"O anel" ou "A aliança"
Perdi meu anel quando estava lavando as mãos.
Na hora que eu agitei as mãos para dar adeus, meu anel voou do meu dedo e nem sei para onde foi.
Eu tirei o anel para fazer um serviço e quando olhei de novo ele havia sumido.
A carta de hoje nos faz olhar para as renovações de alianças. Muitas alianças e confianças estão se desfazendo rapidamente e na mesma velocidade iniciam-se outras alianças e confianças. E este não é um fenômeno novo. O que muda aqui é que estas alianças não são apenas feitas entre pessoas, mas envolve grupos, entidades, comunidades. O mundo está mudando e nos obrigando a abraçar novas possibilidades e abandonar velhos conceitos. O mundo está sinalizando para nós, por vezes de maneira suave, por vezes de maneira estridente. Este pode ser um bom momento para abririmos a nossa mente para novos parâmetros de vida e fazer novas associações de ideias e de sentimentos. Há algo no ar que está contaminando a todos e está provocando um estado de contestação da ordem vigente. Isto está presente tanto na nossa vida cotidiana quanto na nossa vida social, espiritual, mental e emocional. Nossos interesses estão sendo minados por fissuras que mostram a verdadeira face daquilo ao qual estávamos aliados até pouco tempo. Nossa fé, até aqui inabalável, em certos conceitos de vida vai desmoronando e nós começamos a perceber que é hora de procurarmos novos patamares, novas percepções, novos alentos.
O mais doloroso de tudo isso é quando tentamos nos apegar, fervorosamente, aos antigos conceitos que estão caducando e quando nos aliamos a conceitos de conteúdo duvidoso e, interiormente, sabemos que estamos nos aliando a anéis frágeis, que em breve se quebrarão.
Não está na hora de pensarmos de maneira mais profunda sobre nossas alianças com a vida em geral? Não está na hora de percebermos se queremos este ou aquele modelo de vida? Ou será que preferiremos seguir a estrada que está sendo destruída?
A carta de hoje traz realmente uma mensagem que nos faz questionar não apenas para onde queremos ir como pessoas, mas como coletividade, afinal não estamos sós. Precisamos falar sobre a nossa realidade humana, pois este é um momento de renovações e redefinições de padrão.
Por quanto tempo continuaremos a pensar a curto prazo e visando apenas os nosso interesses particulares? Com que tipo de estrutura de vida a humanidade tem convivido este tempo todo e que não tem garantido nenhum futuro responsável para nós e para o mundo onde vivemos? Vamos continuar aliados a isto? E por quanto tempo?
Bom dia!!!
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