Sobre Marco Menezes

Trabalho, basicamente, com Tarot, Reiki, Numerologia e Astrologia. Sou formado em Farmácia pela UFRJ e lido com óleos essenciais, participei de workshops de florais com os principais co-criadores. Atualmente atendo somente online: via Telegram ou Skype. Este blog é apenas uma maneira de ver o mundo que nos cerca, com todas as nuances que for possível vê-lo. Sinta-se à vontade, mas respeite o espaço! ;)

13 agosto 2022

Júpiter e o período entre 2019 e 2024. O Show das Poderosas - Episódio 4

Júpiter e o período entre 2019 e 2024.

O Show das Poderosas 

Episódio 4

Uma comédia sobre o nada

 


Por Marco Antonio H. de Menezes

 Júpiter e sua trajetória entre Capricórnio e Touro... ou quando voltamos para o início de 2000...

Comecemos pelo final!

No ano 2000 (poucos minutos depois das 13 horas da tarde, horário de Brasília, do dia 28 de maio), Júpiter e Saturno fizeram uma conjunção exata no signo de Touro. Saturno rege Capricórnio. Capricórnio é o signo que está marcando o início do ciclo atual de conjunções exatas entre Júpiter e todos os planetas lentos, sendo que Touro marca o fim deste ciclo de conjunções jupiterianas. Logo, a conjunção no ano 2000 seria uma espécie de síntese e antevisão do que nos aguardava...

Todas as questões que envolvem as pandemias atuais (as diversas gripes), guerras, destruição, queda de governos, revoluções populares, vieram à tona a partir deste período e ficaram mais intensas nos 10 anos que antecederam a nova conjunção entre Júpiter e Saturno que ocorreria em Aquário. Pesquisem e vejam!

A imagem que passamos a ter é a de fechamento de balanço de uma empresa, todo mundo desesperado para ver se dá para fechar com lucro, mas não deu ou se deu foi com artifícios e maquiagens pouco confiáveis que em algum momento se revelarão ineficazes. Ou seja, o cobertor ficou pequeno para o rombo. Tudo ficou reduzido, até mesmo a imaginação. As músicas ficaram pasteurizadas, os filmes ficaram praticamente com o mesmo formato, os discursos ficaram centrados numa mesma arenga e os problemas continuam sendo cada vez mais complicados. Nas telas de cinema ou na vida real parecia que estávamos só vendo versões atualizadas e requentadas de antigos sucessos, com raríssimas exceções. As novidades ficaram no reino da digitalização, no reino da tecnologia. A tecnologia virou o santo remédio que vai salvar o futuro de uma humanidade quase estéril. Depois de uma década de 80 recheada de possibilidades, temos um ano 2000 e a década de 20 do século XXI reduzidos a uma grande rede social que promete ser um reality show com avatares que nunca morrem, mas também não sabem o que é vida real. Os avatares lutarão pela preservação de um mundo que não conhecem e não tocam e deporão governos que nunca foram sequer apresentados de fato ao povo que governam. Gastarão um dinheiro que não existe com coisas que nada representam, porque a digitalização facilitará tudo, até mesmo o controle de tudo o que a pessoa faz, come, diz, defende e se arrepende. Um mundo recheado de emoções criadas por games e por guerras contra inimigos que não existem contra quem todos se levantarão e cancelarão para ver quem ganha mais curtidas. Um mundo com 8 bilhões de fantasmas falando para o nada e aprisionados pelo medo de ficarem doentes... Um mundo sem alma! Curtiu? Deixa um like para aumentar a audiência dos fantasmas que não se entendem nem mesmo sobre sexo!

Em suma, estamos caminhando para um mundo artificial, mas com todas as emoções do mundo real. Evoluímos tanto para, no final detestarmos nossos corpos, detestarmos o outro, detestarmos o nosso planeta, detestarmos a existência de nossa espiritualidade, mas ainda assim comercializamos tudo...

Vivemos num mundo onde continuamente ecoam vozes que apregoam a próxima catástrofe como se isto fosse o episódio de alguma série. Vivemos num mundo onde é melhor você se arrepender, mesmo que nem saiba por qual motivo, antes que a Luz apareça na sala mais próxima de sua casa alugada e o arrebate para um planeta que já vem previamente fabricado em acordo com o seu score espiritual. Vivemos num mundo de mentira, onde o mentiroso é o primeiro a acusar o outro pela mentira mal contada. Vivemos num mundo feito para criar ícones e fama instantânea (“no futuro, todo mundo será famoso durante quinze minutos”, diria o leonino Andy Warhol, falecido justo na década de 80), que vivem de achismos, de falta de conhecimento e de sabedoria, mas que ganham dinheiro, porque ter algum trocado ainda é necessário. Vivemos num mundo vazio de sentido, que gera pessoas vazias. Vivemos num mundo à beira de um caos, ou, se preferir, que virou um caos. Cada um que tente sobreviver por sua conta e risco! Achou a descrição deste parágrafo muito ácida, amarga, desagradável? É, talvez eu tenha exagerado, mas ainda assim vou torcer para ser somente um exagero da minha parte. Bem vindo à pequena loja de horrores, digo, de brinquedos bizarros.

Agora, vai me dizer que você não acha estranho viver num planeta que a cada dia fazem de tudo para as pessoas não se tocarem, não trocarem suas emoções, não viverem a realidade como ela é? Tá! Talvez eu esteja exagerando mais uma vez, mas parece que este mundo está cada vez mais tomando a forma relatada anteriormente nas grandes cidades, nos grandes centros urbanos, nos locais mais badalados. Ao mesmo tempo o inconformismo está tomando forma nos mesmos lugares.

Tudo isto invade as redes sociais, o local que parece ter se inspirado no nome da maravilhosa (pelo menos eu acho maravilhosa) série Seinfeld: uma comédia sobre o nada. Vamos aos chavões básicos sobre a internet: ela, se bem usada, pode ser uma ferramenta maravilhosa, mas se mal usada, torna-se um lugar que cria fantasias as mais loucas sobre tudo e sobre todos. A internet, como um instrumento de comunicação e de globalização nasce sob a forte conjunção entre Júpiter e Saturno em Libra e se consolida sob a não menos forte conjunção entre Júpiter e Saturno em Touro. A internet começou a ser vista como uma mina de ouro, um lugar para ganhar muito dinheiro, para elevar ao estrelato qualquer pessoa em questão de minutos ou de likes. Touro, dinheiro, troca, negócios...tudo está relacionado. Os programas que eram criados para facilitar a troca de informações, o entretenimento das pessoas, tornam-se oportunidades para empreender, para atrair novos clientes, para incrementar os negócios, para pesquisar melhor o perfil dos clientes, para entender os hábitos dos clientes e... dos seres humanos, em geral. Aos poucos descortinou-se uma maneira relativamente fácil, segura, contemplativa, estável e quase imperceptível de se saber mais sobre uma pessoa do que os seus mais curiosos vizinhos ou o melhor investigador ou espião. Por trás de inocentes imagens, comandos, joguinhos, bate-papos e de comentários estava sendo dada forma e força para aquilo que conheceríamos como algoritmo. As pesquisas de opinião não chegam nem aos pés do que o estudo de um algoritmo pode fazer em termos de concessão de informações acuradas sobre uma pessoa e sua vida: onde mora, com quem vive, quais hábitos possui, com quem sai, o que costuma comprar, quais as cores favoritas, quais as opiniões formadas, o que ama e o que detesta, nome dos amantes, nome dos animais de criação, médicos, dentistas, contadores, fetiches, medos, fobias, desejos, o que come, como dormiu na noite passada, como foi a briga... Enfim, tudo o que é comentado e feito na rede/internet transforma-se em dados sobre a pessoa, um dado muito íntimo. Dados que podem ser usados para direcionar as escolhas das pessoas e seus comportamentos, além de alimentar aquela que está se tornando uma das grandes fronteiras maravilhosas do mundo tecnológico: Inteligência Artificial (ou IA para os íntimos). A IA promete ser a coqueluche dos próximos anos e aquilo que revolucionará toda a nossa forma de viver, pois ela é fruto da integração entre tecnologia e biologia no seu maior requinte. Graças a IA nós teremos animais mais eficientes, humanos totalmente integrados ao sistema computacional, tudo e todos interligados e formando uma grande rede bioneurotecnológica que permitirá a todos saber e controlar tudo... e a todos. Nós seremos imortais, viveremos uma vida muito melhor, com direitos claros e regrados em acordo com algoritmos que levam em conta o bem-estar de todos. Todos os nossos medos e todas as nossas doenças ficarão no passado, pois seremos muito melhores e viveremos num mundo melhor, com alimentos muito melhores e feitos em laboratórios. Como podem ver este maravilhoso mundo que está se levantando é fruto da evolução de tudo aquilo que estava como um embrião na conjunção Júpiter/Saturno em Libra e desabrochou na conjunção Júpiter/Saturno em Touro e agora está prestes a tomar sua forma mais dinâmica a partir da conjunção Júpiter/Saturno em Aquário.

O mundo poderá parecer-se com páginas de livros como 1984, Admirável Mundo Novo e outros tantos livros de ficção ou até mesmo mais sombrio ou mais brilhante. Tudo dependerá de como nós gostaremos de desenvolver tudo isto, porque eu sempre considero o fator humano como a variável perfeita. Ainda que eu acredite que a humanidade poderia ter dado passos muito maiores e melhores pelo seu bem-estar e que ela tenha cedido/delegado muito da sua liberdade de escolha a um pequeno grupo de seres (sabe-se lá por quais motivos e sob quais alegações!), há sempre pessoas que se levantam e não se sentem convencidas pelo discurso dominante e cativante que sempre é lançado. Há sempre alguém que foge do padrão imposto, porque percebe que para cada regra pode haver exceções, pode haver variáveis, porque ainda que possamos acreditar que todo ser humano (assim como tudo o que foi criado) venha de uma única fonte, isto não significa que cada ser humano (e tudo o que foi criado) não possa ter sua individualidade. Individualidade esta que deve ser respeitada, para o bem ou para o mal.

Escolhas são sempre bem-vindas em ambientes que valorizam a liberdade. Elas podem levar o mundo ao paraíso ou ao inferno, mas são escolhas e se originam da importância do reconhecimento da individualidade.

A pergunta que fica é: estamos respeitando a individualidade? Ou estamos vivendo num mundo que prefere a uniformidade? Estamos sabendo valorizar a liberdade ou estamos preferindo controlar? Estamos olhando para o futuro como um lugar que permite viver como seres humanos cada vez mais conscientes dos nossos dons e do quanto podemos expandir conscientemente ou estamos olhando para o futuro como acomodados que preferem viver num mundo que não nos ajuda a expandir a consciência? Continuaremos a nascer, viver e morrer para servir a quem? Continuaremos a ser totalmente ignorantes de nosso propósito de estar aqui? Nasceremos e viveremos para garantir o bem-estar de quem? Emprestaremos nossa consciência a quem? Nossa sabedoria estará restrita apenas a sermos máquinas mais eficientes? Acredito que por séculos, talvez milênios, outras pessoas tenham tido estas e até mais afiadas questões em suas mentes, porque a individualidade, até agora, não tem sido anulada frente à uniformidade.

Se, por um lado, eu acredito em Objetos Voadores Não-Identificados (OVNIs) ou em Objetos Submarinos Não-Identificados (OSNIs) ou em civilizações de outros mundos/dimensões/ esferas espirituais atuando em conjunto conosco, pelo outro, não consigo pensar que nós não saibamos pensar e viver por nós mesmos. Eu acredito que nós não estamos aqui na Terra como seres descolados do restante do Universo. Eu acredito que estamos aqui na Terra como seres desmemoriados ou totalmente incapazes de perceber a nossa ligação com o restante do Universo. Eu acredito que somos seres que fazemos parte do Universo e que nossa atuação aqui é tão importante quanto a de qualquer outra coisa criada dentro deste Universo. Mas também creio que nós fomos educados a não acreditarmos que podemos ir além daquilo que é nossa vida a partir do momento que nascemos. Vivemos uma vida que é mais repleta de preocupações, medos, vacilos e desorganização do que uma vida para entendermos que tudo isto e mais as coisas maravilhosas que aqui encontramos são partes de um aprendizado para expandirmos a nossa consciência. Porém, parece que tudo isto serve exclusivamente ao propósito de ficarmos cada vez mais longe de nossa verdadeira consciência, de nossa verdadeira energia interior, de nossa individualidade, de nossa contribuição não só para este planeta como para todo o Universo. Por um momento, parece que vivemos dentro de uma redoma e achamos que somos o umbigo do mundo e que este mundo tem que nos servir e caber dentro de nossas ambições mais mesquinhas e frágeis. Perdemos o contato com a verdadeira onda de energia que é o fluxo de viver dentro do Universo. O Universo parece um lugar vazio, apesar do brilho de suas galáxias e estrelas e outros eventos. O Universo parece silencioso demais, apesar de produzir sons que nós não conseguimos perceber sem o auxílio de instrumentos específicos. Se raciocinarmos bem, tudo o que acontece ao nosso redor, cada fenômeno que presenciamos em nosso corpo, cada acontecimento que permeia a realidade terrestre é uma clara demonstração de que o Universo é mais rico e estimulante do que podemos pensar e que a única coisa que nos impede de desfrutarmos desta riqueza estimulante são as regras que são impostas e que nos fazem acreditar que somos limitados e que tudo ao nosso redor é limitado e sem um sentido claro, na verdade tudo vive sem conexão, sem relação. Talvez isto seja proposital, porque se reconhecermos a verdadeira frequência por trás de cada vibração como sendo algo que une a todos e que faz com que todos se reconheçam como parte de um Todo Maior, isto fará com que nos lembremos de quem realmente somos e de que podemos ir além das regras e controles que aceitamos. Isto será a revolução, isto será a verdadeira liberdade, isto será como sair da caixinha, isto será deixar de lado tudo o que convencionamos chamar de vida e viver algo muito maior. Será que a vida poderá ser assim tão revolucionária e estimulante? Mas será que precisamos destruir um mundo para percebermos tudo isto? Ou será que podemos fazer de cada dia uma forma de darmos um passo cada vez maior para a expansão da consciência? Mas como expandir a consciência? Talvez tudo comece aprendendo a questionar o mundo que nos rodeia, tudo o que nos convencem como sendo o certo, tudo o que fazem questão de transformar em mistério ou de rotular com os mais incríveis nomes somente para que não nos aproximemos da verdade que vibra em cada coisa na vida.

Eu não acredito em Era de Aquário como sendo um número exato que ocorre numa data exata, acredito, isto sim, que a Era de Aquário ou qualquer outra Era é iniciada e é finalizada quando a nossa consciência coletiva atinge uma determinada forma de aprendizado que nos leva a um novo salto. Se o salto nos leva a uma fase mais clara ou obscura, dependerá de como temos trabalhado e dos acordos que temos feito ao longo de nossas vidas e de nossas contribuições. E (pode parecer óbvio, porém é preciso esclarecer) eu só posso falar (e ainda assim, com muitas limitações) das Eras daqui da Terra, não podemos falar nada sobre outros mundos, porque nem sabemos se contam as Eras e se levam em conta as constelações, muito menos como são tais mundos e se há alguém por lá.

Escrevi tudo isto acima, para que possamos entender que as grandes conjunções, como as de Júpiter/Saturno, são oportunidades muito boas para agirmos em direção a algo melhor para o coletivo, mas que estas melhoras são delimitadas pelo tamanho da expansão que nossa consciência conseguiu obter durante cada fase. Se nós expandimos a nossa consciência para uma visão mais construtiva ou mais destrutiva, isto deverá influenciar na forma como usaremos as energias disponíveis a cada grande conjunção. As grandes conjunções são eventos que ocorrem naturalmente neste sistema solar, porém a capacidade para absorver a energia trazida por elas depende do aprendizado que tivemos até aquele momento em que se efetivaram as conjunções. Este aprendizado é o nosso filtro. Quanto mais limpo estiver o filtro, tanto maior será a capacidade dele para absorver o que importa e para liberar o que é possível. Geralmente, às vésperas de cada grande conjunção, começamos a sentir que o chão começa a tremer, que as paredes tornam-se mais frágeis e vulneráveis, que as certezas começam a perder sua segurança aparente, porque é chegada a hora de iniciarmos algo novo e precisamos desmontar o que não nos serve mais e também é um bom momento para fazermos um relatório vibracional do que realmente andamos fazendo durante o período anterior. Nós nos desprendemos da agenda anterior e começamos a nos preparar para a nova agenda. Este período pode ser confuso, conflituoso, doloroso, marcado por revisões desconfortáveis, assim como pode representar um período marcado pela sensação de dever cumprido. O ar fica saturado por todas estas energias que se desprendem, sem parar, de cada ser, até que tudo se reagrupa para vibrar em acordo com a nova agenda. 

Link para o próximo episódio:

Júpiter e o período entre 2019 e 2024. O Show das Poderosas - Episódio 5  

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