Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via Telegram ou Skype. Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

30 março 2020

Olha a onda! Olha a onda!!


Olha a onda! Olha a onda!!


por Marco Antonio H. de Menezes


Em 2017 eu fiz uns vídeos falando sobre a entrada de Saturno em Capricórnio e comparava este evento a um grande salão que teria as suas portas fechadas assim que começasse a ocorrer a viagem do planeta pelo signo. Era como no filme “Carrie, a Estranha”. De repente, as pessoas tomariam consciência de que estavam trancafiadas num imenso salão, de onde não há como sair até que Saturno começasse a colocar os pés em Aquário. Eu adverti que as coisas iam ficar pretas durante esta fase. Aliás, eu também comparei a passagem de Saturno por Capricórnio com a imagem de um imenso caldeirão fervendo, com as pessoas se sentindo sufocadas dentro dele e sem ter por onde escapar. Eu avisei que seria um momento muito forte para todos os que, até ali, não haviam feito um movimento diferente daquele que a humanidade estava fazendo. Era a hora certa para as pessoas cuidarem mais de si mesmas e perceberem qual era o verdadeiro caminho a ser trilhado.

Bem, agora Saturno começou a trilhar pelo caminho de Aquário.

Vamos nos situar!

Saturno rege o signo de Capricórnio e divide com Urano a regência sobre Aquário. Portanto nós temos aproximadamente 4 anos seguidos de regência forte de Saturno sobre a vida das pessoas. Isto tudo ocorre dentro do grande ciclo de 36 anos de regência de Saturno. Bota prova nisto, né gente?!

Capricórnio é um signo cardinal ou cardeal, portanto, é um dos quatro signos que tem por princípio básico atuar, agir, tomar uma atitude. Capricórnio é um signo de persistência, de ambições, de metas, de objetivos claros alcançados com muita determinação. Não desiste fácil até que as suas metas tenham sido atingidas, mesmo que isto dure muito tempo para acontecer. Ele é duro na queda!

Aquário é um signo fixo, portanto é um dos quatro signos zodiacais que se mostram inflexíveis, com ideias previamente formatadas, com foco claro e com grande dificuldade para aceitar as mudanças nos movimentos estabelecidos por eles a não ser que sejam muito evidentes os motivos para que aconteçam tais mudanças. Aquário é considerado o signo mais humanitário, com facilidade para observar como se desenvolverá um movimento feito no tempo presente, mas prefere valorizar o individualismo e não gosta muito de aparecer em cena a não ser que sua sobrevivência dependa disto.

Saturno traz a responsabilidade, a valorização do tempo como ferramenta de aprendizado, maturidade, os obstáculos e os temores para superá-los. Saturno rege os ossos. Saturno fala de longevidade e limitações. Onde Saturno está podemos esperar grandes lições e provações, que poderão despertar valores e poderes que nos serão úteis pelo menos por uns 30 anos, que é o tempo aproximado que leva para cruzar todo o zodíaco. Saturno é um grande professor e é aquele que abre os portais de nossa consciência para outros níveis de entendimento da vida. É o último planeta visível a olho nu, portanto ele está no exato ponto entre o que é visível e o que não nos é mais visível. Ele é um guardião de portal. As estruturas mais sólidas para a nossa vida podem ser testadas e aprovadas durante a passagem de Saturno num dado ponto de nosso mapa astrológico. Ele é sábio!

Saturno saiu, rapidamente, de Capricórnio por volta da 1 da madrugada (hora do Brasil) do dia 22 de março de 2020 e ingressou no signo de Aquário. Entre os dias 11 e 12 de maio de 2020 Saturno entra em movimento estacionário, para, em seguida, iniciar o movimento retrógrado no signo de Aquário. E lá pelo dia primeiro de julho de 2020 ele reingressa em Capricórnio.

Lá pelo dia 30 de março é a vez de Marte sair de sua caminhada por Capricórnio e correr pelo território aquariano. Ele fará uma rápida conjunção com Saturno no dia 31 de março e continuará o seu caminho.

Marte e Saturno farão uma quadratura com o outro regente de Aquário, Urano, que está em Touro.

Durante esta primeira etapa de movimentos de Saturno entre Capricórnio e Aquário há uma sensação de alívio. Tudo parece um pouco menos pesado, um pouco menos tenso, um pouco mais fácil de ser observado. Os destemperos e dificuldades da passagem de Saturno sobre Capricórnio parecem ter ficado para trás. As janelas e os portões do salão vão sendo abertos aos poucos, arejando o ar e as senhas começam a ser distribuídas. Sim, senhas serão distribuídas para saber quem sai e por onde, afinal, não querem saber de tumulto. Mas nem tudo são flores por muito tempo.

Marte invadirá o território aquariano buscando a reconstrução, não importa como, mas com muito personalismo.

Particularmente, eu sinto que aqui começa a segunda onda mais avassaladora do ano de 2020. Eu vejo como um sopro sutil no ouvido de Marte, a passagem dele por Saturno. É como se Saturno avisasse a ele que está na hora de começar a por em andamento a segunda parte do desmonte das estruturas. Novos conceitos começam a ser colocados em movimento enquanto Marte vai passando por Aquário. É hora de abrir as portas para novas alternativas de vida, seja no campo cultural, financeiro, filosófico e/ou social. Mas Marte é um guerreiro, o que significa que ele também terá tempo para estipular batalhas, trocas de farpas, desentendimentos, discussões e estratégias de combate. Ainda que estejamos no âmbito de Aquário, isto não significa paz ou armistício, no máximo, uma tímida bandeira branca a tremular, como naquela situação ocorrida durante um Natal (corrijam-me se eu estiver errado) em plena 1ª Guerra Mundial, quando os oponentes cessam fogo e celebram a data entre si, trocam abraços, riem uns para os outros, brindam e comem juntos e depois voltam para as suas trincheiras para reinterpretarem seus papéis de inimigos mortais. Marte estará ensaiando os primeiros passos antes de chegar até Áries, seu signo de regência, e encontrar Éris, a dama da discórdia, e entrar em movimento retrógrado. Este será um período muito perigoso para toda a humanidade, como se, por nada, tudo se tornasse explosivo, e a guerra pode se tornar palpável, se não acalmarem os ânimos. E esta já será outra onda avassaladora.

Voltemos para Saturno?

Saturno aproveitará a sua, digamos, rápida passagem inicial por Aquário para avisar ao povo aquariano e leonino que vai começar uma nova fase nas suas vidas. Ele voltará para Capricórnio para testar os últimos remanescentes do caldeirão e liberá-los para os seus devidos lugares. Será um momento tenso, mas pode ser muito positivo para deixar claro que o mundo que existia antes de sua primeira entrada em Capricórnio, por volta de 20 de dezembro de 2017, acabou. Um novo mundo está iniciando. Plutão, que continuará em Capricórnio até 2024, dará os arremates finais na destruição de tudo o que ainda resistir aos abalos que ele tem promovido na montanha capricorniana desde 2008. Todos os sistemas de crença anteriores serão solapados sem perdão e sem misericórdia. Os sistemas financeiros vigentes, as instituições religiosas, as filosofias e ideologias sofrerão fortes cismas. Neste exato momento, estamos nos preparando para o retorno das quadraturas exatas de Plutão e Júpiter (quando voltarem a andar em movimento retrógrado) com Éris, a dama da discórdia, que se encontra vagando muito lentamente por Áries. E esta será outra onda avassaladora.

Saturno, como já foi descrito mais acima, é um guardião de portal. Ninguém melhor do que ele para anunciar que o mundo que conhecemos acabou e que um novo mundo está começando a tomar forma. E ele presidirá toda a passagem para esta nova era de acontecimentos para os humanos. Ele abrirá as portas dos novos começos e fechará as portas dos antigos ciclos. Tem mais volta não, tá amigos?!

Lembremos de um fato muito importante: Capricórnio não é muito chegado a coisas rápidas, porque ele precisa de um tempo para elaborar o que precisa ser feito. O signo oposto a Capricórnio é Câncer. Câncer tem aquele sistema mais maternal, mais de colo, de digestão. Portanto, as mudanças que estamos vendo no mundo precisam de um tempo para tornarem-se concretas, estabilizadas e estabelecidas. Câncer vai acalentando e digerindo tudo o que estiver ocorrendo. O tempo de digestão e de gestação pode parecer lento, mas é o tempo certo para que tudo assuma as suas devidas posições. Júpiter, que é o planeta que se sente muito à vontade em Câncer, ainda vai levar uns 5 a 6 anos para chegar até Câncer. Quando isto acontecer, nós veremos a eclosão, o aparecimento, de uma nova postura de vida. Novas estruturas poderão surgir, trazendo um movimento de cuidado maior entre as pessoas, maior preocupação com o próximo (mas talvez precisem aprender a estreitar laços, sem medo do que isto possa trazer para as suas vidas), novos conceitos filosóficos e acadêmicos, novas maneiras de abordar a riqueza e o bem-estar. Não por um acaso, teremos, ainda, muitos eventos ocorrendo no eixo entre Aquário e Touro. Ou seja, mesmo daqui 6 anos, ainda estaremos concebendo novos campos a partir das muitas ondas que assolarão o planeta durante o ano de 2020 e o ano de 2021.

Eu enxergo este eixo Capricórnio-Câncer, como uma grande montanha metálica que sofre uma imensa martelada que faz vibrar a montanha por muito tempo, tempo necessário para que tudo na montanha ocupe os seus novos lugares com segurança. Este tempo é o tempo de digestão e gestação de Câncer, que vai absorvendo o impacto do martelo na montanha até que toda a montanha fique sem vibrar. Então, reafirmo, nada acontece rápido, tudo pode levar um bom tempo para revelar-se e ser percebido. Não contem com o tempo de amanhã, mas com o que podem fazer hoje com vocês mesmos, por vocês mesmos.

O eixo Aquário-Leão moldará identidades e individualidades. É um eixo fixo, mas muito masculino, com caracteres autoritários, mas que também podem ser muito amorosos. Aquário tende a ser um signo distante, seco, que se aparta da intimidade em defesa de uma individualidade. Não gosta de bajulações, mas levanta bandeiras e não gosta de injustiças. É mentalmente ágil, capaz de destrinchar qualquer ideia e entender o seu desenvolvimento. Apesar de preferir o anonimato, não foge dos movimentos de vanguardas e de tudo o que possa representar uma nova possibilidade, um novo horizonte, um novo espaço. Pode ser frio e calculista, mas é uma maneira de baixar a bola de seu ego ou de não se deixar seduzir pelas cores e brilhos do sucesso. Mas, uma vez sob as luzes da fama, não se abala e segue adiante e se fere quando descobre que os seus ideais não conseguem ser corretamente absorvidos pelos que rodeiam a aura aquariana. O lado leonino ocorre quando ele se lembra de que o coração é o centro de tudo. Quando se lembra de amar a si e ao outro, quando se lembra de trazer o fogo criativo para o chão para que ilumine o mundo.

Saturno em Aquário traz a vontade de criar novos conceitos, novas estruturas, novas oportunidades. Nada é feito sem um propósito, nada é fútil. A realidade comanda a linha de pensamento das pessoas. Pode ser que as pessoas se sintam um tanto intimidadas ao perceber que a realidade não é muito agradável e que exigirá um esforço excessivo para ser remodelada e reconstruída. Pode ser uma fase fria para a humanidade. Pode ser uma fase marcada por autoritarismo, por narcisismo, por excesso de individualismo, por dificuldade para se relacionar com o outro de maneira mais flexível e compassiva. Soluções criativas, tecnológicas, de vanguarda, ousadas, originais e totalmente descomprometidas com as fases anteriores podem começar a emergir. O sistema econômico, como nós o conhecemos, começa a ser enterrado e em seu lugar emergem novas formas de transações comerciais e financeiras. Deve-se tomar cuidado com a falta de transparência e o excesso de controle, que podem ser camuflados com uma imagem de algo útil para garantir o bem-estar de todos. A vida social pode passar por amplas mudanças, marcado por excentricidades, complexos de superioridade, vaidade mental excessiva, desconexão total com o corpo e com as suas necessidades, perda de contato com as emoções, perda da noção de humanidade e de intimidade. Dificuldade para lidar com espiritualidade nos seus mais diversos níveis, às vezes a espiritualidade torna-se apenas um mero hobby, um charme a mais e não uma forma de se conhecer e de fortalecimento da estima. Por outro lado, as pessoas tornam-se mais centradas e podem usar o foco como forma de atingir metas e de organizar melhor as suas vidas e as dos demais. Se a humanidade usar a espiritualidade como forma de crescimento pessoal, poderá atingir altos níveis de conhecimento espiritual, desenvolvendo habilidades que podem ser úteis inclusive para a cura. Uma humanidade mais prática, mais racional, mais objetiva e mais fria pode começar a emergir à medida que Saturno trafega por Aquário. A perda das ilusões que a passagem de Saturno e dos demais planetas por Capricórnio causou norteará o mundo que está nascendo sob nossas vistas. O tamanho do impacto para cada indivíduo será decisivo para mostrar que direção a humanidade seguirá.

Enquanto Saturno caminha entre Aquário e Capricórnio, outros acontecimentos ainda causarão verdadeiras inquietações dentro de cada ser humano. Não pensem que o vírus foi a coisa mais forte de todas, mas foi a coisa mais importante para fazer com que as pessoas parassem para prestar mais atenção a cada detalhe de suas vidas. Volto a afirmar (como afirmei em 2017) que o mundo que as pessoas conheciam acabou. Isto pode ser doloroso, mas é necessário que ninguém fuja desta realidade e a encare com coragem.

Quando Saturno reentrar em Capricórnio (em julho de 2020), nós teremos Plutão, Júpiter, Pallas, Netuno e Mercúrio em movimento retrógrado. É como se houvesse uma parada muito forte de tudo. Tudo parecerá ficar mais lento! Tudo terá que ser revisto! É como se alguém gritasse: solta tudo agora! Só fica com o que for essencial! Mas é só o começo! Lá pelo dia 5 de julho ocorre o eclipse lunar em Capricórnio! Dias depois, ainda no mês de julho de 2020, ocorre a retrogradação de Lilith, Ceres, Quíron e Éris. Em meados de agosto será a vez de Urano entrar em movimento retrógrado. E por volta de 11 de setembro teremos um céu assombrosamente retrógrado: Júpiter, Plutão, Saturno, Ceres, Netuno, Quíron, Éris, Marte; Lilith e Urano. Ou seja, só Vênus e Mercúrio não estarão retrógrados nesta fase. O repuxo será muito grande! Preparem-se porque as forças envolvidas aqui são muito delicadas e é como se víssemos um elefante manco andando sobre um chão derrapante dentro de uma loja que vende louças muito finas. Ou se quiserem uma imagem direta: campo minado! De todas as ondas que vi em 2020, acredito que esta seja a mais violenta de todas. Um erro, uma palavra errada, um destempero qualquer é motivo para conflitos, guerras e mortes. O movimento de retrogradação de Marte ocorrerá dentro de Áries e com passagem tripla sobre a dama da discórdia, Éris. Eu aconselho que as pessoas, desde já, cuidem-se muito bem, inclusive psicologicamente e espiritualmente. Não basta simplesmente rezar, mas aprender a desapegar de tudo o que não servirá para as suas vidas. Valorizem a simplicidade! Pode parecer um conselho pueril, infantil, ingênuo e frágil, mas é o melhor a ser feito para conseguirem ser capazes de, talvez, mudarem os rumos que podem ser traçados. As provocações, as discussões, a insensatez, a discórdia, o ódio, a raiva, o ressentimento, a distorção, a dissonância, o emocionalismo, o desequilíbrio mental, a impotência, a verborragia, a mentira, a insanidade e tantos outros sentimentos do mesmo calibre poderão aflorar de maneira violenta e inesperada de dentro do ambiente familiar, do ambiente de trabalho, do ambiente das amizades, das relações afetivas e das relações diplomáticas. E se isto acontecer, esta será uma fase violenta, triste e com perdas sérias. Muitos lamentarão por não saberem se controlar quando era necessário. Isto pode ocorrer no nível das relações humanas e/ou na forma de uma catástrofe natural, uma infestação biológica qualquer, uma explosão química ou qualquer evento que cause convulsão e comoção em todo o globo. Torço para que tudo seja bem diferente e muito mais suave do que a potência destas retrogradações causa em mim.

Para quem não está acostumado com o jargão de Astrologia, retrógrado é todo movimento de um evento astrológico que aparenta andar em marcha ré. Ao ocorrer isto, o planeta, por exemplo, pode passar semanas ou dias ou meses movimentando-se para trás, passando por cima de signos e casas e graus que já haviam sido recentemente trilhados por ele. Isto causa a impressão de estarmos revisitando algo para melhor entendermos e para melhor resolvermos, se possível for.

Mais um detalhe: até onde pude pesquisar por aí afora, toda passagem de era é marcada por situações catastróficas para todo o planeta. Ou seja, nós estamos no período de finalização da Era de Peixes e de início da Era de Aquário. As duas eras estão com suas partes sobrepostas e isto deverá prosseguir, segundo o meu ponto de vista, até que Urano, Saturno e Júpiter façam uma conjunção em Aquário, lá pelo ano de 2080.

Até 2080 muitos movimentos intensos ocorrerão dentro do planeta. Serão maneiras para acomodar uma nova forma de viver por aqui. Eu confesso que fico receoso com a humanidade. Porque nunca se sabe qual tipo de escolha a humanidade fará daqui para frente. É um pouco difícil saber se a humanidade preferirá despertar para aquilo que ela é (e eu acredito que a humanidade é como um grupo de seres que esqueceu dos seus dons e habilidades espirituais em troca de uma experiência que custou a sua liberdade e fez com que ela se submetesse a uma hierarquização espiritual que se tornou um verdadeiro tormento para ela) ou se ela preferirá continuar a experimentar mais e mais níveis de controle, que fazem com que ela se distancie dos seus dons e fazem com que ela se torne cada vez mais insensível e dependente de estímulos e comandos externos para poder viver.

Se eu for levar em conta o fato de já estarmos na Era de Aquário e que isto significa que estamos sendo banhados pela luz da estrela Alcione e que ficaremos em torno de dois mil anos dentro deste cinturão de fótons, isto poderia ser algo fantástico para a humanidade regenerar seus poderes e se curar das muitas feridas que tem sofrido desde a Era de Leão, que foi a última vez que estivemos sob a luz de Alcione, a contar com tudo o que relatam os maias e outros povos antigos. Mas também isto não me deixa confortável a ponto de não pensar isto: e se o fato de estarmos sendo banhados pela luz do cinturão de fótons onde fica Alcione não for uma garantia de que seremos capazes de nos regenerarmos? Digamos que em lugar de ser uma garantia, esta área da estrela Alcione seja apenas uma promessa de que se formos capazes de despertarmos de um profundo sono que nos consome, poderemos usar esta faixa de luz para darmos um salto, caso contrário, será apenas um lugar luminoso que nos ajuda a descarregar os excessos, mas que não se mostra na sua totalidade até que tenhamos maior consciência do nosso poder e da nossa identidade espiritual.

Por último, gostaria de escrever muito rapidamente sobre a tão esperada conjunção entre Júpiter e Saturno em Aquário no final do ano de 2020. Talvez eu volte a escrever mais e melhor sobre este evento em algum momento futuro. Por agora, eu vou chamar este evento de o grande apagão! Sim! Será o grande apagão! Tudo o que estava ainda teimando em funcionar conforme as velhas normas será desligado, de alguma maneira! Por enquanto, é só o que tenho para narrar sobre esta conjunção.

Não entendam os momentos em que eu pareço um tanto catastrófico como um motivo para perderem as esperanças e sim para lutarem e questionarem o mundo em que estão vivendo. Ninguém é dono da verdade, mas todos nós podemos aprender a questionar o mundo e sua forma de ser conduzido, se o que queremos é algo melhor para todos.  

Bem, espero que tenha sido útil a todos que me leram. 


29 março 2020

Live do Projeto Terra Oculta



https://www.youtube.com/watch?v=yMJBd5C6v-Q

O rei está nu!!


O rei está nu!!

por Marco Antonio H. de Menezes



Quase que a totalidade do globo foi atingida pelo vírus da gripe provocada pelo coronavírus.

Uma parte significativa do planeta adotou a medida de manter a população dentro de casa como forma de diminuir o contágio.

Outro dia eu ouvi que a gripe criou uma espécie de clima de greve geral.

Parando para pensar, há muitas relações entre o que está acontecendo com boa parte da população e uma greve geral.

Uma greve geral ideal visa a adesão de 100% dos trabalhadores e, se for num setor sensível, ainda pode haver uma negociação que permita que uma parcela muito pequena de trabalhadores mantenha-se trabalhando. Espera-se que, numa greve geral, os trabalhadores criem condições interessantes que deixam claro que não estão de braços cruzados por pura vontade de não trabalhar, mas porque, aparentemente, os canais normais de comunicação entre eles e os seus patrões não serviram para que se chegasse a uma solução plausível entre as partes. E é fundamental que os grevistas não aproveitem a greve para ir a uma praia ou para viajar, por exemplo, a não ser que seja para usar tais ocasiões como forma de protesto. Estas seriam as condições ideais de uma greve geral.

A quarentena foi o recurso usado por alguns governos para tentar barrar o aumento significativo de pessoas que possam contaminar-se e morrer. Espera-se que a população respeite o máximo possível este período, evitando deslocamentos desnecessários, viagens e atividades que ponham em risco a quarentena e a saúde da comunidade. Uma parcela da população continuará a trabalhar e a se expor ao risco de se contaminar, porque é considerada uma parcela importante para o atendimento das necessidades da população como um todo: mercados, delegacias, postos de saúde, farmácias e hospitais, por exemplo.

Até aí, tudo bem!

O que há de inusitado nesta fase de quarentena?

A primeira coisa que chama a atenção é o fato de ser (salvo engano!) a primeira vez que a população de todo o globo se vê convocada a ficar em casa ao mesmo tempo. E mais inusitado ainda: a população aceita, sem maiores protestos e docilmente, atender ao pedido de quarentena coletiva.

A segunda coisa que chama a atenção é que os governos mostram-se realmente preocupados com o rumo da humanidade em virtude da efervescente cadeia produtiva estar com suas atividades brutalmente interrompidas.

Agora vamos mergulhar mais fundo e, a partir daqui, permitam-me escorregar bem na maionese. Vamos fazer disso (ou pelo menos: tentar!) um exercício de imaginação. E daqui para frente você só lerá sobre coisas imaginárias, pois elas se passarão num reino realmente imaginário. Qualquer semelhança com fatos reais é pura coincidência, embora eu acredite que coincidências não existam!

Vamos supor que alguém, seja lá quem for, resolveu que o sistema financeiro, como vinha sendo conduzido, entraria em colapso. Quem estava ganhando rios de dinheiro começou a notar sinais de que a economia não estava mais tão fácil de ser levada adiante, talvez, porque havia uma série de gargalos e demandas que começavam a travar o caminho do dinheiro. As pessoas estavam envelhecendo mais rápido do que nascendo? Maior número de pessoas estava tendo maior acesso a um bem-estar sem que isto fosse compensado por um maior aporte financeiro para quem já estava acostumado a acumular? As tecnologias disponíveis estavam dificultando a tomada de decisões dentro do mercado financeiro? Estava difícil justificar tanta concentração de renda nas mãos de poucos? Seria difícil mudar o sistema social, cultural, financeiro e tecnológico dentro das condições e percepções normais da população? Qual seria a melhor maneira para gerar mudanças sem maiores protestos? Como conquistar mentes e corações para que seja possível uma adesão em massa a uma mudança de grandes proporções? Como fazer estas mudanças reverterem a favor de quem sempre ganha muito e sem que aqueles que sempre se sacrificam fiquem irritados? Será esta a tal da reengenharia social? Será que as mídias apoiariam isto? Será que os movimentos populares trariam dificuldades para a aceitação de uma nova ordem mundial? Será que alguém acreditaria que isto é ruim se alguém, ao alertar para os perigos por trás de tais possíveis mudanças radicais, fosse nomeado como louco ou arauto de teorias de conspiração ou um retrógrado? Como fazer esta tal de reengenharia social atingir a totalidade da humanidade quase ao mesmo tempo?

Agora imagine (e vamos ficar apenas no reino das hipóteses, teses e imaginações, porque isto é um exercício de questionamento e não uma acusação formal e baseada em fatos incontestáveis, certo?!), que algumas “mentes brilhantes” comecem a gastar muito de seu tempo para encontrar um meio de tornar concretas as mudanças que se concebe serem necessárias para garantir o bem-estar de quem sempre ganhou muito e dividiu pouco com o restante da humanidade. Depois de muito pesquisarem, acabam percebendo que experiências envolvendo infecções e infestações podem ser muito interessantes. Neste momento, a ética humana é jogada no lixo ou, no mínimo, distorcida. Não poderia ser algo tão fatal que atingisse uma proporção tal que colocaria em risco a existência da humanidade, mas letal o suficiente para criar um clima de preocupação em todos os setores da humanidade e fazer com que fossem tomadas certas medidas sociais e profiláticas. E assim, várias experiências começaram a pipocar em diferentes localidades para aferir o grau de risco e de comportamento dos diversos setores da sociedade diante de um perigo. Junto a isto, outras áreas também foram mobilizadas como representantes de possíveis ameaças ao sistema vigente. Alguns grupos sociais começaram a ser desenhados como perigosos para o convívio humano saudável e seguro. Núcleos populacionais importantes são atingidos por situações que afetam a segurança pessoal e o funcionamento regular das instituições. Movimentos populares desestabilizam governos e levantam desconfiança do povo diante da maneira como são conduzidas as políticas governamentais. A insatisfação começa a tomar conta de vários setores ao mesmo tempo, criando divisões, sectarismos, perda de contato com a realidade, dificuldade para separar a verdade das reações emocionalmente dirigidas. Criam-se condições para a contestação da utilidade das leis vigentes e criam-se situações que geram a necessidade de rediscutir e até de criar novas leis que atendam a interesses mais urgentes. Repentinamente, a palavra “escassez” passa a fazer parte do vocabulário de maneira cada vez maior e com o aval de setores e figuras públicas. Todos começam a dizer que faltará água, comida e demais condições para que a humanidade sobreviva. Discursos inflamados de políticos, de atores, de cantores, de religiosos, de apresentadores, de idosos, de crianças, de influenciadores de opinião tomam conta das páginas das redes sociais, aonde todos afirmam que a humanidade é responsável pelo seu próprio fim por conta de não saber cuidar do planeta que a sustenta.

Então (dentro deste mundo hipotético criado por minha imaginação, deixemos isto bem claro!) nós nos transformamos, paulatinamente, em seres que temem o futuro porque somos culpados por toda escassez que virá. Nós, também, transformamo-nos em seres que temem o convívio com o outro, porque ele pode ser um inimigo em potencial, pode ser um terrorista (em função de sua origem racial, por exemplo), um transmissor de doenças que colocam em risco nossa saúde e de nossos entes queridos. Nós começamos a ver que precisamos fazer sacrifícios para podermos viver, comer, beber água, respirar o ar. Nós passamos a temer o futuro. Nós começamos a aceitar a necessidade de realizar certas mudanças para que seja garantida a boa convivência. Aceitamos isolar pessoas. Aceitamos classificar certos indivíduos como perigosos e que necessitam de uma maior vigilância por parte do sistema, mesmo que isto signifique que esta vigilância invada a nossa intimidade. Deixamos de ser livres para sermos seres mais seguros. Tudo o que vier em prol de nosso bem-estar é aceito sem maiores contestações.

Aí, os nossos simpáticos cientistas descobrem um grupo de entidades biológicas que é capaz de infectar com, aparentemente, baixíssima letalidade, mas com relativa facilidade. Tudo é descrito num simpósio para poucos (e muito interessados, afinal, eles investiram naquilo e difundiram partes daquela experiência em congressos, encontros com empresários e setores influentes da sociedade, sem que ninguém notasse o verdadeiro significado por trás das palavras e piadas) ouvintes, poucos meses antes de desencadear, de maneira prática, o grande experimento.

Mas, neste exercício imaginativo que eu criei, há uma margem para o erro, para o imponderável, para aquela surpresa com a qual nem a mente mais brilhante poderia contar. Afinal, somos humanos, portanto sujeitos a falhas, certo?!

Agora, imaginem que o experimento é solto na natureza. Por um momento ele parece desempenhar o papel que lhe cabe. Tudo caminha segundo as planilhas altamente tecnológicas. Uma pessoa é infectada, ela começa, sem saber, a infectar outras pessoas. Ela passa mal, outras pessoas também. O experimento começa a seguir os rumos que se espera. Multiplicam-se, rapidamente, os infectados. Os cientistas locais começam a entrar em estado de alerta diante de algo novo que está surgindo. Precauções começam a ser tomadas. Cientistas locais debruçam-se sobre suas mesas de trabalho para decodificar aquilo que está atingindo, rapidamente, a população local. A infecção toma vulto cada vez maior e preocupa cada vez mais os cientistas e as autoridades. O país entra em estado de alerta e, logo, o mundo fica sabendo que um perigo invisível, mas muito rápido está se alastrando. Os mercados financeiros, que já estavam inseguros, começam a refletir a preocupação mundial. Num piscar de olhos, o que era uma ameaça local, torna-se uma ameaça mundial. Nenhum governo consegue demonstrar qualquer esboço de sensatez e todos, sem exceção, acabam abrindo as portas para a infecção entrar em seus territórios, sem qualquer medida eficaz de isolamento. Nenhum deles propõe isolamento imediato das pessoas oriundas dos locais infectados. Nenhum deles propõe que as pessoas que chegam dos locais infectados fiquem em barreiras sanitárias que impeçam o contato com familiares e amigos por pelo menos um mês. Todos (ou a maioria esmagadora) preferem enviar estas pessoas para as suas casas após exames iniciais. Os que apresentam sintomas severos são internados, os demais são conduzidos para os seus lares. Os que não aparentam sintomas também são enviados para os seus lares. O resultado de tais medidas é absolutamente palpável: as pessoas enviadas para as suas casas tornam-se agentes de infecção e disseminação da doença. A disseminação da doença cresce em proporções geométricas. As primeiras mortes ocorrem. O mercado financeiro desaba. Os governos resolvem tomar uma medida amarga: todo mundo de quarentena! Pela primeira vez (acredita-se) a humanidade inteira é convocada por seus diferentes governos a ficar em casa até que tudo fique melhor. A notícia pega de surpresa todos os setores produtivos da sociedade quase ao mesmo tempo.

O mundo parou!

Nenhuma atividade cultural, nenhuma atividade social, nenhuma atividade financeira, nenhuma atividade recreativa, enfim, nenhuma atividade fora de casa poderia ser feita na maioria dos países que apresentavam populações infectadas.

Neste nosso (ou seria apenas meu com a conivência de quem me lê?) exercício de imaginação é aqui que entra a falha, o erro, o imponderável, aquilo com o qual não contamos.

Comecemos por revisar! Um grupo de pessoas que sempre acumula muito dinheiro, descobre que o sistema que o alimentava está prestes a falir. Para garantir a manutenção dos valores que sempre nortearam suas vidas, este grupo investe na busca de soluções que permitam a implantação de um novo sistema de ganhos, mas que seja capaz de atingir o maior número de países em pouquíssimo tempo. Deixando a ética humana de lado, eles investem em: doenças, terrorismo direcionado, movimentos sociais de apelo garantido para os que se sentem largados pelo poder público, campanhas apelativas de disseminação da ideia de escassez como futuro plausível para uma humanidade inconsequente, grupos que disseminam o sectarismo, a intolerância social e religiosa. As diversas mídias ajudam a difundir tais discursos, tornando difícil diferenciar o joio do trigo. Lentamente, a sociedade torna-se refém de um discurso que levará alguém ou um grupo ou uma ideia a ser o representante de uma nova era, de uma nova ordem mundial, onde o importante é que a liberdade cede lugar à segurança.

Então a entidade biológica causa pânico no mundo. Tudo parecia sob controle e tudo acontecia como esperado, exceto por um rasgo pequeno, porém importante.

Os governos decretam quarentena mundial. Quase todos os países entram em quarentena ao mesmo tempo. O mundo está parado. A cadeia produtiva está paralisada. Certos empresários (e não estou falando dos pequenos e micro) e governos não contavam com isto!

Qual o temor deles? Vamos usar a nossa imaginação mais um pouco!

Os empresários, em sua maioria, visam o lucro (afinal o sistema vigente existe para atender a esta visão da vida: sem lucro você não vive!). Raros são aqueles que visam o lucro deles e o bem-estar real dos que trabalham para eles. A concorrência é entre empresários e, para ser ganha, é preciso ter alguém produzindo. Sem trabalhador, por enquanto, nenhum empresário do nosso reino imaginário consegue muito se deseja ser alguém de destaque na sociedade. O trabalhador é o ponto mais importante da empresa, é aquele que dá forma ao que o empresário deseja expor para o mundo. Mas o empresário nem sempre enxerga o trabalhador. Ele paga o salário e espera que isto seja o suficiente para que tudo corra bem. O empresário não se preocupa com a vida social, cultural e/ou espiritual do seu empregado. Ele quer que o seu empregado faça aquilo que se espera dele. O empresário adere a programas sociais e culturais para aparecer bem e continuar bem na disputa dentro do mercado. Tudo é lucro, mas nem todo lucro é bem-estar.

E aí aparece uma doença que expõe a ferida! Além de, agora, os empresários precisarem cuidar muito bem de seus empregados, reconhecendo que sem trabalhadores não há produção e lucro para eles (empresários), é preciso mostrar algo a mais. Está exposto, neste nosso reino imaginário, que a sociedade não precisa de tanta dedicação por parte dos trabalhadores para produzir o necessário para ela viver em paz. O dinheiro que os empresários e os governos diziam não ser suficiente para cuidar do mundo, agora se mostra suficiente e até corre o risco de ser melhor utilizado em prol daqueles que sempre se sacrificaram para que os empresários e governos pudessem se sustentar. Fica exposto que a sociedade pode ser eficiente se ela revisar a sua dedicação, se ela puder dispensar mais tempo para a sua própria vida, que é possível ter acesso a serviços, alimentos e tudo o mais que parecia escasso, porque tudo precisará ser redirecionado para manter as pessoas a salvo de um problema maior. Fica claro que há dinheiro suficiente para dividir entre as pessoas, para trazer o bem-estar real a elas, favorecendo a vida em família, criando condições melhores a todos. Fica exposto que é possível melhorar o nível de vida das pessoas e pagar a elas um valor muito mais alto do que alegavam ser possível. Fica claro que, se a sociedade quiser, neste momento ela poderá ser a mudança em ação e determinar o que realmente precisa ser mudado dentro de um sistema que até aqui privilegiava e distribuía o dinheiro entre alguns poucos.

O sistema está exposto! As desculpas que davam, neste nosso reino imaginário, para criar leis, gerar regras, determinar quem é mais importante dentro da cadeia social estão desabando e isto está incomodando os empresários e até aos governos que vivem da conivência e conveniência empresarial. Estes setores, ao se verem expostos gritam pelo fim da quarentena, gritam pela volta imediata ao trabalho, gritam como se os empregados estivessem fazendo uma greve geral. O problema é que os trabalhadores foram vítimas das armações aceitas pelos grandes empresários e pelos governos que não sabem respeitar o ser humano. Os trabalhadores não estão em casa por decisão coletiva numa assembleia trabalhista. Eles estão em casa porque o sistema que rege a todos disse que isto seria melhor. Os trabalhadores não estão fazendo greve, estão se defendendo de algo que pode molestá-los, que pode tirar suas vidas e das pessoas que amam. Certos empresários e certos governos atuam como se estivessem diante de grevistas e apelam para leis trabalhistas para que a greve, que não existe, acabe! Porque se a greve, que não existe, continuar, os seus sonhos virarão pó! E eles, numa visão muito otimista da minha parte (e bota otimismo nisto! Imaginação não possui limites!), terão que deixar claro que tudo aquilo que disseram e acordaram no passado era mentira e que as reivindicações dos trabalhadores podem ser atendidas sim, até com muito mais vantagens e com muito mais tranquilidade. O mundo pode ser muito melhor do que a visão mesquinha, até aqui predominante, dizia que poderia ser.

Quem, neste reino imaginário, não está vendo que o rei está nu? Quem agirá como o pelego das greves ou como aquele indivíduo que ama furar greves ou como aquele indivíduo que está sempre dizendo que o chefe tem razão? Será que na nossa viagem imaginária pelo mundo mais sórdido do ser humano haverá quem realmente defenda quem não está defendendo o trabalhador de ser reconhecido como um ser muito importante para todos? Será que alguém levantará a voz em favor da continuação da exploração do trabalhador? Será que alguém ficará discursando em praças públicas midiáticas em favor de quem nunca pensa em dar um bem-estar real ao povo? Será que alguém ainda vai apelar para o velho chavão político e ideológico como forma de convencer a todos de que os empresários e governos estão certos em defender a volta dos trabalhadores para uma situação de risco? Já não está na hora de subirmos, dentro deste nosso reino imaginário, a discussão para um nível melhor: somos todos humanos e merecemos algo melhor e merecemos parar de achar bom viver segundo o sistema de castas/camadas sociais, onde uns poucos ganham (e alimentam-se e vivem) muito mais do que todos os outros? Será que neste mundo imaginário descrito por mim, existe espaço para a razão e a emoção em doses suficientemente equilibradas para fazer entender que nós vivemos no mesmo planeta e que não é justo que uns poucos decidam o que devem fazer para garantir a sua sobrevivência mesmo que seja para matar pessoas, mandá-las para guerras, fazer experimentos biológicos, submetê-las a tensões e perdas desnecessárias?

Neste reino imaginário o rei está nu, senhoras e senhores!

Esbocemos uma reação positiva em prol de todos, antes que eles tenham tempo de concluir o experimento. Paremos de comprar o que nos vendem e passemos a ser conscientes do que realmente precisamos para sermos mais felizes, mais humanos.

Lembrem-se: um novo AC/DC está em andamento, neste nosso reino imaginário. Agora é Antes do Coronavírus/Depois do Coronavírus.

Tenham a certeza de que o mundo que havia antes, neste nosso reino imaginário, da pandemia, não existe mais. O mundo que conheciam, antes de entrarem para a quarentena, acabou! Um novo mundo está sendo iniciado. Mas o problema é: vamos iniciar um mundo como seres humanos ou como seres desumanizados pelos mesmos poderes que têm sempre decidido o nosso caminhar? Afinal, o experimento visava, também, estabelecer até que ponto as pessoas aceitavam ser submetidas a certos níveis de controle sem maiores resistências. O que pode derivar daí? Será que militarizaremos o nosso reino imaginário? Será que aceitaremos a imposição de novos conceitos de controle com a desculpa de que é para o nosso bem-estar?

Neste nosso reino imaginário, a quarentena é apenas um ponto, um momento onde tomamos consciência de nosso poder e força para que possamos agir. Mas será que todos estão conscientes disto? Será que todos estarão aptos para a reflexão que o momento pede? Ou ficaremos reféns do medo? Ou preferiremos transferir, mais uma vez, o poder para um salvador, uma figura religiosa/espiritual, um político/governo, um modelo imposto? Não entenderam o quão desoladora foi a imagem de um líder religioso rezando para o nada? Não entendem o desespero de líderes religiosos que não possuem mais a presença de seu público cativo? Quantos reis ficarão expostos para que entendam que neste mundo imaginário o mais importante “ser” é você mesmo e que você é o agente da mudança? Você ainda não entendeu que você é o rei deste mundo e que está exposta a sua realeza para que a exerça?

Levante a cabeça e assuma o teu lugar neste mundo imaginário (?), mas seja rápido, porque neste reino imaginário (?), ninguém perde tempo e nem liga para choros e rezas, mas para atitudes e inteligência, embora confundam honra, nobreza e inteligência com esperteza, malícia e concorrência.

Neste nosso reino imaginário (?), governos passam, empresários também passam, mas seus herdeiros continuam...

Esta é a minha viagem pelo reino da imaginação!

Deixo com vocês a capacidade de questionar este reino!

Eu questionei! E você?!

Mas fiquem calmos, afinal imaginação é nada quando comparada com a realidade!

A realidade tende, sempre, a ser mais excitante e interessante do que a imaginação!