Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via Telegram ou Skype. Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

07 agosto 2012

47 anos… ao infinito e além!





Meu aniversário chegando neste dia 7 de agosto...puxa! 47 anos!
Olhando a minha vida, eu tenho certeza absoluta que eu possuia todos os ingredientes perfeitos para ter uma péssima vida. Filho de pai gago trambiqueiro com mãe analfabeta. Apadrinhado por uma família disfuncional (um marido que sumiu por anos no Norte do país, uma mulher carente com mania de grandeza, um filho gay enrustido que me atacava sexualmente durante a noite!). Nossa, nem as novelas mexicanas imaginariam pior cenário!
Mas sabe de uma coisa: eu não pirei! Eu não peguei numa arma e descontei em ninguém! Eu não saí fumando, cheirando, bebendo e experimentando todas (embora houvesse a suspeita do contrário, que naturalmente nunca se comprovou!)! Não saí fazendo filho e esfolando mulheres e homens (mas todo mundo me chamava de garanhão, embora nunca tivessem me visto com quer que seja!).
Quer saber? Fui o cara mais sem graça que eu conheço: não quis saber de drogas e nem de dar uma tragada num mero cigarro, nunca fiquei com alguém (tentei! Mas tentei mesmo, e só fiquei com uma garota que foi um típico amor de verão com direito a beijo debaixo dágua... mesmo sendo a água suja das praias da Ilha do Governador, mas isso é só um detalhe sórdido!), mas estudei muito, passei muito bem em todas as matérias desde que comecei a estudar até o terceiro ano do antigo segundo grau, passei para a mais prestigiada faculdade federal do Rio de Janeiro (UFRJ ou Fundão para os íntimos!), formei-me em Farmácia (tive muitos problemas durante o curso, inclusive com minha família disfuncional, mas deixemos isto debaixo dos tapetes persas!) e fui trabalhar na área de Homeopatia em Niterói e virei referência na área de florais aqui do Rio (sem abrir a boca, diga-se de passagem!). Analisando bem, até que houve momentos emocionantes!
Mas, toda vida que se preza precisa de um pouco mais de pimenta, senão não é vida. Então passei a questionar as atitudes das pessoas da minha família, passei a questionar a minha sexualidade e passei a questionar as dietas. Com a família eu me meti em brigas homéricas, onde eu sabia que estava com a razão e via pessoas posando de santas sem ser (uma delas foi presa no flagra! Esta mesma pessoa seria responsável pela minha saída de casa, para tristeza de minha mãe, simplesmente porque roubava descaradamente o dinheiro que eu guardava para as despesas da casa!). Minha sexualidade se firmou numa bissexualidade bem informal (ou seja, não estou nem aí se ficar sozinho, pelo menos por enquanto! Mas, as poucas pessoas que realmente me interessaram sabem exatamente com quem está lidando, porque prefiro que saibam tudo de minha boca), ainda que eu não tenha encontrado alguém que realmente possua algo que me seduza definitivamente (quando as encontrei elas me esnobaram... sinal de que n eram o que eu queria!). Minha dieta hoje é feita de tudo o que eu gosto e me dá prazer, mas também de coisas que eu possa utilizar para me ajudar na cura corporal. Então, eu já fui vegetariano (em todos os níveis) e cheguei a viver só de sucos. Muitas pessoas que me conheceram nesta fase ainda se lembram assustadas de como eu era agitado e capaz de dar conta dos recados, afinal eu trabalhava na farmácia que estava em obra e tinha que subir e descer correndo três andares entre o balcão e o laboratório (eu atendia, fazia os remédios, atendia telefone, falava com os terapeutas e médicos, digitava no computador, ajudava na limpeza), além de dar aulas de Calendário Maia (era eu quem fazia todas cópias necessárias para as aulas de final de semana) e viajar para dar as mesmas aulas em outras cidades daqui do Estado do Rio de Janeiro. E tudo isso era feito apenas com passas ou sucos (dependendo do estágio da minha dieta em que me encontrava) no estômago. Esta dieta foi boa, pois pude contatar até que ponto era positivo e até que ponto era negativo certas dietas e passei a gostar de umas coisas que eu detestava e a me afastar de certas coisas que eu amava. Hoje eu como carne sem culpa (eu sempre digo que o problema não é comer carne ou vegetal, mas entender que se produz muito e se despreza muito e se mata muita gente de fome por só poucos se darem ao luxo de desprezarem isso ou aquilo só para satisfazerem seus egos, afinal, se as pessoas produzissem o que comessem, haveria para todos e ninguém ficava defendendo esta ou aquela dieta) e, também, como vegetais sem culpa (afinal, eles morrem também e apodrecem também).
Quem questiona uma vez resolve questionar sempre e eu questionei a minha permanência na minha casa a partir do momento que eu soube que alguém roubava o dinheiro que eu utilizaria para ajudar em casa e para as minhas despesas imediatas. Saí e resolvi questionar minha continuação por trás do balcão da farmácia, pois percebi que já não era suficiente apenas dar umas dicas para as pessoas que ali pareciam, era preciso ir mais longe. Era preciso testar. Já estava chateado com a maneira como a farmácia era conduzida e percebia que ali eu iria ser apenas um cara que fazia as mesmas coisas todos os dias e quando você chega a esta percepção é melhor mudar para não se ferir mais e não ferir os demais. O próprio dono da farmácia e farmacêutico responsável chegou perto de mim e me perguntou se eu queria continuar ou não e foi a deixa perfeita para eu sair. Saí e quebrei a cara! Sim, foi difícil a transição de um trabalho com salário certo para um trabalho onde o ganho só ocorre se houver alguém para pagar pelo seu trabalho. A incerteza era a companheira perfeita e silenciosa de todos os dias. E no início eu a vi como uma inimiga feroz que me deixou endividado e sem graça perante os outros. No final das contas, com ajudas muito legais eu me levantei e me tornei um cara para lá de famoso no Centro do Rio, afinal, era o cara que cobrava R$10,00 por consulta com tarot, e no final do ano ainda fazia consultas por apenas R$5,00. Encarei os meus altos e baixos nesta fase de minha vida, morei em vários lugares, fui expulso de uns (sinceramente, nunca entendi exatamente por qual motivo! Aliás, só uma vez fui realmente responsável!), mas continuei e continuo e muitas pessoas chegaram para mim e disseram que eu estava no caminho errado. Se estive ou estou no caminho errado, eu não sei, só sei que amo o que faço e, até onde me for possível fazer o que faço, farei, mas se um dia eu tiver que mudar de atividade, não me pouparei, afinal, com 47 anos na cara a gente pode até ter nossas rabugices, mas já há sabedoria para entender que os pés precisam andar quando necessário.
Aliás tudo o que sei na área de tarot, astrologia e numerologia eu aprendi sozinho e com minha intuição. Eu sou uma pessoa que ao longo da vida foi aprendendo a se olhar, a se perceber, a se modificar. Acredito que isto seja a essência da vida: experimentar! Mas, é preciso estar aberto para experimentar, pois não é fácil e muito menos fácil ainda é encarar as situações pronto para de repente mudar tudo, até as opiniões. Eu não sei tudo sobre mim e sei que ainda há resistências dentro de mim, mas até aquele lugar onde a vida nos entrega para a morte, eu estarei aí, vagando e comemorando minhas pequenas vitórias. Às vezes vale mais uma vida cheia de vitórias, do que uma vida vitoriosa (ok! Você sabe qual a diferença entre uma e outra?! Experimente, então!).
Aí! Dedico estas palavras ao Criador: ele nunca contestou meus erros e acertos, nunca me elegeu como o seu escolhido, mas proporcionou o Universo para que eu me divertisse nele como eu bem quisesse. Já não está de bom tamanho?!

PS: na verdade, neste ano de 2012, o meu aniversário começará no dia 06 de agosto!