Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via WhatsApp, Telegram ou Skype. Se deseja atendimento comigo entre em contato usando o e-mail: marcomenezesbrrj1@gmail.com .Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

16 novembro 2019

Como será a vida do Lula desde o dia 16/11/2019 até 31 de dezembro de 2020


Como será a vida do Lula desde o dia 16/11/2019 até 31 de dezembro de 2020

Por Marco Antonio H. de Menezes

Olá! Tudo bem?!
Após a liberdade momentânea do Lula, o que ele poderá esperar para a vida dele?
Eu escolhi as Cartas Xamânicas de Jamie Sams e David Carson (publicado no Brasil pela Editora Rocco, com ilustrações de Angela C. Werneke) para verificar isto.
Estas cartas permitem resultados com elas na posição normal ou na posição invertida (ou contrária). Não há como saber em que posição está a carta até que se tire e vire a carta para ver a imagem que aparece.
No caso, eu perguntei como ficaria a vida do Lula entre o dia da tiragem da carta (16/11/2019) e o dia 31 de dezembro de 2020, ou seja, por um período de mais de um ano.
O resultado foi a carta 9 ou a Borboleta, que é uma carta que significa transformação. A carta saiu invertida, então preciso olhar a parte do livro onde é comentado o significado da carta invertida ou contrária.
Feito tudo isto, basta olhar para as fotos mais abaixo para ler o significado da carta.
Do meu ponto de vista, a carta foi muito direta: que o Lula aproveite este período para demonstrar o quanto mudou e o quanto está pronto para alçar voo. Com a carta invertida, espera-se que a pessoa tenha aproveitado seu tempo no casulo (no caso do Lula, a prisão) para transformar-se e transformar o seu ponto de vista, pois o mundo que encontrará ao sair do casulo será diferente daquele que conhecia antes de período de reclusão. Mas foi um período de transformação, pois entrou como uma lagarta e saiu como uma borboleta, portanto espera-se que tenha aproveitado este período de prisão para entender que é hora de trazer para o mundo a certeza de que mudou, de que está mais afinado com o mundo presente. Não é hora para se apegar ao passado, aos velhos costumes e às velhas práticas, mas é hora para ter coragem e lutar com todas as forças por algo que considera importante. Ele pode considerar importante afastar-se da política ou pode considerar importante manter-se dentro da política como um conselheiro para as novas gerações, inspirando pessoas da esquerda, do partido ao qual pertence e até mesmo pessoas de outras tendências ou, ainda, pode querer continuar a atuar dentro da política candidatando-se a algum cargo (neste caso, talvez com uma visão modificada, após o tempo em que esteve recluso), dentre outras opções. Qualquer que seja a sua luta, ele deve entender que ela será feita de maneira corajosa e deve considerar que o mundo, que agora se encontra diante dele, é outro. É preciso lembrar que o Lula não está livre. O Lula ainda aguardará decisões da justiça para saber se está livre de todas as acusações ou se deverá ser preso em função delas. O mais importante é que, quaisquer que sejam as decisões do Lula, ele deve considerar que este é o momento para ir mais longe sem perda de tempo, porque, como sabemos, as borboletas possuem vida curta, logo não é o momento para perder tempo com firulas, com distrações e com coisas que antes até eram atraentes, agora é hora de agir de maneira muito equilibrada, harmônica, firme, calculada e objetiva para que possa obter resultados positivos para a sua vida (e daqueles que dele dependem) em um curto espaço de tempo. É um período de riscos inclusive para a própria vida, já que exageros e apostas erradas levam a um final muito rápido e muito diferente do planejado. O Lula tem nas mãos a chance de mostrar que ou é o político mais carismático e influente da atualidade (como apostam pessoas do Brasil e até de fora do país) ou que é alguém que não possui mais forças para bater asas porque se rendeu ao apego pelo passado e por tudo o que já foi e representou, ou seja, alguém que escolheu pensar como uma lagarta em lugar de se comportar como uma borboleta pronta para bater asas.

PS: trata-se da leitura de uma carta e não de uma opinião política, portanto evite comentários desagradáveis (que serão devidamente apagados). Experimente ver esta análise como uma oportunidade positiva para entender como você se comportaria diante da vida (e dos dilemas inerentes a ela) sob a luz desta carta invertida. Como você tem saído do casulo? Você tem saído ainda com uma mentalidade apegada aos tempos de lagarta ou com a mente de uma borboleta pronta para voar? Ou está com medo de sair do casulo?






27 setembro 2019

Conforme Júpiter se aproxima de Capricórnio, maior vai ficando o rombo...

Conforme Júpiter se aproxima de Capricórnio, maior vai ficando o rombo...
(por Marco Menezes)


Entendam o seguinte, quando Plutão estava em Capricórnio, Netuno em Peixes e Urano em Áries, o mundo começava a se aproximar de uma era sombria... pelo menos para alguns.
Os fantasmas começaram a aparecer de dia, sob a luz do sol, porque a lotação dos porões da inconsciência chegava ao fim.
Um mundo construído sobre peças de barro úmido não se diferencia do castelo de areia à beira do mar.
Anos de silêncio e de acordos traçados sobre quem fica com a riqueza e quem fica com a dor de dar a riqueza contra a vontade começam a ficar muito transparentes.
Repentinamente, como se fosse um encantamento macabro e/ou uma maldição vomitada sobre cada um dos que colonizavam para obter mais riquezas para si, tudo começava a criar vida e se voltar contra os colonizadores.
O que fazer quando temos tanta riqueza? Esbanjar ou distribuir? Distribuir entre quem? A riqueza acumulou-se para poucos, foi distribuída para poucos. Mas o silêncio foi distribuído para muitos. Ninguém deveria saber ou entender que aquilo acontecia. Quem soubesse seria tomado por louco ou seria perseguido.
Os que acumulavam muito eram chamados de muito ricos, embora alguns os chamassem de exploradores da riqueza alheia. Eles sempre semearam a discórdia com políticas intervencionistas, gerando dúvidas, modificando leis locais, conclamando o mundo a criar sanções contra aqueles países que possuíam riquezas estratégicas, incentivando invasões, armando e criando guerrilhas, infiltrando agitadores, estimulando preconceitos e por aí vai, porque a criatividade dos donos do mundo é infinita, ou parece ser.
Nesta fantasia absurda surge algo que assombra somente quem muito acumulou: a escassez! A fortuna, o dinheiro abundante, o poder da moeda que tudo compra começaram a definhar, como fina areia por entre dedos macios que nunca souberam o que era um trabalho escravo.
O que fazer diante da crise que se aproxima dos acumuladores de riqueza?
Criar insegurança, criar a sensação de insegurança, gerar a ilusão de que este mundo está fadado à escassez graças aos abusos cometidos pelos que vivem nos países que não acumulam riquezas. Os acumuladores apareceriam como salvadores ou como criminosos que se arrependem fácil de seus crimes. O importante é criar tanta insegurança sobre o futuro que a violência poderia ficar incontrolável, governos ficariam instáveis, uma reorganização da ordem mundial deveria ser feita.
Quando ninguém tem noção real do valor que possui sob os seus pés, fica fácil convencer, com palavras e atitudes cientificamente comprovadas, sobre o fim de tudo. Quando aprendem a baixar a cabeça diante daqueles que sempre fazem uma política típica de um explorador, fica fácil atender aos seus choros crocodilianos e a tantas súplicas. Se possível for, usam até crianças com discursos veementes, aproveitam-se de governantes com egos inflados e discursos destrambelhados, incentivam organizações de pretensa ajuda humanitária, espalham missionários religiosos de atitudes duvidosas, tudo num esforço de consolar e ajudar pessoas que não entendem que nunca houve escassez, mas mesquinhez de quem governa o mundo e só deseja acumular grana.
Quando Plutão em Capricórnio, Netuno em Peixes e Urano em Áries começaram a trabalhar juntos, tudo isto começou a ruir. Como se fosse uma panela que, aos poucos, vai revelando os furos que se tenta tapar com os dedos para que o líquido não vaze, chega o momento em que tudo começa a falhar, o líquido começa a vazar e já não há como esconder a verdade dos fatos. O dinheiro está acabando! A riqueza está acabando! E quem sempre teve muito guardará, com mãos cada vez mais gananciosas, o que possui e fará de tudo para obter mais à custa de mais dores para quem foi sempre explorado. Mas o problema é que isto está ficando muito claro para todos. Grandes empresas começam a falir, bancos começam a fechar as portas, países começam a rever suas políticas sociais, grandes conglomerados internacionais começam a explorar novas formas de obter lucro em países sob crises artificializadas, grandes conglomerados compram a soberania dos países que são enfraquecidos politicamente por ações infiltradas. Toda matéria-prima que é escassa nos países mais ricos é abundante em países com baixa percepção estratégica (inclusive e principalmente de seu povo) sobre a sua importância política e social dentro de um mundo em convulsão.
Os poucos países que lutam contra esta mentalidade de escassez são isolados politicamente e rotulados como países que não são democráticos.
Quando Saturno apareceu em Capricórnio, ele não veio para consertar, mas para cobrar o que fazer. Num mundo conservador, num mundo acostumado a acumular riquezas nas mãos de poucos, a ambição fala sempre mais alto. Quando Saturno começou a cobrar o que fazer, a resposta foi assumir uma postura muito mais conservadora, com políticas antiquadas e restritivas. As liberdades foram ameaçadas (mesmo em países ditos democráticos, pesquisem um pouco sobre como tem sido governada a França, só para começarem a ter ideia!), leis coercitivas começaram a ser colocadas em andamento em diversos países. A mesquinhez, a ganância, o medo de perder o que possuem fez com que o mundo se tornasse um lugar inseguro para os amantes da liberdade, da independência e do prazer de viver.
Mas é com a presença de Júpiter que isto vai ficar mais evidente. Quando Júpiter aportar em Capricórnio, a sua energia expansiva vai dimensionar e deixar mais evidente os rombos que estão tentando esconder.
Possivelmente veremos uma época onde ficará evidente que o dinheiro não circula mais da maneira como circulava e que os países estão emitindo muito mais do que possuem nos seus cofres. Crises artificiais serão criadas para gerar situações que revertem o fluxo do dinheiro. Os grandes grupos e os países que vivem do dinheiro das drogas terão que fazer muito para esconder de onde chega o dinheiro que subvenciona suas armas e suas políticas de guerra. As religiões serão ainda mais usadas para tentar apaziguar os ânimos das pessoas, mas é possível que isto faça com que fique cada vez mais evidente a verdadeira face destas religiões que são subvencionadas por acordos políticos, armas e drogas. A justiça dos países será usada, como sempre, para acobertar cada vez mais da opinião pública a verdadeira face dos verdadeiros criminosos e para fortalecer grupos e cartéis de lavagem de dinheiro (que são a base para a subvenção de armas e políticas intervencionistas). Veremos o totalitarismo, o autoritarismo e o controle das ações das populações crescendo, mesmo em países que se dizem democráticos, como os da Europa e os EUA.
E se o povo de diversas partes do mundo (aqueles que se sentem ameaçados por todas estas políticas) começa a se revoltar contra os seus governantes?
Urano retrógrado ainda permite que as pessoas refaçam as suas agendas e coloquem a mão na consciência. Mas quando Urano voltar a andar direto será como aquele jogo de dominó onde as peças, de modo sincronizado, caem umas sobre as outras e não haverá como parar isto até que a última peça seja atingida. A ruína das nações que apostaram em políticas contra os direitos do povo será patente.
Neste exato momento está sendo desenhada a nova rota da seda, que envolve países como Irã, Turquia, Rússia, China e Índia (e deve envolver mais países!). Parte destes países está acumulando ouro e outras riquezas porque há a previsão e o entendimento de que virá uma nova onda de desastre econômico. Se haverá guerra? Dependerá de quem acumula as riquezas. Se a guerra for a melhor saída para redefinir e consolidar novos rumos para a economia mundial, ela será usada. Não se enganem!
O fato é que a riqueza como entendemos está mudando, mas esta mudança está sendo orquestrada pelos mesmos que sempre orquestraram e comandaram a riqueza dentro do mundo moderno. O mais difícil para a humanidade será sair desta roda contínua e definir conceitos mais humanos e mais positivos para todos. A nova rota da seda pode ser algo bom, mas se a mentalidade humana continuar a ser pautada no discurso da escassez daqueles que ainda preservam o poder nas suas mãos, dificilmente veremos uma mudança concreta.
A primeira coisa que a humanidade deveria aproveitar da passagem de Urano por Touro é sair da visão estreita e cômoda de lidar com o planeta e começar a olhar para ele como um lar muito querido, um lugar onde se deseja construir uma nova concepção de planeta. Não é acusando uns aos outros, não é gerando preconceitos, não é ambicionando o poder, não é subjugando povos, não é discriminando pessoas por classes e valores monetários que seremos melhores. Urano em Touro pode ser a ponte para uma era aquariana mais humanitária ou para uma era aquariana muito distópica. Muito cuidado, porque há muitas organizações que se dizem preocupadas com a humanidade, com a natureza, com os direitos das minorias e que são subvencionadas por grandes fortunas e grandes conglomerados que visam apenas manter o controle da riqueza nas mesmas mãos. Se faz necessário aprender a reconhecer a diferença! A maneira como lidaremos com a futura quadratura de Urano em Touro com Júpiter e Saturno em Aquário ditará exatamente como seremos na era de Aquário (lembrando que, do meu ponto de vista, nós estamos sob as duas eras: a de Peixes e de Aquário. Sendo que a de Peixes deverá terminar quando Urano, Júpiter e Saturno ingressarem juntos em Aquário e, a partir daí, o mundo estará absolutamente sob a era de Aquário até o dia da vinda da maravilhosa era de Capricórnio, mas isto já é história para daqui muitas encarnações!).
Quando Marte passar por Capricórnio nos últimos 10 dias de fevereiro de 2020, haverá um movimento interessante nos céus. Capricórnio, Peixes, Áries, Touro e Câncer serão movimentados por aspectos envolvendo Marte, Sol, Quíron, Lilith, Urano e Nodos Sul e Norte da Lua. Estarão funcionando aspectos que permitem saídas positivas (sextis e trígonos) para as tensões (semisextil, quadratura e oposição) que venham a ser criadas. Se não houver uma postura madura por parte dos governantes e da sociedade, nós podemos escolher o manto dos conflitos e dos atritos como forma de resolver os problemas.
Bem, estas são as minhas palavras soltas! Espero que você faça o melhor uso delas e repense o mundo e olhe para tudo com olhos diferentes, mas passe a ter mais garra por construir um mundo mais interessante para todos. Não é fácil, mas é possível! Questione mais! Busque saber para além do que te informam! Vá mais longe! Até a próxima!




17 junho 2019

Saia daí!

Olá!
Em 18 de maio de 2019 eu escrevi um texto sobre as posições planetárias importantes para aquele período e além e já avisava que o período não seria dos mais fáceis.
Confirmando a carta cigana que saiu para o ano de 2019 ( Cegonha), este é um ano de desapegos e de preparo para novas direções. O novo começa a ser gerado aqui.
Eu tenho percebido, na minha prática pessoal, que muita gente tem sido levada a abandonar velhos caminhos e de maneiras nem sempre confortáveis. O desapego tem sido um tema recorrente na maioria dos meus atendimentos deste ano.
São relacionamentos afetivos abruptamente desfeitos, trabalhos que mudam de direção de uma hora para a outra, perda repentina de emprego, crises nas atividades que forçam as pessoas a criarem uma nova linha de atividades, convites inesperados para fazer cursos ou para trabalhar que reviram as certezas das pessoas e relacionamentos afetivos que balançam todas as regras das pessoas, dentre outras coisas que tenho percebido.
O incomum não está nos assuntos, mas na quantidade deles, como se o universo estivesse distribuindo uma quantidade enorme de convites para que as pessoas troquem tudo o mais rápido possível em suas vidas.
E acredito que as coisas não ficarão mais lentas no segundo semestre de 2019. Será um período de aceleração dos mais fortes para todo mundo.
Minha recomendação pode parecer radical para alguns, mas não resistam às mudanças, não temam encarar seus medos, não temam resolver velhos assuntos só porque no passado algo não deu certo ao fazer a mesma coisa, não temam submeter-se às pressões resultantes das mudanças, não deixem de explorar o máximo que o mundo está mostrando, superem-se e assim conseguirão ficar acima da bolha de controle que se alimenta do medo de encararmos as consequências de sairmos das rotas estabelecidas.
Poderá ser doloroso, mas será recompensador e libertador.
O tempo para sentir os efeitos daquelas atitudes (digamos libertárias e revolucionárias para os padrões de algumas pessoas) varia de pessoa para pessoa.
Sabe quando assistimos a um filme de suspense ou de terror e gritamos para que as pessoas saiam dali? Eu faço o mesmo agora: saia daí!!! Aceite este pequeno conselho quando começar a ver que as coisas estão ficando diferentes para os teus padrões! Ficar parado dando uma de resistente e acomodado só tornam as coisas mais difíceis.
Até a próxima!!!


18 maio 2019

O Monstro



Olá!!!
Faz tempo que não escrevo um texto por aqui ou faço um vídeo, mas a minha rotina obriga-me a cuidar de outras situações. Porém, tenho deixado por aqui alguns vídeos e textos e indicações que possam ser positivos para cada um daqueles que passeiam por esta página.
Hoje eu gostaria de olhar para o monstro!
Outro dia, estava eu conversando com um amigo sobre o país. Num dado momento eu falei que este país está encarando o monstro que ele gerou ao longo de sua existência.
Alguém ou um grupo de pessoas precisava aceitar o papel de ser a encarnação deste monstro. Por muito tempo nós vimos este monstro manifestando-se como icebergs, mas nós não tínhamos a exata dimensão dos icebergs (e, consequentemente, do monstro!). Por vezes, a ponta do bloco de gelo parecia enorme o bastante para pensarmos que representava a totalidade do bloco, mas aquilo, por mais assustador que fosse, ainda era pequeno diante do que se mantinha submerso.
Imagine um mar relativamente calmo, aves voando, navio deslizando suave... Tudo muito tranquilo, enquanto as correntes marinhas impulsionam, silenciosamente, um grande bloco de gelo. Esta é a nossa história.
Eu costumo dizer que o país possui uma história recheada de episódios de abuso que são suavizados pelo passar do tempo, pelos textos incompletos, pelos relatos que são revisados e pasteurizados. O que nos chega é muito pequeno diante do que de fato aconteceu e diante da ferocidade dos acontecimentos.
Ninguém é perfeito e ninguém é só bom ou só mau. Mas para facilitar a fluência de uma narrativa podemos arredondar tudo e criarmos estereótipos que nos fazem acreditar na dualidade como algo que se encarna de maneira separada e definida: fulano é bom e outro é mau, aquele grupo queria o mal e o outro nos salvou do mal e por aí vai. Este arredondamento ou suavização dos fatos faz com que deixemos de lado a verdade e com ela deixamos de lado a possibilidade de fazer as devidas correções antes que aquilo que não ficou bem resolvido assuma uma nova forma e bata na nossa porta novamente. Cada vez que deixamos de lado a verdade, cada vez que abandonamos a possibilidade de corrigir erros, mais chances nós damos para que tudo volte a nos assombrar mais adiante, com novas facetas e com força renovada. E quanto mais nós repetimos o ato de não encarar a verdade e de não fazer as devidas correções, mais criamos artificialidades que nos permitem fazer de conta que nada daquilo nos afeta ou nos afetará, porque perdemos a percepção de que tudo aquilo está encadeado, nada está separado, nada é um fato novo em si, mas um acúmulo de tudo o que não encaramos.
Para tudo existe um limite e para estes momentos surgem pessoas e grupos que se prontificam em ser a encarnação de tudo aquilo que temíamos ver, mas preferimos empurrar para baixo do tapete.
A atual realidade do país nada mais é do que a encenação nua e crua de tudo aquilo que fazíamos de conta que não existia, de tudo aquilo que não achávamos importante encarar, de tudo aquilo que achávamos que estava enterrado sob metros de coisas mais sólidas e mais edificantes, de tudo aquilo que de fato nos tornamos, mas negamos porque preferimos ver nós mesmos como seres acima de qualquer suspeita.
Infelizmente, o monstro precisa vir à tona, ele não aguenta viver tanto tempo sendo ignorado, sendo suavizado, sendo ridicularizado, sendo desprezado, sendo vítima da falta de consciência das pessoas. Ele precisa ser ouvido, ele precisa botar para fora, vomitar, defecar, urrar, bater, urinar e feder muito para que todos, sem exceção, o encarem. É preciso que ele faça isto para que as pessoas assumam paternidade e maternidade daquilo que semearam, gestaram e fizeram nascer (e trataram de se livrar quando perceberam as imperfeições evidentes!). É preciso que as pessoas encarem quão abusivas têm sido e quão abusadas elas têm sido. É preciso que saiamos da visão infantil de que nós somos boas crianças e de que nossos atos foram fruto de nossa tenra e ingênua idade.
Não é bem assim!
Somos responsáveis e não há uma única pessoa que não seja responsável. Isto não inviabiliza tudo aquilo que uma parcela de nós fez para que olhássemos para o monstro que estávamos criando.
Agora tentamos, mais uma vez, negar a responsabilidade e tentamos fugir de algo que, neste momento, está tão evidente: o monstro!
O país está entregue a um monstro! O que faremos com este monstro? Espancá-lo? Matá-lo? Ignorá-lo? Bom, nenhuma das alternativas anteriores seria boa (mas muitos podem ser seduzidos por elas!), porque a única coisa que resultaria disto é adiar para um futuro qualquer o aparecimento de um monstro muito pior. Precisamos encará-lo! Precisamos olhar para a história do país e começarmos a rastrear tudo o que deixamos de lado, tudo que permitimos que fosse destruído em nome de uma comodidade e de uma passividade. Precisamos aceitar até onde fomos capazes de destruir nossas raízes, até onde fomos capazes de negar as nossas origens, até onde fomos incapazes de corrigir nossas mazelas, até onde fomos parceiros de nossos abusadores só para ficarmos comodamente tranquilos com a nossa rotina diária, até onde fomos incapazes de olhar para os abusos que deixamos que cometessem por medo de que fizessem algo pior a nós mesmos. Até onde nós fomos preconceituosos? Até onde fomos invejosos dos que pensaram fora da caixa? Até onde levamos o nosso medo de nos arriscarmos? Até onde fomos capazes de ser brutais com todos os que nos convidavam a ver a vida para além de nossa rotina? Até onde fomos covardes para abandonarmos aquilo que sabíamos que nunca nos fez bem? Até onde ignoramos o bem-estar da coletividade apenas para atender ao nosso bem-estar imediato? Até onde ignoramos o bem-estar da coletividade apenas para não provocarmos a ira dos poderosos? Até onde aceitamos que menos é melhor? Até onde aceitamos que o outro é nosso inimigo pelo simples fato de ser diferente? Até onde nós fomos tão cruéis com aqueles que amávamos para descontar neles os desmandos de quem está nos comandando? Até onde aceitamos a tese de que precisamos ser comandados e de que somos imaturos? Até onde aceitamos o discurso de que somos imaturos só para que isto seja conveniente? Até onde aceitamos que o que ocorre fora de nossa vida particular é diferente do que acontece dentro dela? Até onde aceitamos que não devemos questionar?
O monstro está aí para ser curado e não para ser destruído! Ele habita o poder do país, mas ele está em nosso lar, em nossa vizinhança, em nosso ambiente de trabalho, em nossos momentos de lazer e em nosso ego. Ele não é um ser mau que surgiu magicamente, ele é apenas um ser que nós criamos, mas negamos que somos os criadores dele.
O monstro está convidando cada um de nós a conhecê-lo e a olharmos para ele e enxergarmos nele a nossa face. Ele está convidando cada um de nós a curarmos, agora, as nossas muitas feridas que nos deformam espiritualmente, mentalmente, emocionalmente e fisicamente.
Não é um trabalho fácil e que se faça em um dia e nem a cada quatro anos ou sendo de esquerda ou de direita ou sendo progressista ou sendo liberal ou sendo conservador ou sendo socialista ou sendo comunista ou sendo democrata ou sendo terrorista ou sendo fascista ou sendo nazista ou sendo patriota ou sendo cidadão de bem ou sendo mortadela ou sendo coxinha ou sendo esquerdopata ou sendo pato... É um trabalho para recuperarmos o amor por nós mesmos, por nossa vida. Não estamos odiando alguém, estamos odiando a nós mesmos. Precisamos apontar o defeito do outro com a consciência de que o outro somos nós mesmos e aí paramos de apontar o dedo e passamos a apertar as mãos e paramos de lutar, porque é preciso conversar, repensar, corrigir, perdoar, curar, limpar e, conscientemente, restaurar, expulsando de nós mesmos tudo o que insiste em dividir, prejudicar, preconceituar, prejulgar, destruir, matar, apoderar-se, desqualificar, desestimular, desmoralizar e negar os fatos como eles são.
O trabalho (muito árduo!) é para resgatarmos a lembrança de que somos humanos, vivemos no mesmo planeta e de que está na hora de recuperar a memória de quem somos e do que podemos fazer pelo bem-estar de todos em lugar de atender (como repetidamente temos feito) ao bem-estar de um grupo que nunca se preocupou com outra coisa senão em manter (e fazer crescer) o muito que sempre teve.
O monstro está na nossa frente e dentro de nós para que o curemos. Quem se habilita?!
Meus agradecimentos a Urano em Touro, Saturno e Plutão em Capricórnio, Júpiter em Sagitário, Marte em Câncer e Netuno em Peixes. O monstro não ficará cada dia mais evidente e mais convidativo para a cura sem a nobre participação deles. Que Lilith em Peixes nos seja suave!



Astrologia 2019, um pouco de 2020...



E aí vamos nós por mais uma viagem pelo mundo astrológico!
Lua Cheia em Escorpião, Marte e Nodo Norte da Lua em Câncer, Lilith e Netuno em Peixes.
Plutão e Saturno (Retrógrados) em Capricórnio, Urano, Vênus, Mercúrio e Sol em Touro.
Quíron em Áries e Júpiter (Retrógrado) em Sagitário.
“(...)Sei que nada será como antes, amanhã(...)”
O céu tá lindo! Muita gente boa em água e muita gente boa em terra. Para compensar, um pouco de fogo, porque ninguém é de ferro, mas ar que é bom... quase nada!
Em outras palavras, muita água molhando a terra, com certeza veremos desabamentos emocionais sérios por aí e muito barro pronto para ser moldado.
Tempo úmido, emoções em ebulição, dificuldade para aceitar as desculpas dos outros, dificuldade para manter-se nas posições previamente definidas. Tudo se move ao sabor das marés que ficarão mais instáveis e quem já tem o nervo à flor da pele que se cuide, porque a vida não se mostrará assim tão suave como uma pétala de rosas se não houve o cuidado de se remover os espinhos antes de presentear alguém.
De um ponto de vista físico, as águas corporais poderão apresentar instabilidade, infecções e inflamações, pústulas, abcessos, edemas, mas quem se cuida ou apresenta baixa propensão para isto, pode passar por esta fase batido, quase sem febre.
Trio de água está forte, pois todos os 3 signos de água estão recebendo planetas de peso em suas áreas nesta noite de sábado, sendo que a Lua Cheia em Escorpião estará chamando a atenção para um período difícil do ponto de vista emocional, porque os podres estarão mais expostos, as feridas estarão mais escancaradas, as sensibilidades estarão mais descontroladas. Marte começou o seu passeio por Câncer e já trouxe para uma cidade maravilhosa seus desastres, mas o desastre não aconteceria tão fácil se não houvesse tantos problemas emocionais e estruturais na cidade, certo? Marte em Câncer lembra-me “Mamãezinha querida”, ou seja, momento em que a mãe parece o pesadelo em pessoa, cuja natureza emocional dependerá intimamente do que ocorre externamente a ela. Se a vida afaga, ela trata a todos com doçura, mas se a vida a contraria, ela se torna o cão chupando manga com os que estão ao seu redor. Esta instabilidade emocional pode levar a atitudes e decisões das quais as pessoas podem se arrepender amargamente.  O Nodo Norte da Lua em Câncer mostra os resultados daquilo que fizemos no passado e que podemos corrigir agora, de um ponto de vista emocional. Os nossos apegos podem ser difíceis de serem superados, mas com a passagem de Marte por esta área, eles poderão ser desfeitos de maneira abrupta, mas cirúrgica.  Lilith e Netuno em Peixes ativam questões cármicas fortes para toda a humanidade. O que não nos agrada virá como uma maré que traz o vazamento de óleo que estava em alto mar e agora chega até a nossa praia emocional mais querida, pondo em risco o nosso ecossistema emocional e nos obrigando a sair da comodidade em que nos encontrávamos, achando que aquele vazamento de óleo emocional nunca nos atingiria e não tinha nenhuma relação conosco. O passado te condena, baby! Mas nada impede que nós consigamos fazer as devidas correções e limpezas. Os abusos do passado precisam ser passados a limpo.  Hora de sermos mais responsáveis por aquilo que plantamos e para estarmos mais antenados com a nossa intuição, com a nossa voz interior, em lugar de sacrificarmos quem somos em prol de uma satisfação cheia de encantos, mas vazia de conteúdo.
Plutão e Saturno em Capricórnio com Urano, Vênus, Mercúrio e Sol em Touro mostram que toda solidez será testada até o último instante, porque muita coisa tornou-se inútil, muitas arestas começaram a incomodar, muita cristalização converteu-se em imobilidade que impede a abertura para novos horizontes. A água dos três signos (Câncer, Escorpião e Peixes) vai derramando, correndo, escorrendo e levando todas as impurezas, todos os resíduos, escavando fendas, mostrando tesouros, gerando novos caminhos emocionais. Uma dura batalha entre as emoções e as certezas e ambições. Agora precisamos saber se somos flexíveis ou se nos tornamos tão inflexíveis que terminamos por nos quebrarmos todo, destruindo nossas conquistas e vendo o que de fato é mais importante ser construído em vida.
O fogo de Áries e de Sagitário com as posições de Quíron e Júpiter são as curas necessárias do momento. É preciso avançar sem medo para novas direções, aprofundar o nosso conhecimento, fazer novos contatos, testar novas possibilidades, moldar novas formas e procedimentos.  A Lua trará a sua força para Sagitário ainda no domingo (19/05/2019), fazendo com que o lado indomável fique mais evidente. Não haverá espaço para conformismo e nem para atitudes conservadoras e possessivas. É hora de atirar as flechas e arianamente atirar-se para a aventura de descobrir onde elas caíram, pioneiramente desbravando novas soluções, novas curas, mesmo que isto traga um pouco de dor de cabeça.
O resultado final desta viagem eu não sei, mas sei que está sendo enviado um recado claro de que as coisas ficarão instáveis o suficiente para que se mude o que é necessário ser mudado, porém esta mudança não será feita de maneira agradável, poderá ser muito dolorosa e poderá ter um desenvolvimento muito custoso para todos. As certezas estão cada vez mais sendo dissolvidas e (como já falai quando abordei sobre Plutão em Capricórnio, Peixes em Netuno e Urano em Áries) e não fique esperando por salvação ou pela promessa de que alguém irá te salvar. Aprenda a nadar, aprenda a andar, aprenda a usar os teus próprios sentidos, aprenda a lidar com as tuas emoções, aprenda a reconhecer os teus pontos fracos (e treine-os), aprenda a escutar a tua intuição, aprenda a ser dono de tua vida em lugar de entregar ela nas mãos dos outros. Se alguém quer ajudar o outro, que aprenda a cuidar de si mesmo porque isto servirá como um espelho e um estímulo para que outro também faça o mesmo. Não é egoísmo ou individualismo, mas um treino importante para que resgatemos a confiança em nós mesmos e descubramos nossos limites e nossos recursos individuais. A nossa verdadeira contribuição para o mundo só pode vir á tona se soubermos quem somos e o que podemos, de fato, fazer, em lugar de seguirmos receitas prontas e genéricas que só nos escravizam e nos fazem adoecer.
Temos um belo trabalho a fazer enquanto Saturno peregrina por Capricórnio (eu falei mais sobre esta posição quando ele estava entrando em Capricórnio). Em janeiro de 2020 Saturno e Plutão farão uma conjunção exata (atualmente a conjunção ainda não é exata) entre si, o que dará o pontapé inicial para uma nova forma de expressão da parcela da humanidade que não quer mais fazer parte da atual ordem do mundo. Por outro lado, será ativado fim definitivo de todos os sistemas de crença que até aqui comandavam a vida das pessoas. Como isto se dará ficará por conta do desenrolar das situações, mas estamos vivendo os últimos momentos das estruturas que por séculos estiveram regendo a vida da humanidade. O encontro de Júpiter com Saturno e Plutão no final de 2020 trará as condições para começar a construção de um novo mundo. A espiritualidade e as religiões não serão mais as mesmas depois desta fase. Quando Júpiter e Saturno passarem para Aquário, as ideias começarão a vir, as visões serão claras e a humanidade dará início efetivo a um novo tipo de postura dentro deste mundo. Esperamos que até lá, as escolhas tenham sido as melhores.
Bom , era só isto que eu queria liberar por hoje!!



01 janeiro 2019

"A Cegonha"


Carta cigana para o ano de 2019 no mundo.
"A cegonha"

Olá!!!
Então um novo ano está começando e as crianças deram adeus.
No ano de 2018 as crianças trouxeram a mensagem delas, tentando aliviar a barra depois do ano do caixão que foi 2017. O mundo se dividiu entre apoiar e expressar as crianças mais alegres, criativas e positivas e as crianças mais birrentas, preconceituosas e autoritárias. Esta mistura deu início a uma nova fase. O que podemos esperar num ano que será regido pela carta cigana 17 ou a Cegonha? Vamos ver?
Em diversas partes do mundo as cegonhas são bem-vindas e fazem parte do imaginário popular. Geralmente estão associadas ao nascimento de crianças, às tradições familiares e até mesmo à fidelidade no amor.
No baralho cigano esta é uma carta que traz fertilidade, novas notícias, gestação de novos processos de vida, renovação de vida, conclusão de projetos que foram extensivamente trabalhados em outros momentos, abertura de caminhos, realização objetiva dos sonhos e a voz da experiência.
Para o mundo, é hora de mudanças de rumos. Esta é uma carta essencialmente positiva, então seria muito bom, para a humanidade, que a energia de renovação desta carta fosse aproveitada para dar início a uma fase de renovação de valores, de pensamentos, de atitudes e de visões. Hora de conquistar e de dar vez para novas formas de viver no mundo, fazendo uma grande faxina em tudo o que está apodrecendo, perdendo o seu motivo de existir.
Este pode ser um ano perigoso demais para qualquer governo, porque as pessoas poderão apresentar mais intolerância do que o esperado às iniciativas que não inovam, que não trazem novas perspectivas, que não apontam para novos destinos e novos rumos. Por outro lado, pode ser um ano perigoso para as pessoas que se deixam levar por discursos governamentais que prometem inovações, quando na verdade trata-se, apenas, da continuação de velhas e viciantes estradas, com leves tintas de inovação.
Não é um bom ano para enganar os outros com discursos conservadores, que não estimulam a mudança, que apenas dão voltas sobre o mesmo ponto central. Muito cuidado, pois se as mudanças apontam para velhos caminhos e/ou para velhas formas de estruturação, isto poderá acarretar um período de desequilíbrios, injustiças, desarmonias e perda do senso de direção, se não soubermos separar o joio do trigo com a devida atenção (nem tudo o que é velho, é ruim ou não pode ser aproveitado como base e inspiração para as mudanças!). Neste caso, a caminhada rumo às mudanças e a um período mais fértil pode ser mais lenta e mais difícil do que parece.
Embora seja uma carta considerada positiva, é sempre bom lembrar do fato de que esta é uma carta de gestação e pode ser que tenhamos uma gestação indesejada ou até mesmo um aborto de tudo o que gostaríamos de ver crescer na nossa vida.
Lembram-se daquela velha máxima: cuidado com aquilo que pedem? Neste ano de 2019 ela está valendo ao pé da letra.
O ano é bom para abandonarmos, para encararmos e para darmos um basta a tudo o que não nos faz bem. Não percamos tempo tentando preservar: o que não nos alimenta, o que não cuida de nossa energia e/ou o que já deu vários sinais de que não precisa mais fazer parte de nossa vida. Aquele trabalho que não nos preenche, aquela pessoa que não nos ama, aquela casa que já não podemos mais chamar de lar, aquele ambiente que só nos traz tristeza, aqueles hábitos que se transformaram em vícios, aquelas atividades que se tornaram mera rotina são apenas algumas das coisas que podemos ver sendo retiradas de nossa vida.
Mas, atenção!!!
Lembremo-nos do fato de que esta carta fala de algo que começamos a trabalhar antes para podermos, enfim, ver os resultados tornarem-se concretos agora. Então, se queremos ver-nos livres de uma série de coisas, caso não tenhamos preparado a nossa vida para este momento, é preciso que tomemos os devidos cuidados ou que gastemos parte (ou todo) do ano planejando e criando as condições para que isto se torne concreto, mesmo que não seja no ano de 2019.
Podemos ter planejado o momento certo para gerarmos uma criança ou podemos ser pegos de surpresa com uma gestação. O que será que nós fizemos até aqui para lidar com a vida: planejamos a gestação dos nossos projetos ou seremos pegos de surpresa? E se formos pegos de surpresa, estamos prontos para pegar no batente com a cara e a coragem de quem está pronto para o que der e vier? Se sim, parabéns!! O ano pode ser marcado pela ousadia, pela alegria de experimentarmos, pelo prazer de inovarmos, pela aventura de descobrirmos novos rumos, pela excitação de gerarmos novas possibilidades para a nossa vida.
Estejamos férteis e aproveitemos o ano para semearmos novas coisas e para estimularmos a fertilidade dos outros. O mundo precisa, urgentemente, de uma injeção de renovação, pois anda experimentando doentiamente e continuamente mais do mesmo remédio amargo que só traz dores, guerras e medo. É hora de pensarmos que se nós não acreditamos na nossa capacidade de gerar novos rumos, estamos fadados a repetir nauseantemente os mesmos padrões desgastados que já se mostraram nocivos, tóxicos e viciantes, apesar de vestirem uma roupa de aparente revolução e de salvação.
E não sejamos tolos, esta carta anuncia: não adianta fugir, pois a mudanças e as novidades sempre nos alcançarão e sempre teremos que encará-las e dar a elas uma solução prática! Isto mexerá com as nossas emoções e nos tornará mais vulneráveis. Quanto mais relutamos em mudar, mais portas abrimos para a nossa vulnerabilidade e mais abatidos nos tornamos ao sermos invadidos pela realidade, uma realidade que nos pede mudanças, que nos pede para gerarmos algo.
Esperemos o inesperado num ano de Cegonha. Tudo pode mudar, tudo pode chegar de uma maneira diferente daquela que inicialmente planejamos, tudo pode abrir novos horizontes onde não víamos qualquer resposta. Será uma chuva de paradoxos e nem por isto devemos acreditar que não estamos preparados para ela, afinal, é bem possível que nós tenhamos pedido por ela em tempos anteriores ou é bem possível que tenhamos enfrentado situações que nos prepararam para atuarmos em acordo com o tempo presente.
Então, sejamos pacientes, mas não fujamos!
Exijamos o nosso lugar na história, deixemos nossa marca no tempo presente, derrubemos a mediocridade daqueles que preferem viver no passado e não aceitam a evolução, mas apenas a involução baseada na coerção e/ou o aprisionamento das liberdades ideológicas, mentais, emocionais e espirituais. Deixemos de lado o ranço dos velhos dogmas que nos separam, que só alimentam a competição, a diferenciação vazia, a violência gratuita, a exploração e esgotamento das nossas qualidades. Este é um ano para saltarmos para frente e não para aceitarmos a regressão como norma.
Abracemos o novo, sejamos capazes de semear o novo, combatamos o apego ao medo, desestimulemos a escravização (espiritual, emocional, mental e/ou física) e lutemos pela expressão da renovação em todos os âmbitos e para todos. Sejamos revolucionários e renovadores em tudo o que fizermos e destruamos qualquer tentativa de engessarem a criatividade, o amor e a alegria.
Evitemos normalizar as atitudes das crianças birrentas! Mostremos que é possível gerar crianças mais positivas para este mundo.
Enfim, este é um ano para fazermos a diferença, sendo agentes transformadores ou, se preferirmos, podemos fazer deste ano um simples reinado daquela Rainha de Copas, de Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll, que vivia gritando para que cortassem a cabeça de tudo o que não correspondia aos seus anseios e expectativas, além de aplicar a sentença antes que seja expresso o veredicto.
Então, neste ano de 2019, vamos gerar a renovação e gerar condições para renovações surgirem neste mundo ou vamos decapitar qualquer iniciativa que visa renovação?
Bem-vinda seja a tua alma a este ano excitante, vibrante e explosivo chamado 2019!!