Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via Telegram ou Skype. Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

17 agosto 2022

Júpiter e o período entre 2019 e 2024. O Show das Poderosas - Episódio 6

 

Júpiter e o período entre 2019 e 2024.

O Show das Poderosas

Episódio 6

Agenda Jupiteriana 2 - Júpiter/Saturno

 


Por Marco Antonio H. de Menezes

Agenda jupiteriana 2 – Júpiter/Saturno

(21 de dezembro de 2020)

 

Um pouco desta conjunção tem escrito aqui e até em outros artigos meus (deixei link mais abaixo).

Bem, na madrugada do dia 22 de março de 2020, Saturno saiu de Capricórnio e entrou em Aquário. Os dois signos são regidos por Saturno. Em primeiro de julho de 2020, por conta de seu movimento retrógrado, Saturno voltou para Capricórnio e aí permaneceu até o dia 17 de dezembro de 2020. E no dia 21 de dezembro de 2020 Júpiter fez conjunção exata com Saturno.

O fato de Saturno ter iniciado sua viagem duas vezes pelo signo de Aquário e antes de Júpiter nos permite ver que a energia saturnina prevalecerá sobre a jupiteriana nesta fase de abertura dos 200 anos de conjunção entre os dois ocorrendo em signos do elemento ar.

Com Saturno vem a restrição, a responsabilidade, a necessidade de construir algo, a contração e a noção clara dos nossos limites. Com Júpiter chega a expansão, o otimismo, o aprofundamento e a ausência dos limites. Eu já descrevi mais pormenorizado, em outra parte deste texto, as características dos dois planetas e não vou me alongar sobre isto.

Portanto, em primeiro lugar, as pessoas precisaram encarar as restrições, perceber quais são as suas responsabilidades e até que ponto tais responsabilidades têm ou não sido cumpridas, além de entenderem os seus limites, para só então começarem a procurar condições para expandir, melhorar cada etapa e cooperar para que algo novo seja construído, inclusive para além das fronteiras que antes tenham sido estabelecidas.

Já foi dito neste e em outros textos que Aquário é um signo fixo, portanto a sua energia é de um signo que costuma preservar, manter tudo o que já foi criado, mesmo que de maneira original. Aquário mantém uma visão aberta para tudo o que for fora do comum, que representar originalidade e que corresponda aos seus anseios de agir no mundo por meios pouco ortodoxos. Mas suas ideias já estão estabelecidas, seus princípios já estão dentro de si e eles não fogem do roteiro que já escreveram para si mesmos. Os aquarianos não ficam à vontade se alguém se coloca contra a sua maneira de agir, podendo considerar que quem não está com ele, com certeza está contra ele. Logicamente esta não é a única visão que podemos extrair do signo de Aquário, mas serve nalguma medida ao que virá a seguir.

Júpiter em conjunção com Saturno em Aquário pode significar um período que exige que arregacemos as mangas se queremos ver nossas ideias e nossos ideais tornarem-se realidade. Aqui não tem colher de chá e tudo pode parecer difícil inicialmente, com mais obstáculos e retrocessos do que com avanços e vitórias, principalmente porque Saturno já estava fazendo conjunção (mas não exata!) com Júpiter em Capricórnio. Capricórnio é um signo que gosta de ver as coisas maturarem no seu devido tempo, sem pressa para não estragar o que está sendo construído. Aquário quer acelerar, mas precisa entender que o desmonte que ocorreu quando Júpiter, Plutão e Saturno (e mais Marte no início de 2020) ficaram fazendo conjunções exatas e nem tão exatas, mas muito próximas em Capricórnio, deixou uma marca forte de colapso, de destruição de conceitos e de paradigmas. Mas depois de algum tempo tudo começa a mostrar a sua cara, as bandeiras levantadas começam a tremular e a sinalizar para que lado penderão as coisas.

Esta conjunção favorece o encontro com um ritmo adequado que permite tanto os avanços quanto os retrocessos, tanto uma fase de crescimento quanto outra de contração, tanto uma fase de desapego e de abertura para novos horizontes, quanto o apego momentâneo a velhas formas de atuar. Este vai e vem, esta oscilação é necessária para que as pessoas se conscientizem de seus limites, de tudo aquilo que já deu o que tinha que dar e precisa ir embora, de tudo aquilo que passou dos limites e que precisa baixar a bola. Os exageros podem ocorrer quando não colocamos o devido freio. O dinheiro pode ir embora porque não estipulamos até onde os gastos são aceitáveis. A escassez pode ocorrer porque não nos precavemos para os momentos difíceis. A fome pode ser certa porque não controlamos os estoques adequadamente ou fomos negligentes no cuidado do plantio ou fomos pegos de surpresa por uma situação que colocou em risco nossa produção.

Então esta é uma fase muito boa para aprendermos a lidar com regras, disciplina, organização, leis, planejamento, ambição, responsabilidade e entender que é sempre bom estruturar cada fase, ter cuidado com cada etapa que estamos construindo. A afobação não leva a qualquer lugar e ainda coloca em risco o nosso equilíbrio entre saídas e entradas, crédito e débito, cautela e otimismo, expansão e contração, maturação e renovação. Cada etapa do otimismo e da expansão jupiteriana precisa do lado ponderado e estruturador de Saturno. Cada responsabilidade e seriedade saturnina precisa de um pouco mais de jovialidade, de humor e do otimismo jupiteriano.

O mundo pode respirar um ar mais otimista, triunfante e que ressalta uma fase de boa maré, mas repentinamente tudo fica estagnado, sem rumo, trazendo pouca sorte ou simplesmente arrasando todas as esperanças e apostas e investimentos. Porém nada chega com pompas e circunstâncias, tudo chega de rompante: o mundo está comemorando uma conquista e logo a seguir ocorre um evento que traz amargura a todos ou todo mundo está lamentando um fato e repentinamente surge uma notícia que muda e eleva as esperanças e a confiança. Não há um caminho do meio: há apenas oscilações brutas e quase sem sentido. E nem sempre os avanços são compensadores para as retrações, ou seja, no fundo, pouco ou nada fica destas oscilações, porque na verdade não é uma conjunção fácil de lidar uma vez que ela está juntando duas energias extremamente opostas e que são poderosas e que nem sempre conseguimos controlar. Ganha quem aposta antes na possibilidade de construir algo que permita atravessar estas fases com um pouco mais de controle e que aprendeu que a moderação pode ser a arma perfeita tanto para os momentos de euforia quanto para os momentos de melancolia. A grande lição é aprender que esta fase é para aprendermos que nada é permanente e que tudo o que antes parecia cômodo, perene, estável e fácil de administrar não será mais assim. As zonas de conforto não funcionarão tão bem por aqui.

O lado bom destas oscilações em Aquário e em signos de ar é que as ideias, os contatos e as inspirações podem ser aceleradas e podem forçar que aprendamos a abrir nossas mentes para níveis mais dinâmicos da vida. Se deixarmos de lado o medo de enfrentar as novidades e se entendermos que a cada esquina que viramos podemos ser testados para nos adaptarmos a um novo modelo, esta pode ser uma fase de crescimento, apesar dos percalços, apesar das caras na porta e apesar das perdas repentinas. Quem aprende a ver oportunidade numa fase cheia de oscilação e sabe que adaptação é a palavra certa, não se deixará abater e nem se deixará encantar, mas agirá com segurança. Saberá que as moedas que estão valorizando demais hoje podem apenas estar sinalizando que em algum momento haverá uma queda brusca e que algo novo está começando a emergir. As tecnologias ficam mais obsoletas com maior facilidade e seus pontos fracos ficam mais evidentes em um curto espaço de tempo. É sempre bom aprender a se estruturar antes que uma ideia repentina traga uma avalanche de interesses para a qual não estamos preparados. As pessoas podem se estressar mais fácil, o dinheiro pode vir de fontes rápidas e que exigem maior dinamismo. O trabalho temporário torna-se mais atraente e é uma certeza de que não dá para depender por muito tempo somente de uma fonte de renda, precisando de algo que compense as saídas, mas é preciso estar preparado para o desgaste que isto causa no corpo e na mente.

A comunicação através de novas tecnologias pode ser uma excelente fonte de renda e pode revisar a forma de trabalho das pessoas. Novamente ressalto que a palavra perfeita para esta fase é “adaptação”. Quem estiver antenado sentirá os ventos da mudança nos mínimos movimentos e entenderá que não adianta lutar contra a maré, porque ela está sempre em movimento e é preciso aprender a tirar partido da percepção dos movimentos em lugar de reclamar deles. Se algo não está agradando como fazer com que aquilo se torne nosso aliado?

Não adianta fazer bico ou ficar de birra, porque mudanças não deixam de acontecer por conta de tais atitudes. É hora de aprender algo novo? É hora de buscar novas formas de ganhar um dinheiro? É hora de mudar a rotina de trabalho? É hora de procurar um grupo que esteja mais antenado com nossa mentalidade? É hora de levantar a bandeira por certas causas?

O mundo todo é convidado a avaliar se soube preparar-se para uma fase de oscilações. Será que as pessoas estão prontas para uma sociedade de desempregados em massa? Será que as novas condições de trabalho que estão sendo impostas e que não garantem permanência por tempo muito longo e com carteira assinada poderão bancar aquela obra, aquela faculdade, aquele carro, aquela dívida que fizemos anteriormente? Será que as reivindicações ideológicas levarão a um maior entendimento e melhor convívio entre as pessoas? Será que elas atendem aos anseios de igualdade, fraternidade e liberdade que tantos alardeiam ou é só mais uma bandeira passageira que logo será retirada do mastro principal em favor de outras mais lucrativas? Será que as novas tecnologias trarão bem-estar ou deixarão as pessoas escravas de sistemas e padrões robotizados, diminuindo a capacidade de raciocínio e o espírito crítico das pessoas? Será que as pessoas se sentirão à vontade para integrarem-se e interagirem mais ou ficarão submetidas a rotinas que cada vez mais isolam um do outro? As máquinas conseguirão substituir o aspecto humano ou farão com que o humano seja transformado numa máquina bioadaptada (ou como está em voga: transhumanizada)? Será que na mesa de um escritório há calor humano e sensibilidade suficientes para sentir até que ponto é bom desenvolver projetos num computador cada vez mais imersivo e realista, mas cada vez mais longe daquilo que realmente faz de cada um de nós seres únicos?

Júpiter/Saturno em Aquário abriu a porta para um mundo que pode dar grandes saltos tecnológicos e que traz maior visibilidade para discussões que visam criar um mundo mais sustentável e mais preocupado com a sua sobrevivência. Mas Aquário e Saturno são frios. Júpiter e Aquário só ouvem a si mesmos. Podemos estar à beira de uma sociedade perfeitamente insípida, inodora, insensível e invisível? Será que todos aceitarão ficar definitivamente afastados uns dos outros e só estarem juntos através de avatares? Afinal, quanto mais facilidade houve para as pessoas adquirirem celulares, mais dificuldade elas tiveram para desgrudar o olho da telinha e o mundo passou a ser apenas confiável se estiver na telinha. Quem perde e quem ganha? O que perdemos e o que ganhamos neste novo mundo que está emergindo? Há garantias de igualdade entre as pessoas? Será que seremos todos iguais, tão desiguais, mas com uns mais iguais do que os outros? A tecnologia visará o bem-estar de todos ou, como tudo o que ser humano construiu até aqui, visará o bem-estar de todos os que realmente tenham condições de desfrutar de certos níveis dela? A quem serve a tecnologia e os avanços que virão?

Júpiter/Saturno em Aquário pode ter aberto a porta para que possamos discutir se o mundo que estamos vendo emergir atenderá a todos ou apenas a uma elite que construirá e usufruirá de tudo isto, enquanto a outra parcela (a maioria) continuará a ser uma mão de obra barata que ganha uma renda universal para não ter casa (a casa será concedida, mas terá que dividir com outros em diferentes turnos!) e terá comida sintética (assim os animais não serão abatidos e os vegetais não serão obtidos da natureza já que ela, a natureza, é a causa maior das doenças que todos temem contrair!) na sua mesa e terá disponíveis programas de assistência educacional e sanitária em acordo com suas posses mais básicas.

A conjunção Júpiter/Saturno em Aquário pode trazer novos movimentos artísticos e culturais para o mundo, novas formas de integrar as pessoas entre si, novas tendências, novas reivindicações, novos parâmetros de convivência e de bem-estar. Muitas bandeiras ideológicas podem ser levantadas e novos grupos de luta podem surgir em meio a um mundo que deseja ver-se melhor representado nas diversas áreas de atuação política, social, cultural e educacional. Mas também traz o controle de massas, o controle do dinheiro, o controle dos conceitos e daquilo que pode ou não ser discutido pelas pessoas. A censura poderá ser considerada uma coisa normal para garantir as liberdades individuais, afinal sem censura a sociedade torna-se caótica, ingovernável e vulnerável aos mais diversos matizes ideológicos que tendem aos extremos. É claro que nunca acredito que a censura seja algo que o ser humano aceitará porque ele já aprendeu, a esta altura do campeonato, que a censura sempre se volta contra quem a aplaude. E também não acredito que a humanidade seja a favor de toda e qualquer tendência de controle uma vez que ela é contra o trabalho escravo, contra os países e sociedades que não respeitam as liberdades individuais, logo ela acha inaceitável que algum governo ou empresa cerceie a liberdade de pensar e de expressar, até porque isto é antidemocrático. Santas ironias, Batman! Ainda assim, nunca é demais lembrar que um representante do Fórum Econômico Mundial praticamente deixou claro em suas palavras que não conseguia dormir e conceber um mundo no qual ele não sabia quanto ganhava cada ser humano e o que cada ser humano fazia com o dinheiro ganho... Vai ver que é por causa disto que os bancos centrais de todo o mundo estão fazendo de tudo para implementar as moedas digitais, permitindo que todos saibam de onde sai e para onde vai cada mísero centavo digital. Júpiter/Saturno em Aquário sempre privilegia situações que envolvem as massas e as grandes instituições, tornando tudo comum a todos, principalmente aos que detém o poder.

A agenda Júpiter/Saturno em Aquário visa o domínio das massas ou domínio pelas massas, basta entender quem deve ocupar o trono e com que mentalidade. Será que preferiremos delegar as responsabilidades para os ombros de sabe-se lá quem ou alguma entidade sobrenatural de Almeida ou faremos uso da lógica para entendermos como podemos ser agentes da mudança em cada ato nosso, em cada questionamento, em cada busca que fazemos para aprimorar quem nós somos e podermos criar uma humanidade mais consciente de que a salvação não está num milagre tecnológico ou sobrenatural, mas no simples fato de estarmos presentes no aqui e agora e assumirmos que as mudanças são frutos diretos de nossas ações? Se nos recusamos a entender que a vida sempre nos convida a uma reflexão e a fazer uma mudança, viveremos sempre fazendo dela uma espécie de “má alguma coisa”, sempre diremos que o outro é culpado e que alguém nos salvará daquela culpa. O outro ocupa apenas o espaço que nós recusamos ocupar. O outro faz o que acredita ser melhor para si, mas está consciente da existência dos demais, mas ele já entendeu que os demais não querem assumir as responsabilidades, então ele chama para si as responsabilidades, controla tudo e fica com a melhor fatia do bolo. O outro pode dominar as massas e ocupar o trono não porque seja mau, mas porque entendeu que alguém não quer assumir nada e prefere assumir a vida desgastante que ele aprendeu a criar para quem não acredita que possa assumir responsabilidades maiores. Nós criamos monstros toda vez que não nos responsabilizamos pela nossa criatividade. Nós nos tornamos uma massa amorfa, acrítica e sem espírito de aventura toda vez que aceitamos que os outros são melhores do que nós ou superiores a nós. Quando a conjunção Júpiter/Saturno está em Aquário, ela pergunta até que ponto nós acreditamos na superioridade dos outros e até que ponto nós abrimos mão do nosso valor individual como fator a ser somado em favor do crescimento de todos. A quem nós servimos?

 Próximo episódio:

Júpiter e o período entre 2019 e 2024. O Show das Poderosas - Episódio 7  

 

Link para o artigo que escrevi sobre a conjunção Júpiter/Saturno em Aquário: 

Terra! Ame-a ou deixe-a ficar do jeito que está... Por sua conta e risco, tá?! 

 

Links para o artigo que escrevi sobre a entrada de Saturno em Aquário:

O salão dos medos/ilusões ou Barrados no Baile 

O salão dos medos/ilusões ou Barrados no Baile (2)  

 

 

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