"A Lua"
Não posso viver de ilusões e nem posso deixar que os meus medos iluminem meus caminhos.
Quanto mais longe eu levo minhas dificuldades, mais instável é o meu caminho.
Ao confiar na tênue luz da lua, eu sei que poderei errar o caminho, que deixarei de enxergar algumas coisas importantes para mim, que as sombras tomarão maior proporção.
O que fazer diante das incertezas?
Se amo, posso errar. Se ando, posso cair. Se falo, posso trair-me. Se me escondo, posso sumir.
Diante de toda incerteza que faz parte do mundo eu só tenho um jeito de viver: não me temer, não temer a minha sombra e nem a minha luz. Não posso deixar-me vencer pela fragilidade das aparências e preciso aprender a olhar para dentro de mim e me reconhecer como forte e como a fonte de toda a minha vida. Se busco vitórias, devo buscar o movimento, devo buscar a independência, devo reconhecer meus medos, meus erros e me rejubilar com minhas alegrias e minhas conquistas. Não é a fantasmas que minha vida pertence e sim a mim mesmo. Ela me foi concedida, com todas as suas emoções, com todas as suas imperfeições, com todos os seus presságios, com todos os seus riscos, com todos os seus sonhos. Se eu não me deixar seduzir pelo brilho da lua que carrego dentro de mim não poderei me amar e, muito menos, dedicar parte deste amor ao outro.
Sou uma lua em muitas faces e muitas fases, que desabrocho todos os dias com a certeza de que os riscos estào diante de mim e que a vida é um contínuo mundo a ser desvendado pelas minhas intuições.
Hoje é o dia para celebrar a vida, com todas as suas nuances.
Bom dia!!!
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