O rei está nu!!
por Marco Antonio H. de Menezes
Quase
que a totalidade do globo foi atingida pelo vírus da gripe provocada pelo
coronavírus.
Uma
parte significativa do planeta adotou a medida de manter a população dentro de
casa como forma de diminuir o contágio.
Outro
dia eu ouvi que a gripe criou uma espécie de clima de greve geral.
Parando
para pensar, há muitas relações entre o que está acontecendo com boa parte da
população e uma greve geral.
Uma
greve geral ideal visa a adesão de 100% dos trabalhadores e, se for num setor
sensível, ainda pode haver uma negociação que permita que uma parcela muito
pequena de trabalhadores mantenha-se trabalhando. Espera-se que, numa greve
geral, os trabalhadores criem condições interessantes que deixam claro que não
estão de braços cruzados por pura vontade de não trabalhar, mas porque, aparentemente,
os canais normais de comunicação entre eles e os seus patrões não serviram para
que se chegasse a uma solução plausível entre as partes. E é fundamental que os
grevistas não aproveitem a greve para ir a uma praia ou para viajar, por
exemplo, a não ser que seja para usar tais ocasiões como forma de protesto. Estas
seriam as condições ideais de uma greve geral.
A
quarentena foi o recurso usado por alguns governos para tentar barrar o aumento
significativo de pessoas que possam contaminar-se e morrer. Espera-se que a
população respeite o máximo possível este período, evitando deslocamentos
desnecessários, viagens e atividades que ponham em risco a quarentena e a saúde
da comunidade. Uma parcela da população continuará a trabalhar e a se expor ao risco
de se contaminar, porque é considerada uma parcela importante para o
atendimento das necessidades da população como um todo: mercados, delegacias,
postos de saúde, farmácias e hospitais, por exemplo.
Até
aí, tudo bem!
O
que há de inusitado nesta fase de quarentena?
A
primeira coisa que chama a atenção é o fato de ser (salvo engano!) a primeira
vez que a população de todo o globo se vê convocada a ficar em casa ao mesmo
tempo. E mais inusitado ainda: a população aceita, sem maiores protestos e
docilmente, atender ao pedido de quarentena coletiva.
A
segunda coisa que chama a atenção é que os governos mostram-se realmente
preocupados com o rumo da humanidade em virtude da efervescente cadeia
produtiva estar com suas atividades brutalmente interrompidas.
Agora
vamos mergulhar mais fundo e, a partir daqui, permitam-me escorregar bem na
maionese. Vamos fazer disso (ou pelo menos: tentar!) um exercício de
imaginação. E daqui para frente você só lerá sobre coisas imaginárias, pois
elas se passarão num reino realmente imaginário. Qualquer semelhança com fatos
reais é pura coincidência, embora eu acredite que coincidências não existam!
Vamos
supor que alguém, seja lá quem for, resolveu que o sistema financeiro, como
vinha sendo conduzido, entraria em colapso. Quem estava ganhando rios de
dinheiro começou a notar sinais de que a economia não estava mais tão fácil de
ser levada adiante, talvez, porque havia uma série de gargalos e demandas que
começavam a travar o caminho do dinheiro. As pessoas estavam envelhecendo mais
rápido do que nascendo? Maior número de pessoas estava tendo maior acesso a um
bem-estar sem que isto fosse compensado por um maior aporte financeiro para
quem já estava acostumado a acumular? As tecnologias disponíveis estavam
dificultando a tomada de decisões dentro do mercado financeiro? Estava difícil
justificar tanta concentração de renda nas mãos de poucos? Seria difícil mudar
o sistema social, cultural, financeiro e tecnológico dentro das condições e
percepções normais da população? Qual seria a melhor maneira para gerar
mudanças sem maiores protestos? Como conquistar mentes e corações para que seja
possível uma adesão em massa a uma mudança de grandes proporções? Como fazer
estas mudanças reverterem a favor de quem sempre ganha muito e sem que aqueles
que sempre se sacrificam fiquem irritados? Será esta a tal da reengenharia
social? Será que as mídias apoiariam isto? Será que os movimentos populares
trariam dificuldades para a aceitação de uma nova ordem mundial? Será que
alguém acreditaria que isto é ruim se alguém, ao alertar para os perigos por
trás de tais possíveis mudanças radicais, fosse nomeado como louco ou arauto de
teorias de conspiração ou um retrógrado? Como fazer esta tal de reengenharia social
atingir a totalidade da humanidade quase ao mesmo tempo?
Agora
imagine (e vamos ficar apenas no reino das hipóteses, teses e imaginações,
porque isto é um exercício de questionamento e não uma acusação formal e
baseada em fatos incontestáveis, certo?!), que algumas “mentes brilhantes”
comecem a gastar muito de seu tempo para encontrar um meio de tornar concretas
as mudanças que se concebe serem necessárias para garantir o bem-estar de quem
sempre ganhou muito e dividiu pouco com o restante da humanidade. Depois de
muito pesquisarem, acabam percebendo que experiências envolvendo infecções e
infestações podem ser muito interessantes. Neste momento, a ética humana é
jogada no lixo ou, no mínimo, distorcida. Não poderia ser algo tão fatal que
atingisse uma proporção tal que colocaria em risco a existência da humanidade,
mas letal o suficiente para criar um clima de preocupação em todos os setores
da humanidade e fazer com que fossem tomadas certas medidas sociais e
profiláticas. E assim, várias experiências começaram a pipocar em diferentes
localidades para aferir o grau de risco e de comportamento dos diversos setores
da sociedade diante de um perigo. Junto a isto, outras áreas também foram
mobilizadas como representantes de possíveis ameaças ao sistema vigente. Alguns
grupos sociais começaram a ser desenhados como perigosos para o convívio humano
saudável e seguro. Núcleos populacionais importantes são atingidos por
situações que afetam a segurança pessoal e o funcionamento regular das
instituições. Movimentos populares desestabilizam governos e levantam
desconfiança do povo diante da maneira como são conduzidas as políticas governamentais.
A insatisfação começa a tomar conta de vários setores ao mesmo tempo, criando
divisões, sectarismos, perda de contato com a realidade, dificuldade para
separar a verdade das reações emocionalmente dirigidas. Criam-se condições para
a contestação da utilidade das leis vigentes e criam-se situações que geram a
necessidade de rediscutir e até de criar novas leis que atendam a interesses
mais urgentes. Repentinamente, a palavra “escassez” passa a fazer parte do
vocabulário de maneira cada vez maior e com o aval de setores e figuras
públicas. Todos começam a dizer que faltará água, comida e demais condições
para que a humanidade sobreviva. Discursos inflamados de políticos, de atores, de
cantores, de religiosos, de apresentadores, de idosos, de crianças, de
influenciadores de opinião tomam conta das páginas das redes sociais, aonde
todos afirmam que a humanidade é responsável pelo seu próprio fim por conta de
não saber cuidar do planeta que a sustenta.
Então
(dentro deste mundo hipotético criado por minha imaginação, deixemos isto bem
claro!) nós nos transformamos, paulatinamente, em seres que temem o futuro
porque somos culpados por toda escassez que virá. Nós, também, transformamo-nos
em seres que temem o convívio com o outro, porque ele pode ser um inimigo em
potencial, pode ser um terrorista (em função de sua origem racial, por
exemplo), um transmissor de doenças que colocam em risco nossa saúde e de
nossos entes queridos. Nós começamos a ver que precisamos fazer sacrifícios
para podermos viver, comer, beber água, respirar o ar. Nós passamos a temer o
futuro. Nós começamos a aceitar a necessidade de realizar certas mudanças para
que seja garantida a boa convivência. Aceitamos isolar pessoas. Aceitamos
classificar certos indivíduos como perigosos e que necessitam de uma maior
vigilância por parte do sistema, mesmo que isto signifique que esta vigilância
invada a nossa intimidade. Deixamos de ser livres para sermos seres mais seguros.
Tudo o que vier em prol de nosso bem-estar é aceito sem maiores contestações.
Aí,
os nossos simpáticos cientistas descobrem um grupo de entidades biológicas que
é capaz de infectar com, aparentemente, baixíssima letalidade, mas com relativa
facilidade. Tudo é descrito num simpósio para poucos (e muito interessados,
afinal, eles investiram naquilo e difundiram partes daquela experiência em
congressos, encontros com empresários e setores influentes da sociedade, sem
que ninguém notasse o verdadeiro significado por trás das palavras e piadas) ouvintes,
poucos meses antes de desencadear, de maneira prática, o grande experimento.
Mas,
neste exercício imaginativo que eu criei, há uma margem para o erro, para o
imponderável, para aquela surpresa com a qual nem a mente mais brilhante
poderia contar. Afinal, somos humanos, portanto sujeitos a falhas, certo?!
Agora,
imaginem que o experimento é solto na natureza. Por um momento ele parece
desempenhar o papel que lhe cabe. Tudo caminha segundo as planilhas altamente
tecnológicas. Uma pessoa é infectada, ela começa, sem saber, a infectar outras pessoas.
Ela passa mal, outras pessoas também. O experimento começa a seguir os rumos
que se espera. Multiplicam-se, rapidamente, os infectados. Os cientistas locais
começam a entrar em estado de alerta diante de algo novo que está surgindo.
Precauções começam a ser tomadas. Cientistas locais debruçam-se sobre suas
mesas de trabalho para decodificar aquilo que está atingindo, rapidamente, a
população local. A infecção toma vulto cada vez maior e preocupa cada vez mais os
cientistas e as autoridades. O país entra em estado de alerta e, logo, o mundo
fica sabendo que um perigo invisível, mas muito rápido está se alastrando. Os
mercados financeiros, que já estavam inseguros, começam a refletir a
preocupação mundial. Num piscar de olhos, o que era uma ameaça local, torna-se
uma ameaça mundial. Nenhum governo consegue demonstrar qualquer esboço de
sensatez e todos, sem exceção, acabam abrindo as portas para a infecção entrar
em seus territórios, sem qualquer medida eficaz de isolamento. Nenhum deles
propõe isolamento imediato das pessoas oriundas dos locais infectados. Nenhum
deles propõe que as pessoas que chegam dos locais infectados fiquem em
barreiras sanitárias que impeçam o contato com familiares e amigos por pelo
menos um mês. Todos (ou a maioria esmagadora) preferem enviar estas pessoas
para as suas casas após exames iniciais. Os que apresentam sintomas severos são
internados, os demais são conduzidos para os seus lares. Os que não aparentam
sintomas também são enviados para os seus lares. O resultado de tais medidas é
absolutamente palpável: as pessoas enviadas para as suas casas tornam-se
agentes de infecção e disseminação da doença. A disseminação da doença cresce
em proporções geométricas. As primeiras mortes ocorrem. O mercado financeiro
desaba. Os governos resolvem tomar uma medida amarga: todo mundo de quarentena!
Pela primeira vez (acredita-se) a humanidade inteira é convocada por seus
diferentes governos a ficar em casa até que tudo fique melhor. A notícia pega
de surpresa todos os setores produtivos da sociedade quase ao mesmo tempo.
O
mundo parou!
Nenhuma
atividade cultural, nenhuma atividade social, nenhuma atividade financeira,
nenhuma atividade recreativa, enfim, nenhuma atividade fora de casa poderia ser
feita na maioria dos países que apresentavam populações infectadas.
Neste
nosso (ou seria apenas meu com a conivência de quem me lê?) exercício de
imaginação é aqui que entra a falha, o erro, o imponderável, aquilo com o qual
não contamos.
Comecemos
por revisar! Um grupo de pessoas que sempre acumula muito dinheiro, descobre
que o sistema que o alimentava está prestes a falir. Para garantir a manutenção
dos valores que sempre nortearam suas vidas, este grupo investe na busca de
soluções que permitam a implantação de um novo sistema de ganhos, mas que seja
capaz de atingir o maior número de países em pouquíssimo tempo. Deixando a
ética humana de lado, eles investem em: doenças, terrorismo direcionado,
movimentos sociais de apelo garantido para os que se sentem largados pelo poder
público, campanhas apelativas de disseminação da ideia de escassez como futuro
plausível para uma humanidade inconsequente, grupos que disseminam o
sectarismo, a intolerância social e religiosa. As diversas mídias ajudam a
difundir tais discursos, tornando difícil diferenciar o joio do trigo.
Lentamente, a sociedade torna-se refém de um discurso que levará alguém ou um
grupo ou uma ideia a ser o representante de uma nova era, de uma nova ordem
mundial, onde o importante é que a liberdade cede lugar à segurança.
Então
a entidade biológica causa pânico no mundo. Tudo parecia sob controle e tudo
acontecia como esperado, exceto por um rasgo pequeno, porém importante.
Os
governos decretam quarentena mundial. Quase todos os países entram em
quarentena ao mesmo tempo. O mundo está parado. A cadeia produtiva está
paralisada. Certos empresários (e não estou falando dos pequenos e micro) e governos
não contavam com isto!
Qual
o temor deles? Vamos usar a nossa imaginação mais um pouco!
Os
empresários, em sua maioria, visam o lucro (afinal o sistema vigente existe
para atender a esta visão da vida: sem lucro você não vive!). Raros são aqueles
que visam o lucro deles e o bem-estar real dos que trabalham para eles. A
concorrência é entre empresários e, para ser ganha, é preciso ter alguém
produzindo. Sem trabalhador, por enquanto, nenhum empresário do nosso reino
imaginário consegue muito se deseja ser alguém de destaque na sociedade. O
trabalhador é o ponto mais importante da empresa, é aquele que dá forma ao que
o empresário deseja expor para o mundo. Mas o empresário nem sempre enxerga o
trabalhador. Ele paga o salário e espera que isto seja o suficiente para que
tudo corra bem. O empresário não se preocupa com a vida social, cultural e/ou
espiritual do seu empregado. Ele quer que o seu empregado faça aquilo que se
espera dele. O empresário adere a programas sociais e culturais para aparecer
bem e continuar bem na disputa dentro do mercado. Tudo é lucro, mas nem todo
lucro é bem-estar.
E
aí aparece uma doença que expõe a ferida! Além de, agora, os empresários
precisarem cuidar muito bem de seus empregados, reconhecendo que sem trabalhadores
não há produção e lucro para eles (empresários), é preciso mostrar algo a mais.
Está exposto, neste nosso reino imaginário, que a sociedade não precisa de
tanta dedicação por parte dos trabalhadores para produzir o necessário para ela
viver em paz. O dinheiro que os empresários e os governos diziam não ser
suficiente para cuidar do mundo, agora se mostra suficiente e até corre o risco
de ser melhor utilizado em prol daqueles que sempre se sacrificaram para que os
empresários e governos pudessem se sustentar. Fica exposto que a sociedade pode
ser eficiente se ela revisar a sua dedicação, se ela puder dispensar mais tempo
para a sua própria vida, que é possível ter acesso a serviços, alimentos e tudo
o mais que parecia escasso, porque tudo precisará ser redirecionado para manter
as pessoas a salvo de um problema maior. Fica claro que há dinheiro suficiente
para dividir entre as pessoas, para trazer o bem-estar real a elas, favorecendo
a vida em família, criando condições melhores a todos. Fica exposto que é
possível melhorar o nível de vida das pessoas e pagar a elas um valor muito
mais alto do que alegavam ser possível. Fica claro que, se a sociedade quiser,
neste momento ela poderá ser a mudança em ação e determinar o que realmente
precisa ser mudado dentro de um sistema que até aqui privilegiava e distribuía
o dinheiro entre alguns poucos.
O
sistema está exposto! As desculpas que davam, neste nosso reino imaginário,
para criar leis, gerar regras, determinar quem é mais importante dentro da
cadeia social estão desabando e isto está incomodando os empresários e até aos governos
que vivem da conivência e conveniência empresarial. Estes setores, ao se verem
expostos gritam pelo fim da quarentena, gritam pela volta imediata ao trabalho,
gritam como se os empregados estivessem fazendo uma greve geral. O problema é
que os trabalhadores foram vítimas das armações aceitas pelos grandes
empresários e pelos governos que não sabem respeitar o ser humano. Os
trabalhadores não estão em casa por decisão coletiva numa assembleia
trabalhista. Eles estão em casa porque o sistema que rege a todos disse que
isto seria melhor. Os trabalhadores não estão fazendo greve, estão se
defendendo de algo que pode molestá-los, que pode tirar suas vidas e das
pessoas que amam. Certos empresários e certos governos atuam como se estivessem
diante de grevistas e apelam para leis trabalhistas para que a greve, que não
existe, acabe! Porque se a greve, que não existe, continuar, os seus sonhos
virarão pó! E eles, numa visão muito otimista da minha parte (e bota otimismo
nisto! Imaginação não possui limites!), terão que deixar claro que tudo aquilo
que disseram e acordaram no passado era mentira e que as reivindicações dos
trabalhadores podem ser atendidas sim, até com muito mais vantagens e com muito
mais tranquilidade. O mundo pode ser muito melhor do que a visão mesquinha, até
aqui predominante, dizia que poderia ser.
Quem,
neste reino imaginário, não está vendo que o rei está nu? Quem agirá como o
pelego das greves ou como aquele indivíduo que ama furar greves ou como aquele
indivíduo que está sempre dizendo que o chefe tem razão? Será que na nossa
viagem imaginária pelo mundo mais sórdido do ser humano haverá quem realmente
defenda quem não está defendendo o trabalhador de ser reconhecido como um ser
muito importante para todos? Será que alguém levantará a voz em favor da
continuação da exploração do trabalhador? Será que alguém ficará discursando em
praças públicas midiáticas em favor de quem nunca pensa em dar um bem-estar
real ao povo? Será que alguém ainda vai apelar para o velho chavão político e
ideológico como forma de convencer a todos de que os empresários e governos estão
certos em defender a volta dos trabalhadores para uma situação de risco? Já não
está na hora de subirmos, dentro deste nosso reino imaginário, a discussão para
um nível melhor: somos todos humanos e merecemos algo melhor e merecemos parar
de achar bom viver segundo o sistema de castas/camadas sociais, onde uns poucos
ganham (e alimentam-se e vivem) muito mais do que todos os outros? Será que
neste mundo imaginário descrito por mim, existe espaço para a razão e a emoção
em doses suficientemente equilibradas para fazer entender que nós vivemos no
mesmo planeta e que não é justo que uns poucos decidam o que devem fazer para
garantir a sua sobrevivência mesmo que seja para matar pessoas, mandá-las para
guerras, fazer experimentos biológicos, submetê-las a tensões e perdas
desnecessárias?
Neste
reino imaginário o rei está nu, senhoras e senhores!
Esbocemos
uma reação positiva em prol de todos, antes que eles tenham tempo de concluir o
experimento. Paremos de comprar o que nos vendem e passemos a ser conscientes
do que realmente precisamos para sermos mais felizes, mais humanos.
Lembrem-se:
um novo AC/DC está em andamento, neste nosso reino imaginário. Agora é Antes do
Coronavírus/Depois do Coronavírus.
Tenham
a certeza de que o mundo que havia antes, neste nosso reino imaginário, da
pandemia, não existe mais. O mundo que conheciam, antes de entrarem para a
quarentena, acabou! Um novo mundo está sendo iniciado. Mas o problema é: vamos
iniciar um mundo como seres humanos ou como seres desumanizados pelos mesmos
poderes que têm sempre decidido o nosso caminhar? Afinal, o experimento visava,
também, estabelecer até que ponto as pessoas aceitavam ser submetidas a certos
níveis de controle sem maiores resistências. O que pode derivar daí? Será que
militarizaremos o nosso reino imaginário? Será que aceitaremos a imposição de
novos conceitos de controle com a desculpa de que é para o nosso bem-estar?
Neste
nosso reino imaginário, a quarentena é apenas um ponto, um momento onde tomamos
consciência de nosso poder e força para que possamos agir. Mas será que todos
estão conscientes disto? Será que todos estarão aptos para a reflexão que o
momento pede? Ou ficaremos reféns do medo? Ou preferiremos transferir, mais uma
vez, o poder para um salvador, uma figura religiosa/espiritual, um político/governo,
um modelo imposto? Não entenderam o quão desoladora foi a imagem de um líder
religioso rezando para o nada? Não entendem o desespero de líderes religiosos
que não possuem mais a presença de seu público cativo? Quantos reis ficarão
expostos para que entendam que neste mundo imaginário o mais importante “ser” é
você mesmo e que você é o agente da mudança? Você ainda não entendeu que você é
o rei deste mundo e que está exposta a sua realeza para que a exerça?
Levante
a cabeça e assuma o teu lugar neste mundo imaginário (?), mas seja rápido,
porque neste reino imaginário (?), ninguém perde tempo e nem liga para choros e
rezas, mas para atitudes e inteligência, embora confundam honra, nobreza e inteligência
com esperteza, malícia e concorrência.
Neste
nosso reino imaginário (?), governos passam, empresários também passam, mas
seus herdeiros continuam...
Esta
é a minha viagem pelo reino da imaginação!
Deixo
com vocês a capacidade de questionar este reino!
Eu
questionei! E você?!
Mas
fiquem calmos, afinal imaginação é nada quando comparada com a realidade!
A
realidade tende, sempre, a ser mais excitante e interessante do que a
imaginação!
Nenhum comentário:
Postar um comentário