"A torre"
Quando cai a noite e estou ali do lado de fora, eu fico olhando as estrelas e me sinto relaxado. Fico imaginando como devem ser aqueles mundos que piscam diante dos meus olhos. Eu entro numa espécie de transe e fico viajando por aqueles mundos imaginários. Quando volto destas minhas viagens imaginárias eu me sinto mais relaxado.
A carta de hoje não está convidando ninguém para fazer viagens imaginárias, mas se alguém quiser ou já faz viagens deste tipo não há problemas. Mas a carta de hoje é um convite para que possamos realmente meditar e também uma advertência para todos aqueles que vivem com a cabeça longe da vida. Em outras palavras, não fujam da realidade, mas tentem compreendê-la, tentem olhá-la como algo que nos ajuda a desenvolver quem somos, o que podemos fazer, como podemos fazer.
A meditação é um belo caminho para que entremos em um estado que nos permita ver a vida por um outro prisma. E este outro olhar nos torna mais aptos a perceber como lidaremos com as nossas rotinas. Se não houver uma ligação entre o estado meditativo e a vida cotidiana, nos tornamos apenas meros fugitivos da realidade ou meros viciados em estados alterados.
A torre é um ponto de encontro imaginário entre o céu e a terra, mas ela também é uma passagem entre o céu e a terra. Se nós não utilizamos a energia que captamos dos níveis mais altos, nós começamos a emperrar tudo, como se destruíssemos a passagem entre o céu e a terra ou como se esquecêssemos de ligar a chave que conecta céu e terra. E tudo começa a ficar estranho! Talvez seja daí que surjam as doenças mentais e outras doenças mais.
A torre não precisa cair só porque acumulamos tanta energia no seu topo ou porque o nosso orgulho nos fez achar que somos tão poderosos que o restante não precisa de nossa ajuda.
A torre só precisa ser o tubo que une o céu e a terra, o tubo a partir do qual a energia renovadora se espalha ao nosso redor.
Bom dia!!!
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