Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via Telegram ou Skype. Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

04 abril 2010

Calendário Maia - uma experiência pessoal

Quem me conhece, sabe que eu já fui instrutor (ou facilitador, se achar melhor) do chamado Calendário Maia, hoje conhecido pelo nome de Calendário da Paz.

Eu tenho visto na mídia muita coisa sendo dita e mostrada relacionada com a já famosa data de 21 de dezembro de 2012. Quem leu a canalização que fiz sobre o assunto, quando ele ainda nem estava na moda, já sabe o que realmente pode esperar e deve fazer em relação a esta data. Quem não leu, que dê uma olhada neste blog mesmo, onde eu reproduzi o artigo que anda espalhado pela internet há anos.

Aqui eu abordarei tudo de um ponto de vista pessoal, pois acho que é ainda mais fácil de ser compreendido por quem não é chegado ao assunto ou acabou de chegar nesta história.

Eu comecei a dar aula de Calendário Mais (ou da Paz) em meados da década de noventa do século XX. Naquela época, a onda New Age estava praticamente no auge e efervescente no Brasil. Muita gente do meio esotérico fazia do Brasil um ponto de passagem, inclusive os co-criadores de florais, que fizeram a floralterapia explodir no Brasil.

Foi em meio a esta efervescência que conheci o livro Fator Maia e o livro Surfistas do Zuvuya, de José Argüelles. Confesso que gostei do que li, embora o Fator Maia tenha sido uma leitura árida demais para o meu gosto. Na verdade, os dois livros falam a mesma coisa, mas em linguagens diferentes.

Mas vamos aos fatos!

O calendário que Argüelles divulgou é uma visão sintética baseada em dois calendários de origem Maia: solar e lunar! Há mais de 30 Calendários Maias originais. Nesta visão sintética e autoralmente (Argüelles é artista plástico) estética, você percebe que há uma mensagem muito interessante que é o ponto do qual nunca me distanciei mesmo quando me afastei do assunto e das aulas: nós somos seres interligados com tudo o que há no Universo, mas nós nos esquecemos, ao longo das eras, desta nossa ligação e passamos a agir a como meros predadores do planeta onde vivemos, não ligando para o quanto isto afeta o nosso próprio futuro. Argüelles inseriu ensinamentos de várias procedências para tentar ajudar no entendimento desta mensagem básica.

Bom, isto foi o que considerei de mais importante deste Calendário. Quando aprendi e comecei a ensinar o Calendário havia toda uma pressão para que se mostrasse que cada dia mais a coisa estava preta para o ser humano e que o fim seria inexorável se não mudássemos nossa postura. Há via datas eventos, etc. Bem, passados todos estes anos, posso dizer que o Calendário tinha razão em certos pontos, mas também havia muito da visão pessoal do compilador, a ponto de um dia ele se declarar o novo profeta vivo da humanidade. Confesso que não gosto de messianismos e quando vi que o trabalho estava começando a ficar meio messiânico, recolhi minha viola e fui cantar outras canções, se é que você me entende.

As duas primeiras partes do Calendário Maia eram simplesmente perfeitas e sintonizavam qualquer um num novo esquema de vida e de visão da mesma. Quando Argüelles lançou um trabalho que, segundo ele, surgiu de uma viagem interior e pessoal de vários dias, a coisa ficou estranha. Eu tentava entender, mas tudo ficava embaralhado, parecia samba de crioulo doido. Em suma: não entendia nada! Foi aí que comecei a achar que a coisa estava desandando.

E o Calendário?

Bom, para mim o Calendário é ainda um grande legado para quem quer se conscientizar da importância do nosso corpo para nós. Uma importância que não é simplesmente médica ou estética, mas funcionalmente espiritual. Saber que cada parte de nosso corpo é um portal de comunicação com níveis espirituais e de aprimoramento da nossa experiência terrestre, faz com que olhemos para nós mesmos como máquinas muito maravilhosas. Saber que ao olhar para outro ser humano estamos olhando para nós mesmos numa outra experiência, numa experiência paralela a nós, mas com a qual interagimos a todo momento, torna tudo muito interessante, mas, confesso, assustador. Saber que meu corpo é um ponto de comunicação entre a Terra e o Universo, é dar uma dimensão fantástica ao que nós somos e nos confere uma responsabilidade ainda maior sobre o que fazemos com nossas vidas e como olhamos a Terra e o Universo. Saber que tudo está interligado a ponto de nosso planeta ser parte de uma grande respiração cósmica, onde informações são enviadas sem parar sob as mais diversas formas, torna-nos ainda mais responsáveis por nosso futuro e pelo futuro do planeta.

Mas tudo isto que o Calendário me mostrou não é uma exclusividade dele, pois está espalhado por várias culturas. O grande apelo é que você vivenciava isto num único trabalho.

Vi muitas pessoas mudarem suas vidas e assumirem novas direções para si mesmas a partir do contato com o Calendário. Mais uma vez, não há exclusividade no Calendário, pois muitas doutrinas (religiosas ou não) fazem o mesmo, porém poucas doutrinas mostram que isto é fruto da consciência que você passa a ter da importância da tua vida para o planeta. O Calendário permitia a você ir além da responsabilidade ecológica, pois a ecologia é apenas uma parte das responsabilidades que você tem pelo planeta.

Com tudo isto e muito mais, eu diria, da minha mera visão pessoal do Calendário, que o mundo não acaba em 2012, mas até lá, deveríamos apenas começar a prestar mais atenção com o que fazemos com nossas próprias vidas e como podemos contribuir para que este planeta continue a ser o nosso lar independente das dificuldades pelas quais ele naturalmente passa de tempos em tempos.

Deveríamos nos preocupar menos em comprar mantimentos para guardarmos num hipotético estoque e sermos mais sinceros conosco e pararmos de ser vaquinhas de presépio que aceita tudo como sendo verdade e procurarmos entender, aprender, praticar e agir mais. Sejamos menos inertes esperando catástrofes e mais agentes mudando nossa mente e abrindo nossos corações para novas experiências.

Esta é a mensagem do Calendário, na minha visão pessoal. O resto é apenas roteiro para filme sensacionalista e visões religiosas baseadas no medo.

Inté!!!

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