"A cigana" ou "A senhora" ou "A dama"
Me respeita, viu?!
Eu sou uma pessoa poderosa!
Eu faço e desfaço!!!
Eu sou a pessoa que manda no pedaço!!!
Não há quem deixe de me obedecer!!!
Se você está com crise de umbigo dilatado, aviso logo: péssimo dia para ficar com ele de fora!
A carta de hoje é uma espécie de tapa para acordar para a realidade: não somos donos de nada e de ninguém e não somos superiores a nada e a ninguém. Intuição, razão, sensibilidade, percepção, pensamento, raciocínio, intelecto e tantas outras palavras similares devem ser encaradas como dons, como coisas que precisamos administrar ao longo de uma vida. Não há desculpas para acharmos que nos comportaremos como simples seres superiores a qualquer coisa.
Estamos aqui para lidarmos com este mundo e desenvolvermos perspectivas cada vez mais aprimoradas sobre a vida e para isso devemos usar os nossos dons, pois eles são os gatilhos que ativam nossas experiências e permitem que cada um de nós interaja uns com os outros.
Por outro lado, não devemos abrir mão de nossos dons, achando que isso é pecaminoso, que isso vai contra a natureza, que isso poderá causar a destruição de algo ou alguém. Aprender a reconhecer e desenvolver os limites também faz parte de nossas experiências ao longo de uma vida.
Quando usamos os nossos dons nós nos tornamos instrumentos do universo, nos tornamos um ponto de conexão entre a nossa sabedoria pessoal e a dos outros e trocamos tais sabedorias em prol de uma sabedoria maior (e não confundam "maior" com "superior", pois aqui "maior" significa algo que é apenas "mais extenso"!).
Então, se você está usando tais dons pensando que assim vai intimidar alguém ou vai dar vazão a algum tipo de vingança ou acreditando que estará mais próximo de alguma divindade... talvez esteja cometendo um grave erro e fazendo um uso muito superficial dos dons.
Uma mulher passa e seduz a todos, mas ela não pensa nisto, pois é da natureza intrínseca dela, brota naturalmente de seu interior.
Bom dia!!!
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