Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via Telegram ou Skype. Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

19 março 2023

Plutão no signo de Aquário em 2023

Plutão 

no signo de

Aquário em 2023

Por Marco Antonio H. de Menezes

(texto extraído do e-book Astrologia em 2023 por Marco Menezes)


A última vez que Plutão entrou em Aquário foi em abril de 1777. Ou seja, a não ser que provem o contrário, não há ninguém vivo nos tempos atuais que tenha presenciado tal momento. Mas a história traz pistas do que a presença de Plutão em Aquário pode trazer para o mundo. Um ano antes foi redigida a Declaração da Independência dos Estados Unidos da América por Thomas Jefferson e nos meses seguintes foram muitas as batalhas para a conquista desta independência na prática. Entre 1789 e 1799 ocorreu a Revolução Francesa que representou o fim do Absolutismo na França e a criação da Primeira República da França e ascensão de Napoleão Bonaparte, além da anexação de territórios europeus ao da França. Poderíamos dizer que estes dois eventos marcaram radicalmente a geopolítica do mundo. O Brasil seria beneficiado por estes dois acontecimentos: com os movimentos que visavam a independência do Brasil e a vinda da corte portuguesa para o Brasil.

Por conta disto tudo, acredita-se que o trânsito de Plutão pelo signo de Aquário será revolucionário para a humanidade. Nós já estamos percebendo as fortes mudanças que o mundo tem sofrido desde 2020 para cá. De lá para cá, Plutão tem transitado nos últimos dez graus de Capricórnio, indo e vindo diversas vezes, deixando bem claro que os poderes vigentes não continuarão a ser como eles se apresentavam até aqui.

Em 1532 Plutão também começou a sua trajetória por Aquário e um ano antes Lisboa tinha sido abalada por um fortíssimo terremoto que levou a vida de mais de 30 mil pessoas, enquanto Henrique VIII declarou-se o chefe supremo da igreja inglesa, o cometa Halley apareceu nos céus e a Virgem de Guadalupe apareceu pela primeira vez e Francisco Pizarro começou a sua caminhada, em busca de ouro e prata, pelo Peru, dizimando o império Inca. Em 1534 a igreja inglesa separou-se da católica e assim permaneceria (com algumas idas e vindas!). O período de vigência de Plutão em Aquário foi marcado pela criação das Capitanias Hereditárias no Brasil e pela intensa influência da Igreja Católica na política Ocidental, nos mais diversos setores da sociedade, apesar da expansão do protestantismo.

Em todas as duas épocas a sociedade, a coletividade, o grupo e as ideologias foram altamente submetidos a grandes modificações. O entendimento do que definia as pessoas como seres coletivos foi alterado de maneira muito profunda. Com as Grandes Descobertas, o mundo expandiu, as trocas entre as pessoas passaram a ser desenvolvidas de uma maneira ainda mais ampla por meio da navegação pelos grandes mares. No período marcado pelas Grandes Revoluções, o conceito de sociedade e os padrões que regiam a sociedade e os seus meios de produção mudaram de maneira impactante.

Quando Plutão aparece em Aquário em 1777, os principais eventos do mundo Ocidental apresentam a marca do Iluminismo e da Maçonaria.

O mundo de 1532 era marcado pela conquista de novas terras, principalmente por Portugal, que conquistaria terras até a Ásia por meio das navegações marítimas.

O mundo de 1777 tinha como marca o fortalecimento gradual do pensamento científico e da Revolução Industrial iniciada na Grã–Bretanha por volta de 1760.

O mundo de hoje é marcado por uma incrível revolução tecnológica.

O mundo espacial é a mais nova fronteira que nós estamos explorando. Ao mesmo tempo, o ser humano está aproveitando todo o conhecimento científico obtido no século XX para explorar a miniaturização e o desenvolvimento das nanoestruturas e da nanotecnologia. Este é um período fascinante e perigoso pelo fato de o Homem estar perto de se fundir com a máquina.

O embrião para os próximos 20 anos da passagem de Plutão em Aquário traz marcas como: revolução tecnológica sem precedentes, exploração espacial, novas formas de organização do poder, novos conceitos econômicos e novas atividades profissionais. Há a possibilidade de a humanidade organizar-se de maneira diferente e exigir novos meios de interação social e política. Todos os modelos econômicos e políticos que estavam presentes até as vésperas de 2020 começaram a desabar e a perder o controle, justamente a partir daquela data, o que foi agravado pelos acontecimentos daquele ano, que paralisaram boa parte do mundo e obrigaram os governos e instituições a reorganizarem suas condutas e leis. Naquela época, Plutão estava começando a fazer uma poderosa conjunção envolvendo Saturno, Júpiter e Marte no final do signo de Capricórnio, o que apontava para uma significativa mudança das estruturas de poder e de comando do mundo, seja no nível econômico, social, político, moral, ético, filosófico e até legislativo.

Tudo o que sustentava a sociedade humana até 2020 ruiu de uma hora para a outra e de lá para cá estamos assistindo a movimentos de reorganização geopolítica, geosocial e geoeconômica. Este pode ser um período altamente repressivo, com leis e condutas, inclusive da própria população, que visam a censura, a repressão, o controle absoluto das condutas das pessoas, a invasão da privacidade e a perda de acesso aos meios de produção que favoreciam o crescimento pessoal sem a intervenção das instituições (privadas) que passam, agora, a regular tudo o que convém ou não para o bem-estar social.

Os avanços tecnológicos que poderão ser colocados em andamento nos próximos 20 anos tanto podem projetar a humanidade para fronteiras muito além da própria imaginação dela, proporcionando um bem-estar e um dinamismo muito positivo para todos, com o fim de certas barreiras e certas condutas que atrapalhavam a melhor interação entre os seres humanos, como também podem ser anos marcados pelo uso da tecnologia como forma de controlar a humanidade, trazendo a censura e a repressão como formas de impor regimes marcados pela total ausência de respeito pela individualidade e pela privacidade. Podemos ter um Admirável Mundo Novo ou Admirável Mundo Monstro, e a sociedade terá condições de decidir, pelo seu apoio ou não a certas iniciativas, pela prevalência de um destes dois mundos.

Plutão, assim que entrar em Aquário, ativará um ponto muito sensível dentro da mandala astrológica. E Plutão passará muitas vezes por este ponto até 2024. O ponto a que me refiro é o grau em que Saturno e Júpiter fizeram uma conjunção entre si, no final de 2020, inaugurando o ciclo de aproximadamente 200 anos de encontro dos dois planetas em signos do elemento Ar. Em outras palavras, Plutão dará um xeque-mate nas situações que foram desencadeadas pela conjunção Júpiter/Saturno em Aquário: fome, guerra, tensão entre grupos políticos e geopolíticos, fortes investimentos na área de exploração espacial, extraordinários avanços na área tecnológica e maior preocupação com o meio-ambiente. Não espero menos do que um abalo total das estruturas e leis que estavam sendo desenvolvidas até aqui, reforçando medidas repressivas e controladoras ou simplesmente forçando a revisão de tudo. As regras mudarão! Ou o fosso entre as pessoas tende a aumentar ou serão criadas pontes mais amigáveis entre as várias correntes ideológicas que por agora estão se desentendendo. Particularmente não vejo que as coisas evoluam imediatamente para o alívio e sim para a tensão e quando a tensão estiver no seu limite máximo, algo afrouxa tudo e a própria sociedade reorganiza suas pretensões e seus patamares e para isto Plutão terá 20 anos pela frente.

Entendam: Plutão em Aquário traz a voz do povo, mas pode ser a voz do povo livre ou a voz do povo manipulado.

Quando Plutão entrar em Aquário e até o período entre junho e julho de 2023 não apliquem dinheiro em algo instável, porque a tendência será a perda, a não ser que você seja um exímio conhecedor de mercado financeiro. Os aspectos que Plutão fará com Marte, com o Nodo Norte e com Júpiter serão ruins para a economia. Por um lado, apontarão para novas maneiras de lidar com o dinheiro, mas pelo outro representam a perda de grandes somas financeiras por parte de instituições e grupos ligados ao mercado. Repito: evitem manter o dinheiro em aplicações instáveis! Mesmo as pessoas que possuem grana em aplicações estáveis poderão ter sua cota de perda, mas estimo que seja bem menor do que daquelas que investem em aplicações de risco. É uma tendência! Esta instabilidade pode ser desencadeada por qualquer coisa que ocorra por aquela época ou até antes. Prestem atenção se começarem a perceber, através do noticiário, um movimento anormal do dinheiro em uma dada direção, porque isto pode ser um sinal claro de que algo está para acontecer. E isto já pode ter começado! Falcatruas, desvios de dinheiro, perdas colossais de ganho, afastamento de investidores, falência de grandes empresas, mudança abrupta do câmbio, notícia marcante que abala a confiança do mercado em um dado país ou em um dado negócio, podem ser indícios de que algo acontecerá como um efeito dominó. Não retiro a possibilidade de guerras, conflitos, confrontos civis de larga escala, queda de líderes governamentais, escândalos envolvendo pessoas proeminentes, doenças seguidas de medidas sanitárias rigorosas e até mesmo catástrofes naturais. No entanto, é uma tendência e é preferível se prevenir do que remediar! Se nada acontecer... Ufa! Que bom!

Embora Aquário seja um signo relacionado com grupos, coletividade, humanidade e movimentos sociais, não há como deixar de alertar que a passagem de Saturno e Júpiter por este signo acentuou ainda mais o distanciamento entre as pessoas. Isto começou a ficar evidente quando Júpiter, Saturno, Plutão e Marte ficaram juntos em Capricórnio em 2020. É bom frisar, que tudo realmente não começou ali, mas se acentuou a partir daquela fase. A distância entre as pessoas e entre as pessoas e o ambiente, principalmente nas grandes metrópoles foi ficando maior. As restrições sanitárias impostas, o medo de se contaminar, o aumento de serviços que distanciam as pessoas de lojas e comércio, o uso de máquinas de autoatendimento nas lojas, proliferação de serviços de entrega e a facilidade para criar eventos online que permitem maior participação e engajamento das pessoas são alguns dos exemplos de situações que criam um ambiente que facilita a distância entre as pessoas. A troca, a presença, o calor humano, a incerteza, o contato com as emoções começaram a ficar longe do que eram algum tempo atrás. As pessoas confiam mais na tela para conhecer o mundo, para conhecer pessoas, para trocar ideias, para expressar a vida. Mesmo quando as pessoas estão num ambiente que permita a interação, a tela está presente e o desvio da atenção é fácil de ser alcançado. Nada impede as pessoas de interagirem, mas há um esfriamento e uma distorção da realidade, gerando conceitos que não nascem do questionamento humano natural, mas do consenso tecnológico. Viramos uma sociedade de Zero ou Um, ou seja, ou é isto ou é aquilo, ou está comigo ou está contra, ou somos amigos ou somos inimigos, ou somos assim ou somos assado, ou é perfeito ou é imperfeito, ou é acima ou é abaixo e assim por diante. A vida, para além da tela, não é feita de fatos exatos, mas de interação, de criação, de questionamentos, de linhas não tão retas, de variáveis, de gradações, de alternativas, de percepções que mudam conforme o tempo passa. Nada na vida se aplica a todos a não ser o fato de todos nascerem e morrerem. O intervalo entre nascer e morrer faz com que as pessoas sejam indivíduos, ou seja, pessoas com características diferentes entre si, mas que se completam ao longo da vida. Quando criamos uma sociedade que só aceita os dois lados da moeda, nós alijamos (ou diminuímos muito) a possibilidade de evoluirmos, de desenvolvermos novos caminhos, de sermos pioneiros, de criarmos novas etapas, de ampliarmos nosso entendimento de quem somos. Criamos um mundo apático, frio, isolado, consumista, crítico demais, repressivo, reprimido, totalitarista, ditatorial e monótono. Estamos caminhando a passos firmes para esta sociedade que parece unida, mas está apenas diminuindo para si mesma as probabilidades de abrir novas frentes. Plutão em Aquário pode reforçar ainda mais esta frieza e este distanciamento até o ponto que nos faça perceber se isto é ou não adequado para nós. Podemos gerar um mundo tecnológico incrível, mas com a sociedade sendo tratada como máquinas frias, sem condições de decidir, sem liberdade de expressão, sem motivação para questionar. E isto pode ficar ainda mais estranho se continuarmos na direção de forçar a fusão do humano com a Inteligência Artificial (ou IA), com os implantes que visam “aprimorar” o humano e “humanizar” a máquina. Muito cuidado! Podemos estar assinando a morte do que nos define como humanos e o nascimento do que nos definirá como meros zumbis.

Plutão rege as sombras e o que está escondido e invisível, portanto é importante sabermos reconhecer que algo sombrio pode se abrigar por baixo das maravilhas tecnológicas apresentadas ao mundo. A escolha é nossa! Por enquanto é nossa!

Mas até lá, espero que os pais das crianças que têm nascido desde 2019 para cá saibam indicar para os seus filhos uma visão mais humana e mais amorosa da vida, mas também questionadora e que favoreça o raciocínio e a confiança no seu potencial. Caso contrário, teremos gerações de crianças muito frias, com dificuldade de perceber a validade do contato, do prazer, do amor, das variáveis que a vida oferece.

Entendam que estou pintando um quadro baseado apenas na observação da sociedade que está vivendo a atualidade. Todos nós podemos mudar o quadro para melhor. Todos nós ainda temos a liberdade para expressarmos e construirmos um mundo mais humano. Plutão faz os tesouros virem à tona, inclusive os tesouros não materiais, ou seja, aquilo que valorizamos para além de um objeto físico. Em Aquário, ele pode fazer emergir tesouros que melhoram os valores humanos, sociais e ideológicos. Temos o queijo e a faca nas mãos!

 

 

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