Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via WhatsApp, Telegram ou Skype. Se deseja atendimento comigo entre em contato usando o e-mail: marcomenezesbrrj1@gmail.com .Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

12 novembro 2024

Você é um BANCO DE DADOS

 

Você é  um 

BANCO DE DADOS

por Marco Antonio H. de Menezes

 

Dicionários, enciclopédias e atlas geográficos eram comuns em minha infância. Alguns objetos de cobiça eram interessantes: Delta-Larousse, Barsa, Mirador, Conhecer. Uau!!! Aquilo era um sonho. Eu tinha em casa a enciclopédia Conhecer. Adorava as ilustrações, amava ler certos assuntos e ela foi a fonte de parte das pesquisas de colégio. Os atlas geográficos mais comuns eram bem interessantes, mas quando eu tive a oportunidade de estar diante do atlas da Mirador (e, se não me engano, só pus a mão quando entrei numa biblioteca do Fundão) eu entendi porque ele era tão interessante. Existiam outras publicações às quais eu também tive acesso: Mundo das Crianças, outras enciclopédias (de história da arte, de história brasileira, de história antiga, etc), enciclopédias sobre arqueologia (uma das minhas paixões), dicionários ilustrados...

Pois é, mas parece que tudo isto, hoje em dia, transformou-se em lixo! Se alguém ainda possui tais obras, talvez só as tenha porque ou gosta de tê-las (para estudo, pesquisa e referência, por exemplo) ou porque não sabe como se livrar delas. Não estou sendo rude, estou apenas mostrando a realidade. Aqueles livros que citei acima estão, hoje em dia, em sebos ou estão sendo vendidos nas calçadas das ruas (que viraram uma espécie de livraria, com o fim ou redução das livrarias formais no Brasil) ou em sites de livrarias virtuais. É bem possível que sejam encontrados em bibliotecas públicas. Pode ser que ainda existam, nas bancas, coleções de enciclopédias, mas entendam que, com a vinda da internet, a maioria das pessoas perdeu o contato e o interesse por ter ou comprar uma coleção completa. As coleções custavam caro e, em alguns casos, eram coleções compradas nas bancas de jornal na forma de fascículos e a cada conjunto de fascículos era entregue uma capa dura que servia para encadernar e transformar os fascículos em volumes. E, às vezes, o próprio jornaleiro vendia as coleções totalmente encadernadas por um “precinho especial”.

Mas o mais importante é que tudo aquilo era informação. Naqueles livros constavam todas as informações que foram acumuladas, neles constavam fatos, fotos, descobertas, documentos, discursos, análises sobre obras de arte, análises sobre técnicas e assim por diante. Ou seja, eles eram e ainda são um banco de dados. Se eles são bancos de dados tendenciosos ou não, omissos ou não, isto fica a critério da visão de cada um. Eram bancos de dados referentes ao que era possível saber naquele momento sobre a humanidade, sobre o planeta, sobre diversas fases da história, sobre biologia, sobre geografia, etc.

Com o passar do tempo, as pessoas acessaram as mesmas informações e com muito mais detalhes e com maiores atualizações graças à internet.

Todavia, estes bancos de dados em forma de livros, enciclopédias, atlas e dicionários contam trechos sobre o coletivo, sobre uma criação coletiva. Ali não temos mais do que um amontoado ou apanhado de informações obtidas aqui e ali e que são acessíveis (muitas vezes com maiores detalhes) por quem viaja ou por quem pesquisa nos locais onde estão guardadas as informações (grandes bibliotecas e museus, por exemplo) ou por quem exerce uma dada profissão.

No entanto, estamos chegando a uma grande mudança!

Do ponto de vista astrológico, estamos chegando a um momento onde a informação passará por uma grande revolução. Na verdade, já está passando! Porém, eu diria que as pessoas só começarão a sentir isto com o passar do tempo.

A partir do momento que a sociedade humana fez da internet o seu ponto de contato com o mundo e fez com que surgisse a globalização, o volume de informações cresceu exponencialmente. É um fato! Hoje, nós podemos ver uma pessoa (ou mais de uma) andando numa rua de um país diferente do nosso enquanto ela (ou elas) está (estão) conversando conosco online. Nós estamos, simultaneamente, conectados a vários lugares ao mesmo tempo, ou seja, a noção de tempo e de espaço mudou. Percebam quantas informações nós recebemos numa única ligação por vídeo com várias pessoas conversando conosco ao mesmo tempo. Algumas estão num lugar que está amanhecendo, outras num lugar que está anoitecendo, outras num lugar com neve, outras num lugar com praias paradisíacas, outros num lugar de conflitos, outros num lugar onde ocorre um evento musical. Nós vemos construções, paisagens, públicos e costumes diferentes ao mesmo tempo. 

Agora, pensemos no fato de que as conversas podem ser gravadas e jogadas para alguma rede social ou algum streaming da vida. Milhares de pessoas conseguem ter acesso àquelas informações. As pessoas talvez não notem, mas seus paradigmas, suas percepções, suas noções sobre a vida estão sendo remoldadas cada vez que elas acessam aqueles vídeos. A humanidade está passando por uma mudança gigantesca, quase sem notar. Há uma grande diferença entre eu ler uma enciclopédia ou um verbete sobre um país ou sobre um dado histórico e presenciar a cultura das pessoas, ver aqueles locais históricos, escutar uma pessoa narrando in loco, ver as cores dos lugares, escutar o som daqueles lugares, mas... não apenas de um lugar ou de um fato, mas de vários lugares e de vários fatos ao mesmo tempo.  Repentinamente o cérebro dá muitas voltas e recebe uma quantidade enorme de conhecimento e de informação. Após tais experiências serem repetidas por incontáveis vezes, nós não somos mais a mesma pessoa, nós já não enxergamos o mundo como alguém que lia o mundo somente por meio dos livros.

Estou querendo dizer que, graças ao nível tecnológico que possuímos hoje, nós temos acesso a um número muito maior de informações e num espaço de tempo menor do que as pessoas tinham no passado. O que as pessoas fazem com esta atual enxurrada de informações, bem... depende daquilo que desejam fazer com suas vidas e isto não mudou muito em relação àqueles que não tinham o acesso tecnológico que temos hoje em dia.

Nós estamos passando, coletivamente, por modificações muito mais rápido do que na época das enciclopédias, dos dicionários e dos atlas. A noção do tempo e do espaço está totalmente diferente para quem vive os dias atuais. Rose Marie Muraro já falava que a noção de tempo e espaço, que existia até algum tempo atrás, seria drasticamente afetada pela globalização, principalmente quando as pessoas começassem a ver os acontecimentos no mesmo momento em que eles ocorriam em lugares distantes de onde elas moravam, mas não pela TV e sim por meio de seus aparelhos de comunicação. A tecnologia de comunicação tornou cada cidadão um agente ativo da informação, aparentemente livre das narrativas que eram, até algum tempo atrás, atreladas exclusivamente às mídias, ou seja, somente por meio das mídias tradicionais as pessoas podiam saber o que se passava na esquina de outro bairro ou cidade ou país, no entanto, agora, elas podem saber portando um simples celular e se tornarem um repórter da vida. Graças a isso, as mídias tradicionais tiveram que modificar suas formas de transmitir as notícias, porque perceberam que a narrativa dos cidadãos estava superando em velocidade e veracidade as narrativas antes transmitidas exclusivamente por elas.

Mas tudo isto está ficando no passado! Sim, outra página já está sendo virada e ela já faz parte do cotidiano das pessoas.

As enciclopédias e publicações afins eram fontes de informação sobre fatos, eventos, situações, histórias e narrativas generalizadas. Eram um banco de dados gigantesco, mas generalizado. Com o advento da tecnologia que facilitou e dinamizou a comunicação, nós tivemos acesso e criamos um banco de dados ainda maior, porém ainda generalizado, mas com pinceladas de pormenorização, ou seja, as pessoas passaram a ter acesso às rotinas dos demais, dos bairros, das cidades, dos países, algo que não era contado com tanta minúcia e detalhe num dicionário enciclopédico ou num verbete. Por meio de uma enciclopédia nós podemos saber que alguém fez uma revolução e que ela foi importante para mudar os rumos da história de um país, mas não sabemos dos pormenores, das pessoas anônimas, dos seus pensamentos, de suas características individuais, de suas maneiras de falar ou de se portar. Com o atual nível tecnológico é disponibilizada maior quantidade de informações sobre as diversas pessoas que participam de um evento, de uma revolução, de uma situação qualquer, mesmo que seja uma pessoa anônima. O vídeo grava detalhes, nuances, situações, fatos que normalmente não são considerados numa narrativa generalizada. Mesmo num nível familiar, é possível saber mais detalhes sobre um parente, sobre uma pessoa, sobre uma casa, sobre um bairro onde todos vivem. Antes nós sabíamos algo sobre a família porque alguém contava uma ou outra lembrança, mostrava uma ou outra foto e, se tivesse sorte e finanças maiores, um ou outro filme caseiro.  

Agora, a tecnologia, com a aplicação dos algoritmos, não tem apenas acesso a fatos, a fotos, a vídeos ou a breves narrativas. Agora ela tem acesso a algo que era considerado muito mais íntimo e privativo. Nós estamos vendo a tecnologia que investiga quais são as preferências de uma pessoa: de que tipo de pessoa ela gosta, de que tipo de roupa ela gosta, de que tipo de vida que ela leva, que tipo de emoção ela possui para cada momento, que tipo de raciocínio e de opinião ela é capaz de emitir diante de um fato e/ou de uma foto, de onde ela compra e o quê ela compra. Não interessa tanto a conversa em si, mas o que se passa durante uma conversa gravada por uma pessoa em vídeo: qual roupa ela veste, que lugar ela frequenta, qual horário que ela gosta de sair ou de estar em casa e com quem, quantos animais ela possui, o que ela sente pelo outro, como ela se comporta diante do outro, com quem ela conversa, quais são as preocupações dela, quais são as tendências morais e éticas dela, quais são os lugares favoritos dela, o que ela acha do trabalho, a que horas ela acorda, o que ela faz em casa, o que ela faz na rua, qual o tipo de transporte ela usa, quais músicas ela gosta de ouvir, quais são os hobbies dela, quem são seus filhos, quem são seus parentes, o que as pessoas ao seu redor são para elas... e assim por diante. E não é só quando uma pessoa grava um vídeo, mas quando ela conversa com alguém por meio da voz ou da escrita usando algum tipo de inteligência artificial que está conectada à leitura por algoritmos.

Em outras palavras, o banco de dados agora é outro: cada um de nós! Nós sempre fomos um banco de dados ambulante, porque cada um de nós é uma pessoa única: nossos trejeitos, nossa voz, nosso andar, nossos pensamentos, nossas emoções, nossas preferências, tudo isto e muito mais são uma sopa de dados única, individual e, até agora, impossível de ser registrada com fidelidade e com uma tão profunda intimidade.

Estas informações serão as que mais importarão daqui para frente, porque a tecnologia está sendo direcionada para atender aos interesses de cada pessoa e ela quer se moldar àquilo que cada um é. Então, nós teremos acesso a uma cor, a uma textura, a um lugar, a uma situação que é sabida, de antemão, ter íntima relação com quem nós somos. Isto tem um lado bom e tem um lado ruim, como tudo na vida! O lado bom é que a tecnologia leva-nos para aquilo que nos interessa, sem maiores desvios, poupando tempo, dinheiro e energia. O lado ruim, bem o lado ruim depende de quem está tendo nas mãos as informações sobre nós, ou seja, com que intenção tais informações serão usadas no futuro e por quem!

A humanidade sempre foi uma ótima organizadora de bancos de dados sobre fatos externos, mas estes fatos externos podiam ser e foram e ainda são manipulados em acordo com as mais variadas desculpas. A cada momento são feitas revisões de fatos e de personagens e ninguém sabe ao certo até que ponto as narrativas são tão fidedignas quanto nos fazem crer que sejam, mas isto nunca impediu a humanidade de seguir adiante e manter um nível de liberdade interior. 

Entretanto, a partir do momento que usamos as informações de cada pessoa e nos debruçamos sobre a biologia humana até o mais profundo ponto de intimidade, nós nos tornamos mais conscientes do banco de dados que nós somos e da responsabilidade que é conceder a alguém o poder de cuidar de todas as informações que estão sendo obtidas deste banco de dados. Será que estamos preparados para sermos éticos e morais o suficiente para não manipularmos aquilo que somos, principalmente quando sabemos que as informações que estão sendo coletadas são consideradas mercadorias de troca entre conglomerados e empresas as mais diversas?

Astrologicamente, nós estamos para viver um grande momento na área tecnológica, ou pelo menos é assim que talvez venha a ser o período que é marcado, a partir de 2025, pela presença de Plutão no signo de Aquário, Urano em Gêmeos, além de Netuno e Saturno em Áries. Espera-se que este seja um período muito dinâmico, que irá produzir grandes avanços tecnológicos e que afetará grandemente o pensamento coletivo. Inicialmente não será um período tranquilo, pois ele é um período de abertura para muitas e novas estruturas emergirem de uma só vez e há apego demais (o que é natural) a velhos padrões que já não conseguem atender às demandas atuais. Será um período revolucionário e de desenvolvimento mental muito grande, porém é preciso que a própria humanidade tenha mais consciência daquilo que tais avanços possam trazer daqui para frente, e terá que se basear no seu passado histórico para entender os limites que uma visão mercantilista deverá respeitar para que não coloquemos em risco a individualidade e a liberdade interior de cada ser humano. Isso tudo é importante para sabermos como nós viveremos e/ou como cuidaremos do planeta e/ou como lidaremos com as variáveis inerentes ao fato de sermos seres vivos que interagem com outros seres neste planeta, além de nos ajudar a entender que tipo de seres espirituais poderemos ser daqui para frente.

Não é ruim nós sabermos mais sobre nós mesmos, mas é ruim não sabermos o que fazer de bom com isto, meu caro viajante das estrelas.

Inté!!!

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2025 e além

31 outubro 2024

Novembro, seu lindo!!! Só que não!!!

 

Novembro, seu lindo!!!

Só que não!!!

 

por Marco Antonio H. de Menezes

 

A partir de outubro de 2023 nós tivemos Vênus agitando os três últimos meses daquele ano, um pouco depois de uma longa temporada sob movimento retrógrado no signo de Leão.

Durante aquele momento, Marte, Sol e Mercúrio (todos em Libra) fizeram aspectos tensos com Plutão. E Vênus estava começando um aspecto tenso com Saturno. E teríamos dois eclipses, um em Touro e outro em Libra, ambos domicílios de Vênus. Todos os tipos de relacionamentos (amorosos, familiares, de amizade, de negócios, diplomáticos) entraram numa fase tensa e de seleção. Acordos e contratos estavam sendo ameaçados por rupturas, por perda da noção de limites e por total falta de apreço pelo espaço do outro. Foi por esta época que começou o conflito mais atual entre Israel e a Palestina e nós já sabemos o que aconteceu de lá para cá. Seja como for, este seria um período onde as pessoas deveriam aprender a cultivar a paciência e a inteligência para conseguirem chegar a um acordo, seja num nível de relacionamento pessoal, seja num nível de relacionamento coletivo, pois o momento era instável o bastante para criar discórdia, conflitos, dificuldade para entendimento entre grupos, dissimulação, sectarismo e fortalecimento de diversos tipos de preconceitos, o que só ajudaria a minar uniões, confianças, certezas, além de dissolver o entendimento das pessoas sobre o motivo que realmente norteia as lutas. Aparentemente era certo que se o palco venusiano fosse conduzido para a instabilidade, o período que ía de 2023 até pelo menos 2026 seria dos mais desagradáveis para a humanidade. Infelizmente é este o palco que temos em pleno ano de 2024 e não parece que tenderá para uma melhora imediata.

Agora temos Marte preparando-se para entrar na sua fase retrógrada em Leão (um signo relacionado com o poder) e depois rumará, ainda retrógrado, para Câncer (um signo relacionado com territorialismo, patriotismo, nacionalismo e conservadorismo). Portanto, o lado agressivo de Marte estará exacerbado num nível mundial, principalmente porque estará em oposição a Plutão por três vezes desde 2024 até 2025. A primeira oposição ocorrerá com Plutão ainda em Capricórnio, o que significa mais lutas por poder. E esta oposição ficará exata num período de Sol em Escorpião e Lua Nova em Escorpião, ou seja, o signo regido tanto por Marte quanto por Plutão.

Significa dizer que teremos um período marcado por disputas de poder muito acirradas, seja num nível pessoal, seja num nível coletivo. E estas disputas de poder trarão profundas mudanças, muita transformação e muita transmutação. A morte estará muito presente neste período, pois não há transmutação sem morte. Transmutação requer um ciclo onde ocorra vida-morte-vida, ou seja, é um ciclo que contempla o renascimento. Recomendo a todos a leitura do texto que escrevi sobre Marte x Plutão (link no final deste texto), onde cito as datas das oposições exatas entre os dois planetas.

Num período de Escorpião temos uma fase para renascermos, para regenerarmos, para cicatrizarmos, para curarmos, para expor-nos aos venenos e purgá-los, sendo que tudo isto ocorre de maneira intensa e profunda e no reino das emoções. Marte passará um bom tempo no signo de Câncer, outro signo relacionado com as emoções. Temos Saturno e Netuno em Peixes, outro signo que está relacionado com as emoções, sendo que Netuno é um dos regentes de Peixes. Ou seja, este período de novembro será marcado pela necessidade de lidarmos melhor com as nossas emoções, pois elas serão o fiel da balança, o termômetro que medirá as ações para além deste mês de novembro de 2024. O descontrole emocional torna tudo um barril de pólvora: motins, crises, disputas territoriais, guerras, batalhas, movimentos reivindicatórios, insurreições, violência, vingança, retaliação, desordem urbana, terrorismo, assassinatos, abusos, estupros, violação de direitos civis e desobediência civil, podem ser alguns dos distúrbios que podem crescer a partir deste período de novembro de 2024 e tomar contornos cada vez mais desagradáveis. A insatisfação genuína ou artificialmente incentivada pode gerar os distúrbios citados anteriormente.

Não se trata de horrorizar as pessoas ou simplesmente assustá-las gratuitamente! Trata-se de observar o mundo como se encontra e observar tudo o que está ocorrendo tanto no nível individual quanto no nível coletivo e podemos perceber que há um clima propício para a desestabilização geral de todo um sistema de poder que até aqui parecia conseguir manter-se estabelecido. Só que nada é para sempre e em algum momento as coisas começam a mudar. A estabilização numa faixa de vida migra para uma fase de mudanças e, depois, a fase de desestabilização caminha para um novo ciclo de estabilização. É a vida seguindo o seu fluxo.

O que temos neste momento é uma disputa entre a manutenção de todo um sistema de poder que se impôs por um bom tempo e a instauração de um novo sistema de poder. Esta disputa cria atritos, gera divisões e coloca em confronto poderes. Ninguém sabe o que prevalecerá até que vamos notando as mudanças de rumo que, aos poucos, tomam conta do cenário mundial. A história da humanidade está recheada de exemplos que marcam bem estas fases de mudanças de sistema de poder. E, em alguns casos, tais mudanças de sistemas de poder são marcadas (e até aceleradas) por mudanças naturais e/ou climáticas drásticas causadas pelas mais diversas situações (vulcões, terremotos, frio intenso, calor intenso, doenças, pragas, etc.).

Como entre 2025 e 2026 teremos mudanças muito importantes de signos envolvendo planetas lentos e teremos o Nodo Norte da Lua mudando para um novo setor astrológico, podemos esperar que estes dois anos sejam muito mais tumultuados do que têm sido até aqui, porque será travada uma luta muito intensa entre os sistemas de poder. O ano de 2020 prenunciou o fim de uma era de poder que até aqui estava se sustentando e promoveu um colapso muito forte sobre todos os setores da vida humana. De lá para cá todos os sistemas de poder vigentes estão tentando manter-se das maneiras mais diversas, porém os rasgos promovidos pelo puxa-empurra dos setores envolvidos vão expondo cada vez mais as fraquezas e os erros causados pela tentativa de manutenção de algo que já está caducando. Ninguém sabe o que, de fato, predominará daqui para frente, mas é sabido que todos os níveis da sociedade passarão por um fortíssimo abalo: religioso/espiritual, econômico, social, político, sanitário, educacional, tecnológico e cultural.

No entanto, agora em novembro veremos que as disputas de poder serão elevadas ao máximo, porém há possibilidades de acordos, se as partes considerarem que isto atende aos interesses delas, caso contrário, serão apenas acordos fadados a serem rompidos mais adiante em nome de algum pretenso motivo nobre.

Seria bom evitar precipitações e a impulsividade, porque ela pode levar a becos sem saída. Não é uma boa fase para fazer dívidas contando com alguma futura recuperação, não é uma boa fase para resolver questões por meios jurídicos a não ser que já se conte que o tempo para a solução delas pode ser lento. Não é um período bom para deixar a cabeça quente tomar as decisões, pois o preço pode ser amargo e pode levar a perdas, inclusive de vidas. Muitas pessoas perderam o contato com a realidade e acreditam que podem resolver tudo com as próprias mãos, o que pode resultar em mais casos de violência e, até, de assassinatos. Aliás, volto a alertar as pessoas que trabalham com psicologia, psiquiatria, psicanálise e psicoterapias em geral: ajudem! O número de pessoas com problemas psicológicos tende a crescer, porque em tempos de mudanças de paradigmas tão intensos, quanto estes que estamos vivendo, o tecido da sanidade emocional, mental e espiritual tende a ficar cada vez mais tênue. Pode ser uma boa ideia cuidar-se psicologicamente e espiritualmente de maneira simultânea.

Mas vamos voltar para o mês de novembro.

Logo no primeiro dia de novembro teremos uma Lua Nova em Escorpião, que eu já abordei mais acima. Pode ser um bom período para reparações, para recuperações, para transformações, para rompimentos, para uma renovação emocional. Não será um período fácil, mas pode ser positivo para desapegar-se de muito lixo emocional que só estava sendo preservado como desculpa para não movimentar a própria vida. Bom período para encomendar a missa de sétimo dia da morte de tudo aquilo que ficou inútil para a nossa vida. Enterrem os ossos guardados nos móveis empoeirados por seus comodismos. Despeçam-se daquelas tranqueiras que só vivem jurando falso amor, falsa promoção, falso reconhecimento, falso pudor, falsa ética, falsa moral e falsos bons costumes. A Lua Nova ocorrerá por volta das 09 horas e 45 minutos (horário de Brasília) do dia 01 de novembro de 2024, aos 09 graus e 35 minutos de Escorpião. Pode ser um bom momento para sermos mais companheiros neste mundo e pensarmos de maneira coletiva, em lugar de deixarmos o nosso individualismo prevalecer a tal ponto que não nos permita mais nos unirmos. Por outro lado, o companheirismo entre os poderosos nem sempre é bem visto pelo mundo...

No mesmo dia teremos a continuação da formação de um grande Trígono entre Marte em Câncer (aos 29 graus), Mercúrio em Escorpião (aos 28 graus) e Netuno Retrógrado em Peixes (aos 27 graus). Este é um grande Trígono entre signos do elemento água, sendo Netuno o regente de Peixes. Podemos dizer que há energia criativa, imaginativa e espiritual muito forte acontecendo nesta fase, principalmente com o reforço de Mercúrio (que está em Escorpião) fazendo um trígono com Marte (um dos regentes de Escorpião). A mente está muito aguda, incisiva, penetrante e capaz de ser determinada até o alcance de seu objetivo, mas isto se soma a um Marte muito temperamental em Câncer, que não gosta de depender dos outros, que não ama engolir sapos e que pode trocar os pés pelas mãos pela defesa de um ideal, de uma situação ou de um limite. Este grande Trígono pode trazer muita sensibilidade, intuição e nervos à flor da pele. Por outro lado, as pessoas devem se precaver para não ficarem muito ansiosas e se deixarem levar pelas incertezas que por hora possam afetar seus planos e estratégias. Pelo bem ou pelo mal, as pessoas sob esta energia do grande Trígono só param quando enfim alcançam os resultados que determinaram, não importando quem ou o que se ponha diante delas. O passado precisa ser curado...

No dia 03 de novembro de 2024, temos a oposição exata entre Marte em Câncer e Plutão em Capricórnio, no grau 29 de cada signo. Para saber mais, leia o texto escrito sobre o assunto, clicando no link que deixarei no final deste artigo. O grau sabeu de Plutão em Capricórnio é “Uma reunião secreta de homens responsáveis por decisões executivas nos assuntos mundiais.” O grau sabeu de Marte em Câncer é “Uma filha da revolução americana.” Estas frases foram extraídas do livro Uma Mandala Astrológica, de autoria de Dane Rudhyar (publicado no Brasil pela Editora Pensamento com tradução de Adail Ubirajara Sobral). De um lado há o poder executivo e suas responsabilidades sendo discutidas entre os que o compõe. Do outro temos a elevação e glorificação de uma liderança que representa todo um suposto glorioso passado. Tirem suas próprias conclusões ou simplesmente assistam aos eventos que ocorrerão a partir desta data.

Entre os dias 06 e 07 de novembro, Mercúrio entrará na sua área de sombra, preparando-se para entrar na fase retrógrada, que acontecerá entre os dias 25 de novembro e 15 de dezembro de 2024. A fase de sombra significa que Mercúrio começará a trilhar os graus para os quais ele retornará quando estiver na fase retrógrada. O grau 06 de Sagitário marca o início da fase de sombra. Este não será um período positivo para fazer as coisas sem o devido planejamento, sejam elas referentes a estudos acadêmicos, viagens de longa duração, questões jurídicas, avaliação das próprias crenças e o desenvolvimento das metas. Tudo isto pode ser planejado e revisto, para que as pessoas aperfeiçoem algo, retracem certas situações, revejam certos aspectos de suas vidas relacionados com estes assuntos. Como a mente de Mercúrio em Sagitário tende a expandir e ele estará em oposição a Júpiter em Gêmeos por pelo menos três vezes, seria importante tomar cuidado com a distração, a dispersão e o excesso de otimismo perante as situações. Júpiter é regente de Sagitário e Mercúrio é regente de Gêmeos, como estão em oposição, a mente pode ficar um tanto desfocada da realidade e daquilo que realmente seja necessário prestar atenção. Por vezes, podemos dimensionar as situações para além da realidade, o que pode fazer com que esqueçamos de fazer o básico: preservar os dados em lugar seguro e aprender a reconhecer o público para o qual estejam sendo direcionadas as palavras de uma palestra ou de uma dissertação ou de uma publicação ou questão jurídica. As decisões que forem tomadas nesta fase, também devem ser muito bem avaliadas, porque há a tendência para se deixar levar pelo otimismo ou pelo impulso. Qualquer plano de longo prazo deveria ser visto com muito cuidado, para que não ocorram arrependimentos mais tarde. Todos os demais cuidados que normalmente são aconselhados quando Mercúrio fica retrógrado continuam valendo e podem servir de metas muito positivas para evitar problemas em qualquer época do ano, não apenas quando Mercúrio está retrógrado. Como esta fase do ano é marcada por promoções como Black Friday e por compras e gastos orientados para o Natal, o Ano Novo e eventuais férias, tentem ser mais cautelosos e evitem dores de cabeça futuras, para que depois não fiquem culpando Mercúrio retrógrado pelos erros cometidos. Ficam as dicas! Gostaria de acrescentar que esta pode ser uma fase de renascimento emocional para todos...

Entre os dias 13 e 15 de novembro será a vez de Saturno começar a voltar para o movimento direto. E agora ele seguirá direto para o final de Peixes e em 2025 chegará a fazer sua primeira entrada no signo de Áries, mas sem fazer uma conjunção exata com Netuno, algo que só ocorrerá em 2026 e no início do signo de Áries. A partir deste movimento direto de Saturno será inaugurada uma fase de fortalecimento do poder da vontade para enfrentar os desafios interiores e exteriores.

No dia 19 de novembro é a vez de Plutão fincar os “pés” definitivamente em Aquário, não voltando a percorrer Capricórnio por, aproximadamente, 248 anos. E assim, com Plutão firmando posição em Aquário, os tambores que soarão por todo o ano de 2025 e por todo o ano de 2026 começam seus primeiros toques prenunciando o período de mudanças radicais que virão por aí. 

Sim, meu caro viajante das estrelas, as mudanças serão radicais. De tédio ninguém vai morrer, eu garanto! Preparem as pipocas!!

Inté!!!

 LINKS:

MARTE X PLUTÃO, o MMA da virada de ano  

 O que podemos esperar de um período escorpiano?

28 outubro 2024

Carta Cigana para o Mundo Novembro de 2024 Lírios

 

 

Carta Cigana para o Mundo 

Novembro de 2024 

Lírios

 

 

 por Marco Antonio H. de Menezes

Em novembro de 2024 entra em cena a carta dos Lírios. Esta carta traz a energia da estratégia, da paciência, da sabedoria, da inteligência, da paz, da espiritualidade, do conformismo, da mesmice, da pasmaceira, dos enganos, da falsidade, da falta de calor e da dificuldade para expressar de maneira mais intensa os sentimentos.

O período de vigência desta carta pode trazer situações agradáveis para as pessoas, mas é preciso tomar cuidado, porque às vezes tudo tende a ficar do jeito que está e não muda nem por decreto. As pessoas podem sentir que este é o momento certo para colocarem em andamento um projeto e/ou para desenvolver uma estratégia, todavia devem ter em mente que aquilo iniciado durante este período pode demorar até um ano para concretizar-se ou tomar a forma desejada. Não é um bom período para as pessoas que esperam resoluções imediatas ou que não sabem planejar para atingir uma meta.

Novembro de 2024 pode passar lento ou pode ser marcado pela iniciativa de projetar leis, regras e protocolos com muito cuidado. Além do mais, um clima de falsidade pode ficar pairando no ar, principalmente se as pessoas não desenvolvem uma relação mais estimulante seja com os seus projetos, seja com as pessoas ao redor. Por mais dedicada que a pessoa esteja sendo no desenvolvimento de seu trabalho, é importante que ela crie um clima mais ameno. Até mesmo para relacionar-se (amorosamente ou não) com outra pessoa, pode ser importante que haja empatia, atenção, calor, até mesmo no tom da voz e nos gestos.

Coletivamente, a carta dos Lírios faz com que este mês seja lento, puxado e exija um pouco mais de responsabilidade e compromisso por parte das pessoas. Pode ser um bom período mesmo para as pessoas sentarem e discutirem e desenvolverem projetos. Não é um bom mês para se criar expectativas e sim para desenvolver condições para que as expectativas tornem-se realidade no futuro. Projetos, leis, acordos, normas, contratos, protocolos, regras, padrões, modelos e assuntos que necessitam de maior tempo para elaboração e para serem entendidos podem ser melhor desenvolvidos neste mês. É possível que o autoritarismo e a frieza ocorram neste período, tornando difícil a relação entre os países e entre os governos e o povo.

Por outro lado, a carta dos Lírios pode trazer um clima mais pacífico e mais harmonioso para as relações entre as nações (ou dos governos com certos setores da população) ou pode ser um mês onde as nações precisarão se reunir para encontrar saídas mais pacíficas e harmoniosas para os impasses que tenham sido criados em períodos anteriores. Porém é preciso frisar que qualquer decisão tomada neste período pode demorar para ser aplicada e/ou para surtir os efeitos esperados.

Os relacionamentos (afetivos ou não) que ocorram durante o mês de novembro de 2024 podem ser duradouros, positivos e até muito consistentes, no entanto as pessoas envolvidas nestes relacionamentos podem apresentar um comportamento um tanto tenso ou um tanto frio ao lidar com o outro, o que pode criar barreiras ou desconfianças ou pontos de fragilidade que tendem a comprometer o futuro dos relacionamentos. Seria bom que as pessoas desenvolvessem um pouco mais de diálogo para que as situações fossem melhor esclarecidas entre as partes. No caso dos relacionamentos amorosos, este pode ser um mês muito bom para quem realmente dedica-se a cuidar dos pontos fracos que dificultam as relações e até mesmo para que os solteiros melhorem suas estratégias de conquista e sedução do outro.

A carta dos Lírios mostra que este mês de novembro de 2024 deve ser visto como uma fase perfeita para lidar-se com a vida de maneira prática, objetiva, planejada e racional. Observar quais são os pontos fracos e os pontos fortes e começar a fazer os devidos ajustes para que tudo comece a se desenvolver de maneira mais harmoniosa e pacífica nos próximos meses é um exercício positivo para este mês. É um mês que pode chamar as pessoas para as responsabilidades e para os compromissos, no entanto o que for decidido, desenvolvido e trabalhado neste mês está sujeito a ajustes nos meses seguintes, principalmente se as pessoas, coletivamente ou individualmente, percebem que as estratégias desenvolvidas em novembro de 2024 não levaram em conta certos pontos de vista.

 

PS: este artigo foi extraído do e-book Baralho Cigano Ano 2024, de Marco Antonio H. de Menezes, distribuído gratuitamente aos clientes no final de 2023 e início de 2024.