Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via Telegram ou Skype. Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

23 maio 2021

Cartas para o dia 24 de maio de 2021

OS FANTASMAS SE DIVERTEM... ou NÃO!

 OS FANTASMAS SE DIVERTEM... ou NÃO!

 Por Marco Antonio H. de Menezes

Este texto foi criado a partir de um vídeo do astrólogo Carlos Harmitt. Neste vídeo ele chamava a atenção para um evento astrológico que ocorrerá no dia 01 de julho de 2021 e sua influência sobre o mapa do Brasil.

O mapa que Carlos Harmitt usa é considerando o ascendente do Brasil sendo Peixes, mas eu uso o mapa que considera o ascendente do Brasil sendo Aquário. No entanto, isto não atrapalha a análise do evento e é sempre bom ressaltar que cada astrólogo pode avaliar as situações segundo o critério que o deixa mais confortável.

Então, vamos para o evento: dia 01 de julho de 2021, às 09:36:34 (horário de Brasília). Neste dia e horário Saturno Retrógrado em Aquário faz uma oposição exata a Marte em Leão. Cada um deles faz uma quadratura com Urano em Touro e isto cria o que chamamos na Astrologia de quadratura T.

Esta quadratura T, que ocorre no dia 01 de julho de 2021, quando adicionada ao mapa da Independência do Brasil (que é o mapa normalmente utilizado pelos astrólogos para avaliar o Brasil, mas não é o único), os planetas descritos acima e os aspectos que formam entre si caem sobre a sexta casa do mapa (Marte), sobre a décima segunda casa (Saturno) e sobre a terceira casa (Urano) do mapa da Independência do Brasil.

Do meu ponto de vista é como uma manifestação energética que vem do passado, um grito ou um gemido, uma reivindicação histórica. A primeira impressão que me veio quando assistia ao vídeo do Carlos Harmitt foi como se a energia de todas aquelas pessoas que morreram no país e pelo país estivesse vindo à tona. É bom esclarecer que não estou referindo-me aos mortos pela doença atual, mas sim a todos aqueles que têm morrido desde a descoberta do país. E “todos aqueles que têm morrido” a que me refiro, são aqueles que morreram como vítimas de ações que tentaram calar suas vozes, suas tentativas de abrir caminhos positivos e/ou pessoas que simplesmente sofreram com as muitas histórias de abuso que marcam a história do país desde a sua descoberta. Elas não estão pedindo para serem revividas, mas para, enfim, serem redimidas.

Particularmente não acredito tratar-se de uma oportunidade única. Várias vezes, desde a descoberta do Brasil, ocorreram situações que permitiram ao país redimir-se de seus abusos e elas continuarão a ocorrer independentemente de o país já ter se redimido. Vamos pensar da seguinte maneira: uma série de eventos astrológicos trazem, de tanto em tanto tempo, uma energia que permite a resolução de algum problema e tal problema pode ser resolvido naquele período ou próximo daquele período em que ocorreu o evento astrológico. Se as pessoas resolveram o problema, quando eventos astrológicos similares ocorrerem novamente no futuro, eles talvez não tenham grande repercussão sobre a história do país e sobre o povo. Mas se as pessoas não conseguem resolver aqueles problemas (seja lá por qual motivo for!), não faltarão oportunidades futuras para resolvê-lo, porque há sempre um evento astrológico que traga de volta tais oportunidades. Entendido isto, vamos prosseguir!

Quando eu olho para a história do país (e esta é uma visão particular!), percebo que o país não consegue resolver problemas os mais diversos que têm sido arrastados ao longo da sua história: abusos, perdas de memória, perda de contato com a sua verdadeira história, dificuldade para sustentar um crescimento robusto da sua importância dentro da geopolítica, dificuldade para desenvolver uma cidadania forte, dificuldade para entender o que é soberania e por aí vai.

Poderia resumir que são histórias de lutas que acabam sendo abortadas em algum momento e isto gera condições para que formas distorcidas de entendimento da realidade quebrem a continuidade do país na direção de um desenvolvimento positivo dentro do mundo em que vivemos. Em outras palavras, nós vivemos sempre numa gangorra, hora começamos a subir e logo em seguida descemos e paramos no mesmo ponto e começamos de novo a subir, mas sempre num movimento repetitivo que praticamente obriga-nos a refazer tudo o que já havia sido construído e assim nunca chegamos a um ponto de dar um salto e não precisarmos mais voltar para o ponto de partida.

A brincadeira da gangorra vai quebrando as forças do povo, que praticamente atua como uma mera marionete ao sabor das benesses de quem sobe ao poder. Como não somos educados para entendermos um pouco mais sobre a nossa história, nós parecemos uns desmemoriados que vivem sempre apenas o dia de hoje, não conseguindo conectar os fatos e pessoas atuais a fatos e pessoas do passado e incapazes de analisar os fatos e pessoas atuais a ponto de entender qual o futuro que nos aguarda a partir deles. Quando agimos como desmemoriados, nós respondemos às situações presentes segundo as nossas expectativas mais imediatas, sem bases reais para compararmos e à mercê das influências de pessoas que são indicadas propositadamente para serem os intérpretes para o povo daquilo que está acontecendo. Como agimos como desmemoriados acreditamos no que está sendo dito porque alguém conferiu a um grupo de pessoas a aura de serem perfeitos intérpretes da realidade, mas tais pessoas não nos ajudam muito porque raramente elas nos inspiram a olhar para o passado e encontrar ali condições para entender o presente e perceber que futuro poderá emergir. O resultado disto é que o entendimento dos fatos e pessoas é distorcido, mobiliza as pessoas sem uma base sólida e resulta em um futuro cheio de problemas. Se as pessoas estão desmemoriadas e alguém tenta ser um intérprete e esta interpretação causa distorções, este povo não consegue entender e exercer corretamente a cidadania, não consegue ter voz, não consegue sentir-se seguro para questionar os fatos e sofre na pele as consequências de sua ignorância dos fatos. Deixo claro, mais uma vez, que esta é uma tradução minha daquilo que enxergo no país, pois não sou antropólogo, sociólogo ou algo que valha para poder usar outras palavras ou para aprofundar-me melhor.

Então, os planetas e os aspectos que eles fazem dentro do mapa do Brasil no dia 01 de julho de 2021, representam a oportunidade para que isto tudo que eu falei comece a ser tratado, curado, visto, entendido, revisado e melhorado. Não se trata de uma obrigação, trata-se apenas de uma oportunidade. E isto não precisa ocorrer na hora, porque a energia irradiada pelos planetas envolvidos e os aspectos que eles fazem entre si continuarão a reverberar por um bom tempo até que enfraqueçam. Do jeito que este evento ocorrerá e envolvendo os planetas que agora se apresentam, dificilmente isto se repetirá em breve, pois cada planeta leva tempos diferentes para circular por toda a mandala astrológica.

Agora vamos entender tudo do ponto de vista astrológico.

As casas envolvidas no mapa do Brasil são a décima segunda casa, a sexta casa e a terceira casa. A terceira casa é basicamente uma casa de comunicação, de interação em busca de conhecimento, de expressão de conhecimento e de entendimento deste conhecimento. Também é uma casa relacionada com viagens curtas, com os vizinhos, com os irmãos e com o meio-ambiente. Já a sexta casa relacionada com o emprego, com a saúde, com a alimentação, com a nossa rotina diária, com a nossa capacidade para servir. E a décima segunda casa é a casa dos inimigos, dos hospitais, dos bastidores, dos isolamentos, daquilo que está no nosso inconsciente, da nossa alma, de nossa necessidade de sair do mundano e ir para uma espécie de “fortaleza da solidão”. Normalmente, quando um astrólogo olha para um mapa de um país, o olhar contempla significados pertinentes a um país e não a uma pessoa. O significado das casas é um tanto diferente. Então, a terceira casa passa a representar as vias de transporte e escoamento, os meios de transporte, as zonas fronteiriças, os meios de comunicação local, o nível de instrução do povo e o idioma. A sexta casa representa as doenças, epidemias, pandemias, os órgãos oficiais que regulam a saúde da população, os serviços públicos, os trabalhadores e empregados públicos ou particulares, as condições trabalhistas, a escravidão, a alimentação e a higiene. A décima segunda casa representa aquilo que a sociedade não consegue enxergar ou entender, as águas de um país ou local (mar, rios, lagos, etc.), os inimigos do país, os sanatórios, os hospitais, as prisões, os reformatórios, as instituições espirituais, os que estão à margem da sociedade, os benefícios concedidos ao cidadão (pensões, aposentadorias, bolsas, etc.), os sacrifícios e falcatruas que uma nação impõe ao povo, as sociedades secretas, a religião e a espiritualidade de um país ou cidade e o que é omitido da opinião pública.

No caso dos planetas, quando é analisado um país ou cidade, eles também passam a ter valor diferenciado. Marte é visto como o planeta relacionado com os militares e todos os tipos de polícias e os bombeiros, assim como é o planeta das ameaças, dos ataques, dos conflitos, da violência, daquilo que sai do controle da segurança local, dos criminosos e dos agitadores. Marte, além do mais, é o planeta dos cirurgiões, dos engenheiros, dos esportistas e dos mecânicos. É o planeta das operações cirúrgicas, dos esportes, das infecções, das epidemias, da sexualidade, das coisas que fogem do controle, das explosões e incêndios, das armas, da metalurgia e de metais como o ferro. Saturno é o planeta dos idosos e sábios, da tradição e da proteção dos valores, da prudência e do cuidado, das rotinas e das restrições, da miséria, da pobreza, de tudo o que restringe, de tudo o que trava, dos monumentos e das ruínas, dos locais isolados, dos estoques e reservas monetárias do país, de todos os tipos de construção, de todos os tipos de produtos da terra e os agricultores, fazendeiros e latifundiários, dos mineradores, das minerações, do chumbo, do tempo frio, das montanhas e das pedras, os ministros e políticos, os chefes de Estado e o Estado propriamente dito, a administração pública, do o staff ligado aos chefes de Estado, os fiscais e agentes policiais e tudo relacionado a eles, os empresários e os gerentes que ocupam cargos poderosos. E Urano representa os parlamentares, os partidos e seus representantes, as repartições públicas, as assembleias, as leis e o legislativo, o inesperado, as mudanças bruscas de temperatura, as explosões, os terremotos, os ciclones, o granizo, as tempestades violentas, os meteoros, os meteorologistas, os astrólogos e a astrologia, a acupuntura e as formas de medicina não tradicionais, radioatividade e tudo ligado a ela, as construções com ares futuristas e as casas inteligentes, os computadores, a televisão, a internet, os computadores, tudo o que se relaciona com eletricidade e mecânica, a aeronáutica e a aviação e os avanços na área espacial, as novas tecnologias, o alumínio e o urânio, os inventores e suas invenções, a coletividade, os grandes grupos e as grandes corporações, as ONGs e os grupos que se dedicam a causas humanitárias, os clubes e associações em geral, os excêntricos, os que amam andar fora da curva, os ditadores, os rebeldes e suas rebeliões, os extremistas e suas causas, as revoluções e todos os modelos de ativismo que envolvem anarquia, rebelião e desafio ao sistema.

Olhando para os significados expostos mais acima dá para ver que este encontro entre os três planetas não é qualquer coisa.

Marte e Urano fazendo aspectos difíceis (como quadraturas, oposições e conjunções) podem trazer conflitos e situações desconfortáveis, agitações e movimentos sociais perturbadores para a ordem e o sistema vigentes. Saturno e Urano em quadratura não se sentem confortáveis, porque ocorre um impasse entre manter uma ordem e desestruturar uma ordem. Marte e Saturno em oposição apresentam dificuldade para juntar forças em prol da construção de algo, geralmente, acabam dando início a um processo de endurecimento nos diálogos, agressividade exacerbada e os interesses divergem, dificultando o encontro de uma via mais pacífica de entendimento e de comportamento.

Mas é a posição nas casas do mapa do Brasil que cria mais dificuldades. Saturno Retrógrado (se há um movimento Retrógrado num evento astrológico então estamos falando do passado, das questões que precisam ser revistas com mais atenção, por exemplo) na ‘decima segunda casa estará sobre o Nodo Norte da Lua do mapa do Brasil. O grito do passado fica mais doloroso, porque é preciso que se encontre a verdadeira missão do país, a verdadeira vocação do país, é preciso acertar as contas com o passado do país, com aquilo que impede de o país assumir o presente sem se sentir assombrado pelos seus fantasmas, fantasmas estes que teimam em emergir porque nós não encaramos a nossa história com a devida seriedade e com a devida responsabilidade. Nós escondemos de nós mesmos a nossa natureza e a nossa verdadeira história, as nossas dores e o que nos aprisiona. Nós desenvolvemos uma mentalidade que encarcera a tudo e a todos que não aceitam um padrão de vida, nós os alijamos para a margem da sociedade e os aprisionamos dentro de uma capa de esquecimento e de marginalidade, que pode assumir uma feição folclórica, infantilizada ou totalmente distorcida. Em lugar de darmos vez e voz para a nossa originalidade, para o nosso verdadeiro espírito empreendedor, para o poder da nossa coletividade e para o papel excêntrico que podemos ter dentro do mundo, para a nossa capacidade de atrairmos o diferente e darmos voz a ele, nós nos omitimos, nós matamos, condenamos, marginalizamos, rotulamos as diferenças como meros pontos fora da curva e como meras excentricidades sem uma causa definida, desqualificamos as lutas e abafamos a voz do outro, disciplinando com academicismos que não valorizam as nossas soluções, as nossas vozes, os nossos erros e acertos como algo importante para a formação de nossa expressão junto ao mundo. Nós não assumimos a responsabilidade de sermos quem somos e por isto não formamos um bloco coeso capaz de valorizar a riqueza da contribuição da individualidade em prol do crescimento da coletividade. Nós não somamos conhecimento, isolamo-nos dentro de guetos que brigam apenas por suas diferenças intrínsecas e que não olham para fora de seus guetos e não dialogam entre si para entender que estão lutando pelo mesmo motivo básico e que podem criar uma coletividade coesa na luta pelo crescimento e afirmação da sociedade e do país. Estamos sujeitos demais e até reféns de tudo o que vem de fora embora tenhamos, por conta de nossa formação heterogênea, tudo o que precisamos para criar uma cultura própria que precisa ser valorizada, soluções próprias que precisam ser valorizadas e postas em prática, visões únicas e originais o suficiente para impormos um ritmo que é nosso e que não precisa se curvar ao que vem de fora, mas se fazendo respeitado e respeitando o que seja externo a nós. Não se trata de uma visão isolacionista, mas de uma visão que valoriza a nossa criatividade, a nossa excentricidade, a nossa capacidade para abrir novas perspectivas para o mundo, que investe e valoriza as pessoas que nascem aqui, que podem criar e gerar empregos e condições de vida que poderiam fazer do país um lugar de referência para o mundo e não em um lugar de memes envolvendo a NASA (se é que vocês me entendem).

Saturno Retrógrado na décima segunda casa e sobre o Nodo Norte do mapa do Brasil talvez nos obrigue a parar de vez, contando mortos, loucos, marginais e rebeldes sem causa. Ele pode obrigar-nos a ouvir o grito dos muitos que morreram (e até se mataram) ao longo de nossa história e que teimamos em não ouvir. A energia de Saturno Retrógrado é uma voz que vem do passado e nos assombra e levanta das tumbas reivindicando a memória de seus atos, chamando a atenção para o fato de que eles não lutaram para que o povo morresse na praia.

Saturno não só faz uma conjunção com o Nodo Norte do Brasil, como também faz conjunção com Éris do Brasil, o que significa que este pode ser um bom momento para olharmos para aquilo que tem gerado discórdia entre assumirmos a nossa vocação e simplesmente apagá-la de nossa memória. Muitos podem ser os motivos que fazem com que nós discordemos e criemos “senões” que impedem a união em torno de uma causa única e isto, algum dia, precisará ser encarado e resolvido dentro de nosso país. Esta pode ser uma boa oportunidade para fazer isto ou para ficarmos batendo mais ainda a cabeça sem nos entendermos, distribuindo culpas e bodes expiatórios para todos os gostos e freguesias. Éris em Aquário pode ser aquela energia que prefere favorecer a própria excentricidade em prol de algo muito além do ponto que favoreceria a união, impedindo que os outros saibam avaliar, analisar e valorizar a originalidade e a praticidade de uma ideia. “O meu cérebro é maior do que o seu e por isto eu mando e arrebento!” poderia ser uma frase (dita aqui de maneira mais educada, para quem me entende!) comum. É mais fácil impor do que discutir e aceitar o contraditório como algo que enriquece o diálogo e o encontro de soluções que contemplem a coletividade, o povo. Será que aproveitaremos este momento de Saturno passando por cima deste ponto (e por conta da retrogradação este ponto está sendo visitado três vezes) para encontrarmos um meio-termo que nos ajude a começar a desenhar e a aceitar nossa vocação? Ou continuaremos fazendo mais picuinha com meu pirão primeiro? Em suma, Saturno Retrógrado faz-nos olhar para aquilo que está impedindo a construção de algo mais sólido e para aquilo que está impedindo-nos de assumirmos as nossas responsabilidades.

Mas Saturno Retrógrado faz uma oposição com Marte e uma quadratura com Urano...

Marte estará posicionado em Leão sobre a sexta casa do mapa do Brasil, mostrando que a massa trabalhadora, os militares, a saúde e o emprego poderão entrar num conflito de interesses cada vez maiores. Ou andam todos juntos ou cada um gritará mais alto e ninguém vai se entender e isto só causará mais doenças, mais mortes, mais desespero, mais perdas. Militares e trabalhadores não deveriam estar em campos opostos, porque todos servem ao país acima de tudo e acima de interesses particulares, mas se os interesses pessoais e corporativos forem maiores do que o interesse nacional, as lutas serão intensas e nada proveitosas e não se chegará a um diálogo produtivo entre as partes. É perigoso para o país encontrar estes dois lados da sociedade pisando em terrenos muito sensíveis porque isto nunca resulta em coisas boas: perdem todos! Os discursos endurecem, as proibições e as ações arbitrárias se justificam, as censuras aumentam, as coerções aumentam, a mordaça e a paulada aparecerão em algum lugar, os parcos direitos são retirados e os diálogos são interrompidos. A voz dos trabalhadores pode ser a mais ouvida se eles começarem a sentir que suas condições de vida estão cada vez mais desabando. Conflitos, confrontos, debates, poderão ocorrer. Talvez a presença de Vênus no mapa do Brasil (que começará a sofrer uma conjunção com o Marte depois do dia 01 de julho de 2021) crie um acordo entre as partes, um acordo que visa trazer um bem-estar momentâneo. Ao mesmo tempo Vênus estará transitando por cima deste Marte e da Vênus do Brasil depois de 01 de julho de 2021, o que poderá diminuir os ânimos ou obrigar a todos que sentem e discutam, embora Leão seja um signo um tanto difícil para discussões que buscam o entendimento, mas propostas sedutoras podem ocorrer graças às energias venusianas, diminuindo os ânimos por algum tempo. Mas o foco deste texto está no fato de que Marte estará sob pressão tanto de Saturno quanto de Urano. Portanto é possível que os ânimos, antes da possível conversa venusiana, criem impasses, discussões, agressividades nos discursos, dificuldades para levar adiante certas soluções, medidas autoritárias, censuras, perdas e doenças. Possibilidade de algum tipo de violência? Talvez sim, dependerá do quanto as partes envolvidas saberão lidar com o espírito de revolta que estará alta na ocasião. Mesmo que os conflitos não envolvam trabalhadores e militares, mas envolvam a população em geral, Saturno é o regente do povo no mapa do Brasil (eu considero que além da Lua, que é a clássica referência de povo numa Astrologia Mundial, devemos considerar o regente do Ascendente como o outro significador do povo. Como Aquário está no Ascendente, Saturno é um dos representantes do povo). O povo precisará aprender a negociar de maneira prática para sair do pesadelo (décima segunda casa) em que se encontra ou ele ficará catando caquinhos por um bom tempo, perdido por entre conflitos de interesses que só contemplam uma pequena parcela da população que tentará aceitar certos acordos para ficar tranquilizada. Em outras palavras, venderão ilusões na forma de migalhas para que todos se sintam um pouco melhor. Mas não se sabe por quanto tempo as migalhas satisfarão a todos e por quanto tempo os conflitos causados pelos mais diversos fatores da atual realidade brasileira conseguirão ser suportados. É como ver uma represa que está prestes a se romper. A insatisfação popular pode subir e ultrapassar o esperado ou pode ser sufocada gerando mais dificuldades para todos. Mais uma vez a morte, as doenças e os fantasmas do passado estarão na ordem do dia até que os impasses sejam resolvidos.

Coroando este cenário encontramos o outro regente do povo, Urano (que também rege Aquário), fazendo uma conjunção com o Saturno do mapa do Brasil. O Saturno do mapa do Brasil também está Retrógrado e se encontra em Touro. Na época da Independência estávamos começando a aprender o significado de assumirmos o solo sobre o qual estávamos pisando. Mas Saturno localizou-se na terceira casa. Toda vez que vejo Saturno na terceira casa, vejo que Saturno torna-se omisso, com dificuldade de expressar-se, um mudo, um cara que não tem voz dentro da sociedade até que perca o medo e assuma a responsabilidade de mostrar o seu potencial. E se eu considero Saturno o outro regente do povo, então posso dizer que o povo apresenta dificuldade para abrir a boca, para lutar por seus direitos, para comunicar-se com tudo e com todos. O povo pode abdicar de suas responsabilidade e direitos por um bom tempo. No dia em que povo entender que ele é o dono do solo sobre o qual pisa e que este solo, além de ser rico, é para ser cuidado por ele com todo carinho e atenção, ele saberá ser cidadão e saberá o valor da palavra soberania. Até lá o povo poderá ser passivo demais, poderá ver tudo e todos usarem suas riquezas, poderá passar por dificuldades e demorará para emitir um único grito/mugido. Poderá ser dirigido/direcionado por quem domina a sua voz, por aqueles que se dão ao direito de serem as autoridades da vez.

Urano passando por cima de Saturno Retrógrado do mapa do Brasil tenta cutucar o povo, tentando tirá-lo da pasmaceira, da imobilidade, do medo de emitir uma voz própria. Urano sacode o terreno, cria terremotos, gera tempestades, faz emergir situações inesperadas e explosões emocionais que podem fazer com que o povo comece a acordar para a sua vocação. Se o povo reagirá a todo o movimento uraniano que ocorrerá durante toda a sua passagem por Touro e principalmente neste momento em que e ainda está fazendo uma conjunção com o Saturno natal do país, ninguém sabe. O que se sabe é que a quadratura com Saturno e com Marte causará um desconforto muito intenso para o povo. O povo poderá explodir em revoltas, em conflitos e em discursos cada vez mais indignados. Teoricamente, Urano poderá representar o resumo intenso da energia que estará ocorrendo entre Saturno e Marte. Como todos os planetas estarão em signos fixos, será um momento difícil para todos nós, porque as ações que estarão em andamento encontrarão uma resistência muito grande a partir de uma parte do país e a outra parte estará tentando romper toda inércia. Uma quadratura T é um conjunto de aspectos que visa criar uma tensão forte o suficiente para que uma ação seja colocada em andamento. Então Urano é como a boca de um vulcão prestes a explodir para aliviar as tensões. Urano é a voz dos rebeldes, daqueles que tentarão, mais uma vez, chamar a nossa atenção para que acordemos de nosso sono e comecemos a dar maior importância à nossa verdadeira vocação. O grito poderá vir através de movimentos tectônicos (ou seja da Terra) como terremotos, tempestades, deslizamentos, desabamentos e quaisquer outros tipos de acidentes  e catástrofes desta natureza e/ou através de atos de rebelião contra tudo o que está acontecendo no momento, com grupos se enfrentando de maneira cada vez mais intensa, criando divisões e rupturas violentas dentro da sociedade, abrindo ainda mais o buraco que já existe, mas este pode ser o momento em que enfim este conflito possa ser definitivamente resolvido. Seja como for, não se pode dizer, como já expliquei mais acima, que isto ocorrerá no exato momento da formação quadratura T, mas isto poderá repercutir por um bom tempo dentro da energia do país.

Ou o país acorda para a sua vocação e veste esta camisa e limpa as suas dívidas com o seu passado ou ele mergulha em mais um período de acomodação com tudo ficando como está e seguindo o curso que tem seguido até que novas energias convulsivas o obriguem a rever suas posturas.

É sempre bom que entendamos uma coisa: seria muito simples dizer que o país deveria ser de direita ou de esquerda ou de centro ou de extrema direita ou de extrema esquerda, mas não é assim que a história do mundo é contada. A vocação de um lugar é definida pelas lutas de um povo e ele terá que encarar várias colorações políticas até ele encontrar a sua vocação e mesmo depois que ele encontre a sua vocação, ele poderá continuar a ter várias colorações políticas sucedendo-se, mas neste caso (e de uma maneira esperada), todas estarão atuando sob uma mesma frequência. Nenhuma coloração política é melhor do que a outra. Isto não nos impede de alinharmo-nos mais a um lado do que ao outro, mas isto também não nos faz piores ou melhores do que os outros, contato que juntos e baseados na contribuição individual que nossas diferenças representam, sejamos capazes de lutar pela mesma energia, que no caso é pelo país e pelo seu desenvolvimento. Quando lutamos apenas por nossas diferenças e realçamos demais esta luta, nós perdemos o foco, esquecemos por quem deveríamos estar lutando e abrimos brechas de difícil reparação, criamos resistências de difícil remoção e divisões que custarão caro para cada movimento que se outorga mais importante em sua luta do que a luta pela união de uma nação. Um país rachado só é interessante para quem está do lado de fora da luta, para quem está apenas colocando lenha na fogueira para ver a divisão aumentar e justificar sua futura intervenção pretensamente salvadora. 

Urano é um planeta muito bom para levantar bandeiras, mas ele não é um planeta que traz energias construtivas, ele cria rupturas (e rupturas denunciam pontos frágeis/vulneráveis). O lado bom destas rupturas é que podemos ir até elas e começarmos a entender porque elas foram tão fáceis de serem criadas e como as reparamos para que elas não aconteçam mais. Urano poderá causar uma forte ruptura como porta-voz daqueles que tanto lutaram e viram suas lutas esquecidas, e que têm presenciado os abusos contra os quais tanto lutaram sendo banalizados e continuados, além de perceberem que os seus verdadeiros ideais foram distorcidos. Eles poderão trazer (com suas energias) dores, lágrimas, perdas e doenças para que nos recordemos de nossa vocação e pelo que devemos realmente lutar e de como poderemos unir o país, se assim o quisermos. Se não quisermos, será apenas um momento como tantos outros: com rupturas, perdas e novas tentativas de crescer que nos levam até o próximo abismo, pois é assim que temos historicamente vivido.

O fato de Quíron estar transitando próximo ao Quíron Retrógrado natal do mapa da Independência do Brasil e fazendo respectivamente um Sextil e um Trígono com Saturno e com Marte, pode representar um alívio e uma possibilidade de mudança de valores (segunda casa, casa por onde Quíron está transitando). Quíron está relacionado com a cura, mas é uma cura aonde o curador está ferido, ele pode ajudar, mas não pode ajudar-se, mas pode fazer da própria ferida um motivo a mais para tentar ajudar, para tentar curar e/ou para alertar os demais. 

Quero frisar bem: o passado está pedindo para ser curado! Foi isto que vi quando assisti ao vídeo do astrólogo Carlos Harmitt e olhei para esta quadratura T.

E é bom que se saiba que antes deste evento abordado, há uma série de situações que estarão ocorrendo no céu astrológico que podem representar dificuldades a mais para o cenário do país: a oposição de Marte a Plutão, dois eclipses, várias quadraturas muito marcantes e outras quadraturas T.

A oposição entre Plutão e Marte poderá gerar crises que afetarão o parlamento, as representatividades do povo e o dinheiro do povo.

Sobre o eclipse da Lua que ocorrerá em 26 de maio de 2021, muita atenção porque será um eclipse que ocorrerá sobre a décima casa do Brasil. Não é um eclipse da Lua banal, porque será com ela muito próxima da Terra (e por conta disto é chamada de Superlua, sendo apelidada de Superlua de Sangue pela cor que a Lua adquire durante o eclipse) e será um eclipse total. A décima casa do mapa de um país representa o governo e tudo o que a ele se refere. Basicamente, é possível que ocorra uma verdadeira mudança dentro das questões governamentais durante pelo menos os próximos 6 meses de vigência do poder deste eclipse. Estas mudanças poderão ser para melhor ou para pior, mas como a Lua Cheia deste dia estará em oposição à Lua e ao Júpiter (ambos na quarta casa do país, que é a casa do povo, da democracia, dos partidos de oposição e da nação versus governo) natais do mapa da Independência do Brasil, acredito que os eventos envolverão o povo (tradicionalmente os astrólogos consideram a Lua como a representação do povo num mapa de Astrologia Mundial). Se levarmos em conta o clima que tem tomado conta do país nesta fase, é possível que haja uma movimentação que levará a uma mudança brusca de poder ou uma mudança brusca na forma de conduzir a nação. Algo muito sério acontecerá durante o período que estiver sob a energia deste eclipse. O eclipse solar ocorrerá em Gêmeos na quarta casa natal do mapa da Independência que, como vimos mais acima, representa o povo, a democracia, os partidos de oposição e a nação versus governo. Estará fazendo quadraturas não exatas com o Sol e com o Mercúrio do mapa do Brasil, o que poderá afetar fortemente a imagem do governante do país por meio de notícias e por influência de eventos externos (qualquer tipo de evento externo!), mas acredito que vem chumbo grosso por todos os lados: internamente e externamente. Portanto os dois eclipses poderão trazer um período de fortes e intensas mudanças políticas e governamentais. Possíveis problemas envolvendo construções e algum tipo de catástrofe ou evento natural poderão ocorrer devido às posições dos dois eclipses nas casas.

E há um evento que ainda não se dissipou, que é Netuno transitando pela primeira casa do mapa da Independência do Brasil. Esta passagem de Netuno só tem trazido mais névoa e confusão à mente do povo, que não consegue olhar com o devido equilíbrio (e a devida clareza) a realidade que está sendo apresentada. Se o país e o povo estivessem num nível político, social e cultural melhor preparado, talvez esta passagem de Netuno abalasse muito menos a visão das pessoas. Talvez fosse mais fácil mantermos uma identidade e uma personalidade equilibrada diante dos fatos e fôssemos menos manipulados pelas diversas situações que dificultam enxergar com clareza a divisão entre sanidade e insanidade, memória e perda de memória. O fenômeno mais notável, simbólico e marcante da passagem de Netuno em oposição exata ao Sol do mapa do Brasil foi o incêndio do Museu Nacional. Foi uma materialização da perda de contato do povo com a sua história e com a sua memória. O Sol ficou nublado! É como se vivêssemos um momento em que a loucura impera!!! Espero que a passagem de Júpiter por Netuno, em 2022, não faça com que esta loucura atinja níveis ainda maiores, pois Júpiter expande tudo, seja bom ou ruim. E espero que quando Netuno entrar na segunda casa do mapa da Independência do Brasil isto não signifique mais dificuldade para o país lidar com o dinheiro.

Como pode ser visto, há muito a ser feito, mas isto faz parte da história de um país. Um país precisa passar por várias estações até que possa amadurecer certos níveis de consciência. E passar por tais estações significa fazer escolhas e estas escolhas podem ser por caminhos amenos ou por caminhos muito difíceis. Aparentemente, o país tem preferido os caminhos mais árduos. Não culpem os astros, eles não atuam, eles apontam caminhos e nós percorremos os caminhos e damos a eles o contorno que a nós interessa ser desenhado.

Há aqueles que sonham com o dia em que o mundo não precisará mais de fronteiras, mas será necessário muito amadurecimento das pessoas dentro dos países nos quais vivem para que isto ocorra de maneira natural. Até lá, muitas coisas ainda acontecerão antes que notemos o quanto cada um de nós tem sido manipulado e influenciado para fazer deste mundo um palco de separações.

Agradeço por você ter lido esta publicação. Não espero que você concorde com o que foi escrito aqui, mas, como sempre gosto de pontuar: espero que eu tenha sido capaz de fazer com que você comece a questionar o mundo que te cerca, abrindo os olhos para além daquilo que normalmente é apresentado por aí. Eu posso estar errado no meu ponto de vista, porém espero que as minhas palavras estimulem você a buscar por melhores respostas e por mais perguntas...

Inté!!!!

 

PS: Brasileiros, aprendam a amar mais o Brasil! Este país possui todas as condições para dar um banho em qualquer outro país, mas sem menosprezar ninguém, apenas valorizando o seu povo, o seu solo, a sua cultura e a sua inteligência. Isto não quer dizer que você não tenha que sair do país, se for necessário, mas estando fora do país, seja capaz de mostrar a nossa riqueza na pessoa que você é, pois é isto que fortalece a energia desta nação e não o menosprezo e muito menos a arrogância. 

 

 Vídeo do astrólogo Carlos Harmitt

 








14 maio 2021

A dissolução (final?) da montanha capricorniana

 

A dissolução (final?) 

da 

montanha capricorniana

 Por Marco Antonio H. de Menezes

O esquenta!

 No dia 13 de maio de 2021, às 19:36:02 (horário de Brasília), Júpiter entrou em seu signo de regência, Peixes. Dependendo da região para onde é feita a carta, o Ascendente do horário de entrada de Júpiter em Peixes pode ter sido Sagitário.

Será necessário voltar no tempo para entendermos algumas coisas.

No dia 02 de dezembro de 2019, às 15:20:19 (horário de Brasília) Júpiter saiu de Sagitário, seu signo de regência, para entrar em Capricórnio, de onde só sairia no dia 19 de dezembro de 2020, às 10:07:17 (horário de Brasília). Dependendo da região para onde foi feito este mapa no Brasil, o Ascendente pode ter sido Áries na entrada em Capricórnio e Aquário na saída de Capricórnio, respectivamente.

Definido o cenário acima, vamos ao que interessa.

Quando Júpiter saiu de Sagitário, em 2019, ele estava saindo do signo que ele rege. Quando ele saiu de Sagitário e foi para o signo seguinte, Capricórnio, ele iniciou uma viagem pelos reinos que são tradicionalmente regidos por Saturno. Capricórnio e Aquário são signos regidos, tradicionalmente, por Saturno.

No dia 13 de maio de 2021, ele volta encontrar um signo que é de sua regência, Peixes, saindo, por um momento, do reino de Saturno.

Júpiter passou mais de um ano em Capricórnio e está saindo de Aquário depois de aproximadamente cinco meses. Mas ele voltará para Aquário em 28 de julho de 2021 e permanecerá aí até o dia 29 de dezembro de 2021, quando entrará em Peixes às 01:09:37 (horário de Brasília).

Mitologicamente, Saturno é o nome romano para o deus grego Cronos, o deus do tempo e o rei dos titãs. Saturno é o pai de Júpiter (ou Zeus para os gregos). Portanto, Júpiter passou quase dois anos nos reinos do pai dele, um reino muito diferente daquele que ele estava acostumado a perambular. Júpiter aprecia a expansão e Saturno trabalha melhor a contração. Embora os dois deuses fossem muito férteis, Saturno devorava seus filhos por medo de ver o seu trono usurpado por um deles. Júpiter foi o único filho que sua mãe, Reia, salvou de ser devorado e foi quem libertou todos os irmãos e destronou o pai. Júpiter gerou muitos filhos com deuses e outros seres e com humanas e foi considerado um deus relativamente benévolo.

Na Astrologia associamos Júpiter à expansão, às leis, às religiões e crenças, ao conhecimento, ao otimismo, à filosofia, à proteção e à prosperidade, por exemplo.

Quando Júpiter está nos signos regidos por seu pai, Saturno, ele costuma usar suas características, mas com certas restrições, ainda que suas energias expansivas e otimistas ajudem na construção das estruturas elaboradas por Saturno.

É interessante observar a trajetória de Júpiter desde que ele saiu de Sagitário. Em Capricórnio, ele ficou mais de um ano, sem sequer avançar ou retroceder para qualquer outro signo. Capricórnio é o signo que é regido exclusivamente por Saturno, que é um planeta conhecido por sua lentidão, por seus passos lentos, por sua necessidade de construir estruturas com muito cuidado, com muita minúcia, com muita elaboração, para que possa atingir a maestria no resultado a ser obtido. Saturno é um mestre exigente e passar por ele é como passar por uma banca de examinadores de concurso ou de pós-graduação: só passam os que estiverem em acordo com as suas regras e exigências e no momento em que ele achar que a pessoa está preparada para o novo passo a ser dado. Mas Saturno divide a regência do signo seguinte, Aquário, com seu pai Urano. Urano é o avô de Júpiter. Urano ficou conhecido por ser alguém muito seletivo, que não gostava dos filhos que tinha com Gaia e os devolvia para o ventre de Gaia que acabou se vingando dele, salvando Saturno/Cronos, que o destronou e libertou os seus irmãos.

Como podem observar, Urano, Saturno e Júpiter são parentes com problemas sérios. Mas Urano é visto, na Astrologia, como um planeta que traz a revolução, a liberdade, a inovação, a criatividade, a excentricidade, o progresso e o novo. Ele traz a percepção do futuro. Do meu ponto de vista, eu considero que Urano e Saturno possuem grandes dificuldades para entender o processo criativo, sendo muito exigentes, enquanto que Júpiter concede maior liberdade para criar algo, sendo muito menos restritivo e muito mais “porra louca”! Mas não se enganem com Júpiter, pois ele é descendente direto de dois seres muito irascíveis e muito difíceis de se lidar, portanto é preciso ser muito cuidadoso com a maneira de viver sob as luzes dele.

Então, podemos dizer que quando Júpiter bota os seus pés em Peixes, é como um filho que passou uma temporada na casa dos pais e já tinha se esquecido de como era difícil conviver com pais tão exigentes e tão cheios de manias como eles, principalmente quando um deles é como Saturno. Um filho que, agora, está voltando para a sua casa: Ufa! Voltei para o meu ambiente!

Mas esta volta para o ambiente é só uma visita para ver como está a casa: se está suja, se está precisando de pintura, se está tudo direito, o que precisará comprar...

Depois Júpiter volta para Aquário e recolhe tudo o que ele acha que é importante recolher e se desfaz daquilo que não servirá daí para frente.

Digamos que esta é a síntese básica da temporada de Júpiter pelos reinos de Saturno.

 

A realidade!

 

Quando Júpiter entrou em Capricórnio, tudo o que estava ocorrendo lá, foi ampliado, expandido, tornou-se inflado. Na época, eu escrevi um artigo aonde eu advertia que a chegada de Júpiter em Capricórnio faria com que as pessoas começassem a enxergar e viver problemas que estavam sendo contornados com vários disfarces e que não se sustentariam por mais tempo. Plutão já estava dinamitando a montanha capricorniana desde 2008 e Saturno só ajudou a meter mais marreta onde as coisas já não estavam sólidas. Júpiter só veio somar e ampliar esta implosão e com ele veio Marte, tornando a coisa insuportável para todos e gerando o fechamento e falência do mundo. O signo das responsabilidades, do sucesso, da ambição, da disciplina e da determinação foi dinamitado por todos os lados e, com ele, boa parte da humanidade. Só se deram bem os que estavam preparados para adaptar-se àquilo que foi acontecendo. Fortunas cresceram (Júpiter e Plutão juntos em Capricórnio favorecem grandes fortunas), mas para poucos (Saturno em Capricórnio restringe os ganhos àqueles que realmente souberam aproveitar o momento).

Mas depois, aos poucos, todos, exceto Plutão, foram saindo da montanha capricorniana, deixando para trás uma montanha bem esburacada e bem fragilizada. Caberá a Plutão dar os últimos toques naquilo que ele mesmo começou. E ele terá até 2023/2024 para terminar o seu serviço de desmonte.

Saturno e Júpiter já estavam bem juntinhos antes de saírem de Capricórnio e se encontraram numa grande conjunção em Aquário. Esta conjunção tinha uma peculiaridade: quem primeiro pôs os pés em Aquário foi Saturno, o que significa que primeiro teríamos que encarar as restrições, as contrações, as exceções, dentro de um processo em construção antes de vir a energia expansiva de Júpiter. Esta combinação entre Saturno e Júpiter deixa claro que os próximos 20 anos (tempo aproximado para que Júpiter e Saturno façam nova conjunção entre si) serão marcados por um período de dificuldades extremas que, aos poucos, criam espaço para que novos parâmetros e novas saídas comecem a aparecer, permitindo a expansão da mente para novos horizontes. Diante das dificuldades e das restrições as pessoas terão que se reinventar, criando novas maneiras de convívio e de organização social. Como Plutão estará batendo o tambor em Capricórnio e, depois, em Aquário, não adiantará contar com o que antes existia. É como apoiar-se em peças carcomidas, estragadas, puídas, gastas...

Lembram-se daquelas pessoas que ganharam dinheiro lá atrás? Elas poderão ser as que mais usufruirão de tudo o que de bom esta fase traz. Poderão continuar ganhando rios de dinheiro e poderão gerar novas tecnologias e novos parâmetros para a sociedade. Todas as suas ideias poderão ser convertidas em ganhos próprios que cada vez mais encherão seus cofres. De alguma maneira, e por algum tempo, elas serão as estrelas desta nova fase, pelo menos enquanto boa parte do mundo aceitar as soluções que elas apresentarão para aquilo que está emergindo após o período destrutivo que tem assolado o planeta desde 2020. Esta fase será marcada por avanços tecnológicos formidáveis. Novas formas de lidar com o dinheiro, novas formas de trabalhar, expansão da fronteira humana para o espaço, novos modelos de administração e organização social, novas tecnologias de comunicação e de tratamentos. Enfim , um admirável mundo novo parece estar emergindo.

Porém, ainda estamos em 2021 e Júpiter está começando a dar os primeiros passos pelo signo de Peixes, que já está com outro regente dele, Netuno, desde aproximadamente 2011.

 

A montanha fez água!

 

Quando Júpiter entra em Peixes, seu reino, ele começa a trazer abundância de água para todos os lados. São águas emocionais e psíquicas que não acabam mais. Noé é chamado para reunir os genes de todos os seres vivos do planeta na nave-mãe, porque a destruição está próxima e não poupará ninguém.

Enquanto Júpiter esteve passeando por Aquário, depois de ter soltado as mãos de Saturno, muitas sementes começaram a ser disseminadas pelo mundo. São promessas de novos horizontes, de novas possibilidades, de novos caminhos. E aquelas sementes germinarão, não tenham quaisquer dúvidas! Só que elas não serão para todos e isto foi definido (ou melhor foi ajustado, pois as diretrizes básicas já vinham sendo previamente elaboradas com uma boa antecedência)  quando Júpiter, Plutão, Saturno e Marte estiveram juntos em Capricórnio. Ali, aqueles que estavam no poder (Capricórnio!) definiram que, dali para frente, muitos dos planos que haviam sido elaborados para momentos difíceis seriam colocados em andamento. Ou colocavam em prática agora ou colecionariam perdas. Porém tais planos não eram para muitos e já continham em seu bojo a possibilidade de perdas pelo caminho. É como elaborar um jogo cheio de etapas e só os muito bons conseguirão chegar aos estágios finais do jogo. Para que o jogo desse certo, bastava conseguir condições para controlar cada etapa da organização social.

Do dia em que Saturno entrou em Capricórnio e até o dia que Saturno sair de Aquário, todos os planos serão colocados em andamento para que haja um fechamento de agendas que adequarão todo o planeta. O eixo nodal Câncer/Capricórnio e o posterior eixo nodal Gêmeos/Sagitário foram usados para aprimorar cada etapa do início dos ajustes necessários para que tudo estivesse encadeado: protocolos de saúde, leis, economia, educação, cultura e política foram encaminhados em acordo com as realidades locais e depois serão unificadas até o máximo que for possível. Isto ficará bem ilustrado quando passarmos pelo eixo nodal Áries/Libra (por volta de 2023), que marcará o início real de uma nova fase, com a unificação de padrões tornando-se realidade como única forma de lidar com os acontecimentos que ainda estão para serem desencadeados e que poderão ser gatilhos perfeitos para a aplicação destes novos padrões. Porém há um pequeno detalhe: tudo dependerá de como o povo reagirá de 2021 até lá.

Quando Júpiter entra em Peixes, ele começa a trazer água para a combalida montanha capricorniana. A terra torna-se úmida e encharcada, vira lama, começa a se desmanchar. Em outras palavras, as pessoas e seus alicerces que já não estavam bem, começam a ver tudo ser dissolvido, ser desfeito. Seus apegos, suas crenças emocionais, mentais e espirituais perdem o sentido, porque parecerá que os pontos de ligação não conseguem mais fazer contato entre si. Quem se deu ao luxo de cuidar da própria espiritualidade, da sanidade mental e da sanidade emocional, durante este período terá um pouco mais de fôlego para lidar com as marés de energia que estarão mais altas do que o normal. A realidade parecerá um pouco mais irreal do que o normal, o comportamento das pessoas poderá parecer fora de controle, o mundo que as cerca parecerá mais recheado de ilusões. O medo da perda poderá fazer com que elas se tornem mais apegadas a coisas sem sentido prático. Enquanto Júpiter convida as pessoas para desapegarem-se de seus sistemas de crenças, mais elas se apegam a eles e mais elas se iludem. O segredo aqui é não apegar-se e nem resistir, mas aceitar o fluxo, pois nele está contido o antídoto. Quem aprender a lidar com o fluxo, aprenderá a lidar melhor com suas “novas” ferramentas: intuição de alto nível, expansão da consciência, percepção extra-sensorial, estados alterados de energia, capacidades de cura ampliadas e maior empatia são algumas das ferramentas que cada vez mais ficarão mais fáceis de serem usadas pelas pessoas que já as desenvolve ou que começarem a desenvolver nesta fase, principalmente quando Júpiter e Netuno encontrarem-se em 2022. A intensidade destas ferramentas variará de pessoa para pessoa e cada um sentirá isto em sua vida de maneira muito particular. Entretanto não é fácil lidar com tais ferramentas quando não as entendemos, podemos ficar loucos, nossos sistemas de crença poderão atrapalhar o entendimento do que está acontecendo conosco. O nível de surtados aumentará cada vez mais à medida que Júpiter entra em Peixes, seja agora em 2021, seja em 2022. É provável que as pessoas que cuidam dos outros do ponto de vista mental, emocional e/ou espiritual tenham muito mais trabalho do que o normal durante esta fase de readequação energética. É bom que se preparem desde já, porque será um período que prosseguirá para além da passagem de Júpiter por Peixes, pois ele apenas abrirá a porta.

A sensibilidade das pessoas às energias que as circundam deve ficar cada vez mais amplificada. Por vezes será difícil separar o que se passa consigo mesmo daquilo que se passa com o outro. As manipulações mentais, emocionais e espirituais já utilizadas dentro da sociedade serão mais fáceis de serem identificadas, mas deverão crescer e serem mais usadas e é preciso aprender a filtrar para que não se sucumba dentro de um caldo de manipulação coletiva. Seria bom as pessoas aprenderem a não se deixar levar por sentimentos manipulados que geram atitudes coletivas não muito positivas: raiva, preconceito, indignação, medo, insegurança, incerteza, são exemplos de áreas muito comuns que mobilizam discussões e movimentos que quebram a capacidade das pessoas para pensarem, para refletirem e para questionarem.

Esta é uma boa ocasião para buscar novas perspectivas de vida, para cuidar mais e melhor de si mesmo, para abandonar situações que já não trazem nenhuma satisfação emocional e espiritual. Este é um momento para alargar os horizontes, para começar novos estudos, para iniciar o contato com pessoas e situações que vibrem melhor com a sua própria energia, que ajudem a elevar o padrão de vida. Se a palavra mais importante de Júpiter é expansão, então este é o melhor momento para usá-la de maneira positiva para si mesmo e para a coletividade e principalmente com Netuno estando também em Peixes.

Infelizmente, para quem não estiver conseguindo vibrar para cima, para quem ficar apegado a padrões de controle, padrões ruminantes de pensamento, padrões puramente materiais, padrões egocêntricos e egoístas, esta não é uma boa fase, porque tudo isto tende a expandir em suas vidas também, mas dificilmente a expansão destes padrões trará prazer e bem-estar para as suas vidas. A vida parecerá mais vazia, mais ameaçadora, mais insegura, mais exigente, mais parecida com um deserto ou um mar sem vida.

Ao mesmo tempo que as pessoas estarão experimentando a expansão de energia em suas vidas, elas deverão entender que isto não as torna melhor do que ninguém, pois quanto mais elas expandem, mais elas entendem as suas verdadeiras responsabilidades dentro da coletividade (Saturno em Aquário). Usar os dons para fugir, para alienar-se e/ou para distrair a mente não ajudará a atravessar esta fase e encarar as dificuldades que ela possa trazer para as nossas vidas particulares. Expandir a consciência não é fazer com que os problemas desapareçam como num passe de mágica, mas sim conscientizar-se da cadeia de situações e ações que geram os problemas e começar a enfrentá-los para que a coletividade comece a acordar para as suas responsabilidades. Isto não é fácil de ser feito e nem bonito de ser encarado, porque todos nós começaremos a perceber o quanto temos contribuído para levarmos adiante certos vícios, certas posturas destrutivas, certos padrões distorcidos e certas crenças limitadoras. Este processo pode ser doloroso e pode criar novas tendências alienantes, mas se queremos ver a nossa vida cada vez mais livre de ilusões, será necessário mergulhar fundo e aceitar o fluxo ou ficaremos reféns de padrões, crenças e pessoas que oferecem salvação e que apenas estão ali para alimentarem-se de nossas energias. Por isso, pode ocorrer o sentimento de solidão e a necessidade de afastar-se do convívio social, pois a quantidade de energia a que estaremos sujeitos de perceber e captar poderá ser difícil de ser controlada e organizada de maneira saudável.

Entendam uma coisa: a energia de Júpiter em Peixes e de Júpiter conjunto a Netuno em Peixes não veio para ficar por um tempo, mas para fazer parte definitiva da matriz energética do planeta. Por isto, ou as pessoas aprendem a encarar este novo padrão da melhor maneira ou elas acabam surtando e cometendo atos cada vez mais desatinados, deixando exacerbar seus preconceitos, suas ilusões, seus traumas e seus desequilíbrios mentais, emocionais e espirituais.

O perigo maior é que as pessoas podem adoecer facilmente, porque estarão energeticamente desequilibradas, descalibradas, sensíveis a qualquer coisa que as atinja fisicamente, emocionalmente, mentalmente e espiritualmente. Doenças poderão se multiplicar facilmente se as pessoas não alterarem suas maneiras de viver e de entrar em contato com o mundo. Não importa se as doenças são “fabricadas” ou não, pois as pessoas estarão sujeitas a elas da mesma maneira quanto mais difícil for para lidarem com o mundo que está emergindo neste momento.

A pessoa pode ser manipulada por tudo o que a rodeia ou ela aprende a estar mais consciente da realidade que a cerca e se sujeita menos às seduções e às manipulações que fazem dela uma presa facilmente capturada pelas tecnologias que estarão entrando em vigor ao longo dos próximos anos. Nada evitará as novas tecnologias, porém nada evitará que as pessoas estejam mais despertas para diferenciar o que é fazer uso da tecnologia com consciência e com inconsciência (neste caso, sujeitando-se a uma escravidão velada!).

Se a sociedade aprender a se sintonizar com as frequências que estão chegando com Júpiter entrando em Peixes, ela poderá dar saltos qualitativos de vida, poderá ser menos sujeita a manipulações, poderá aprender a reivindicar o bem-estar adequado e poderá começar a entender que guerras só atendem a interesses econômicos, caso contrário, a sociedade entrará numa fase de escravidão emocional, de desqualificação da vida, de desrespeito pela individualidade e pelo fim definitivo da paz interior, apoiando guerras, sistemas controladores, sistemas de crença que alienam, sistemas espirituais vazios de sabedoria e sistemas que incentivam cada vez mais a formação de bolhas sociais que não conseguem interagir entre si.

Se nós entendermos o portal maravilhoso que Júpiter está abrindo para o planeta, nós não precisaremos acionar a “alternativa Noé” que narrei mais acima e nem permitiremos que as agendas que estão tentando impor à sociedade (como narrei mais acima sobre o que pode ocorrer de 2021 até 2023) torne-se realidade. Porém, tudo é escolha e cabe a cada um de nós a liberdade de escolher qual o caminho que preferimos trilhar para aprender alguma coisa na vida.

 

Ali num futuro qualquer!

 

Júpiter esteve em Capricórnio e fez parte do grande encontro que houve neste signo em março de 2020.

O início de 2020 foi marcado por um congestionamento de eventos na altura do signo de Capricórnio, que já apresentava Plutão e Saturno transitando por ali. Chegamos a um momento em que Marte, Júpiter, Plutão e Saturno ficaram dentro de um circuito muito pequeno de distância entre si dentro do signo de Capricórnio. A concentração de energia em Capricórnio desencadeou as restrições sanitárias que paralisaram o mundo inteiro. Tudo parou! Um apagão geral! Poucos foram os lugares que conseguiram levar a vida na normalidade durante esta fase. As repercussões desta fase ainda trazem dores de cabeça para diversas partes do planeta.

Momentaneamente ficaram claras as deficiências e vulnerabilidades dos diversos sistemas que pareciam sustentar a vida no planeta, como se o rei ficasse nu e todo mundo pudesse ver isto claramente. Imediatamente começaram as medidas (Saturno, logo depois do apertado encontro que teve com Plutão, Júpiter e Marte em Capricórnio, foi para Aquário, como para avisar que tudo aquilo era o prenúncio de uma nova fase para a humanidade, depois voltou para Capricórnio) consideradas necessárias para redirecionar a vida humana para novos patamares, até que foi anunciado o Grande Reset, nome pelo qual ficou conhecido o tema do encontro do Fórum Econômico Mundial que se realizaria no início de 2021. Quem entrou na página do Grande Reset viu agendas detalhadas para cada situação e que foram discutidas online no início de 2021. Representantes de bancos, corporações e governos decidiram online o futuro da humanidade, alegando que a humanidade deveria ser preparada para um período de dificuldades econômicas, alimentares, climáticas e sanitárias. A impressão que se tem quando passamos os olhos pela documentação e ouvimos as palavras dos principais participantes é que o mundo tem muita gente, tem pouca comida e precisa ter as ações e economias das pessoas controladas, além de mostrar um mundo vulnerável demais a ataques cibernéticos, pandemias e a questões climáticas. Por um momento, o Fórum Econômico Mundial mais parecia um governo mundial (Plutão em Capricórnio) ditando normas, leis e diretrizes (eixo nodal Gêmeos/Sagitário), sem sequer ligar para as peculiaridades das pessoas e países.

No meu entender, tudo o que ocorre no reino de Capricórnio ou derivado de fortes eventos que tenham ocorrido em Capricórnio demora um tempo considerável para materializar-se. Capricórnio é lento, mas determinado e isto faz com que aprimore cada vez mais a ideia inicial até que ela se torne cristalizada. E este tempo de aprimoramento é um tempo positivo para ir adicionando ou retirando tudo o que for possível. Em outras palavras, se alguém está tentando impor agendas para a humanidade, por mais que tente correr, terá contra si o tambor capricorniano que ainda está sendo comandado por Plutão. Se Plutão em Capricórnio fortalece o poder, também deixa este mesmo poder exposto. Tudo o que acontecer em Capricórnio enquanto Plutão ali estiver presente precisará de um bom tempo e de muitas etapas para atingir a sua maturidade. A humanidade possui condições para aceitar ou não o que vai sendo imposto. A quadratura entre Saturno em Aquário e Urano em Touro é uma energia que pode ser usada pela humanidade para oferecer resistência positiva a tudo o que não a respeita. Esta quadratura permanecerá ativa entre 2021 (período em que estará mais forte) e 2022.

Durante o período de vigência da quadratura envolvendo Saturno em Aquário e Urano em Touro, a humanidade corre riscos porque guerras e conflitos estarão na ordem do dia, seja uma guerra de proporções mundiais e devastadoras, sejam conflitos locais, insurreições, revoltas e manifestações que clamam por agendas as mais diversas que não conseguem atender aos interesses. O diálogo entre as partes será muito difícil, porque todos puxarão a sardinha para as suas brasas, achando que estão com a melhor posição diante dos fatos. Mas os fatos comprovarão que a melhor posição será sempre a sensatez.

Quando alguém clama que o mundo está lotado de pessoas e diz que não há alimentos para todos, devemos começar a nos preocupar, pois sabemos que há espaço suficiente para todos e alimento suficiente para todos. O que anda excedendo é a má distribuição alimentar e a má distribuição da renda, além da falta de sensibilidade para respeitar as pessoas, as comunidades e as suas reais necessidades. Há uma necessidade insana de impor agendas estranhas às realidades das pessoas, de interferir nas políticas e organizações sociais dos países e interesses insanos nas riquezas dos países, o que origina manifestações, revoltas, guerras e destruição de governos e a implantação de uma mentalidade distorcida de entendimento da realidade que faz com que a sociedade local fique dividida e sem condições para se unir em defesa de seu país e de sua cidadania. Governos passam a agir em acordo com posturas que fazem com que a sociedade civil desacredite das suas estruturas, leis e comandos, destruindo a credibilidade das instituições e de quem as comanda.

Quando Saturno e Júpiter entraram em Aquário ficou claro que estava sendo inaugurado um período formidável (de aproximadamente duzentos anos de conjunção Júpiter/Saturno em signos de Ar) para a expressão de novas ideias e novas tecnologias. Só que as ideias e tecnologias não deveriam ser monopolizadas por grandes corporações e sim produzidas pela comunidade. Há muitas ideias e soluções que têm sido criadas e desenvolvidas em acordo com a realidade de cada comunidade. Há ideias e soluções tecnológicas que podem ser geridas por grupos que se interessam menos pelo lucro e mais pelo bem-estar da sociedade. São pessoas e grupos que não estão apostando em bolsas de valores e nem em tabelas de riquezas, mas na valorização do grupo, da sociedade. São pessoas que raramente possuem voz na mídia dominante, mas estão disseminadas por todo o mundo. Quando Júpiter entra em Peixes, esta rede criativa e independente começa a criar força e se não for atropelada pela mentalidade gananciosa, restritiva, mesquinha e controladora, conseguirá ser um ponto de resistência que resolverá o conflito entre Saturno em Aquário e Urano em Touro e preparará a sociedade para uma passagem demorada de Plutão por Aquário que poderá fazer com que a humanidade definitivamente aprenda a entender o que é realmente uma Era de Aquário luminosa e positiva.

Marte leva aproximadamente 2 anos para dar uma volta completa na mandala astrológica. Em outras palavras, a cada dois, aproximadamente, Marte terá um novo encontro com Plutão desde que ele saiu de Capricórnio em 2020. Marte saiu de Capricórnio com a missão de desenvolver todas as ações necessárias para que aquilo que foi planejado em Capricórnio torne-se uma realidade. Coube a Marte preparar todos os terrenos sobre os quais serão fundados todos os protocolos que forem gerados desde 2020. Ele estará desafiando, brigando, fomentando discussões, gerando revoltas, trazendo dúvidas, dinamizando percepções, construindo pontes de abordagem, organizando mentalidades, dissolvendo resistências, implantando discórdias e brigas, acirrando ânimos e tensões, quebrando dúvidas, tudo dependendo dos signos e aspectos que ele vai fazendo ao longo da sua trajetória por toda a mandala astrológica até que ele possa entregar o relatório total a Plutão (o que deverá ocorrer no dia 3 de março de 2022).

Júpiter leva aproximadamente 12 anos para rodar por toda a mandala astrológica. Seu próximo encontro com Plutão ocorrerá em Aquário no ano 2033. Ele terá tempo suficiente para levar a sua energia expansiva para diversas áreas da vida humana em acordo com tudo o que ocorreu em Capricórnio quando de sua estadia por lá em 2020. E só nesta época é que teremos uma noção se aquilo que foi elaborado para a humanidade em 2020 realmente estará funcionando ou não. A humanidade terá treze anos para reconhecer se percorrerá um caminho em favor de sua liberdade ou em favor da liberdade de poucos, mas ainda caberão ajustes.

Em 2040, no signo de Libra, Júpiter encontra-se novamente com Saturno e os dois abrirão uma nova frente energética para o planeta, desta vez ligada com a interação, com a justiça, com o equilíbrio e com a harmonia. Ou seja, tudo o que a humanidade criará nos próximos 20 anos passará por um crivo para saber se ela está pronta para estabelecer vínculos mais harmônicos entre si e entre ela e o mundo que a cerca.

Percebam que serão necessários aproximadamente 20 anos antes que qualquer coisa que tenha sido criada a partir de 2020 seja definitivamente implantada, mas quando Júpiter sair de seu encontro com Saturno em Libra e partir para seu segundo encontro com Plutão (desta vez em Peixes), aproximadamente 5 anos depois, ficarão formalizadas todas as agendas que tiveram início a partir dos eventos de 2020. Ou seja, temos cerca de 25 anos para escolhermos se a humanidade atravessará a Era de Aquário com uma faceta distópica ou utópica.

Em todos os casos Plutão tem sido o grande orquestrador, pois ele é o dono da riqueza, mas também é aquele ser que vaga invisível, que não é facilmente percebido, portanto ele é a representação de uma doença que ninguém percebe, da empresa virtual que suga divisas econômicas de um país sem que as pessoas notem, são as leis que disfarçadamente abrigam em seu bojo parágrafos que engessam ações que tentam valorizar a liberdade individual. Nem sempre é fácil saber o jogo do poder, mas estranhamente aqueles que detêm o poder estão mais expostos e menos preocupados em esconder suas tramas e suas intenções no momento atual. Só não percebe quem não quer.

 

Aquele momento intimista!

 

Apesar do linguajar que eu possa utilizar aqui, é sempre bom alertar: planetas não determinam vidas e costumes. Do ponto de vista astrológico eles são apenas pontos que nos ajudam a entender que tipo de energia está disponível para cada um de nós. A mentalidade com a qual nós recebemos aquela energia determinará o uso que faremos dela. Então eu descrevi nos parágrafos acima um pouco daquilo que uma parcela da humanidade está expressando neste momento e o tipo de energia que está sendo emanada neste mesmo momento. A combinação dos dois fatores anteriores resultará no futuro que teremos: um admirável mundo novo ou um admirável mundo monstro.

O mais importante não é que eu seja o dono da razão, mas que eu crie condições para as pessoas questionarem o rumo que possam dar para as suas vidas. Tudo o que foi descrito acima cabe na vida particular das pessoas, pois cada um de nós sabe dos problemas e soluções que fomos encontrando desde que 2020 caiu no nosso colo. Júpiter traz expansão, então que área da tua vida você quer expandir? Em Peixes ele pode ampliar nossas energias emocionais e espirituais, então o que está bem em nossa vida emocional e espiritual e o que podemos melhorar? Com Netuno, Júpiter abre portas maravilhosas para nos aventurarmos para novos horizontes, quais você gostaria de explorar e o quanto você está realmente pronto para eles? Saturno em Aquário em quadratura com Urano em Touro traz o desafio de tentar encontrar um meio-termo entre o padrão ao qual nós temos nos apegado e os padrões que agora nos permitem olhar a vida a partir de uma nova perspectiva, como faremos para lidar com isto e o quanto estamos preparados para estes novos passos? Plutão em Capricórnio tem questionado a nossa maneira de lidar com o nosso poder, com a nossa ambição, então qual é o poder pessoal que temos emanado e qual ambição que tem dominado a nossa vida e o que precisa ser mudado? As perguntas acima são apenas uma diminuta parcela do potencial que estes movimentos planetários podem trazer para a nossa vida. Com toda certeza, cada um de nós está sentindo que algo está se movimentando de maneira muito intensa e remexendo com diversas áreas de nossa vida. Pare um tempo para reparar isto, não finja que está tudo bem e nem se estregue ao desespero, mas encare as situações e veja até onde é possível resolver sozinho e a partir de que momento será necessário um apoio ou uma ajuda. No momento atual temos vários caminhos que nos permitem entender melhor o que se passa na nossa vida e enquanto tudo estiver relativamente livre para todos, nada nos impede de procurar, por exemplo, um psicólogo, um psiquiatra, um psicoterapeuta, um terapeuta, um astrólogo, um cartomante, um reikiano, uma pessoa que aplique uma cura prânica, um religioso ou até mesmo um ombro amigo para ajudar-nos.

O velho termo: orai e vigiai ainda cabe aqui. Este é um bom momento para aprendermos a sentar e ouvirmos mais o se passa dentro de nós, pode ser que desta vez possamos aprender a ouvir a nossa voz interior. A excepcionalidade do momento está no fato de que foi forjada uma crise mundial, ou seja, por conta de uma doença foi desencadeada uma revisão mundial dos parâmetros sob os quais nós vivíamos. O impacto desta revisão mundial é muito maior do que poderíamos pensar e atinge muito mais camadas da sociedade que nós poderíamos imaginar. Pode ser o momento certo para sacrificarmos certas posturas e certas visões de vida para que possamos atingir um patamar mais positivo. O que não deveríamos fazer é jogar a toalha no chão e aceitar que estamos definitivamente derrotados e que para o nosso problema não há solução. Dizem por aí que para todo problema existe uma solução, então que levantemos a cabeça e saibamos dar a volta por cima. Orai e vigiai!!!

Inté, baby!!!