Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via Telegram ou Skype. Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

23 maio 2021

OS FANTASMAS SE DIVERTEM... ou NÃO!

 OS FANTASMAS SE DIVERTEM... ou NÃO!

 Por Marco Antonio H. de Menezes

Este texto foi criado a partir de um vídeo do astrólogo Carlos Harmitt. Neste vídeo ele chamava a atenção para um evento astrológico que ocorrerá no dia 01 de julho de 2021 e sua influência sobre o mapa do Brasil.

O mapa que Carlos Harmitt usa é considerando o ascendente do Brasil sendo Peixes, mas eu uso o mapa que considera o ascendente do Brasil sendo Aquário. No entanto, isto não atrapalha a análise do evento e é sempre bom ressaltar que cada astrólogo pode avaliar as situações segundo o critério que o deixa mais confortável.

Então, vamos para o evento: dia 01 de julho de 2021, às 09:36:34 (horário de Brasília). Neste dia e horário Saturno Retrógrado em Aquário faz uma oposição exata a Marte em Leão. Cada um deles faz uma quadratura com Urano em Touro e isto cria o que chamamos na Astrologia de quadratura T.

Esta quadratura T, que ocorre no dia 01 de julho de 2021, quando adicionada ao mapa da Independência do Brasil (que é o mapa normalmente utilizado pelos astrólogos para avaliar o Brasil, mas não é o único), os planetas descritos acima e os aspectos que formam entre si caem sobre a sexta casa do mapa (Marte), sobre a décima segunda casa (Saturno) e sobre a terceira casa (Urano) do mapa da Independência do Brasil.

Do meu ponto de vista é como uma manifestação energética que vem do passado, um grito ou um gemido, uma reivindicação histórica. A primeira impressão que me veio quando assistia ao vídeo do Carlos Harmitt foi como se a energia de todas aquelas pessoas que morreram no país e pelo país estivesse vindo à tona. É bom esclarecer que não estou referindo-me aos mortos pela doença atual, mas sim a todos aqueles que têm morrido desde a descoberta do país. E “todos aqueles que têm morrido” a que me refiro, são aqueles que morreram como vítimas de ações que tentaram calar suas vozes, suas tentativas de abrir caminhos positivos e/ou pessoas que simplesmente sofreram com as muitas histórias de abuso que marcam a história do país desde a sua descoberta. Elas não estão pedindo para serem revividas, mas para, enfim, serem redimidas.

Particularmente não acredito tratar-se de uma oportunidade única. Várias vezes, desde a descoberta do Brasil, ocorreram situações que permitiram ao país redimir-se de seus abusos e elas continuarão a ocorrer independentemente de o país já ter se redimido. Vamos pensar da seguinte maneira: uma série de eventos astrológicos trazem, de tanto em tanto tempo, uma energia que permite a resolução de algum problema e tal problema pode ser resolvido naquele período ou próximo daquele período em que ocorreu o evento astrológico. Se as pessoas resolveram o problema, quando eventos astrológicos similares ocorrerem novamente no futuro, eles talvez não tenham grande repercussão sobre a história do país e sobre o povo. Mas se as pessoas não conseguem resolver aqueles problemas (seja lá por qual motivo for!), não faltarão oportunidades futuras para resolvê-lo, porque há sempre um evento astrológico que traga de volta tais oportunidades. Entendido isto, vamos prosseguir!

Quando eu olho para a história do país (e esta é uma visão particular!), percebo que o país não consegue resolver problemas os mais diversos que têm sido arrastados ao longo da sua história: abusos, perdas de memória, perda de contato com a sua verdadeira história, dificuldade para sustentar um crescimento robusto da sua importância dentro da geopolítica, dificuldade para desenvolver uma cidadania forte, dificuldade para entender o que é soberania e por aí vai.

Poderia resumir que são histórias de lutas que acabam sendo abortadas em algum momento e isto gera condições para que formas distorcidas de entendimento da realidade quebrem a continuidade do país na direção de um desenvolvimento positivo dentro do mundo em que vivemos. Em outras palavras, nós vivemos sempre numa gangorra, hora começamos a subir e logo em seguida descemos e paramos no mesmo ponto e começamos de novo a subir, mas sempre num movimento repetitivo que praticamente obriga-nos a refazer tudo o que já havia sido construído e assim nunca chegamos a um ponto de dar um salto e não precisarmos mais voltar para o ponto de partida.

A brincadeira da gangorra vai quebrando as forças do povo, que praticamente atua como uma mera marionete ao sabor das benesses de quem sobe ao poder. Como não somos educados para entendermos um pouco mais sobre a nossa história, nós parecemos uns desmemoriados que vivem sempre apenas o dia de hoje, não conseguindo conectar os fatos e pessoas atuais a fatos e pessoas do passado e incapazes de analisar os fatos e pessoas atuais a ponto de entender qual o futuro que nos aguarda a partir deles. Quando agimos como desmemoriados, nós respondemos às situações presentes segundo as nossas expectativas mais imediatas, sem bases reais para compararmos e à mercê das influências de pessoas que são indicadas propositadamente para serem os intérpretes para o povo daquilo que está acontecendo. Como agimos como desmemoriados acreditamos no que está sendo dito porque alguém conferiu a um grupo de pessoas a aura de serem perfeitos intérpretes da realidade, mas tais pessoas não nos ajudam muito porque raramente elas nos inspiram a olhar para o passado e encontrar ali condições para entender o presente e perceber que futuro poderá emergir. O resultado disto é que o entendimento dos fatos e pessoas é distorcido, mobiliza as pessoas sem uma base sólida e resulta em um futuro cheio de problemas. Se as pessoas estão desmemoriadas e alguém tenta ser um intérprete e esta interpretação causa distorções, este povo não consegue entender e exercer corretamente a cidadania, não consegue ter voz, não consegue sentir-se seguro para questionar os fatos e sofre na pele as consequências de sua ignorância dos fatos. Deixo claro, mais uma vez, que esta é uma tradução minha daquilo que enxergo no país, pois não sou antropólogo, sociólogo ou algo que valha para poder usar outras palavras ou para aprofundar-me melhor.

Então, os planetas e os aspectos que eles fazem dentro do mapa do Brasil no dia 01 de julho de 2021, representam a oportunidade para que isto tudo que eu falei comece a ser tratado, curado, visto, entendido, revisado e melhorado. Não se trata de uma obrigação, trata-se apenas de uma oportunidade. E isto não precisa ocorrer na hora, porque a energia irradiada pelos planetas envolvidos e os aspectos que eles fazem entre si continuarão a reverberar por um bom tempo até que enfraqueçam. Do jeito que este evento ocorrerá e envolvendo os planetas que agora se apresentam, dificilmente isto se repetirá em breve, pois cada planeta leva tempos diferentes para circular por toda a mandala astrológica.

Agora vamos entender tudo do ponto de vista astrológico.

As casas envolvidas no mapa do Brasil são a décima segunda casa, a sexta casa e a terceira casa. A terceira casa é basicamente uma casa de comunicação, de interação em busca de conhecimento, de expressão de conhecimento e de entendimento deste conhecimento. Também é uma casa relacionada com viagens curtas, com os vizinhos, com os irmãos e com o meio-ambiente. Já a sexta casa relacionada com o emprego, com a saúde, com a alimentação, com a nossa rotina diária, com a nossa capacidade para servir. E a décima segunda casa é a casa dos inimigos, dos hospitais, dos bastidores, dos isolamentos, daquilo que está no nosso inconsciente, da nossa alma, de nossa necessidade de sair do mundano e ir para uma espécie de “fortaleza da solidão”. Normalmente, quando um astrólogo olha para um mapa de um país, o olhar contempla significados pertinentes a um país e não a uma pessoa. O significado das casas é um tanto diferente. Então, a terceira casa passa a representar as vias de transporte e escoamento, os meios de transporte, as zonas fronteiriças, os meios de comunicação local, o nível de instrução do povo e o idioma. A sexta casa representa as doenças, epidemias, pandemias, os órgãos oficiais que regulam a saúde da população, os serviços públicos, os trabalhadores e empregados públicos ou particulares, as condições trabalhistas, a escravidão, a alimentação e a higiene. A décima segunda casa representa aquilo que a sociedade não consegue enxergar ou entender, as águas de um país ou local (mar, rios, lagos, etc.), os inimigos do país, os sanatórios, os hospitais, as prisões, os reformatórios, as instituições espirituais, os que estão à margem da sociedade, os benefícios concedidos ao cidadão (pensões, aposentadorias, bolsas, etc.), os sacrifícios e falcatruas que uma nação impõe ao povo, as sociedades secretas, a religião e a espiritualidade de um país ou cidade e o que é omitido da opinião pública.

No caso dos planetas, quando é analisado um país ou cidade, eles também passam a ter valor diferenciado. Marte é visto como o planeta relacionado com os militares e todos os tipos de polícias e os bombeiros, assim como é o planeta das ameaças, dos ataques, dos conflitos, da violência, daquilo que sai do controle da segurança local, dos criminosos e dos agitadores. Marte, além do mais, é o planeta dos cirurgiões, dos engenheiros, dos esportistas e dos mecânicos. É o planeta das operações cirúrgicas, dos esportes, das infecções, das epidemias, da sexualidade, das coisas que fogem do controle, das explosões e incêndios, das armas, da metalurgia e de metais como o ferro. Saturno é o planeta dos idosos e sábios, da tradição e da proteção dos valores, da prudência e do cuidado, das rotinas e das restrições, da miséria, da pobreza, de tudo o que restringe, de tudo o que trava, dos monumentos e das ruínas, dos locais isolados, dos estoques e reservas monetárias do país, de todos os tipos de construção, de todos os tipos de produtos da terra e os agricultores, fazendeiros e latifundiários, dos mineradores, das minerações, do chumbo, do tempo frio, das montanhas e das pedras, os ministros e políticos, os chefes de Estado e o Estado propriamente dito, a administração pública, do o staff ligado aos chefes de Estado, os fiscais e agentes policiais e tudo relacionado a eles, os empresários e os gerentes que ocupam cargos poderosos. E Urano representa os parlamentares, os partidos e seus representantes, as repartições públicas, as assembleias, as leis e o legislativo, o inesperado, as mudanças bruscas de temperatura, as explosões, os terremotos, os ciclones, o granizo, as tempestades violentas, os meteoros, os meteorologistas, os astrólogos e a astrologia, a acupuntura e as formas de medicina não tradicionais, radioatividade e tudo ligado a ela, as construções com ares futuristas e as casas inteligentes, os computadores, a televisão, a internet, os computadores, tudo o que se relaciona com eletricidade e mecânica, a aeronáutica e a aviação e os avanços na área espacial, as novas tecnologias, o alumínio e o urânio, os inventores e suas invenções, a coletividade, os grandes grupos e as grandes corporações, as ONGs e os grupos que se dedicam a causas humanitárias, os clubes e associações em geral, os excêntricos, os que amam andar fora da curva, os ditadores, os rebeldes e suas rebeliões, os extremistas e suas causas, as revoluções e todos os modelos de ativismo que envolvem anarquia, rebelião e desafio ao sistema.

Olhando para os significados expostos mais acima dá para ver que este encontro entre os três planetas não é qualquer coisa.

Marte e Urano fazendo aspectos difíceis (como quadraturas, oposições e conjunções) podem trazer conflitos e situações desconfortáveis, agitações e movimentos sociais perturbadores para a ordem e o sistema vigentes. Saturno e Urano em quadratura não se sentem confortáveis, porque ocorre um impasse entre manter uma ordem e desestruturar uma ordem. Marte e Saturno em oposição apresentam dificuldade para juntar forças em prol da construção de algo, geralmente, acabam dando início a um processo de endurecimento nos diálogos, agressividade exacerbada e os interesses divergem, dificultando o encontro de uma via mais pacífica de entendimento e de comportamento.

Mas é a posição nas casas do mapa do Brasil que cria mais dificuldades. Saturno Retrógrado (se há um movimento Retrógrado num evento astrológico então estamos falando do passado, das questões que precisam ser revistas com mais atenção, por exemplo) na ‘decima segunda casa estará sobre o Nodo Norte da Lua do mapa do Brasil. O grito do passado fica mais doloroso, porque é preciso que se encontre a verdadeira missão do país, a verdadeira vocação do país, é preciso acertar as contas com o passado do país, com aquilo que impede de o país assumir o presente sem se sentir assombrado pelos seus fantasmas, fantasmas estes que teimam em emergir porque nós não encaramos a nossa história com a devida seriedade e com a devida responsabilidade. Nós escondemos de nós mesmos a nossa natureza e a nossa verdadeira história, as nossas dores e o que nos aprisiona. Nós desenvolvemos uma mentalidade que encarcera a tudo e a todos que não aceitam um padrão de vida, nós os alijamos para a margem da sociedade e os aprisionamos dentro de uma capa de esquecimento e de marginalidade, que pode assumir uma feição folclórica, infantilizada ou totalmente distorcida. Em lugar de darmos vez e voz para a nossa originalidade, para o nosso verdadeiro espírito empreendedor, para o poder da nossa coletividade e para o papel excêntrico que podemos ter dentro do mundo, para a nossa capacidade de atrairmos o diferente e darmos voz a ele, nós nos omitimos, nós matamos, condenamos, marginalizamos, rotulamos as diferenças como meros pontos fora da curva e como meras excentricidades sem uma causa definida, desqualificamos as lutas e abafamos a voz do outro, disciplinando com academicismos que não valorizam as nossas soluções, as nossas vozes, os nossos erros e acertos como algo importante para a formação de nossa expressão junto ao mundo. Nós não assumimos a responsabilidade de sermos quem somos e por isto não formamos um bloco coeso capaz de valorizar a riqueza da contribuição da individualidade em prol do crescimento da coletividade. Nós não somamos conhecimento, isolamo-nos dentro de guetos que brigam apenas por suas diferenças intrínsecas e que não olham para fora de seus guetos e não dialogam entre si para entender que estão lutando pelo mesmo motivo básico e que podem criar uma coletividade coesa na luta pelo crescimento e afirmação da sociedade e do país. Estamos sujeitos demais e até reféns de tudo o que vem de fora embora tenhamos, por conta de nossa formação heterogênea, tudo o que precisamos para criar uma cultura própria que precisa ser valorizada, soluções próprias que precisam ser valorizadas e postas em prática, visões únicas e originais o suficiente para impormos um ritmo que é nosso e que não precisa se curvar ao que vem de fora, mas se fazendo respeitado e respeitando o que seja externo a nós. Não se trata de uma visão isolacionista, mas de uma visão que valoriza a nossa criatividade, a nossa excentricidade, a nossa capacidade para abrir novas perspectivas para o mundo, que investe e valoriza as pessoas que nascem aqui, que podem criar e gerar empregos e condições de vida que poderiam fazer do país um lugar de referência para o mundo e não em um lugar de memes envolvendo a NASA (se é que vocês me entendem).

Saturno Retrógrado na décima segunda casa e sobre o Nodo Norte do mapa do Brasil talvez nos obrigue a parar de vez, contando mortos, loucos, marginais e rebeldes sem causa. Ele pode obrigar-nos a ouvir o grito dos muitos que morreram (e até se mataram) ao longo de nossa história e que teimamos em não ouvir. A energia de Saturno Retrógrado é uma voz que vem do passado e nos assombra e levanta das tumbas reivindicando a memória de seus atos, chamando a atenção para o fato de que eles não lutaram para que o povo morresse na praia.

Saturno não só faz uma conjunção com o Nodo Norte do Brasil, como também faz conjunção com Éris do Brasil, o que significa que este pode ser um bom momento para olharmos para aquilo que tem gerado discórdia entre assumirmos a nossa vocação e simplesmente apagá-la de nossa memória. Muitos podem ser os motivos que fazem com que nós discordemos e criemos “senões” que impedem a união em torno de uma causa única e isto, algum dia, precisará ser encarado e resolvido dentro de nosso país. Esta pode ser uma boa oportunidade para fazer isto ou para ficarmos batendo mais ainda a cabeça sem nos entendermos, distribuindo culpas e bodes expiatórios para todos os gostos e freguesias. Éris em Aquário pode ser aquela energia que prefere favorecer a própria excentricidade em prol de algo muito além do ponto que favoreceria a união, impedindo que os outros saibam avaliar, analisar e valorizar a originalidade e a praticidade de uma ideia. “O meu cérebro é maior do que o seu e por isto eu mando e arrebento!” poderia ser uma frase (dita aqui de maneira mais educada, para quem me entende!) comum. É mais fácil impor do que discutir e aceitar o contraditório como algo que enriquece o diálogo e o encontro de soluções que contemplem a coletividade, o povo. Será que aproveitaremos este momento de Saturno passando por cima deste ponto (e por conta da retrogradação este ponto está sendo visitado três vezes) para encontrarmos um meio-termo que nos ajude a começar a desenhar e a aceitar nossa vocação? Ou continuaremos fazendo mais picuinha com meu pirão primeiro? Em suma, Saturno Retrógrado faz-nos olhar para aquilo que está impedindo a construção de algo mais sólido e para aquilo que está impedindo-nos de assumirmos as nossas responsabilidades.

Mas Saturno Retrógrado faz uma oposição com Marte e uma quadratura com Urano...

Marte estará posicionado em Leão sobre a sexta casa do mapa do Brasil, mostrando que a massa trabalhadora, os militares, a saúde e o emprego poderão entrar num conflito de interesses cada vez maiores. Ou andam todos juntos ou cada um gritará mais alto e ninguém vai se entender e isto só causará mais doenças, mais mortes, mais desespero, mais perdas. Militares e trabalhadores não deveriam estar em campos opostos, porque todos servem ao país acima de tudo e acima de interesses particulares, mas se os interesses pessoais e corporativos forem maiores do que o interesse nacional, as lutas serão intensas e nada proveitosas e não se chegará a um diálogo produtivo entre as partes. É perigoso para o país encontrar estes dois lados da sociedade pisando em terrenos muito sensíveis porque isto nunca resulta em coisas boas: perdem todos! Os discursos endurecem, as proibições e as ações arbitrárias se justificam, as censuras aumentam, as coerções aumentam, a mordaça e a paulada aparecerão em algum lugar, os parcos direitos são retirados e os diálogos são interrompidos. A voz dos trabalhadores pode ser a mais ouvida se eles começarem a sentir que suas condições de vida estão cada vez mais desabando. Conflitos, confrontos, debates, poderão ocorrer. Talvez a presença de Vênus no mapa do Brasil (que começará a sofrer uma conjunção com o Marte depois do dia 01 de julho de 2021) crie um acordo entre as partes, um acordo que visa trazer um bem-estar momentâneo. Ao mesmo tempo Vênus estará transitando por cima deste Marte e da Vênus do Brasil depois de 01 de julho de 2021, o que poderá diminuir os ânimos ou obrigar a todos que sentem e discutam, embora Leão seja um signo um tanto difícil para discussões que buscam o entendimento, mas propostas sedutoras podem ocorrer graças às energias venusianas, diminuindo os ânimos por algum tempo. Mas o foco deste texto está no fato de que Marte estará sob pressão tanto de Saturno quanto de Urano. Portanto é possível que os ânimos, antes da possível conversa venusiana, criem impasses, discussões, agressividades nos discursos, dificuldades para levar adiante certas soluções, medidas autoritárias, censuras, perdas e doenças. Possibilidade de algum tipo de violência? Talvez sim, dependerá do quanto as partes envolvidas saberão lidar com o espírito de revolta que estará alta na ocasião. Mesmo que os conflitos não envolvam trabalhadores e militares, mas envolvam a população em geral, Saturno é o regente do povo no mapa do Brasil (eu considero que além da Lua, que é a clássica referência de povo numa Astrologia Mundial, devemos considerar o regente do Ascendente como o outro significador do povo. Como Aquário está no Ascendente, Saturno é um dos representantes do povo). O povo precisará aprender a negociar de maneira prática para sair do pesadelo (décima segunda casa) em que se encontra ou ele ficará catando caquinhos por um bom tempo, perdido por entre conflitos de interesses que só contemplam uma pequena parcela da população que tentará aceitar certos acordos para ficar tranquilizada. Em outras palavras, venderão ilusões na forma de migalhas para que todos se sintam um pouco melhor. Mas não se sabe por quanto tempo as migalhas satisfarão a todos e por quanto tempo os conflitos causados pelos mais diversos fatores da atual realidade brasileira conseguirão ser suportados. É como ver uma represa que está prestes a se romper. A insatisfação popular pode subir e ultrapassar o esperado ou pode ser sufocada gerando mais dificuldades para todos. Mais uma vez a morte, as doenças e os fantasmas do passado estarão na ordem do dia até que os impasses sejam resolvidos.

Coroando este cenário encontramos o outro regente do povo, Urano (que também rege Aquário), fazendo uma conjunção com o Saturno do mapa do Brasil. O Saturno do mapa do Brasil também está Retrógrado e se encontra em Touro. Na época da Independência estávamos começando a aprender o significado de assumirmos o solo sobre o qual estávamos pisando. Mas Saturno localizou-se na terceira casa. Toda vez que vejo Saturno na terceira casa, vejo que Saturno torna-se omisso, com dificuldade de expressar-se, um mudo, um cara que não tem voz dentro da sociedade até que perca o medo e assuma a responsabilidade de mostrar o seu potencial. E se eu considero Saturno o outro regente do povo, então posso dizer que o povo apresenta dificuldade para abrir a boca, para lutar por seus direitos, para comunicar-se com tudo e com todos. O povo pode abdicar de suas responsabilidade e direitos por um bom tempo. No dia em que povo entender que ele é o dono do solo sobre o qual pisa e que este solo, além de ser rico, é para ser cuidado por ele com todo carinho e atenção, ele saberá ser cidadão e saberá o valor da palavra soberania. Até lá o povo poderá ser passivo demais, poderá ver tudo e todos usarem suas riquezas, poderá passar por dificuldades e demorará para emitir um único grito/mugido. Poderá ser dirigido/direcionado por quem domina a sua voz, por aqueles que se dão ao direito de serem as autoridades da vez.

Urano passando por cima de Saturno Retrógrado do mapa do Brasil tenta cutucar o povo, tentando tirá-lo da pasmaceira, da imobilidade, do medo de emitir uma voz própria. Urano sacode o terreno, cria terremotos, gera tempestades, faz emergir situações inesperadas e explosões emocionais que podem fazer com que o povo comece a acordar para a sua vocação. Se o povo reagirá a todo o movimento uraniano que ocorrerá durante toda a sua passagem por Touro e principalmente neste momento em que e ainda está fazendo uma conjunção com o Saturno natal do país, ninguém sabe. O que se sabe é que a quadratura com Saturno e com Marte causará um desconforto muito intenso para o povo. O povo poderá explodir em revoltas, em conflitos e em discursos cada vez mais indignados. Teoricamente, Urano poderá representar o resumo intenso da energia que estará ocorrendo entre Saturno e Marte. Como todos os planetas estarão em signos fixos, será um momento difícil para todos nós, porque as ações que estarão em andamento encontrarão uma resistência muito grande a partir de uma parte do país e a outra parte estará tentando romper toda inércia. Uma quadratura T é um conjunto de aspectos que visa criar uma tensão forte o suficiente para que uma ação seja colocada em andamento. Então Urano é como a boca de um vulcão prestes a explodir para aliviar as tensões. Urano é a voz dos rebeldes, daqueles que tentarão, mais uma vez, chamar a nossa atenção para que acordemos de nosso sono e comecemos a dar maior importância à nossa verdadeira vocação. O grito poderá vir através de movimentos tectônicos (ou seja da Terra) como terremotos, tempestades, deslizamentos, desabamentos e quaisquer outros tipos de acidentes  e catástrofes desta natureza e/ou através de atos de rebelião contra tudo o que está acontecendo no momento, com grupos se enfrentando de maneira cada vez mais intensa, criando divisões e rupturas violentas dentro da sociedade, abrindo ainda mais o buraco que já existe, mas este pode ser o momento em que enfim este conflito possa ser definitivamente resolvido. Seja como for, não se pode dizer, como já expliquei mais acima, que isto ocorrerá no exato momento da formação quadratura T, mas isto poderá repercutir por um bom tempo dentro da energia do país.

Ou o país acorda para a sua vocação e veste esta camisa e limpa as suas dívidas com o seu passado ou ele mergulha em mais um período de acomodação com tudo ficando como está e seguindo o curso que tem seguido até que novas energias convulsivas o obriguem a rever suas posturas.

É sempre bom que entendamos uma coisa: seria muito simples dizer que o país deveria ser de direita ou de esquerda ou de centro ou de extrema direita ou de extrema esquerda, mas não é assim que a história do mundo é contada. A vocação de um lugar é definida pelas lutas de um povo e ele terá que encarar várias colorações políticas até ele encontrar a sua vocação e mesmo depois que ele encontre a sua vocação, ele poderá continuar a ter várias colorações políticas sucedendo-se, mas neste caso (e de uma maneira esperada), todas estarão atuando sob uma mesma frequência. Nenhuma coloração política é melhor do que a outra. Isto não nos impede de alinharmo-nos mais a um lado do que ao outro, mas isto também não nos faz piores ou melhores do que os outros, contato que juntos e baseados na contribuição individual que nossas diferenças representam, sejamos capazes de lutar pela mesma energia, que no caso é pelo país e pelo seu desenvolvimento. Quando lutamos apenas por nossas diferenças e realçamos demais esta luta, nós perdemos o foco, esquecemos por quem deveríamos estar lutando e abrimos brechas de difícil reparação, criamos resistências de difícil remoção e divisões que custarão caro para cada movimento que se outorga mais importante em sua luta do que a luta pela união de uma nação. Um país rachado só é interessante para quem está do lado de fora da luta, para quem está apenas colocando lenha na fogueira para ver a divisão aumentar e justificar sua futura intervenção pretensamente salvadora. 

Urano é um planeta muito bom para levantar bandeiras, mas ele não é um planeta que traz energias construtivas, ele cria rupturas (e rupturas denunciam pontos frágeis/vulneráveis). O lado bom destas rupturas é que podemos ir até elas e começarmos a entender porque elas foram tão fáceis de serem criadas e como as reparamos para que elas não aconteçam mais. Urano poderá causar uma forte ruptura como porta-voz daqueles que tanto lutaram e viram suas lutas esquecidas, e que têm presenciado os abusos contra os quais tanto lutaram sendo banalizados e continuados, além de perceberem que os seus verdadeiros ideais foram distorcidos. Eles poderão trazer (com suas energias) dores, lágrimas, perdas e doenças para que nos recordemos de nossa vocação e pelo que devemos realmente lutar e de como poderemos unir o país, se assim o quisermos. Se não quisermos, será apenas um momento como tantos outros: com rupturas, perdas e novas tentativas de crescer que nos levam até o próximo abismo, pois é assim que temos historicamente vivido.

O fato de Quíron estar transitando próximo ao Quíron Retrógrado natal do mapa da Independência do Brasil e fazendo respectivamente um Sextil e um Trígono com Saturno e com Marte, pode representar um alívio e uma possibilidade de mudança de valores (segunda casa, casa por onde Quíron está transitando). Quíron está relacionado com a cura, mas é uma cura aonde o curador está ferido, ele pode ajudar, mas não pode ajudar-se, mas pode fazer da própria ferida um motivo a mais para tentar ajudar, para tentar curar e/ou para alertar os demais. 

Quero frisar bem: o passado está pedindo para ser curado! Foi isto que vi quando assisti ao vídeo do astrólogo Carlos Harmitt e olhei para esta quadratura T.

E é bom que se saiba que antes deste evento abordado, há uma série de situações que estarão ocorrendo no céu astrológico que podem representar dificuldades a mais para o cenário do país: a oposição de Marte a Plutão, dois eclipses, várias quadraturas muito marcantes e outras quadraturas T.

A oposição entre Plutão e Marte poderá gerar crises que afetarão o parlamento, as representatividades do povo e o dinheiro do povo.

Sobre o eclipse da Lua que ocorrerá em 26 de maio de 2021, muita atenção porque será um eclipse que ocorrerá sobre a décima casa do Brasil. Não é um eclipse da Lua banal, porque será com ela muito próxima da Terra (e por conta disto é chamada de Superlua, sendo apelidada de Superlua de Sangue pela cor que a Lua adquire durante o eclipse) e será um eclipse total. A décima casa do mapa de um país representa o governo e tudo o que a ele se refere. Basicamente, é possível que ocorra uma verdadeira mudança dentro das questões governamentais durante pelo menos os próximos 6 meses de vigência do poder deste eclipse. Estas mudanças poderão ser para melhor ou para pior, mas como a Lua Cheia deste dia estará em oposição à Lua e ao Júpiter (ambos na quarta casa do país, que é a casa do povo, da democracia, dos partidos de oposição e da nação versus governo) natais do mapa da Independência do Brasil, acredito que os eventos envolverão o povo (tradicionalmente os astrólogos consideram a Lua como a representação do povo num mapa de Astrologia Mundial). Se levarmos em conta o clima que tem tomado conta do país nesta fase, é possível que haja uma movimentação que levará a uma mudança brusca de poder ou uma mudança brusca na forma de conduzir a nação. Algo muito sério acontecerá durante o período que estiver sob a energia deste eclipse. O eclipse solar ocorrerá em Gêmeos na quarta casa natal do mapa da Independência que, como vimos mais acima, representa o povo, a democracia, os partidos de oposição e a nação versus governo. Estará fazendo quadraturas não exatas com o Sol e com o Mercúrio do mapa do Brasil, o que poderá afetar fortemente a imagem do governante do país por meio de notícias e por influência de eventos externos (qualquer tipo de evento externo!), mas acredito que vem chumbo grosso por todos os lados: internamente e externamente. Portanto os dois eclipses poderão trazer um período de fortes e intensas mudanças políticas e governamentais. Possíveis problemas envolvendo construções e algum tipo de catástrofe ou evento natural poderão ocorrer devido às posições dos dois eclipses nas casas.

E há um evento que ainda não se dissipou, que é Netuno transitando pela primeira casa do mapa da Independência do Brasil. Esta passagem de Netuno só tem trazido mais névoa e confusão à mente do povo, que não consegue olhar com o devido equilíbrio (e a devida clareza) a realidade que está sendo apresentada. Se o país e o povo estivessem num nível político, social e cultural melhor preparado, talvez esta passagem de Netuno abalasse muito menos a visão das pessoas. Talvez fosse mais fácil mantermos uma identidade e uma personalidade equilibrada diante dos fatos e fôssemos menos manipulados pelas diversas situações que dificultam enxergar com clareza a divisão entre sanidade e insanidade, memória e perda de memória. O fenômeno mais notável, simbólico e marcante da passagem de Netuno em oposição exata ao Sol do mapa do Brasil foi o incêndio do Museu Nacional. Foi uma materialização da perda de contato do povo com a sua história e com a sua memória. O Sol ficou nublado! É como se vivêssemos um momento em que a loucura impera!!! Espero que a passagem de Júpiter por Netuno, em 2022, não faça com que esta loucura atinja níveis ainda maiores, pois Júpiter expande tudo, seja bom ou ruim. E espero que quando Netuno entrar na segunda casa do mapa da Independência do Brasil isto não signifique mais dificuldade para o país lidar com o dinheiro.

Como pode ser visto, há muito a ser feito, mas isto faz parte da história de um país. Um país precisa passar por várias estações até que possa amadurecer certos níveis de consciência. E passar por tais estações significa fazer escolhas e estas escolhas podem ser por caminhos amenos ou por caminhos muito difíceis. Aparentemente, o país tem preferido os caminhos mais árduos. Não culpem os astros, eles não atuam, eles apontam caminhos e nós percorremos os caminhos e damos a eles o contorno que a nós interessa ser desenhado.

Há aqueles que sonham com o dia em que o mundo não precisará mais de fronteiras, mas será necessário muito amadurecimento das pessoas dentro dos países nos quais vivem para que isto ocorra de maneira natural. Até lá, muitas coisas ainda acontecerão antes que notemos o quanto cada um de nós tem sido manipulado e influenciado para fazer deste mundo um palco de separações.

Agradeço por você ter lido esta publicação. Não espero que você concorde com o que foi escrito aqui, mas, como sempre gosto de pontuar: espero que eu tenha sido capaz de fazer com que você comece a questionar o mundo que te cerca, abrindo os olhos para além daquilo que normalmente é apresentado por aí. Eu posso estar errado no meu ponto de vista, porém espero que as minhas palavras estimulem você a buscar por melhores respostas e por mais perguntas...

Inté!!!!

 

PS: Brasileiros, aprendam a amar mais o Brasil! Este país possui todas as condições para dar um banho em qualquer outro país, mas sem menosprezar ninguém, apenas valorizando o seu povo, o seu solo, a sua cultura e a sua inteligência. Isto não quer dizer que você não tenha que sair do país, se for necessário, mas estando fora do país, seja capaz de mostrar a nossa riqueza na pessoa que você é, pois é isto que fortalece a energia desta nação e não o menosprezo e muito menos a arrogância. 

 

 Vídeo do astrólogo Carlos Harmitt

 








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