e você é o comando desta tua frota! Você é a tua chama e a fumaça que te guia! Você é o som que se tornou imagem e cada passo teu é uma dança entre a construção e a destruição. Você é o ator principal e único da tua vida. O outro é apenas um espelho, um companheiro de viagem, mas que também está se lapidando. Se você cair, ele cai, se ele cair você cai, mas se você se elevar, ele se eleva, mesmo que nada disso ocorra ao mesmo tempo. Deus é só uma forma de você chamar a si mesmo quando você se esquece de quem é. Júpiter/Netuno em Peixes é a porta que se abre para quem quer agir neste mundo consciente de que as coisas boas e ruins que nele existem são de nossa responsabilidade. Se não delegamos a responsabilidade para o outro não nos escravizamos e não escravizamos o outro, mas também não controlamos a forma do outro viver e nem nos deixamos controlar pela forma que o outro acredita que devamos viver. Se estamos conscientes da deidade ou entidade que somos não precisamos mais esperar que alguém nos represente em nossa luta e nem transformamos os outros em ícones de nossa luta. A nossa imortalidade está em sabermos que para além deste corpo existe múltiplas possibilidades, mas que esta possibilidade que vivemos é tão importante quanto as demais. A morte é só uma passagem, mas pode ser o sinal claro de que enfim aprendemos a nossa lição nesta vida (ou que deixamos alguma semente no estágio adequado para uma próxima energia emergir aqui) e não apenas algo do qual fugimos desnecessariamente e que acaba se tornando mais uma forma violenta de lidar com este mundo.

Júpiter/Netuno em Peixes é para que você descubra que dentro deste corpo físico e em meio a esta vida material habita um ser espiritual de infinitos poderes, mas que está aprendendo o valor dos limites para respeitar o espaço que lhe cabe dentro do Universo. A nossa consciência se expande quando respeitamos quem somos e o que somos dentro do Universo. Nós estamos além de tudo, mas viemos para cá para aprendermos a ser parte de uma experiência que pode dar certo se não nos esquecermos de quem somos e passarmos a agir com maior consciência. O respeito pelo outro sempre começa pelo respeito a si próprio. Nossas leis, nossos dogmas, nossas experiências são os limites que damos a nós mesmos para que aprendamos a respeitar cada mínima parte do Universo. Enquanto não nos respeitarmos, nós encararemos tudo como mistério, como algo insondável e esperaremos que alguém nos salve de nós mesmos e de nossa estranha amnésia de alma.

Para este momento atual, Júpiter/Netuno em Peixes é uma revisão da Era de Peixes que ocorre de tempos em tempos até que estejamos prontos para mudar a nossa consciência para a Era de Aquário. As Eras só mudam quando nossa consciência muda ou quando nosso nível de saturação chegou a tal ponto que não conseguimos mais extrair nada das experiências e algo precisa acontecer para iniciar uma nova forma de conscientizarmo-nos de quem somos enquanto habitarmos esta nave chamada Terra.

Júpiter/Netuno em Peixes fala de um momento para expandir consciência, para melhorar a nossa espiritualidade, para ampliar a nossa faixa de atuação espiritual dentro do ambiente em que nos encontramos. Mas é também um fator que traz desequilíbrio para quem não consegue lidar com a espiritualidade de maneira adequada. Não há nada contra alguém que usa os seus dons espirituais para ganhar dinheiro, mas se a pessoa não se aprimora, a espiritualidade não passa de um ganha-pão. Ou seja, mesmo que a pessoa use a sua espiritualidade como uma forma de ganhar um dinheiro, ela pode fazer muito com sua vida aplicando esta espiritualidade diretamente em cada etapa de seu viver, porque os dons que ela carrega são úteis, antes de mais nada, para si mesma, para que ela desenvolva coisas em sua vida pessoal. Se a pessoa vai a um templo ou a um cartomante ou a um astrólogo ou a qualquer lugar que lida com esoterismo, com espiritualidade, com religião, ela está indo ali não apenas para consumo imediato ou momentâneo, mas como uma oportunidade para repensar a sua vida, para entender o que possa estar fazendo certo ou errado e por qual motivo e o que ela poderá fazer com sua vida a partir daquelas mensagens recebidas naqueles lugares que frequentou. Ou seja, ela vai a este lugar para receber mensagens que a acordem para a sua verdadeira natureza, para ter condições de dali por diante olhar a vida sob outras perspectivas. Bom, isto é que poderia acontecer, mas nem todo mundo está pronto para perceber isto. E algumas pessoas tornam-se escravas ou prisioneiras de sistemas, de religiões e de métodos divinatórios perdendo a confiança em si mesmas e no mundo que as cerca.

Esta conjunção entre Júpiter e Netuno em Peixes pode mostrar a face da justiça divina, aquela energia que rege as leis que comandam o Universo em todos os níveis de existência. Entender as leis que regem o Universo nos faz mais conscientes de que para além da justiça terrena há algo que nos orienta, que nos norteia, algo sobre o qual baseamos a nossa existência como espíritos, como almas. Quando acreditamos nisto, nós passamos a agir com maior consciência de que cada passo nosso poderá levar a um determinado caminho na vida, então passamos a estar mais atentos sobre onde estamos pisando e até onde isto nos leva. Esta percepção pode abrir a nossa intuição e nos fazer enxergar coisas que não estaríamos aptos a ver se não estivéssemos mais focados nos nossos passos e na consequência de cada passo dado. Quanto mais exercitamos o nosso andar na vida, mais recebemos mensagens que nos orientam, que nos mostram para onde devemos seguir, que nos mostram quais situações são favoráveis e o que devemos evitar naquele momento.

Como já foi dito antes, Júpiter/Netuno em Peixes abre o campo para a pesquisa espacial, porque há uma vontade de explorar o mundo para além das fronteiras até agora estabelecidas. Só precisamos ter mais consciência se vamos fazer com o mundo para além da Terra o mesmo que fazemos aqui: destruindo o ambiente, jogando lixo espacial sem qualquer responsabilidade e colocando em risco a vida dos habitantes do planeta. Se nós pouco sabemos sobre nós, sobre o planeta e somos capazes de destruir os ambientes imagine o que faremos lá fora se não mudarmos nossa mentalidade. As pessoas precisam realmente conhecer mais tanto o mundo interno quanto o mundo externo para entender quais as responsabilidades que estão envolvidas na defesa de cada um destes mundos, caso contrário estará reservada para nós a destruição nossa e de tudo o que tocarmos.

O dinheiro, a economia, os negócios, a vida material também são beneficiados por esta conjunção Júpiter/Netuno em Peixes, desde que sejamos mais conscientes daquilo que é essencial para a nossa vida, caso contrário tudo fica exagerado, tudo ultrapassa as metas aceitáveis, tudo vira uma espécie de bolha artificial, que cresce sem respaldo e sem controle e que estourará mais adiante. Aliás, tudo o que já estava sendo feito até o momento desta conjunção poderá ser inflacionado para o bem e para o mal. Se há um desequilíbrio econômico, ele tende a crescer. Se está sendo trilhado um caminho que visa a melhora econômica, ele tende a expandir. Se alguém está oferecendo uma oportunidade sem lastro ou está emitindo dinheiro sem ter lastro ou está tentando captar dinheiro sem ter construído nada de concreto, com certeza poderá ver tudo crescer e depois estourar. Negócios mal conduzidos não sobrevivem por muito tempo, principalmente nesta fase. Muitas pessoas podem ser enganadas com propostas financeiras que são pura ilusão. Podem gastar mais porque acreditam que os bancos custearão suas dívidas ou porque acreditam que a sorte é para sempre ou podem iludir-se com a facilidade para comprar com prestações e/ou com cartões e descobrirem que “para sempre, sempre acaba”.

Ainda no que se refere à espiritualidade, esta pode ser uma fase interessante para quem segue gurus ou segue certos sistemas religiosos e espirituais: cuidado! Pode ser uma fase fácil para enganar-se e seguir pessoas e sistemas espirituais/religiosos que podem trazer dores de cabeça, que estão querendo aproveitar-se de seus dons e/ou de suas finanças, trazendo prejuízos espirituais, físicos, mentais e emocionais nada agradáveis. Júpiter/Netuno em Peixes pode ensinar de uma maneira nem sempre positiva que o melhor mestre, o melhor guru da sua vida é você mesmo. E que os dons que possui devem ser desenvolvidos em lugares que realmente se mostram capazes de respeitar quem você é e não pela sua ingenuidade e inocência e nem pelo tamanho da tua conta bancária.

Como esta é uma conjunção que favorece a expansão, então devemos tomar cuidado para que não nos deixemos levar por tudo que de repente infla, cresce, expande do nada, que de uma hora para a outra começa ser notícia mobilizando emocionalmente as pessoas. São situações ilusórias que podem arrastar as pessoas por marés emocionais descontroladas e que as fará tomar atitudes sem fundamento, baseando-se apenas no achismo, na falta de uma evidência palpável e no delírio momentâneo de alguém que não sabe lidar com o próprio ego. Se repentinamente algo como descrito acima ocorre, baixem a bola e sejam mais observadores e menos sujeitos a seguirem mentiras e falsos rastros que só visam capturar as suas emoções para facilitar a aplicação de regras, leis e comandos que não favorecerão a quem quer que seja.

Júpiter/Netuno em Peixes tende a trazer uma energia de dissolução, ou seja, tudo o que ainda está resistindo e se apegando a velhos conceitos, com certeza será dissolvido de alguma maneira, novamente para o bem ou para o mal. Conceitos, padrões morais, preconceitos, dogmas, resistências mentais podem passar por uma dissolução. O outro lado da questão é uma espécie de lavagem cerebral, que retira das pessoas a consciência que possuíam da realidade e as coloca num estado de consciência diferente, apagando toda e qualquer referência que possuíam anteriormente. Neste processo, o que antes não era aceito, passa a ser aceito com maior facilidade, talvez por conta de alguma situação que mobiliza os julgamentos que as pessoas tinham sobre certos fatos.

E as religiões e os sistemas espirituais talvez tenham que reformular seus dogmas, suas leis, suas diretrizes, passando ou por uma crise espiritual ou existencial ou pode ser que as pessoas busquem por estes lugares porque uma crise existencial as abateu profundamente. Depressões, melancolias, atitudes suicidas podem começar a ficar cada vez mais fortes, assim como o consumo de drogas, bebidas e de tudo o que faça as pessoas fugirem da realidade que pode não ser muito bem aceita por todos. A quem serve a nossa ilusão?

Mas a conjunção Júpiter/Netuno em Peixes pode ser um lugar perfeito para entendermos algumas coisas: artificialidade e manipulação emocional e mental da população. Em outras palavras, a mentira pode ter pernas longas e percorrer caminhos bem longos em questão de segundos, derrubando a estabilidade emocional, a estabilidade mental, estabilidade espiritual e até mesmo a estabilidade física das pessoas. Já foi dito lá no primeiro episódio desta saga sobre a agenda jupiteriana, que Peixes está meio do caminho entre Capricórnio e Touro. Entre dois signos de Terra, está um signo de elemento água. Muita água dissolve ou amolece demais a terra. Podemos ter uma argila tão mole, que sobre ela nada se sustenta ou podemos transformar a argila em algo moldável que com a ajuda do calor torna-se um objeto, talvez, útil. Por outro lado, Capricórnio e Touro são signos cardinal e fixo, respectivamente, ou seja, um inicia e o outro tende a fazer com que tudo amadureça. Mas Peixes é um signo mutável, ou seja, ele possui a energia para mudar, para iniciar o fim de uma etapa, porque ela já passou do seu tempo de maturação. Só que Peixes está entre Capricórnio e Touro, então algo precisa ser iniciado, depois adaptado/modificado e só então poderá sofrer o processo de maturação. Como a carga emocional pisciana ficou exacerbada a partir da conjunção de seus dois regentes, a água está dissolvendo tudo, removendo muitas impurezas, revelando muitas facetas, revoltando as águas emocionais de todos e sujeitando a todos a enganos e ilusões e até mesmo conduzindo as pessoas para a alienação.

As pessoas podem ficar alienadas porque não possuem sustentação emocional para enfrentar a realidade conforme ela se revela diante de seus olhos. A fuga para um ponto confortável, seguro e estável pode levar as pessoas aos braços de algo que promete salvação, mas que na verdade aproveita-se da carência das pessoas, para submetê-las a mais experiências desestruturadoras. As pessoas podem ficar alienadas porque não suportam o intenso bombardeio emocional a que se submetem através dos mais diversos meios (mídia tradicional e internet, por exemplo). A todo o momento elas são bombardeadas por notícias e fatos que mostram um mundo cada vez mais hostil e inseguro. Não é que em algum momento o mundo já não fosse mostrado assim, entretanto, o momento atual não está dando muitas alternativas, como se só houvesse abertura para relatar o inseguro, o problemático, o difícil, o impactante e sem intervalo para as pessoas respirarem, analisarem, questionarem e ponderarem. Criam-se, do nada, antagonistas, inimigos, guerras, discussões, debates, decisões, problemas, desastres, advertências que minam a confiança da pessoa em alguma coisa ou em alguém. Nada parece seguro, tudo é mole como um barro muito úmido.

Diante deste quadro, se a pessoa não possui uma energia emocional e mental estável o suficiente, ela, literalmente “pira na batatinha”. Ela surta, ela se aliena da realidade, ela procura por pessoas, situações e lugares que a poupem daquelas excitações emocionais e mentais e se escondem até que tudo (é o que assim esperam) volte ao normal. Elas criam escudos emocionais e mentais que as fazem céticas em demasia ou que as fazem acreditar que negar a realidade a torna algo mais palpável, mais palatável e mais controlável. As pessoas não conseguem ficar no meio termo. E é preciso tomar muito cuidado porque estas são situações que acabam estimulando a perturbações emocionais e mentais, depressões, melancolias, histerias e até mesmo tendências suicidas. Neste momento, é importante todo o apoio psicológico, terapêutico e espiritual que visa trazer a pessoa para a realidade, mostrando como ela pode lidar com tudo isto sem se sujeitar aos bombardeios emocionais a que se submetem rotineiramente.

É importante que a pessoa redescubra o prazer de viver e descubra meios adequados para se inserir no mundo e ser útil dentro dele, porque apesar de tudo o que possa ocorrer e de toda manipulação que pode ser utilizada, há como levar adiante a vida e sair desta fase sem ser vítima dela ou se curando da tentativa incontrolável de aceitar o papel de vítima.

Não importa quem tenha interesse em desestruturar o lado emocional e o lado mental das pessoas, mas importa saber que é um bom momento para filtrar as palavras, as notícias, os relatos e as visões. Se possível for, exercite cada vez mais a capacidade para investigar, questionar, refletir antes de sair por aí tomando decisões baseadas no emocionalismo. Um ser humano fragilizado é prato cheio para aceitar soluções imediatas e que resultarão em problemas que só se acumulam e que se voltam contra ele mesmo e/ou contra os seus. Não é um bom momento para deixar de lado a visão crítica de tudo, por mais desgastante que isto seja. Todo mundo está sujeito a “viajar na maionese”, mas se for possível, aprenda a viajar cada vez menos nela. Aprendam a colocar os pés no chão!

Mentiras, engodos, ilusões, trapaças, ofertas mirabolantes, ideias sem planejamento e sem fundamento, notícias impactantes, manipulação dos fatos e outros sistemas de desestabilização emocional e mental estão em seu auge nesta fase. Portanto aprenda a andar botando um pé de cada vez no chão. Não há como fazer isto de maneira diferente! Toda vez que a solução mais prática for acreditar numa salvação alienígena, numa salvação espiritual ou numa salvação apocalíptica, entenda que algo está errado e que estão doidos para você entrar por esta porta artificial para que um mundo artificial se instale por aqui. Um mundo artificial e controlado. Um mundo desprovido de vida, de emoção e de respeito à individualidade. Um mundo que não valoriza a nossa genialidade e a nossa criatividade. Não tentem fugir para a morte! A quem serve a nossa morte?

Por último: olha para o nosso sistema solar! Existe algum planeta que se compara ao nosso? Existe algum planeta que pulsa tanta vida e tanta beleza como este no qual habitamos? Por qual motivo alguém quer fugir daqui, quer receber tanto dinheiro para fugir daqui, quer fazer com que tantas pessoas tenham vergonha de viver aqui? Por qual motivo devemos abortar a vida neste lugar? Por que precisamos destruir isto daqui? Por que fazem de tudo para que reneguemos este lugar como sendo o nosso lar? Por que fazem questão de transformar isto daqui numa prisão? Por que tantos bilhões de dinheiros são investidos em armas, mas uma ninharia é gasta para alimentar e cuidar de pessoas? Por que é mais fácil investir na discórdia do que na concórdia? A quem serve a destruição deste planeta?

 Link para o próximo episódio:

Júpiter e o período entre 2019 e 2024. O Show das Poderosas - Episódio 8

Links com artigos sobre Netuno e sobre a conjunção Júpiter/Netuno:

Netuno em Peixes: abundância ou ilusão da abundância?  

Mudança de bandeira: algo novo vai começar!!!  

23 abril 2020

O experimento deu certo (?)!!


O experimento deu certo (?)!!
 por Marco Antonio H. de Menezes


Corria o ano de 2020 e todos (ou quase todos) estavam em casa, aguardando a ordem mundial para saírem de suas casas.

O mundo inteiro (ou quase todo) parou para ver o vírus passar, trazendo medo, morte e estraçalhando com a economia mundial.

Um novo mundo estava começando a emergir. Pouca gente estava entendendo que o mundo que elas conheciam estava mudando radicalmente. Não seria a primeira vez: guerras, quedas de bolsa de valores e pandemias do século XX também trouxeram muitas mudanças para a sociedade. Mas o ineditismo ficou por conta do fato de que as pessoas estavam sendo obrigadas a ficar em casa em boa parte do globo terrestre. E as pessoas aceitaram! E, mesmo contra a vontade, decidiram que seria a melhor coisa a fazer.

Não foi por falta de aviso!

Astrólogos e videntes alertaram por anos a fio que algo muito estranho poderia ocorrer no ano de 2020. Previsões astrológicas de décadas atrás foram publicadas em livros e sites, advertindo sobre o ano de 2020 e inclusive prevendo uma pandemia. Da mesma forma que já haviam previsto, com anos de antecedência, a AIDS/SIDA. Analistas econômicos, historiadores, sociólogos e antropólogos percebiam que algo estava começando a emergir de dentro da humanidade. Comportamentos, regras, movimentos, políticas econômicas e relações políticas estavam sinalizando uma nova ordem mundial (opa! As três últimas palavras causam urticária em algumas pessoas!). Não é de hoje que temos sido avisados de que se não abríssemos os olhos, poderíamos ver uma mudança radical ocorrer sobre o planeta. Lemos isto em livros de ficção, filmes foram lançados com o mesmo tema, séries foram criadas... Mas todo mundo acreditou que era tudo ficção e passaram a usar termos (cunhados pelas agências internacionais de investigação para desacreditar e desviar a atenção das pessoas) como teoria da conspiração. Os sinais foram se espalhando, guerras começaram e findaram, movimentos derrubaram poderes, remédios invadiram mercados prometendo mundos melhores para a psique, jogos econômicos criaram bolhas inflacionárias, fortunas cresciam e decresciam subitamente, o consumismo era desenfreado, o dinheiro físico foi sumindo, as dívidas foram aumentando, diversões e distrações foram desviando o foco da população, jogos políticos se sucederam, mas poucos enxergaram o que estava para ocorrer em meio a este mar de acontecimentos aparentemente surpreendentes e desconexos.

E aí veio a surpresa: ou ficávamos em casa ou seríamos mortos por algo invisível, mas letal!

Mas este foi o acontecimento?

Na verdade, não!

Poderia ter sido uma guerra ou qualquer outro evento!

O que estava, de fato, acontecendo era um experimento!

E o experimento não era o vírus (e aqui não entrarei nas diversas teorias sobre o vírus, sobre sua existência ou não, sobre sua relação com as novas tecnologias de comunicação ou não, sobre se é mortal ou não, ou pelo menos tentarei!), mas o comportamento das pessoas diante das medidas tomadas em função da pandemia.  

É aí que reside o experimento! É aí que reside o fator que poderá reger o futuro da humanidade e conferir a verdadeira face do que será a Era de Aquário.

O experimento é sobre comportamento coletivo!

Como reage a humanidade diante de uma pandemia que a obriga a ficar em casa, que a obriga a perder o contato com tudo aquilo que, segundo os ditames sociais até então vigentes, a definia? Como reage a humanidade a uma ordem vertical que não permite muito espaço para contestações, uma vez que envolve o jogo entre vida e morte? Como a humanidade reage à perda de todas as referências simultaneamente? Como a humanidade reage à perda do contato social? Como reage à perda do contato com suas noções de riqueza e pobreza? Como ela passa a usar as redes sociais? Como ela passa a definir suas escolhas, inclusive políticas? Como ela se relaciona com a sua família? Como ela passa a se relacionar com suas escolhas sexuais? Como ela passa a se relacionar com o trabalho? Como ela vê a perda súbita do poder aquisitivo? Como ela enxerga o fato de ver as bolsas de valores despencando aturdidas diante da paralisia do mercado financeiro? Como elas enxergam os governos diante das medidas sociais, culturais e econômicas que são tomadas a partir da constatação de que há necessidade de fazer mudanças profundas? Como ela enxerga o fato de ver pessoas que antes eram referência, morrerem, calarem-se, perderem suas influências em questão de dias? Como as pessoas enxergam a perda de força de diversos setores religiosos e espirituais que antes regiam suas vidas? Como elas reagirão quando perceberem que estão entregando, sem saber, seus dados mais ínfimos e íntimos para os analistas de comportamento e de que isto será usado para gerar novas formas de atuação política, econômica, social e cultural? E como as pessoas reagirão quando souberem que agora elas poderão ser traçadas, rastreadas, conduzidas e impedidas em acordo com estes dados que foram fornecidos durante este tempo de quarentena (já era feito antes, mas agora ficou mais fácil, com um volume muito maior e num espaço de tempo muito menor)? Como elas reagirão se souberem que suas liberdades foram sequestradas a partir do momento em que aceitaram, docilmente, ficar em casa? Como elas reagirão quando perceberem que, a partir de agora, ficou fácil controlar as massas, os comportamentos, as diretrizes e a liberdade de ir e vir de qualquer cidadão, classificando-o tão somente a partir da enorme quantidade de dados que foram lançados enquanto as pessoas falavam entre si nas redes sociais, abrindo suas casas, suas vidas, seus convívios sociais, suas intimidades, suas vulnerabilidades, seus medos, seus vícios e suas vontades?

A análise completa e aplicação daqueles dados fornecidos pela humanidade durante a quarentena pode durar um tempo, mas a estrutura que querem trazer para este mundo já está montada faz tempo.  A pandemia foi apenas o laboratório adequado para que o experimento fosse iniciado. Ele não começou com a pandemia. Ele foi testado várias vezes, em situações isoladas, em países, em cidades, em comunidades. Era preciso mais! Por quê? Porque vem por aí uma mudança radical na maneira de se viver. Esta mudança não poderia ser mais aplicada aos poucos, porque o nível de exigência e de resistência das pessoas faria com que certas etapas não ocorressem ou demorassem para se concretizar. Algo que criasse uma comoção global seria mais interessante. Se puderam convencer um país a invadir outro mostrando a explosão de edifícios e assombrando a cidade mais famosa do mundo, por que não fazer algo parecido e de proporções maiores, usando, mais uma vez, o braço sempre amoroso e generoso da mídia?

O que vem por aí?

Mudanças de comportamento, mudanças econômicas, mudanças sociais, mudanças culturais e num nível global. Caem por terra as diferenças regionais, pois o controle do comportamento da sociedade global faz com que ela fique de joelhos diante das respostas e soluções que implantarão.

Imagine um anúncio com palavras parecidas com estas: “Há um problema? Nós temos uma solução global gerada dentro de nossos laboratórios tecnológicos mais sofisticados. Nós desenvolvemos o melhor para a humanidade, pensando em suas necessidades, no seu conforto e na sua segurança! Asseguramos um futuro onde as pessoas viverão mais e melhor com métodos preditivos, que nos permitirão cuidar dos males antes que eles nos acometam, sejam eles de ordem médica, social ou comportamental! É a tecnologia ajudando a integrar o homem ao seu novo futuro! Temos soluções para os mais pobres, para aqueles que têm sido desassistidos pelos limitados programas humanitários! Estamos atentos a todos e oferecemos, a cada um, soluções adequadas que podem melhorar suas vidas, dentro de seus diversos níveis! Cada indivíduo passa a fazer parte de uma única e confiável rede de informações e controle. Todas as informações serão obtidas através de seus diversos elementos tecnológicos, inclusive implantados em seus corpos! Suas emoções e suas ações passam a ser monitoradas onde quer que estejam protegendo-os de problemas! Podemos trazer soluções imediatas para cada necessidade que qualquer ser humano apresente, pois estaremos todos interligados a uma mesma central de informações! Ninguém precisará mais se preocupar com barreiras e fronteiras, pois elas serão definidas em acordo com suas necessidades e o seu alcance pessoal! O teu corpo será a moeda de troca, tornando obsoleto o uso de dinheiro, inclusive físico! O teu corpo será nossa ferramenta mais preciosa para definir suas rotas, suas aquisições, suas convivências e seus desejos! Um mundo sem fronteiras, controlado, absolutamente pacífico e unificado!”

Claro que isto é um jogo imaginativo, mas nem tanto! Porque os resultados deste experimento (que ainda não acabou! Pois há diversos níveis de informações que serão estimulados a serem liberados a partir de diferentes realidades que ainda estaremos prestes a viver pelos próximos meses) só podem ser aplicados se a humanidade baixa a sua guarda e aceita as mudanças graduais que serão impostas. Repentinamente os sistemas de vigilância passam a usar drones com a desculpa de ser uma forma eficaz de abranger certas comunidades, seus aparelhos de telefone passam a ser rastreados para saberem por onde vocês andam com a desculpa de controle social para impedir contaminação, suas redes sociais são controladas através da limitação de circulação de certas mensagens, seus gastos são controlados com a desculpa de que há escassez de certos produtos que devem ser redirecionados para certos setores da sociedade e por aí vai. Sutilmente, a sua vida vai ficando restrita. E você pode ser obrigado a aceitar certos procedimentos para ter a aparente liberdade de ir e vir concedida: só sai de casa se informar seus sintomas, se tomar vacina, se tomar o remédio, se passar as informações que desejam, se estiver fora de algum grupo de risco... E aí, a tua vida parecerá com aquilo que era antes, com risos, tristezas, consumos, empregos a serem conquistados, status a ser redefinido, nada que já não foi feito antes, como nos períodos após as duas grandes guerras, por exemplo.

Para todo desejo de um grupo ínfimo de pessoas que desejam sim, continuar controlando o fluxo de informações e de dinheiro dentro do planeta (e sabe-se lá mais o quê!), há uma grande quantidade de pessoas (mais de 8 bilhões, se não estou enganado) que deveriam começar a questionar sobre que tipo de mundo andaram ajudando a construir e que tipo de mundo querem construir daqui para frente. Até que ponto nós tivemos voz ativa sobre as mudanças que têm ocorrido? Até que ponto fomos comunicados sobre as reais intenções de cada guerra declarada, de cada invasão decidida, de cada mudança financeira implantada, de cada programa social desenvolvido, de cada estratégia de marketing empregada? Vamos continuar vivendo sob a doce e inocente compreensão de que eles sabem mais do que nós? Eles quem, caras pálidas? Quem são estes simpáticos seres que organizam nossas vidas e nos abandonam na hora em que mais precisaríamos? Quem são estes seres que determinam o que devemos ouvir, o que devemos vestir, o que devemos comer, aonde devemos viver, que profissão é melhor, que país é melhor, quanto conhecimento podemos acessar, que nível de espiritualidade é adequado a nós, que permite que as religiões controlem nossos comportamentos e nossa espiritualidade? Quem são estes seres que mudam nossos destinos de uma hora para outra e não estão nem aí para as nossas emoções, para as nossas necessidades, para as nossas individualidades, moldando-as todas em acordo com as suas vontades estranhas e nada positivas? Quem são estes seres que acreditam que sabem o que é melhor para cada um de nós? Quem são estes seres que não nos dão liberdade de nos lembrarmos de que somos seres muito maiores e mais livres? Quem são estes seres que nos impedem de desenvolver a nossa espiritualidade para que nos lembremos de que somos seres universais e multidimensionais e livres para atuar dentro da Criação? Quem são estes seres que são capazes de nos convencer que não temos forças para reagir e bani-los para a pequenez de suas vidas vazias? Quem são estes seres que não nos deixam desmascará-los e mostrá-los como eles são e que se divertem com nossas angústias e medos fabricados, impostos e delineados por eles? Quem são estes seres que sempre arranjam um jeito de ridicularizar e destruir quem tenta trazê-los a público?

Pois é, quanto mais nos esforçarmos para questionar este mundo e a maneira como ele vem sendo conduzido, mais distantes ficamos de uma era aquariana fria, tecnológica e sem emoções. Não sou contra tecnologias, mas sou contra o uso de tecnologias para exercer controle e dominação de quem quer que seja.

O controle e dominação começa quando abrimos mão de exercer nossa capacidade de questionar e quando nos esquecemos de sentar e de meditar. Sim, a tão ingênua meditação pode nos levar a desenvolver uma melhor noção de quem somos e torna cada vez mais difícil a distração de nossa atenção pelo mundo que nos cerca. Não nos tornamos alienados, nós nos tornamos mais conscientes de quem realmente somos. Urano em Touro (e eu não deixo de repetir isto) é uma energia disponível para que nós possamos reaprender a usar a tecnologia mais positiva e mais poderosa que temos: nosso corpo físico! É a partir de nosso corpo físico que podemos compreender a nossa importância real para este planeta, para este sistema solar e para toda a Criação. Se estamos de quarentena, então usemos isto a nosso favor, aprendendo a cuidar deste corpo, aprendendo a desenvolvê-lo espiritualmente, aprendendo a lidar com ele espiritualmente e fisicamente. Quem tem consciência do que é, possui maior força para superar as energias de controle e dominação que nos rodeiam e nos encantam a todo momento. Não é fácil, mas é preciso aprender a fazer isto!

Para aqueles que temem falar isto ou para aqueles que não consideram importante o desenvolvimento espiritual, eu só posso dizer que aqueles que estão por trás de tudo o que se tornou este mundo não fazem nada e não conseguem nada a não ser pelo uso das suas próprias forças espirituais. Se eles usam estas energias espirituais para escravizar os demais é porque eles têm a certeza de que o uso que estão fazendo destas energias espirituais só dá certo porque nós mesmos não acreditamos mais em nossas capacidades espirituais. Eles acreditam que estão fazendo algum bem a si mesmos, eles distorcem a nossa noção espiritual porque eles acreditam que o uso da energia espiritual é para controlar e dominar e não para libertar e criar. Mas é o livre-arbítrio deles! E o nosso? Nós vamos abrir mão dele? Nós vamos abrir mão da nossa capacidade de assumirmos o controle de nossas vidas ou vamos ter que aprender com eles a controlar e dominar os nossos pares? Por quanto tempo?

Que tal começarmos agora a mudar o jogo? Sempre dá tempo para comemorar boas vitórias em favor de um mundo mais alegre, mais criativo, mais desenvolvido, mais humanitário, mais espiritualizado.

O experimento de alguns só pode dar certo se baixarmos a nossa cabeça. É neste ponto que reside a falha de todo o mecanismo que criaram.

Saturno em Aquário vai voltar a fazer uma forte quadratura com Urano em Touro em 2021 e outra um pouco mais leve em 2022. Vamos optar por um mundo onde nos tornamos conscientes do modo controlador e dominador que querem impor a partir daqui ou vamos nos conscientizar de que somos maduros o suficiente para mudarmos este jogo? Lembrem-se: a decisão tomada agora repercutirá por toda a Era de Aquário (mais de 2000 anos!) e definirá a qualidade do uso de todas as energias de cada Era vindoura até a chegada da Era de Leão (mais de 12 mil anos!), que será a nossa próxima chance de rever o que escolhemos agora.

A mudança sempre esteve em nossas mãos e não nas mãos de qualquer outro ser que se denomine deus! Somos o deus de nossas vidas! Sempre!
PS: Mais abaixo deixo uns links.


 Cybermen (da série Doctor Who) foto de Steve Collis, obtida a partir do site Wikipedia

Alguns links que podem ser interessantes, e que podem despertar a sua curiosidade para outros fatos e assuntos e ajudá-lo a desenvolver a sua própria maneira de ver o mndo atual (e que pode ser diferente da minha!):