Carta cigana para o dia de hoje no mundo!
"A raposa"
A raposa possui os seus métodos para sobreviver, nunca a subestime.
Quando está em jogo a sobrevivência, nunca subestime as habilidades de
uma pessoa, pelo bem ou pelo mal, ela vai fazer o que for necessário
para garantir a sua presença, a sua importância, a sua vida, os seus
limites, os seus objetivos, as suas necessidades e as suas vontades. Ela
poderá jogar pesado, derrotando a todos com as informações que possui
(por exemplo) ou pode jogar mais leve, mostrando as suas melhores habilidades para se mostrar imprescindível.
Qual raposa você anda alimentando?
A que usa as piores armas para manter-se numa posição e que pode derrubar qualquer um a qualquer momento sem piscar os olhos?
A que aprende a lidar com as situações sem precisar pisar sobre os outros, mas sendo agressiva na defesa de seu território?
A que se mostra invisível perante os olhos da maioria e que, entretanto, sempre sabe o momento certo para agir?
A que fica observando para qual lado pende os humores para tirar proveito deles, independente de gostar ou não?
A que está sempre roubando as ideias e as opiniões dos outros?
A que não poupa esforços para trair a confiança de qualquer pessoa em qualquer que seja a situação?
A que se camufla para poder escapar dos mais predadores e dos mais agressivos, acreditando que isto a magoará menos?
A que se faz de vítima para obter a atenção dos outros?
A que, friamente, conquista o coração dos outros até poder descartá-las após o objetivo conquistado?
A carta de hoje está falando de algo bem simples: quais são os nossos
limites? Até onde queremos chegar? O que podemos fazer para chegar até
onde pretendemos? O que fazemos para preservar a nossa vida? O que
fazemos para evitar que os outros se aproveitem da nossa boa vontade?
Até onde somos responsáveis pelas traições que ocorrem em nossas vidas?
A traição começa quando acreditamos que somos imunes a tudo e a todos;
quando o nosso ego infla demais; quando o nosso egoísmo não nos permite
ver o quanto já possuímos; quando desperdiçamos o nosso tempo cuidando
da vida dos outros em lugar de nossa vida; quando não deixamos claros os
papéis de cada um numa parceria e não nos responsabilizamos por alertar
o outro toda vez que ele ultrapassa os limites antes estabelecidos;
quando nos unimos a alguém sabendo que uma das partes ou ambas não se
amam; quando desconsideramos os avisos de nossa intuição, por exemplo.
O dia de hoje pode ser muito bom para investigarmos que raposas não
queremos mais ver no nosso galinheiro e que raposa nós mesmos temos sido
até aqui.
Bom dia!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário