"A torre"
É como entrar numa câmara muito antiga e descobrir segredos impressionantes sobre si mesmo.
A carta de hoje é um convite para a reflexão, a meditação e todas as formas de introspecção que vise nos ajudar a rever nossos rumos, nossas jornadas, nossas necessidades. E isto se torna importante quando precisamos aliviar de nossa vida algo que tem nos incomodado muito: o peso que damos ao outro em nossa vida. Por vezes damos tanta importância ao outro que agimos e pensamos de forma a nos anularmos e não chamarmos a atenção do outro. A torre nos faz entrar em contato com a nossa solidão, com os nossos temores, com a nossa face, com o nosso coração, com a nossa divindade interior e mesmo que achemos tudo isso doloroso, horrível, estranho: é preciso passar por isso.
Imagine você vivendo num planeta onde as pessoas nunca olharam para si e foram acumulando sentimentos e se anulando para viver conforme a maioria. Um lugar onde as pessoas ditam leis e mandamentos que são baseadas numa mentalidade de uniformização e cerceamento da liberdade. Se este planeta realmente existisse, as pessoas, em algum momento, entrariam em conflito, um conflito que começaria internamente e que acabaria explodindo na forma de violência descontrolada, perda total dos parâmetros e revolta contra os seus governantes. Seriam anos de conflitos e descontrole até que tudo começasse a fazer sentido para as pessoas deste planeta e uma nova postura perante a vida começaria a ter lugar neste local.
Entrar na torre é, mais ou menos, entrar nesta usina de conflitos, que somos cada um de nós, para podermos nos liberarmos do que nos incomoda e podermos cuidar com mais atenção daquilo que realmente importa para nós.
Hoje é um bom dia para começarmos a cuidar de nosso interior (e a dica começou ontem com os ramalhetes!).
Bom dia!!!
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