"A torre"
O meu ponto de vista é o melhor! Daqui de cima eu vejo a verdade! Quem está abaixo de mim não enxerga nada! Eu sei o que se passa! Os outros não sabem de nada! Lá embaixo só tem um bando de cegos!
E assim, nosso personagem ficou olhando o horizonte, acreditando que a sua verdade era melhor do que a dos outros. Não, não era, não é e nunca será. A sua verdade era apenas mais uma. Assim como o seu ego, que é apenas mais um. Não há verdades, há apenas nichos de verdades e cada nicho pode trazer verdades que são opostas às do outro nicho. Mas há vaidades! Como as há! A vaidade cega, a vaidade desqualifica, a vaidade emburrece! Ou será que é tudo uma mentira?
A torre mostra que levar nosso ponto de vista muito a sério causa danos às nossas perspectivas. O mundo visto apenas de nossas verdades pode ser muito pequeno, ainda que acreditemos ser enorme. A torre é apenas o símbolo do nosso contato com aquilo que somos num nível mais elevado, onde elevado não é algo que está espacialmente acima de nós, mas que está em maior sintonia com os ritmos naturais do universo. Mas, ainda que esteja em maior sintonia, há o filtro particular que dá o tom próprio a cada interpretação, a cada visão, a cada sensação, a cada experiência. Então, seríamos tolos se achássemos que temos a verdade absoluta só porque estivemos em contato com o nosso nível mais elevado. A sabedoria da torre está em ver o quanto aquela verdade é importante para cada um de nós e só. Se aquela verdade ressoa profundamente em nós, nós nos tornamos aquela verdade e a nossa vibração afeta a todos sem que a nossa vontade atue e todos os que se sentirem tocados por aquela vibração farào as mudanças que acharem necessárias.
A carta de hoje é um convite para a introspecção e uma reflexão sobre vaidade.
Bom dia!!!
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