Júpiter e o período entre 2019 e 2024.
O Show das Poderosas
Episódio 2
Década de 80...
(1a parte)
Por Marco Antonio H. de Menezes
Década de 80 do século 20...
Aqui eu vou marcar dois momentos que envolvem Júpiter, que é o planeta em foco deste artigo.
No signo de Libra (signo cardinal do elemento Ar) Júpiter faz três conjunções exatas com Saturno.
Mas peraí, não foi em 2020 que Júpiter e Saturno inauguraram uma fase de aproximadamente 200 anos de conjunções em signos do elemento Ar? Como ocorreu esta conjunção no signo de Ar na década de 80 do século 20?
Bom, a explicação é relativamente simples: Júpiter e Saturno costumam criar entre si ciclos de aproximadamente 800 anos. Estes ciclos se subdividem em quatro seções: 200 anos nos signos do elemento Fogo (Áries, Leão e Sagitário), 200 anos nos signos do elemento Terra (Touro, Virgem e Capricórnio), 200 anos nos signos do elemento Ar (Gêmeos, Libra e Aquário) e 200 anos nos signos do elemento Água (Câncer, Escorpião e Peixes), nesta ordem. No entanto, por conta da maneira que Júpiter e Saturno circulam na esfera celeste ocorre um fenômeno interessante que faz com que 40 anos antes da troca de elemento, a conjunção ocorra num signo do próximo elemento que receberá as conjunções. Foi o que aconteceu na década de 80 do século 20.
E é por conta do fenômeno relatado acima que eu olhei para a década de 80 do século 20.
O primeiro encontro entre Júpiter e Saturno ocorreu no dia 31 de dezembro de 1980.
O segundo encontro entre eles ocorreu no dia 04 de março de 1981, quando ambos estavam em movimento retrógrado.
O terceiro e último encontro ocorreu no dia 24 de julho de 1981, com ambos em movimento direto.
Todos estes encontros ocorreram no signo de Libra.
Bem, exatamente no início da década de 80 veio à tona a AIDS ou SIDA, que infernizou a vida dos homossexuais e dos usuários de drogas injetáveis, no entanto constatou-se que ela não era uma doença que afetava exclusivamente o grupo relatado anteriormente. Na verdade, a primeira vítima da AIDS foi uma pesquisadora que estava investigando a incidência de Ebola na África. A pesquisadora dinamarquesa morreria em 12 de dezembro de 1977 com sintomas considerados anômalos para a idade e para a condição física dela. Eu me lembro de que ainda na década de 70 um astrólogo brasileiro (Antonio Facciollo Neto), no programa da apresentadora Xênia Bier na então Rede Bandeirantes havia advertido que uma configuração do mapa muito parecida com a da Peste Negra estava acontecendo naquele período e ele achava que algo da mesma magnitude atingiria a humanidade. E se a gente fizer uma pesquisa rápida, podemos ver que existe um poema de um astrônomo (sim, astrônomo!) belga chamado Simon de Covino ou Couvin. O poema se chamava “Sobre o julgamento do Sol em uma festa de Saturno”, no qual ele atribuía a doença da Peste Negra (ou Morte Negra, como era chamada na época) à conjunção de Júpiter com Saturno. A conjunção a que ele se refere é a de 24 de março de 1345 no signo de Aquário (signo fixo do elemento Ar). Mas esta havia sido o que alguns pesquisadores consideram a segunda onda da Peste Negra. A primeira ocorreu em 541 e 10 anos antes Júpiter e Saturno haviam feito uma conjunção exata no signo de Gêmeos (signo Mutável do elemento Ar). A terceira onda da Peste Negra ocorreu em 1894. Em 1881 Júpiter e Saturno fizeram uma conjunção exata no signo de Touro (Fixo e do elemento Terra). Chamou a minha atenção, neste caso, o fato de no mesmo signo de Touro encontrarmos Netuno e Plutão. Uau!
A praga de 1345 voltaria a ocorrer na Inglaterra de maneira desastrosa entre 1665 e 1666 e terminaria com o grande incêndio de Londres. Aqui é preciso chamar a atenção para a conjunção entre Júpiter e Saturno ocorrendo em Sagitário (signo Mutável e do elemento Fogo) em 1663. Ahh! Urano em Aquário e Plutão em Gêmeos. Ar e Fogo em evidência!
Para saber mais sobre estas ondas disponibilizarei um artigo médico que considerei muito informativo.
Toda esta viagem pela Peste Negra só para falar que a AIDS ou SIDA estava sendo esperada como algo muito forte e que afetaria boa parte da humanidade. Não só a conjunção entre Júpiter e Saturno ocorreu em Libra, na década de 80. Nós tivemos a presença de Plutão em Libra.
Mas a década de 80 não seria marcada apenas por isto. Foi a década que marcou claramente o final da Guerra Fria, os últimos momentos da então União Soviética, o lançamento do projeto apelidado de Guerra nas Estrelas pelo então presidente dos EUA Ronald Reagan e a queda do muro de Berlim.
Marcou também a ascensão e queda da Dama de Ferro, a primeira-ministra do Reino Unido Margareth Thatcher. A primeira mulher a exercer o cargo de primeiro-ministro e a que mais longe permaneceu no cargo até então. Foi marcada por controvérsias em suas decisões que levaram o desespero e a alegria ao povo do Reino Unido, por um lado desarticulou sindicatos e privatizou as estatais e pelo outro deu algum alento com a campanha das Malvinas e com a recuperação econômica do Reino Unido. Reinou absoluta entre 1979 e 1990.
Outra figura proeminente desta época foi Mikhail Gorbatchov ou Gorbachev, que esteve à frente da então União Soviética entre 1988 e 1991. Com ele os laços entre Ocidente e União Soviética estreitaram-se e a União Soviética foi desmanchada, bem como a Guerra Fria chegou ao fim. Suas políticas trouxeram descontentamento dentro de uma União Soviética cada vez mais economicamente enfraquecida (o que só piorou com a guerra no Afeganistão e o desastre nuclear em Chernobyl/Tchernobil, que ocorreram antes do mandato de Gorbatchov).
No Brasil nós tivemos o fim período militar, a campanha pelas Diretas, as primeiras eleições diretas e a promulgação da Constituição de 1988.
Ainda no Brasil e citando, mais uma vez, o astrólogo Antonio Facciollo Neto, eu me lembro que em programas posteriores da Xênia Bier na mesma Rede Bandeirantes, ele advertia que o Brasil poderia ter uma reincidência de doenças que eram consideradas erradicadas ou controladas no país e ele advertia, também, os órgãos sanitários da época para cuidarem melhor dos portos e das fronteiras brasileiras, porque havia a possibilidade de ser por aí que as doenças ocorreriam. No início da década de 80 nós tivemos o retorno da dengue e no início da década de 90 tivemos a volta do cólera (que afetou principalmente as regiões Norte e Nordeste do Brasil).
E temos o início daquela que foi chamada de geração Yuppie. Alguns atribuem ao período Reagan/Thatcher o fortalecimento desta geração que sempre endereçou seus esforços a uma vida voltada para o consumo de bens cada vez mais caros, a busca por altos cargos com ganhos igualmente altos, o interesse por marcas e estilos de vida que representassem o seu alto status. Eram considerados conservadores e muito pouco preocupados com causas sociais. Alguns livros e filmes tentaram retratar as características desta geração: A Fogueira das Vaidades (de Tom Wolfe), Wall Street (com Michael Douglas e Charlie Sheen), Clube da Luta (Edward Norton e Brad Pitt), Psicopata Americano (de Bret Easton Ellis e interpretado no cinema por Christian Bale) e o Lobo de Wall Street (com Leonardo DiCaprio).
A China, com Deng Xiaoping (que nunca foi presidente da China, mas foi Chefe do Comitê Central do Partido Comunista entre 1978 e 1990), abriu-se economicamente para o mundo. É creditado ao período em que Deng Xiaoping esteve à frente das muitas políticas de reestruturação da China, a transformação dela na potência que se tornou nos dias atuais.
E foi na década de 80 que se destacaram quatro países asiáticos, depois de profundas reformas e investimentos internos desde a década de 60: Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Singapura. Eles foram apelidados de Os Quatro Tigres Asiáticos ou simplesmente Tigres Asiáticos. Hong Kong e Singapura tornaram-se grandes centros financeiros internacionais e Taiwan e Coréia do Sul tornaram-se líderes destacados na área de fabricação de componentes e dispositivos eletrônicos.
Para muitas pessoas dos dias de hoje e que viveram a década de 80, aquela é considerada a última grande década da música Pop (new wave, Michael Jackson, Madonna, A-Há, The Police, Enigma, Duran Duran, Pet Shop Boys, heavy metal com suas várias vertentes, o início da MTV, música eletrônica, rock brasileiro e muito, mas muito mais gente e movimentos musicais que só numa pesquisa mais acurada daria para encher páginas e páginas...) e também uma década marcada por muito glamour na moda e por filmes que marcaram época.
E foi no final da década de 80 que aconteceu o fenômeno mais interessante para o mundo moderno.
No dia 09 de novembro de 1989, depois de uma coletiva de imprensa com a presença do líder do partido Socialista da Alemanha em Berlim Oriental e porta-voz principal do governo que ocorreu naquela mesma noite, tudo se desenvolveu com muita rapidez e em menos de cinco horas um tumulto formou-se tanto do lado Oriental quanto do lado Ocidental do Muro de Berlim, que levou não só à abertura dos portões que separavam os dois lados de Berlim, quanto levou o povo a desmantelar o muro. Era o fim físico de uma era de separações e de isolamento. O mundo inteiro assistiu ao fim de uma história que se iniciou um pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Um período que foi marcado por muito sofrimento, perseguições, traumas e politicagens e espionagens dos dois lados (Ocidente e Oriente). Em 22 de novembro de 1989, o Portão de Brandemburgo, localizado no Muro de Berlim, abriu-se para o primeiro-ministro da Alemanha Ocidental ser recebido pelo primeiro-ministro da Alemanha Oriental. O Muro foi definitivamente posto abaixo (exceto certos trechos que foram preservados como uma espécie de memorial) em 1991. As Alemanhas foram reunificadas oficialmente em 03 de outubro de 1990.
Agora que relatamos o lado histórico, que tal olharmos para o lado astrológico da situação?
Júpiter e o período entre 2019 e 2024. O Show das Poderosas - Episódio 3
Links:
a)
The History of Plague – Part 1. The Three Great Pandemics
b)
HISTÓRICO DOS CASOS DE DENGUE A PARTIR DA DÉCADA DE 1980 NA CIDADE DE GOIÂNIA
c)
A PANDEMIA ESQUECIDA. A CÓLERA NO BRASIL
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