"O caixão"
Que tal mais uma meditação?
Enquanto se imagina andando por um local por onde não passa uma única pessoa, respire até sentir uma onda de relaxamento.
Neste momento deixe vir todas as vozes: compromissos, bons e maus momentos, exigências, xingamentos, elogios, promessas, pragas, medos, etc. Ao mesmo tempo, imagine que há um monte de túmulos abertos e, um a um, vá fechando cada um deles calmamente e, cada vez que for fechando, uma voz some. Pode ser que algumas vozes não consigam se calar e, provavelmente, estas são as questòes que realmente ainda precisamos resolver. Mas as outras, as que cessaram de falar, já não fazem mais parte de nossa vida atual.
É comum que cada um de nós alimente por tempo longo várias frases, pensamentos, sentimentos, etc. Em lugar de enterrarmos tudo isso, usamos para nos sentirmos para baixo ou como uma arma para ferir o outro ou como um chamariz para que pessoas que tenham o mesmo tipo de voz possam se juntar para continuar mantendo vivas velhas vozes.
A carta de hoje só chegou para começarmos a enterrar estas velhas vozes que teimam em ecoar por nossa vida, deformando nossas pretensões e nossos prazeres. Nem todas serão enterradas hoje, cada uma tem o seu tempo para que aprendamos a nos libertar delas, mas quanto menos vozes ecoarem dentro de nós, mais fácil fica para vivermos.
Bom dia!!!
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