Carta cigana para o dia de hoje no mundo!
"O homem" ou "O cigano" ou "O cavalheiro"
Partindo do princípio de que o outro é tão desconhecido por nós quanto
nós o somos por ele, então é possível derrubar barreiras, preconceitos e
medos.
Como nós estamos acostumados a viver deixando de lado
nossas intuições, nós preferimos desenvolver barreiras e justificativas
que nos separam do outro e nos colocam na defensiva.
Intuição é uma ferramenta fundamental para entendermos e interagirmos
com o mundo. Mas ela é uma ferramenta que pode ser maculada pelos nossos
julgamentos prévios, quando desenvolvida de maneira tardia. Quando a
intuição é treinada desde cedo, ela pode ser cada vez menos marcada por
julgamentos, preconceitos e medos e muito marcada pela interpretação do
que se vê de imediato, daquilo que é sentido de maneira genuína,
original, sem firulas, sem desculpas, sem objeções prévias.
A carta
de hoje é um convite ao treino da intuição e ao treino do abandono dos
preconceitos e julgamentos que acumulamos ao longo da vida.
Conhecer um sabor, um aroma, um toque, um tecido, um animal, uma pessoa
e/ou uma técnica pela primeira vez é sempre uma oportunidade para
deixarmos de lado as barreiras e nos entregarmos às sensações que
afloram imediatamente, sem receios, sem julgamentos, sem consultas,
apenas descrevendo tudo como nos chega, como é sentido, como é
apreciado. Isto derruba barreiras, derruba noções errôneas, conceitos
passados por gerações, medos desenvolvidos ao longo de uma vida.
Quando deixamos apenas a intuição aflorar, podemos ter uma exata
dimensão daquilo que a pessoa diante de nós pode representar para a
nossa vida, podemos ler a pessoa como se ela fosse um livro aberto, além
de permitir a aproximação de pessoas que podem realmente trocar ideias e
conceitos de maneira mais afinada, mesmo que aparentemente haja
diferenças de opinião.
Quando a intuição se torna mais firme, fica
mais fácil usar o lado racional, pois ele se torna realmente uma
ferramenta prática e objetiva para lidar com as pessoas e com tudo o que
nos rodeia, pois nos ajuda a catalogar o que significam certas
sensações, certos pensamentos, certas atitudes, mas tudo baseado no
nosso próprio conhecimento e não num conhecimento massificado, jogado de
maneira pasteurizada e uniformizada.
O cigano passeia por entre as
pessoas convidando-as a conhecerem mais sobre si mesmas do que sobre os
outros, porque ele sabe que só assim as pessoas entenderão mais os
outros.
Bom dia!!!
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