"O anel" ou "A aliança"
O compromisso é, antes de tudo, um compromisso interior. Sem este comprometimento interior, torna-se difícil o comprometimento com o outro.
A carta de hoje pede o compromisso com o nosso interior para que possamos aceitar o outro com maior tranquilidade. Unir-se com alguém pensando que isto solucionará alguma coisa em nossa vida pode ser um engano muito sério. Se estamos ao lado de alguém para espantarmos a solidão, se estamos ao lado de alguém para fugirmos de outra pessoa, se estamos ao lado de alguém somente para que sirva como uma espécie de blindagem contra esta ou aquela situação que não intencionamos enfrentar sozinhos, por exemplo, pode ser a assinatura de nossa carta de escravidão eterna. Que ninguém seja perfeito e que ninguém consiga resolver todos os compromissos interiores, tudo bem, mas isto não é desculpa para não começarmos a fazer uma avaliação mais clara de tais compromissos. Em algum momento a solidão chega e nós teremos que encarar o nosso interior.
Há pessoas que não se incomodam com a solidão e fazem dela uma espécie de espaço criativo e, em geral, não estão sozinhas de fato. E há outras pessoas que vivem rodeadas por muita gente, mas não aguentam ficar um minuto sozinhas, porque percebem que alguma coisa não está ali.
Hoje é um bom dia para avaliarmos como está nosso interior: rico, pleno, estimulante, pronto para novas descobertas ou pobre, vazio de opções, pálido e irritante?
Bom dia!!
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