Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via Telegram ou Skype. Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

31 dezembro 2017

. "A criança"



Carta cigana para o ano de 2018 no mundo.
"A criança"

Depois do ano de 2017 ter sido O Caixão, entramos num ano onde precisamos começar a catar os cacos e abandonar definitivamente o cenário anterior.

O ano de 2018 não é para negligenciarmos o que ocorreu anteriormente. Pelo contrário, devemos fazer uma forte avaliação do nosso desempenho no ano anterior, para sabermos o que faremos em 2018. Este é um ano para avaliarmos se soubemos lidar com as dificuldades apresentadas anteriormente e se pudemos tirar proveito das lições apresentadas. É um ano, também, para avaliarmos nossos fracassos, nossas intolerâncias e nossos temores que ainda nos acompanham.

As crianças chegam para que olhemos tudo isto e, em seguida, saibamos mostrar que somos capazes de lidar com a vida com jogo de cintura, que sabemos ir além de toda dificuldade, tomando a iniciativa de mudar o que não nos satisfaz mais. É um bom ano para iniciarmos parcerias, para começarmos novos relacionamentos, para trazermos de volta a espontaneidade, a criatividade e a sociabilidade, além de ser um ano excelente para tomarmos iniciativas em lugar de ficarmos assistindo a tudo como se não fosse com a gente.

Num ano como este, o mais importante é que não tenhamos medo do futuro, mas que saibamos ter a iniciativa de construí-lo. Que sejamos, honestamente, capazes de conquistar novos horizontes, novos espaços e novas metas.

Nada de reclamarmos da dureza da vida! Pelo contrário! Agora é o momento certo para vermos nela as oportunidades para que nós possamos revirar tudo, transformar tudo e  iniciar um novo jogo, com novas maneiras de abordar as dificuldades. Como crianças, podemos enxergar em qualquer coisa uma oportunidade para inventarmos uma nova brincadeira, uma nova alegria, uma nova diversão, uma nova tendência e uma nova direção. Uma criança cai e se machuca e chora, mas dois tempos depois já está de pé e pronta para novos desafios, porque o importante é descobrir novas coisas, novos mundos e novos jeitos de olhar a vida.

Excelente ano para desenvolvermos a intuição e para lidarmos com o nosso lado mais instintivo. Também é um excelente ano para olharmos o mundo como uma comunidade, onde cada um pode trazer a sua contribuição e aprender a fazer parte do mundo como um lugar onde todos podem se ajudar.

Bom ano para levarmos a vida com mais leveza, ainda que não seja um ano de pouco trabalho. É um ano para, como crianças, aprendermos a ter em mente quais são as responsabilidades inerentes ao grau de consciência que temos da vida. Podemos brincar, podemos trazer diversão, podemos motivar, podemos estimular, podemos criar, podemos gerar novos conceitos e, em seguida, podemos desapegar-nos de tudo o que foi obtido para que comecemos tudo num novo patamar. Esqueçamos o apego! Apenas aprendamos a nos doarmos para o momento e assumirmos as iniciativas que o momento exige! Gastemos menos energia com brigas, com discussões inócuas, com picuinhas que dissipam a atenção para o que é essencial.

O mundo anda precisando de mais iniciativas, de mais pessoas atentas ao momento e de mais pessoas que saibam criar novas perspectivas.

Tudo o que estão oferecendo a este mundo atual são apenas maneiras de distrair as pessoas, tirando delas o poder de se recriarem, de se manifestarem, de tomarem para as suas mãos o controle da vida.

Redescubramos o prazer de nada saber, de tudo ignorar, mas de tudo entender, mas de tudo perceber e de agir ao perceber.

 Vivemos num mundo que vai coibindo a nossa capacidade de agir, de tomar iniciativas, de transferir para uns poucos as nossas responsabilidades. Precisamos voltar a sentir o prazer de redescobrir como se vive, como podemos expressar o nosso próprio jeito alegre, como podemos reagir sem que sejamos orientados e conduzidos por forças que só desejam extrair a nossa energia em benefício próprio e nunca pensando em benefício da comunidade.

Bom ano para reunirmo-nos, para trocarmos ideias, para discutirmos mais o que acontece ao redor, para encontrarmos no outro a resposta para o que sentimos, mas sem messianismos, sem heroísmos, sem domínios, sem autoritarismos e sem controles absolutos sobre os outros. Aprendamos a valorizar a nossa liberdade, a nossa independência, o vento na cara de quem ama a aventura, o coração excitado pelo amor genuíno que sentimos e os olhos brilhantes de quem tem o prazer de viver. Desamarremo-nos de todas as covardias e todas as iniciativas que impedem a expressão da alegria, da busca pelo bem-estar, do prazer de beijarmos quem quisermos no momento que bem entendermos e de darmos formas aos nossos pensamentos sem sermos julgados por quem inveja a nossa visão aberta da vida.

Este é um ano para lutarmos pela nossa liberdade e não para castigarmos a criança que somos.

Precisamos deixar de lado a criança birrenta, aquela parte de nós que ama a nossa superficialidade, a nossa imaturidade, a nossa facilidade para agirmos e julgarmos sem, antes, pensar, a nossa precipitação e a nossa vontade de sermos apenas do contra sem avaliarmos até que ponto isto afeta a todos. 

Tal criança birrenta, que não quer crescer, que não quer aprender, que não quer descobrir para além de seu umbigo também estará presente no ano de 2018 e precisamos tomar cuidado com ela. Suas iniciativas são baseadas apenas no quanto ganharão com esta ou aquela atitude, não sabendo perceber que um passo errado hoje se voltará, num futuro qualquer, contra ela mesma e contra todos os que ela ama. As crianças birrentas não querem ouvir, só gritam, só mandam, só acreditam na lei da força, da imposição, do controle, da prisão, da detenção da alegria, da expressão da raiva e da monotonia. São crianças que vociferam pelos cantos do mundo o medo, o temor, a raiva, o ódio, o preconceito, a rejeição da liberdade em favor das restrições e das coerções. São crianças que aprenderam que a única coisa que é boa para o mundo é a tristeza, a lei do mais forte e a imposição de ideias e de posturas, além das punições e castigos. Preferem a palmatória ao amor e se comprazem em ver o horror que podem causar aos outros.

Num ano como 2018, estejamos atentos para que possamos perceber que tipo de criança nós preferimos ser: a birrenta e emburrada ou a criativa e alegre.

Divirtam-se, pois o ano de 2018 acaba de começar!!

Bom dia!!!!