Haja Paciência ou Aja com Paciência?

 Haja Paciência 

ou 

Aja com Paciência?

 

  

por Marco Antonio H. de Menezes

 

Estava eu andando pela praia de Copacabana na parte da tarde e vi o que eu chamaria de três faces.

A primeira face era um mar com ondas. As ondas não quebravam exatamente na praia, mas bem antes, porque o movimento das águas gerava um banco de areia. Então as águas se espalhavam por cima do banco de areia e desciam sobre o que eu chamaria de piscina de areia. As piscinas de areia formadas eram ótimas para quem queria apenas se molhar e para as crianças. Algumas eram um pouco mais profundas e outras eram um pouco mais rasas. As águas estavam transparentes e a gente poderia ver os padrões maravilhosos que ela desenhava sobre a areia.

À medida que eu caminhava na direção do forte de Copacabana (eu comecei a andar pela praia um pouco depois do Leme), o mar foi apresentando pequenas mudanças. Mas a mudança mais forte ficou evidente na altura do posto 5, quando a areia começou a apresentar os primeiros resquícios de algas.

Com isto chega a segunda face, o mar marrom. O mar marrom está, na verdade, cheio daquelas algas que chegam da baía de Guanabara. A água parece barrenta, mas não há nenhum problema em entrar na água, porém o aspecto e o fato das algas grudarem na roupa, no corpo e no cabelo podem acabar afastando as pessoas daquelas águas. Porém, quem não liga, cai na água assim mesmo. Uma água que estava para lá de gelada, diga-se de passagem.

Resolvi ir até o Arpoador. E aí temos a terceira face. Estava cheio e nem era fim de semana ou feriado, mas era a hora do pôr-do-sol, embora faltasse um bom tempo para isto acontecer. O mar estava relativamente calmo, com ondas e alguns bancos de areia. A água estava transparente e estupidamente gelada, a ponto de arder na pele. Tava ótima para pegar jacaré!

Mas, cara, que diacho de três faces são estas?

Vamos virar o papo para a Astrologia. Este final de ano está marcado por algumas questões astrológicas que me fizeram lembrar aquele dia na praia.

Situando na Astrologia...

Boa parte de dezembro de 2024 teremos Mercúrio Retrógrado em Sagitário que, aos poucos, fará duas oposições com Júpiter Retrógrado em Gêmeos. Marte ficará Retrógrado em Leão e, aos poucos, se encaminhará para uma oposição exata a Plutão em Aquário. Mercúrio Retrógrado em Sagitário e Júpiter Retrógrado em Gêmeos farão quadraturas exatas com Saturno em Peixes. Neste período ainda teremos Lua Nova em Sagitário e Lua Cheia em Gêmeos. Vamos ficar só com isto e já tem papo para mais de metro!

Então nós temos um período que podemos chamar de retranca! Nada vai muito para frente, embora seja uma fase marcada por mudanças. Paradoxal? Pois é! Pensa lá no mar com ondas que formam bancos de areia. As ondas quebram lá longe e jogam areia que vai formando um banco de areia e piscinas. As ondas quebram lá longe porque o mar cavou a areia e gerou uma espécie de muro de contenção que impede que o mar possa chegar com muita força até a beira da praia. As ondas mudam a paisagem, mas estas mudanças são lentas, vagarosas, embora sejam feitas com ímpeto, com força. Quem quiser aproveitar as ondas precisa ir até onde elas estão quebrando e talvez consiga pegar um jacaré, mas não são ondas tão boas para surfar. No entanto, a força das ondas está moldando as areias e, em algum momento, graças ao movimento das marés, o mar sobe e as ondas superam os bancos de areia e arrebentam na beira da praia. O mar está limpo, claro, permite que a gente veja o fundo nas piscinas formadas. Não dá para fazer um mergulho tão fundo nas piscinas, vez por outra o mar fura o banco de areia e chega com um pouco mais de força.

Agora deu para entender? Não?! Eu explico! Estes movimentos astrológicos estão avisando que as mudanças estão acontecendo, mas não tenham pressa, porque nada é para já. Mas não para por aí, eles avisam que este é um tempo para aproveitar “as piscinas” que se formam por conta das mudanças que estão ocorrendo lá longe. O que é o “lá longe” dentro do atual momento astrológico? O teu interior! Como estamos mexendo com energias que favorecem o passado e a introspecção: Saturno, movimentos retrógrados e até a própria Lua, então estamos mirando nós mesmos. Mas o “lá longe” também pode ser visto como algo que está acontecendo lá fora, mas que ainda não está no momento adequado para ser desenvolvido por nós em forma de uma ação. Em outras palavras, ainda não é momento para movermos/mexermos em certos assuntos.

Quais assuntos? Aí entra a segunda face. O mar marrom! Segundo explicação de especialistas, o mar de Copacabana fica com aquele aspecto em certas épocas do ano porque o movimento das marés permite que as algas que estão na Baía de Guanabara sejam arrastadas de lá para Copacabana. O contorno da praia de Copacabana favorece a reunião daquelas algas na área do posto 5. Raramente elas conseguem chegar até a Praia do Diabo ou mesmo do Arpoador. Do ponto de vista astrológico aquelas algas marrons são as questões que nós desenvolvemos ao longo do ano e que agora estão se acumulando na nossa energia e precisam ser limpas, organizadas, colocadas em seu devido lugar. Podem ser pendências, podem ser apenas fiapos soltos, podem ser apenas acertos, mas seja lá o que for, este é o momento propício para isto. As ondas estão trazendo na nossa direção estas “algas marrons” para que possamos fazer uma revisão, uma reavaliação de tudo e para que possamos nos preparar para o momento onde a ação será a tônica. E os assuntos são coisas que só poderão ser acessadas depois de limparmos nossas algas marrons interiores.

Vejam, nós estamos no último terço do equinócio de primavera (no hemisfério Sul ou de outono no hemisfério Norte), o que significa que estamos sob a energia de um signo mutável. Um signo mutável é sempre o signo que marca o terço final de uma estação. O signo mutável da vez é Sagitário. Sagitário é um ser mítico com corpo animal e cabeça humana. Ele fala de um ser que inicialmente é dominado pela natureza animal, instintiva, ávida por sentir tudo o que toca, tudo o que pisa. Mas este ser transforma-se graças às suas experiências, abrindo a sua mente para um entendimento cada vez mais amplo da vida, permitindo que observe a vida de um ponto de vista cada vez mais intelectual e até espiritual. E é assim que vivenciamos este período, nós pegamos as nossas experiências damos a elas um refinamento, ficando com aquilo que é essencial para que possamos atingir as nossas metas, as nossas ambições, que serão o tema de abertura do solstício de verão (no hemisfério Sul ou de inverno no hemisfério Norte), a próxima estação. Toda estação começa com um signo Cardinal ou Cardeal. O próximo solstício começa com Capricórnio.

Voltando para Sagitário, ele é um signo mutável, e é um signo de forte transformação de natureza, que visa a transformação de nosso lado mais indomável em algo mais humano (e não é que a natureza humana seja menos indomável, porém deveríamos usar a nossa mente para sabermos lidar melhor com o nosso lado indomável). Sagitário chama para a aventura, para a descoberta, para o aprofundamento intelectual da vida, para o aperfeiçoamento moral e até espiritual, para o desbravar de territórios e para a possibilidade de conquistar novos patamares. Podemos dizer que ele lança a seta (seu símbolo) para saber para qual lugar ele deve ir, para qual direção ele deve seguir na vida.

Então, levando em conta que Mercúrio está retrógrado em Sagitário, o Sol está em Sagitário e que a Lua Nova será em Sagitário, teremos um período marcado por mudanças, pelo vislumbre de coisas que podemos iniciar, mas com a necessidade de revisar nossos passos, principalmente do ponto de vista mental. Será que estamos preparados para irmos até aquele lugar onde está a flecha? Será que organizamos nossa mente e demos a devida atenção às experiências que tivemos até aqui? O quanto tudo isto foi capaz de transformar a nossa natureza? Será que estudamos o suficiente para as provas finais? Será que economizamos o suficiente para fazermos os gastos das festas e das férias típicas desta fase do ano? Será que estamos prontos para pisar no novo ano? Qual deve ser o pensamento essencial para o próximo ano que devemos colocar em prática?

Some-se a isto tudo o fato de que Júpiter, o regente de Sagitário, está Retrógrado e em Gêmeos. Gêmeos é regido por Mercúrio! E Mercúrio está em Sagitário e fará duas oposições a Júpiter em Gêmeos. Uau! É melhor parar tudo! Não vai dar para avançar! Temos que esperar o lançamento das algas marrons na areia e a dispersão delas no mar para que possamos ver o mar clarear de novo. Isto demanda um tempo. Sem todo o processo de limpeza, desintoxicação, de dispensa, de descarte, de revisão, não vai dar para avançar. Os temas dos signos envolvidos, Sagitário e Gêmeos, não circularão com tranquilidade até que tenhamos organizado tudo o que for necessário. Processos judiciais, análises, internações, estudos, viagens, compras, transações, vendas, correios, comunicação e tecnologias de comunicação, comércio e vias de transporte podem ser fonte de dor de cabeça e de atrasos se não tivermos paciência e a devida atenção aos detalhes. O nosso otimismo, a nossa confiança e o nosso raciocínio podem ser testados nesta fase. Podem! Não significa que “Serão”! Paciência e cautela são essenciais. Se não dá para fazer algo, por qual motivo devemos insistir? Por qual motivo não podemos fazer depois? Por qual motivo estamos comprando aquele presente? Por qual motivo estamos fazendo aquela viagem? Por qual motivo estamos fazendo aqueles gastos? Quem ganha com as nossas ações? O quanto nossas ações estão em acordo com aquilo que acreditamos que somos? Estamos sendo fiéis à nossa natureza? Os caminhos que trilhamos ainda são interessantes, ainda nos permitem descobertas ou já esgotamos tudo? Estamos apenas dando voltas mentais e nos desgastando mentalmente? Tente refletir! O momento é propício para refletir, não para agir! Do que adianta seguir para uma guerra sem estratégias, sem soldados suficientes, sem mantimentos e armas adequadas? Do que adianta pedir paz para quem só quer saber do lucro da guerra? Do que adianta tentar argumentar com alguém que não quer ver o outro lado da questão? Do que adianta sonhar se não movemos uma palha para concretizar o sonho? Do que adianta gastar energia, tempo e/ou dinheiro com algo ou alguém que não vale o esforço e ainda traz prejuízo para algum nível da vida? Dá para mudar? Dá para abrir um novo caminho? Dá para estudar outra coisa? Dá para se abrir para novos horizontes? Dá para conquistar novos patamares? Dá para cessar a teimosia de não querer seguir o que a vida está convidando a fazer agora?

Plutão em Aquário oposto a Marte Retrógrado em Leão fala do esforço para tentar encontrar um meio termo entre duas forças poderosas que estão se engalfinhando. Será que uma população não tem poder suficiente para alterar ou para confirmar a forma de poder exercido por suas autoridades? Será que é melhor a guerra do que a troca de ideias para encontrar outras soluções mais adequadas para quaisquer conflitos? Quem ganha semeando conflitos? Será que você está guerreando por algo que realmente é válido para a vida pessoal? É válido o conflito com o vizinho, com os parentes, com os relacionamentos e/ou com as pessoas do trabalho? Será que é uma luta por pura egolatria ou por puro egoísmo ou para atender aos interesses de uns poucos ou é uma luta por algo que realmente beneficia a todos? Marte, o rei da ação está retrógrado, então ele tanto pode guardar as armas e procurar uma nova maneira de resolver o conflito, quanto ele pode simplesmente ficar lutando até que as suas últimas forças o abandonem ou seja morto por algo ou alguém. Antes de continuar ou partir para um conflito será bom revisar cada etapa, a resistência e a disposição que ainda existe para seguir adiante. Reflita! As algas marrons estão ali, boiando, grudando na roupa, na pele e nos cabelos, atraindo moscas enquanto está na areia, deixando um cheiro desagradável enquanto seca ao sol. Será que este é um bom lugar para lutar? Será que é mais simples limpar? Será que a verdadeira luta é mais simples e menos conflituosa? O quanto beneficia lutar quando estamos cobertos de algas? Os signos envolvidos aqui são Fixos, então não é fácil lidar com a teimosia, com a inflexibilidade e com a intolerância, sejam elas interiores ou exteriores.

Mercúrio Retrógrado em Sagitário e Júpiter Retrógrado em Gêmeos farão quadraturas exatas com Saturno em Peixes. Hora de testar as resistências, os freios, os amortecedores e as maioneses! Saturno está tentando colocar ordem no galinheiro (ou seria cardume?) pisciano, porque desde que Netuno (regente atual de Peixes) voltou a circular pela área, a coisa tem saído do controle, as pessoas têm viajado na maionese. Não faltam teorias sobre como os ETs (ou quaisquer outras entidades mitológicas ou bíblicas) salvarão o planeta da destruição imaginária do reino de Nárnia. E não faltam teorias sobre como os malvados seres humanos estão cada vez mais malvados contra eles mesmos usando meios cada vez mais perversos de destruição em massa. O problema não está nos ETs e nem na perversidade humana, mas na dimensão que se dá a tudo para não reconhecer o essencial: nós somos a cura e o veneno. A dose de insanidade humana determina o volume dos problemas que enfrentamos e a capacidade para solucionarmos os dilemas que nos afetam. Por qual motivo deveríamos criar mais situações pesadas (e muitas vezes imaginárias e que espalham mais medo, terror e paralisia do que algo que faça um mínimo de sentido) sobre o que já está bem pesado? Então a questão formada por estas quadraturas com Saturno em Peixes é gerar estratégias que nos permitam resolver nossas insanidades. Novas leis? Mais restrições? Censura? Boicote? Leis mais severas? Novos estudos? Revisão dos meios que geram o bem-estar mental, intelectual, psicológico e espiritual da sociedade? Será que cada pessoa está sendo capaz de saber os seus próprios limites e está sabendo respeitá-los em si e nos outros? Será que as pessoas estão sabendo lidar com sua espiritualidade a ponto de entender que ela é uma ferramenta de entendimento de si mesmo e não de condenação do (ou de superioridade sobre o) outro? O que pode ser sacrificado neste momento que seja útil para o bom encaminhamento das ideias? O que pode ser aprendido de útil para este momento? O que pode ser construído de útil para este momento? Em lugar de reclamar das algas não seria mais útil chamar quem possa limpá-las da areia? Não seria mais útil entender por qual motivo elas acontecem? Não seria mais útil não frequentar aquele trecho da praia até que tudo tenha passado? Será que, em lugar de destruir organizações e pessoas, não seria mais fácil encontrar caminhos que mostrem os meios mais adequados para que se obtenha melhores resultados para o máximo de pessoas? Será que é mais fácil inventar leis e/ou teorias do que avaliar a viabilidade daquelas que já existem?

Por fim, temos a Lua Nova em Sagitário um dia antes de Netuno voltar a fica direto em Peixes e a Lua Cheia acontecendo em Gêmeos um dia antes de Mercúrio voltar a ficar direto em Sagitário.

Notem que todos os signos envolvidos são mutáveis. Eles sinalizam que este é um tempo perfeito para fazermos reformas, para gerarmos mudanças, para abrirmos mão de alguma coisa. Tudo isto não começa fora de nós, mas dentro de nós. Antes de abraçarmos qualquer mudança precisamos celebrar a vida que habita dentro de nós, porém a celebração ocorre quando nos desprendemos de nossos vícios, de nossos apegos, de nossas situações mal resolvidas. Os planetas que estão retrógrados em signos mutáveis nos avisam que as ondas de mudança então chegando perto da praia, mas ainda há tempo para olharmos para as piscinas e limparmos nossos interiores, resolvermos nossos problemas internos e nos prepararmos para quando as ondas chegarem na beira da praia. E isto nos leva para terceira face. A praia do Arpoador sem algas marrons, com ondas chegando até a beira, mas não muito violentas, ainda que exista um ou outro banco de areia, o sol brilhando e todo mundo esperando para celebrar a vida e aplaudir mais um dia perfeito. O dia não é perfeito por utopias, mas por que soubemos aproveitar cada instante para melhorar a nossa vida e podemos ter tempo até para comemorarmos as nossas conquistas. Isto é o que vem a partir da fase capricorniana em diante. Mesmo assim, na fase capricorniana teremos que vencer nossos medos e considerar nossas ambições para construirmos sistemas pessoais de vida mais funcionais, mais amigáveis, mais fortes, mais assertivos e mais sensatos.

Se eu fosse você aproveitaria, meu caro viajante das estrelas, o mês de dezembro para relaxar, para refletir, para meditar, para contemplar e para pensar sobre que rumos você deseja realmente dar para a sua vida, que mudanças você já está em condições de fazer daqui para frente e quais são as questões pendentes que precisam ser ajustadas antes de abraçar novas ações. As energias para isto estão disponíveis, é só aproveitá-las. Tente fazer isto antes de seguir caminho, porque, talvez, isto seja útil para encarar o ano de 2025, que não será para amadores e nem para profissionais pouco tarimbados. Talvez, no final de tudo, você esteja entre aqueles que poderão sentar na beira da praia e aproveitar para saudar o pôr-do-sol. Eu espero estar lá contigo!

Inté!!!

 LINKS:

MARTE X PLUTÃO, o MMA da virada de ano

 Você é um BANCO DE DADOS 

2025 e além  

2025 e além

 

2025

e

 além! 

 

por Marco Antonio H. de Menezes

O que podemos esperar de um ano como 2025?

Afinal, por qual motivo ele pode ser tão interessante?

O que a Astrologia pode mostrar?

De um ponto de vista astrológico este pode ser um ano muito interessante porque todos os planetas lentos mudarão de signo. Pode não parecer algo extraordinário, mas na verdade é muito impactante para todos nós.

Para que seja dada uma dimensão exata do que isto significa, fiquemos com Plutão, que é o planeta mais lento do ponto de vista astrológico. Em novembro de 2008, Plutão começou sua caminhada pelo signo de Capricórnio. Naquele momento, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno estavam em signos diferentes e localizados mais ou menos no mesmo grau 20 de cada signo, ou seja, eles não migrariam de signo de imediato. Júpiter, por ser o mais rápido dos planetas lentos, iria para o próximo signo em 2009. Saturno só trocaria de signo em 2010.

Agora, o panorama é bem diferente!

Plutão começou a caminhar pelo signo de Aquário em 2023, mas graças ao aparente movimento retrógrado, ele retornou duas vezes para Capricórnio, sendo que a última vez foi neste ano de 2024. Plutão só voltará a pisar em Capricórnio em março do ano 2254, ou seja, todos nós já estaremos mortos e alguns, talvez, reencarnados. Porém, em 2025, todos os demais planetas lentos também mudarão de signo. Será uma renovação coletiva de energias, de temas, de possibilidades e de características. Júpiter irá para o signo de Câncer, Saturno e Netuno irão para o signo de Áries e Urano irá para o signo de Gêmeos. Mas no final de 2025, Saturno e Netuno voltam para o signo de Peixes e Urano volta para o signo de Touro. Em 2026 Júpiter vai para o signo de Leão, Saturno e Netuno adentram e fazem conjunção exata entre si no signo de Áries e Urano volta definitivamente para o signo de Gêmeos.

Algumas coisas chamam a atenção nestes movimentos: os signos, em 2026, serão do elemento Ar e do elemento Fogo e haverá um movimento de avanço e de recuo de energias em 2025. Isto mexerá com as energias do planeta Terra de uma maneira poderosa, drástica e impactante. Em 2025 nós teremos muitos movimentos retrógrados acontecendo em signos de Fogo e isto marca um momento onde a energia criativa, agitada, volátil, incandescente, geniosa, ativa, estimulante e motivadora estará em alta. Não será fácil controlar os ânimos das pessoas, portanto muita atenção, pois as pessoas podem ficar de cabeça quente, tornarem-se agressivas, darem vazão a movimentos e atitudes violentos e totalmente sem controle, porque o fogo (no sentido figurado e no sentido físico) se espalhará com força e com vontade. Por outro lado, há muita energia para criar, para brilhar, para não ter medo de encarar novos territórios, para mostrar maior paixão por tudo o que faz, para lutar pela vida e pelos projetos, para avançar sem medo, para abrir novas perspectivas e para renovar o ânimo de quem está ao redor. Do início ao fim de 2025 todos os planetas passarão por movimentos retrógrados, o que significa que todas as forças astrológicas importantes (tirando o Sol e a Lua, que nunca retrogradam) estarão preparando o terreno da humanidade para que ela revise todos os setores, ao mesmo tempo em que os planetas lentos, inicialmente, avançarão para novos signos, o que significa que além da revisão, teremos um gostinho de experimentar novas perspectivas, que virão em forma de gotas (ora generosas, ora restritas). Os planetas lentos irão avançar e depois recuar, alguns, como Urano, Netuno e Saturno voltarão para os signos que estavam até aqui, deixando claro que fecharão alguns temas que estavam pendentes e depois seguirão para os novos domicílios. Todos nós estaremos sujeitos a estes movimentos em diferentes setores de nossa vida, num nível individual e, também, estaremos igualmente sujeitos a tais movimentos num nível coletivo. Será um momento para começar a experimentar novas sensações e novas perspectivas, mas será um momento para testarmos quais “ossos” precisamos largar definitivamente. A energia de Ar e de Fogo renova nossos pensamentos, traz muita genialidade, abre a nossa mente para um horizonte diverso daquele que estávamos enxergando até aqui, permite que sejam exploradas novas tendências comportamentais, novas organizações sociais, novos ângulos mentais, novas ideias, invenções, originalidade, a criação de leis mais racionais, maior motivação para procurar e criar ambientes que valorizam a liberdade de expressão, mais facilidade para posicionar-se perante as situações que surjam e maior iniciativa mental, por exemplo. A perspectiva ruim é que podemos perder o contato com a realidade ao elaborar demais as ideias ou podemos avançar demais em certos âmbitos desconsiderando as opiniões e habilidades dos outros ou podemos simplesmente mudar de ideia como quem muda de roupa ou como alguém que realmente não cumpre o que promete porque perdeu a vontade e já se sentiu atraído por algo diferente. Podemos ficar ávidos demais pelo novo sem nem mesmo termos digerido o que acabou de chegar, não permitindo que as situações sejam devidamente avaliadas ou devidamente amadurecidas. O famoso “burnout” pode afetar ainda mais os profissionais, porque o esgotamento mental pode alcançar escalas ainda maiores. As pessoas podem ter ascensão e queda meteóricas dentro de suas atividades.

Só para enfatizar a importância de termos entre 2025 e 2026 planetas lentos circulando por signos de Ar e de Fogo, eu gostaria de explanar mais um pouco sobre os elementos e sobre a combinação deles, mesmo sendo um pouco repetitivo. Nós teremos a energia racional, mental, do pensamento, da intelectualidade e da comunicação que é característica do elemento Ar em conjunto com a energia criativa, espontânea, inquieta, dominadora, ativa e vibrante do elemento Fogo. A combinação de Fogo e Ar é algo muito quente, dinâmico, eloquente, fervoroso, ativo, cativante e muito potente, o que permite que tenhamos um período marcado por muitas e novas ideias, novos caminhos sendo apontados para a humanidade, novas formas de pensar e de analisar o que esteja ocorrendo, necessidade de reformular o pensamento dominante, muito debate, muito embate mental e intelectual, muito uso do intelecto como ferramenta para revolucionar e acionar novos padrões coletivos. Invenções, originalidade, ideias, conceitos, tecnologia, comunicação, interações dinâmicas, processos mais acelerados, motivação e entusiasmo poderão ser as marcas desta nova fase que se inicia. É por isso que está sendo esperado um período de grande avanço tecnológico e científico.

Como o ano de 2025 marca a volta do Nodo Norte da Lua para o signo de Peixes e Júpiter estará em Câncer e os movimentos retrógrados iniciais de Marte, Vênus e Mercúrio os levarão par signos de água, podemos ter conflitos emocionais fortes ou podemos esfriar um pouco a energia combinada de Ar e de Fogo. Pode ser que velhas questões emocionais precisem ser revisitadas para que possamos resolvê-las, acertando os ponteiros emocionais com trabalho, relacionamentos, família e demais situações que estavam sendo levadas com a barriga até aqui.

Como a energia será de avanço e de recuo, estejam atentos, porque, em certos momentos, os movimentos ondulares podem ser de pequeno avanço seguido de pequeno recuo seguido de potente avanço seguido de forte recuo seguido de fortíssimo avanço seguido de moderado recuo ao longo do ano de 2025. A intenção é limpar, destruir, desestimular, dissolver, desmembrar, descartar, desligar, desmanchar e dar adeus a tudo o que já perdeu a validade.

Não pensem que isto será feito de maneira predeterminada ou ordenada ou fácil de ser percebida. A vida não é um processo linear, ela é um processo de aprendizado, portanto considero importante que desde já saibamos encarar com maturidade nossos problemas, nossas responsabilidades, nossas fragilidades, nossas vulnerabilidades, nossos pontos fortes, nossas habilidades, nossas vontades, nossas necessidades, porque isto pode ser útil para não ficarmos feito baratas tontas ou ficarmos lamentando a morte da bezerra só para fingirmos que não sabíamos das coisas. Seria bom enfrentarmos as situações tendo noção dos nossos próprios limites e sabendo encarar a realidade, porque a vida pode ser conduzida de uma maneira bem mais leve assim. Não é que os problemas acabarão, mas atormentarão menos se nós mudarmos nossa maneira de viver. Fica a dica!

Pode-se dizer que este período não será fácil porque representa uma fase de mudanças muito intensas, inesperadas e que nos obrigarão a fazer muitas escolhas que não esperávamos fazer nesta fase. Não é o fim do mundo, mas o fim de um mundo. Recentemente nós tivemos um período muito catártico e transformador que foi o período das duas guerras mundiais. Além de serem duas guerras que redefiniram a geopolítica mundial, entre elas ocorreu o famoso crash da bolsa de valores e a gripe espanhola. O telefone, o cinema, o rádio e a televisão transformaram a forma como as pessoas passaram a se comunicar com o mundo. Os automóveis e as aeronaves também foram transformadores para o mundo. E, finalmente, nós tivemos o advento da bomba atômica e o lançamento dos primeiros satélites para fora do planeta. Estamos falando da primeira metade do século XX. Aqueles foram apenas alguns acontecimentos que transformaram coletivamente a nossa forma de viver neste mundo. O impacto foi grande, a resistência foi enorme, mas, entre muitos mortos e feridos, a humanidade sobreviveu, porém um mundo acabou! E nenhum ET salvou a humanidade de si mesma!

Não é que eu não acredite em ETs, mas não sou do tipo que espera que um ET seja maluco o bastante para lidar com um bando de gente que não sabe conviver com o próximo de maneira civilizada.

E é assim que caminha a humanidade! Precisamos ser mais confiantes, mais abertos, mais dispostos a abraçar novas perspectivas. Não é que seja fácil e não é que as soluções precisam acontecer num estalar de dedos sempre que quisermos. A vida é sempre uma caixinha de surpresas, umas boas e outras ruins. E é o que temos para hoje!

O momento atual é complicado? Sim! O dinheiro está muito concentrado nas mãos de poucos, as condições climáticas do planeta estão mudando, as grandes potências estão em conflito, os recursos com os quais contávamos estão num momento de escassez, nós nos tornamos mais egoístas e egocêntricos, as ideologias políticas estão passando por uma mudança profunda, estamos vivendo uma crise espiritual muito forte e as ferramentas de controle e vigilância estão mais evidentes. Por outro lado, estamos vivendo num período tecnológico que nos permite avançar para esferas até então impensáveis, estamos olhando para o espaço como um lugar viável, a comunicação entre as pessoas atingiu um nível de sofisticação e de velocidade estonteantes graças à internet, novas formas de lidar com o dinheiro estão circulando, as pessoas estão revendo seus conceitos espirituais, as chamadas minorias estão conseguindo mostrar que também possuem direitos e importância dentro da sociedade, novos recursos de tratamento e de prevenção de saúde estão sendo trazidos à tona e novas maneiras de olhar para a importância de preservar a vida no planeta estão sendo debatidas. Tudo isso é resultado de um mundo que não para de se modificar e de se redefinir (como sempre ocorreu na humanidade!). Os conceitos éticos e morais da sociedade estão passando por mudanças, assim como os padrões sociais e culturais e as estruturas econômicas. Tudo isto levará a humanidade a uma nova estrutura de vida e é justamente num momento como o de 2025 e de 2026 que isto começará a ficar mais potente e deixará claro que deste ponto em diante não haverá volta. Os conceitos que emergirem e se preservarem a partir daqui serão os que nortearão a humanidade ao longo dos próximos anos. E não reclamem se não gostarem do que virá, os conceitos serão frutos de nossas atuais escolhas! Simples assim!

Quem nascer sob estas energias trará uma visão de vida totalmente diferente para o planeta e encontrará um planeta em verdadeira ebulição e sob profundas transformações.

Agora vamos acompanhar como serão os movimentos celestes durante o ano de 2025. Adianto que não teremos muito tempo para respirar, porque os acontecimentos, por conta destes eventos astrológicos, atropelarão uns aos outros sem descanso.

Tudo começa ainda em 2024!

No início de dezembro de 2024 Marte começará o seu movimento retrógrado em Leão e retrocederá até o signo de Câncer, só voltando ao movimento direto no final de fevereiro de 2025. Neste meio tempo ele já terá feito duas oposições exatas a Plutão. O que significa que teremos um período especialmente ainda mais explosivo: mortes, atentados, violência, lutas por poder, guerras, desentendimentos sérios entre as pessoas, conflitos os mais generalizados, extremismos de opiniões entram em choque, pouca consideração pelos limites do outro. Sugiro que leiam o artigo que escrevi sobre a o embate entre Marte e Plutão. Deixarei o link no final deste artigo.

Mas quando Marte começar a retrogradar em Leão, Mercúrio já estará retrógrado em Sagitário. Ele finalizará sua fase retrógrada em 15 de dezembro de 2024. Sobre esta posição de Mercúrio eu escrevi no artigo sobre o mês de novembro, também deixarei o link no final deste artigo.

Em 11 de janeiro de 2025 o Nodo Norte da Lua começará a transitar pelo signo de Peixes. Como o Nodo Norte leva entre 18 e 19 anos para voltar a um signo, será bom perceber como estava a nossa vida naquela época em acordo com o tema que esta posição em Peixes traz. Este pode ser um período marcado pela queda das máscaras e das ilusões, principalmente se as pessoas acreditaram demais em certos esquemas de vida e em certas estruturas que tentaram montar só para manter as aparências de uma dada área de vida. Pode ser que se sintam magoadas e até feridas por perceberem que a realidade se mostra um pouco diferente daquilo tudo que estava sendo sustentado até o presente momento. O fato é que muitas vezes acreditamos que a vida pode ser construída sobre planos muito concretos, muito materialistas e muito certinhos, mas a realidade nos mostra que há de se criar espaço para deixar o lado espiritual, a intuição e a flexibilidade se manifestarem, caso contrário nós veremos tudo se desmanchar de maneira nada agradável só para obrigar-nos a reconsiderar nossas convicções e nossas visões. E não adianta remar contra a maré quando as evidências pedem por mudanças, desapego e descarte. A rigidez pode ser fatal para as nossas estruturas de vida. Viver de aparência, omitir-se, anular-se e calar-se diante das situações pode ser um cartão de acesso para a doença e para a morte (propriamente dita ou figurativamente), sem dúvida nenhuma. Ninguém respeita quem vive de aparência! Este pode ser um bom momento para as pessoas desenvolverem a compaixão e perderem o medo de se arriscar e perderem o medo de interagir com o mundo. Quanto mais resistência, mais doença podemos enxergar ao nosso redor e em nós mesmos. O medo de toque, o medo de estar ao lado do outro, o medo de falar com o outro, o medo de conviver com o outro, o medo de ser contaminado, o medo de explorar o mundo leva-nos ao isolamento e nos leva à rigidez. Coletivamente, pode ser um período que traz a marca do medo de ser contaminado por uma doença, por uma epidemia ou pandemia e isto pode fazer com que as pessoas se isolem. Por outro lado, o medo da morte, o medo da violência, o medo de viver com os outros podem trazer à tona paranoias, solidão, isolamento, internação e desequilíbrio emocional. Prestem muita atenção a esta época entre janeiro e março, porque podem surgir situações coletivas que envolvem o que descrevi acima. Será o início da passagem do Nodo Norte da Lua pelos últimos graus de Peixes. Para quem não sabe, o Nodo Norte da Lua movimenta-se constantemente em movimento retrógrado. Estes últimos graus de Peixes estarão bem agitados neste início de ano. Veremos mais adiante. O Nodo Norte da Lua em Peixes pode ser positivo para aprendermos a lidar com nossa espiritualidade, com nossa fé, com nossas emoções, com nossa compaixão pelos outros, com nossa capacidade de aprendermos a não julgar, além de servir para dissolvermos nossa rigidez em algum ponto de nossa vida.

Marte termina a sua fase retrógrada no final de fevereiro de 2025 e logo no início de março é a vez de Vênus retrogradar no signo de Áries e caminhar até o signo de Peixes. E, ainda, em março teremos o eclipse lunar em Virgem, seguido do início da retrogradação de Mercúrio em Áries que, também, voltará até o signo de Peixes. Neste ínterim teremos a entrada do ano novo astrológico que ocorre também em março, seguido do eclipse solar em Áries. Na manhã do dia 30 de março de 2025, Netuno inicia sua caminhada pelo signo de Áries. Como eu escrevi no parágrafo acima, o setor do final de Peixes estará movimentado tanto pela energia de eclipses quanto pelas retrogradações de Vênus e de Mercúrio, ao mesmo tempo que o setor inicial de Áries. Com certeza teremos muitas situações extremamente impactantes ocorrendo até o final de março em todo o mundo. Impedimentos, atrasos, revisões, cortes e reestruturações podem marcar o período. Fortes questões geológicas (terremotos, deslizamentos, avalanches, inundações, vulcões, por exemplo) podem marcar este período. Doenças relacionadas com a pele, intoxicação e envenenamento também podem marcar este período.

Entre 08 e 13 de abril de 2025 Mercúrio e Vênus deixam de ficar retrógrados. No dia 26 de abril de 2025, Marte e Plutão fazem a terceira e última oposição entre si. Esperemos que o mundo saia disso com muita calma... Acho difícil, mas não custa torcer! Então, de 4 para 5 de maio de 2025 será a vez de Plutão voltar a ficar retrógrado em Aquário. Na madrugada de 25 de maio de 2025 será a vez de Saturno começar sua caminhada pelo signo de Áries.

Em 09 de junho de 2025 será a vez de Júpiter abandonar Gêmeos e começar sua caminhada pelo signo de Câncer. Entre 04 e 05 de julho de 2025, Netuno começa a ficar retrógrado em Áries. No dia 07 de julho de 2025 Urano abandona Touro e vai para o signo de Gêmeos. Um detalhe interessante: pouco antes de Júpiter iniciar sua caminhada pelo signo de Câncer, Mercúrio começa a transitar por Câncer e pouco antes de Urano iniciar sua caminhada pelo signo de Gêmeos, Vênus começa a transitar pelo signo de Gêmeos. Lembrem-se do fato de que Mercúrio e Vênus estiveram retrógrados praticamente juntos entre os signos de Áries e Peixes. É provável que haja uma ligação entre os acontecimentos daquela época da retrogradação dos dois e esta orquestrada entrada antes mudança de signo dos dois planetas lentos. Na madrugada de 14 de julho de 2025 será a vez de Saturno retrogradar em Áries e na madrugada de 19 de julho de 2025 mais uma vez teremos retrogradação de Mercúrio, desta vez será em Leão.

Entre 11 e 12 de agosto de 2025 Mercúrio voltará ao seu movimento direto e o céu parece calmo... Só parece! Mas deixarei os detalhes para a época, se for possível! Porque as oposições poderão ser interessantes neste período, tanto as que envolvem Plutão quanto as que envolvem Marte.

E então, em 01 de setembro de 2025 Saturno Retrógrado volta para o signo de Peixes. No dia 07 de setembro de 2025 temos o eclipse lunar em Peixes, mas neste mesmo dia, só que bem antes, de madrugada, é a vez de Urano começar a ficar retrógrado em Gêmeos. Em 21 de setembro de 2025 teremos o eclipse solar em Virgem. Entre 13 e 14 de outubro Plutão volta a ficar direto em Aquário e em 22 de outubro de 2025 Netuno Retrógrado volta para Peixes.

No dia 07 de novembro de 2025 será a vez de Urano Retrógrado voltar para Touro. Em 09 de novembro de 2025 teremos mais uma retrogradação de Mercúrio em Sagitário e entre os dias 11 e 12 de novembro, enfim Júpiter começa a retrogradar no final de Câncer. Em 27 de novembro Saturno volta a ficar direto em Peixes e recomeça sua caminhada na direção de Áries, só que desta vez será para fazer, também, a grande conjunção exata com Netuno, que ocorrerá no início de 2026. No dia 29 de novembro de 2025 será vez de Mercúrio em Escorpião voltar ao movimento direto. Em 10 de dezembro Netuno em Peixes recomeça o seu movimento direto. E assim terminamos o ano de 2025 do ponto de vista astrológico.

O início de 2026 será igualmente bem agitado, mas deixarei isto para o ano que vem, porque o suspense talvez faça bem para as artérias...

Reparem que em 2025, tanto Urano, quanto Netuno e Saturno ficarão pouco tempo diretos nos novos signos. Será um tempo curto, mas suficiente para agitarem 2025 e prepararem o mundo para os assuntos que passarão a predominar a partir de 2026.

Volto a enfatizar que o excesso de retrogradações começando em signos de fogo pode marcar o ano de 2025 como um ano onde a ação e o dinamismo serão fortes. O clima pode ficar figurativamente e literalmente muito quente. As pessoas tenderão para uma energia que privilegia a discussão, o debate, o poder, a iniciativa, a imposição, a arrogância, o protagonismo, a imagem e será necessário muito equilíbrio para que possam manter as situações num nível adequado e harmonioso. Mas como estamos falando de energia de retrogradações, isto poderá fazer com que muitas das discussões e dos debates visem o acerto, o aparar de arestas, a tentativa de diminuir as zonas de atrito e de conflito, porém, o paradoxo é que isto pode ser feito sob fogo cruzado, sob muita tensão e sob um clima de muita cabeça quente.

Bem, meus caros viajantes das estrelas, este foi o resumo de 2025. Resumo mesmo! Porque os fatos serão muitos e muito surpreendentes em 2025. Simplesmente preparem-se para não serem pegos com as calças arriadas (exagerei, né?! Só que não!).

De tédio ninguém morrerá em 2025 e nem em 2026!

Inté!!!!

 LINKS: 

MARTE X PLUTÃO, o MMA da virada de ano 

Novembro, seu lindo!!! Só que não!!! 

Você é um BANCOS DE DADOS

 

Você é um BANCO DE DADOS

 

Você é  um 

BANCO DE DADOS

por Marco Antonio H. de Menezes

 

Dicionários, enciclopédias e atlas geográficos eram comuns em minha infância. Alguns objetos de cobiça eram interessantes: Delta-Larousse, Barsa, Mirador, Conhecer. Uau!!! Aquilo era um sonho. Eu tinha em casa a enciclopédia Conhecer. Adorava as ilustrações, amava ler certos assuntos e ela foi a fonte de parte das pesquisas de colégio. Os atlas geográficos mais comuns eram bem interessantes, mas quando eu tive a oportunidade de estar diante do atlas da Mirador (e, se não me engano, só pus a mão quando entrei numa biblioteca do Fundão) eu entendi porque ele era tão interessante. Existiam outras publicações às quais eu também tive acesso: Mundo das Crianças, outras enciclopédias (de história da arte, de história brasileira, de história antiga, etc), enciclopédias sobre arqueologia (uma das minhas paixões), dicionários ilustrados...

Pois é, mas parece que tudo isto, hoje em dia, transformou-se em lixo! Se alguém ainda possui tais obras, talvez só as tenha porque ou gosta de tê-las (para estudo, pesquisa e referência, por exemplo) ou porque não sabe como se livrar delas. Não estou sendo rude, estou apenas mostrando a realidade. Aqueles livros que citei acima estão, hoje em dia, em sebos ou estão sendo vendidos nas calçadas das ruas (que viraram uma espécie de livraria, com o fim ou redução das livrarias formais no Brasil) ou em sites de livrarias virtuais. É bem possível que sejam encontrados em bibliotecas públicas. Pode ser que ainda existam, nas bancas, coleções de enciclopédias, mas entendam que, com a vinda da internet, a maioria das pessoas perdeu o contato e o interesse por ter ou comprar uma coleção completa. As coleções custavam caro e, em alguns casos, eram coleções compradas nas bancas de jornal na forma de fascículos e a cada conjunto de fascículos era entregue uma capa dura que servia para encadernar e transformar os fascículos em volumes. E, às vezes, o próprio jornaleiro vendia as coleções totalmente encadernadas por um “precinho especial”.

Mas o mais importante é que tudo aquilo era informação. Naqueles livros constavam todas as informações que foram acumuladas, neles constavam fatos, fotos, descobertas, documentos, discursos, análises sobre obras de arte, análises sobre técnicas e assim por diante. Ou seja, eles eram e ainda são um banco de dados. Se eles são bancos de dados tendenciosos ou não, omissos ou não, isto fica a critério da visão de cada um. Eram bancos de dados referentes ao que era possível saber naquele momento sobre a humanidade, sobre o planeta, sobre diversas fases da história, sobre biologia, sobre geografia, etc.

Com o passar do tempo, as pessoas acessaram as mesmas informações e com muito mais detalhes e com maiores atualizações graças à internet.

Todavia, estes bancos de dados em forma de livros, enciclopédias, atlas e dicionários contam trechos sobre o coletivo, sobre uma criação coletiva. Ali não temos mais do que um amontoado ou apanhado de informações obtidas aqui e ali e que são acessíveis (muitas vezes com maiores detalhes) por quem viaja ou por quem pesquisa nos locais onde estão guardadas as informações (grandes bibliotecas e museus, por exemplo) ou por quem exerce uma dada profissão.

No entanto, estamos chegando a uma grande mudança!

Do ponto de vista astrológico, estamos chegando a um momento onde a informação passará por uma grande revolução. Na verdade, já está passando! Porém, eu diria que as pessoas só começarão a sentir isto com o passar do tempo.

A partir do momento que a sociedade humana fez da internet o seu ponto de contato com o mundo e fez com que surgisse a globalização, o volume de informações cresceu exponencialmente. É um fato! Hoje, nós podemos ver uma pessoa (ou mais de uma) andando numa rua de um país diferente do nosso enquanto ela (ou elas) está (estão) conversando conosco online. Nós estamos, simultaneamente, conectados a vários lugares ao mesmo tempo, ou seja, a noção de tempo e de espaço mudou. Percebam quantas informações nós recebemos numa única ligação por vídeo com várias pessoas conversando conosco ao mesmo tempo. Algumas estão num lugar que está amanhecendo, outras num lugar que está anoitecendo, outras num lugar com neve, outras num lugar com praias paradisíacas, outros num lugar de conflitos, outros num lugar onde ocorre um evento musical. Nós vemos construções, paisagens, públicos e costumes diferentes ao mesmo tempo. 

Agora, pensemos no fato de que as conversas podem ser gravadas e jogadas para alguma rede social ou algum streaming da vida. Milhares de pessoas conseguem ter acesso àquelas informações. As pessoas talvez não notem, mas seus paradigmas, suas percepções, suas noções sobre a vida estão sendo remoldadas cada vez que elas acessam aqueles vídeos. A humanidade está passando por uma mudança gigantesca, quase sem notar. Há uma grande diferença entre eu ler uma enciclopédia ou um verbete sobre um país ou sobre um dado histórico e presenciar a cultura das pessoas, ver aqueles locais históricos, escutar uma pessoa narrando in loco, ver as cores dos lugares, escutar o som daqueles lugares, mas... não apenas de um lugar ou de um fato, mas de vários lugares e de vários fatos ao mesmo tempo.  Repentinamente o cérebro dá muitas voltas e recebe uma quantidade enorme de conhecimento e de informação. Após tais experiências serem repetidas por incontáveis vezes, nós não somos mais a mesma pessoa, nós já não enxergamos o mundo como alguém que lia o mundo somente por meio dos livros.

Estou querendo dizer que, graças ao nível tecnológico que possuímos hoje, nós temos acesso a um número muito maior de informações e num espaço de tempo menor do que as pessoas tinham no passado. O que as pessoas fazem com esta atual enxurrada de informações, bem... depende daquilo que desejam fazer com suas vidas e isto não mudou muito em relação àqueles que não tinham o acesso tecnológico que temos hoje em dia.

Nós estamos passando, coletivamente, por modificações muito mais rápido do que na época das enciclopédias, dos dicionários e dos atlas. A noção do tempo e do espaço está totalmente diferente para quem vive os dias atuais. Rose Marie Muraro já falava que a noção de tempo e espaço, que existia até algum tempo atrás, seria drasticamente afetada pela globalização, principalmente quando as pessoas começassem a ver os acontecimentos no mesmo momento em que eles ocorriam em lugares distantes de onde elas moravam, mas não pela TV e sim por meio de seus aparelhos de comunicação. A tecnologia de comunicação tornou cada cidadão um agente ativo da informação, aparentemente livre das narrativas que eram, até algum tempo atrás, atreladas exclusivamente às mídias, ou seja, somente por meio das mídias tradicionais as pessoas podiam saber o que se passava na esquina de outro bairro ou cidade ou país, no entanto, agora, elas podem saber portando um simples celular e se tornarem um repórter da vida. Graças a isso, as mídias tradicionais tiveram que modificar suas formas de transmitir as notícias, porque perceberam que a narrativa dos cidadãos estava superando em velocidade e veracidade as narrativas antes transmitidas exclusivamente por elas.

Mas tudo isto está ficando no passado! Sim, outra página já está sendo virada e ela já faz parte do cotidiano das pessoas.

As enciclopédias e publicações afins eram fontes de informação sobre fatos, eventos, situações, histórias e narrativas generalizadas. Eram um banco de dados gigantesco, mas generalizado. Com o advento da tecnologia que facilitou e dinamizou a comunicação, nós tivemos acesso e criamos um banco de dados ainda maior, porém ainda generalizado, mas com pinceladas de pormenorização, ou seja, as pessoas passaram a ter acesso às rotinas dos demais, dos bairros, das cidades, dos países, algo que não era contado com tanta minúcia e detalhe num dicionário enciclopédico ou num verbete. Por meio de uma enciclopédia nós podemos saber que alguém fez uma revolução e que ela foi importante para mudar os rumos da história de um país, mas não sabemos dos pormenores, das pessoas anônimas, dos seus pensamentos, de suas características individuais, de suas maneiras de falar ou de se portar. Com o atual nível tecnológico é disponibilizada maior quantidade de informações sobre as diversas pessoas que participam de um evento, de uma revolução, de uma situação qualquer, mesmo que seja uma pessoa anônima. O vídeo grava detalhes, nuances, situações, fatos que normalmente não são considerados numa narrativa generalizada. Mesmo num nível familiar, é possível saber mais detalhes sobre um parente, sobre uma pessoa, sobre uma casa, sobre um bairro onde todos vivem. Antes nós sabíamos algo sobre a família porque alguém contava uma ou outra lembrança, mostrava uma ou outra foto e, se tivesse sorte e finanças maiores, um ou outro filme caseiro.  

Agora, a tecnologia, com a aplicação dos algoritmos, não tem apenas acesso a fatos, a fotos, a vídeos ou a breves narrativas. Agora ela tem acesso a algo que era considerado muito mais íntimo e privativo. Nós estamos vendo a tecnologia que investiga quais são as preferências de uma pessoa: de que tipo de pessoa ela gosta, de que tipo de roupa ela gosta, de que tipo de vida que ela leva, que tipo de emoção ela possui para cada momento, que tipo de raciocínio e de opinião ela é capaz de emitir diante de um fato e/ou de uma foto, de onde ela compra e o quê ela compra. Não interessa tanto a conversa em si, mas o que se passa durante uma conversa gravada por uma pessoa em vídeo: qual roupa ela veste, que lugar ela frequenta, qual horário que ela gosta de sair ou de estar em casa e com quem, quantos animais ela possui, o que ela sente pelo outro, como ela se comporta diante do outro, com quem ela conversa, quais são as preocupações dela, quais são as tendências morais e éticas dela, quais são os lugares favoritos dela, o que ela acha do trabalho, a que horas ela acorda, o que ela faz em casa, o que ela faz na rua, qual o tipo de transporte ela usa, quais músicas ela gosta de ouvir, quais são os hobbies dela, quem são seus filhos, quem são seus parentes, o que as pessoas ao seu redor são para elas... e assim por diante. E não é só quando uma pessoa grava um vídeo, mas quando ela conversa com alguém por meio da voz ou da escrita usando algum tipo de inteligência artificial que está conectada à leitura por algoritmos.

Em outras palavras, o banco de dados agora é outro: cada um de nós! Nós sempre fomos um banco de dados ambulante, porque cada um de nós é uma pessoa única: nossos trejeitos, nossa voz, nosso andar, nossos pensamentos, nossas emoções, nossas preferências, tudo isto e muito mais são uma sopa de dados única, individual e, até agora, impossível de ser registrada com fidelidade e com uma tão profunda intimidade.

Estas informações serão as que mais importarão daqui para frente, porque a tecnologia está sendo direcionada para atender aos interesses de cada pessoa e ela quer se moldar àquilo que cada um é. Então, nós teremos acesso a uma cor, a uma textura, a um lugar, a uma situação que é sabida, de antemão, ter íntima relação com quem nós somos. Isto tem um lado bom e tem um lado ruim, como tudo na vida! O lado bom é que a tecnologia leva-nos para aquilo que nos interessa, sem maiores desvios, poupando tempo, dinheiro e energia. O lado ruim, bem o lado ruim depende de quem está tendo nas mãos as informações sobre nós, ou seja, com que intenção tais informações serão usadas no futuro e por quem!

A humanidade sempre foi uma ótima organizadora de bancos de dados sobre fatos externos, mas estes fatos externos podiam ser e foram e ainda são manipulados em acordo com as mais variadas desculpas. A cada momento são feitas revisões de fatos e de personagens e ninguém sabe ao certo até que ponto as narrativas são tão fidedignas quanto nos fazem crer que sejam, mas isto nunca impediu a humanidade de seguir adiante e manter um nível de liberdade interior. 

Entretanto, a partir do momento que usamos as informações de cada pessoa e nos debruçamos sobre a biologia humana até o mais profundo ponto de intimidade, nós nos tornamos mais conscientes do banco de dados que nós somos e da responsabilidade que é conceder a alguém o poder de cuidar de todas as informações que estão sendo obtidas deste banco de dados. Será que estamos preparados para sermos éticos e morais o suficiente para não manipularmos aquilo que somos, principalmente quando sabemos que as informações que estão sendo coletadas são consideradas mercadorias de troca entre conglomerados e empresas as mais diversas?

Astrologicamente, nós estamos para viver um grande momento na área tecnológica, ou pelo menos é assim que talvez venha a ser o período que é marcado, a partir de 2025, pela presença de Plutão no signo de Aquário, Urano em Gêmeos, além de Netuno e Saturno em Áries. Espera-se que este seja um período muito dinâmico, que irá produzir grandes avanços tecnológicos e que afetará grandemente o pensamento coletivo. Inicialmente não será um período tranquilo, pois ele é um período de abertura para muitas e novas estruturas emergirem de uma só vez e há apego demais (o que é natural) a velhos padrões que já não conseguem atender às demandas atuais. Será um período revolucionário e de desenvolvimento mental muito grande, porém é preciso que a própria humanidade tenha mais consciência daquilo que tais avanços possam trazer daqui para frente, e terá que se basear no seu passado histórico para entender os limites que uma visão mercantilista deverá respeitar para que não coloquemos em risco a individualidade e a liberdade interior de cada ser humano. Isso tudo é importante para sabermos como nós viveremos e/ou como cuidaremos do planeta e/ou como lidaremos com as variáveis inerentes ao fato de sermos seres vivos que interagem com outros seres neste planeta, além de nos ajudar a entender que tipo de seres espirituais poderemos ser daqui para frente.

Não é ruim nós sabermos mais sobre nós mesmos, mas é ruim não sabermos o que fazer de bom com isto, meu caro viajante das estrelas.

Inté!!!

 LINK:

2025 e além