Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via Telegram ou Skype. Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

26 dezembro 2019

A Cruz


Carta cigana para o ano de 2020 no mundo.

"A cruz"

Por Marco Antonio H. de Menezes





O ano de 2019 foi marcado pela carta da Cegonha. Ali estava sendo gerado algo. O que alguém fez ou deixou de fazer gerou algo que começará a dar as suas caras a partir de 2020.

Um ano com a marca da Cruz pode não ser muito fácil para uma pessoa que conta com a sorte, porque o que conta aqui é a resistência da pessoa, a persistência numa direção, a força de vontade, o afinco e a resiliência.

Não é uma carta ruim, mas é uma carta que nos lembra do quanto é necessária dedicação a uma meta para obtermos os resultados esperados. A Cruz depende do que foi feito e pode ser que nos sintamos presos a uma postura ou a um critério ou a uma regra para que possamos ver o resultado final do nosso esforço. É preciso ser muito forte para carregá-la, mas algo nos diz que ela possui o peso e o tamanho certo que podemos suportar, ainda que reclamemos dela, ainda que achemos que algo está errado, ainda que queiramos desistir no meio do caminho, ainda que decidamos dar uma descansada para recuperar as forças, ainda que fiquemos perguntando, de tanto em tanto tempo, se já estamos perto do nosso objetivo ou se já chegamos lá.

Então, que caminhemos com muita perseverança e fé num ano da Cruz, pois o sucesso está intimamente ligado a isto. Não gastemos tempo depositando nossas energias em sonhos que não podemos alcançar ou para os quais não trabalhamos anteriormente para realizar. Não gastemos tempo reclamando disto ou daquilo se não aproveitamos os tempos anteriores para cuidar do que poderia ser útil para o momento atual. Não culpemos os outros pelo que nós mesmos fizemos ou deixamos de fazer. A caravana cigana segue pela trilha que o seu coração pedir para seguir e deve aceitar o destino que a aguarda, não importa se é bom ou ruim, porque ele é o resultado do que foi gerado anteriormente.

A Cruz recompensa quem decide, quem assume posições, quem luta por suas metas, quem persiste, quem entende o momento certo para mudar e o momento certo para aceitar o que não pode ser mudado. A Cruz faz com que encaremos o espelho e percebamos quem somos nós, sem retoques e sem truques, porque a criatividade não nasce daquilo que não somos, mas do potencial que habita dentro de cada um de nós. Se não temos potencial para aprender a tocar piano, não poderíamos esperar que nós fôssemos capazes de compor uma sinfonia para piano e orquestra que mudaria o curso da música para um novo patamar.

A Cruz move-se pela nossa vida fazendo uso das certezas, dos limites e das oportunidades que podemos alcançar. Não lutamos contra ela, nós construímos a partir dela. A Cruz permite a construção de uma vida, de um processo, de um projeto, de uma linha de desenvolvimento, de uma linha de raciocínio, de uma forma, de uma fundação, de uma estrutura e de tudo o que estiver ao nosso alcance.

A Cruz não evita apoios, não evita parcerias, não evita compartilhamentos, não evita elogios, não evita incentivos, não evita uniões, não evita casamentos, não evita separações, não evita desvios, não evita o fim de algo, porque a Cruz é somente o somatório de tudo aquilo que somos. A interação e a ajuda será sempre algo bom para entrar em nossa vida, principalmente num ano onde as coisas podem ser difíceis, onde nem tudo pode ser feito somente com o que temos nas mãos, num mundo onde ninguém é uma ilha o tempo todo. A nossa cruz pode ser útil para ajudarmos quem precisa de um incentivo para reconhecer a força e o poder da própria cruz.

E aí chegamos até a humanidade. A Cruz mostra que este pode ser um ano para a humanidade encarar suas escolhas como indivíduos e como coletividade. Será que saberemos suportar uns aos outros, ajudando cada outro a entender o potencial que possui? Será que suportaremos ver e viver o que escolhemos gerar para a coletividade e assumir as responsabilidades por isto? Será que saberemos viver num mundo em transformação a ponto de trazer a nossa contribuição para ele? Será que olharemos para o outro como alguém que também carrega uma cruz e que isto não é motivo para orgulhos exacerbados e nem para humilhações descabidas? Será que poderemos inspirar cada outro com otimismo, com perseverança, com responsabilidade, com boas vibrações, com humanidade ou preferiremos sobrecarregar a cruz de todos com preconceitos, com medos, com ameaças, com orgulhos desmedidos, com ostentações, com guerras, com abusos e com separatismos? Qual a cruz que a humanidade quer erguer: a que traga equilíbrio entre espírito e matéria ou a que transforma matéria e espírito num martírio para todos? Qual a cruz que traremos para este planeta: a da destruição, da ignorância e do apego ou a do cuidado, do respeito e da renovação positiva da vida?

Este é um momento extremamente poderoso, em termos de transformações, para a humanidade e é preciso que encaremos as dificuldades e as responsabilidades que temos para trazer a este planeta uma visão mais positiva e mais humanitária em lugar de acirrarmos ainda mais as diferenças. O sucesso da humanidade está em saber que está na hora de rever a forma como anda carregando a sua cruz e no impacto que isto tem trazido para todos. Cada um possui a sua cruz individual, mas muitos se deixam seduzir pelo estranho discurso de deixar que alguém assuma as responsabilidades individuais porque assim tudo vai ficar bem. A delegação de poderes pode não ser benéfica, porque deixamos de lado o nosso poder de decidir, de direcionar, de corrigir, de rever, de errar e acertar, consequentemente, deixamos de aprender, deixamos de exercitar e de reconhecer os nossos limites individuais e deixamos que nossa delegação de poderes sobrecarregue os ombros de quem nunca delegou os seus poderes.

A Cruz chega para nós, a humanidade, no ano de 2020 para que saibamos reconhecer qual é a nossa cruz e qual a que estão tentando impor sobre os nossos ombros. Quem faz uso da cruz para alimentar e fortalecer mazelas pessoais e quem faz uso da cruz para levantar o nível da humanidade? Quem faz uso da cruz para irradiar preconceitos e acirrar discórdias e diferenças e quem faz uso dela para reconhecer no outro um Ser Humano? Quem faz uso da cruz para comprar e vender a alma das pessoas e quem faz uso da cruz para fortalecer o reconhecimento e o perfeito e justo uso do poder pessoal em favor do planeta em que vivemos? Quem faz uso da cruz para sugar a energia das pessoas e quem faz uso da cruz para contribuir individualmente pelo crescimento de todos? Estas perguntas podem ser úteis para reconhecermos qual o melhor caminho a ser trilhado pelo nosso coração durante períodos convulsivos, pesados e cheios de desvios.

Quem sabe, depois de um ano como este, possamos olhar para a nossa cruz pessoal não como uma cruz, mas como uma luz, como uma dádiva, como uma inspiração, como aquilo que realmente somos e do qual nos alimentamos e com o qual nos sentimos muito bem. Quem sabe aprendamos a renascer como humanidade, saindo desta roda incessante de mazelas e desprezo pelo mundo em que vivemos e que é tão rico em potencialidades.

Arregacem as mangas, porque 2020 está chamando a todos para uma obra genial!!!

Estão prontos?!!




3 comentários:

  1. Vamos trabalhar bastante esse ano!!! 🙏🙏

    ResponderExcluir
  2. Muito bem escrito, amigo! Obrigada pelas dicas preciosas da carta da cruz para 2020!!beijos

    ResponderExcluir
  3. Mensagem de conteúdo profundo e esclarecedor pois muitas da vezes nos enganamos que tudo irá acontecer sem que nada precise ser feito...nada acontece ao acaso.

    ResponderExcluir