"A torre"
A verdade dói?
Quando estamos numa situação privilegiada, numa situação que nos permite ver algo que nem todo mundo percebe, mas se percebessem ficariam perplexos, nós podemos ficar cheios de dedos para advertir os demais sobre a verdade que constatamos.
Cada um tem o seu julgamento sobre o que faria se soubesse a verdade sobre alguma coisa.
A carta de hoje fala tanto sobre o nosso poder de observação quanto da nossa própria filosofia de vida ou, mais precisamente, sobre como encaramos a verdade. O que fazemos diante da verdade? O que fazemos diante da verdade quando ela envolve outras pessoas? Nós nos calamos? Nós, mais do que calados, fazemos de conta que esquecemos? Ou usamos a verdade como um objeto de troca?
A torre chega mostrando que, por mais que queiramos o contrário, a verdade sempre vem à tona e, quanto mais tempo ela leva para vir à tona mais dolorosa ela pode ficar. Mas pior mesmo é evitar a verdade, evitar ver o que está sempre claramente diante de nós e de todos os outros, mas fazemos de conta que ninguém está vendo. Esta verdade que engolimos e encobrimos achando que ninguém a está percebendo é a mais dolorosa de todas. É como uma torre altíssima e resplandescente que todos fazem questão de ignorar até o dia em que ocorre algo que nos faz entender o quanto é preferível aceitar a presença da torre a continuar acreditando na sua inexistência.
Qual é a tua torre que precisa ser vista sem medo num dia como o de hoje?
Bom dia!!!
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